PMU CONSEGUE BAIXAR SALÁRIOS DAS PROFESSORAS
Professoras da
rede municipal de ensino que trabalham 60 horas semanais (40 horas em sala de
aula) a partir da dobra de turno tiveram uma surpresa extremamente desagradável
nas últimas semanas: redução de R$ 300 a R$ 400 nos salários. Para manter a
única oportunidade de receber o piso nacional dos educadores, que é trabalhando
em dois cargos (ou 60 horas semanais), diversas professoras realizaram o
processo seletivo da rede. Recentemente elas foram chamadas pelo RH do
Município para deixar formalmente a dobra e assinar o contrato de temporários. As
educadoras, no entanto, não foram avisadas de que a mudança significaria um
pagamento no valor inicial da classe "A" (ou formação magistério)
independente da graduação das profissionais do ensino, o que significa
diminuição nos salários. "Foi uma covardia o que fizeram com as
educadoras, que agora terão que fazer milagres para ajustar as contas familiares",
analisa o presidente do Sindemu, Adislau Leite. O Sindicato está enviando
ofício ao RH e à Secretaria da Educação, pedindo retratação na mudança salarial
das educadoras e o fim da economia nos salários e verbas educacionais.
Professora
com licenciatura já perde R$ 500 todo mês sem 1/3 extraclasse - Desde
que foi instituída a lei do piso nacional salarial, a Prefeitura deixa de pagar
cerca de R$ 500 para cada uma das educadoras que tem curso superior e estão na
função de professora da rede. O valor seria deveria ser pago de forma equivalente
a 1/3 do tempo de trabalho da sala de aula, que a Prefeitura descumpre, mesmo
com decisão judicial de 1ª instância favorável aos trabalhadores. O Município
tem pago somente as 20 horas aulas de trabalho dos educadores de cada cargo.
Outras dez horas exigidas pela lei para estudo, pesquisa e correção de provas
significariam quase R$ 500 a mais no piso inicial da classe "C"
(graduação) na jornada atual que hoje vale R$ 1103. Em negociação recente com o
Sindemu, o prefeito Paulo Piau (PMDB) definiu 5 de setembro como data para dar
uma posição aos educadores sobre a jornada de 1/3 extraclasse e cronograma para
pagamento do piso salarial.
EDITORIAL
Avaliação: os mais
pobres e os da periferia terão resultado inferior – “Como as provas não valia nada (sic), nem ponto,
ninguém quis colar”, “É só mirar o chute , e tentar fazer o gol. Nem precisa
mirar!”, “o povo da minha sala ficava assim ‘aposto com você que eu termino
primeiro que você”, “Dava dois minutos, a professora chegava no primeiro da
fila, já tinha gente entregando. Professora acabei! Mas já?, respondia ela.”Os
trechos acima são depoimentos de alunos da rede pública local em pesquisa feita
por mestrandos da Universidade Federal de Uberlândia. Os alunos relatam o
comportamento diante de avaliações oficiais, com testes padronizados
feito pelos governos.Muitos culpam os alunos pelo descaso com provas e o
ensino. Não concordo. Afinal, parte das avaliações tem pouco valor para as
escolas. E a maioria das avaliações baseadas em testes rejeitam a condição
social dos alunos ou o modo de trabalho da escola. Vou explicar: as avaliações
que comparam os ensino das escolas são baseadas em testes com alunos. OK? No
entanto, pesquisas científicas mostram que 70% do conhecimento dos alunos não
vem da escola, mas sim da sua condição cultural. Isso quer dizer que os que tem
mais acesso a recursos e conhecimentos extraescola terão mais sucesso.Ora, os
mais pobres, os discriminados, os que moram na periferia terão - em geral -
resultado inferior aos demais. Isso serve também para as escolas. Por isso no
Plano Nacional da Educação previu a necessidade de criar um novo modelo de
avaliações que superem a superficialidade dos testes padronizados. Este é o
desafio. Anízio
Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso
SindUte
decide repor corte de ponto da greve 2014 – Os trabalhadores da
educação
da rede estadual que participaram da greve 2014 e tiveram corte de ponto nos
salários vão receber de volta o valor descontado. A iniciativa é do SindUte, a
partir de um fundo de greve formado com o valor do imposto sindical, recebido pela
primeira vez na instituição. A reposição do valor descontado já foi aprovado
nas instâncias internas do sindicato. O trabalhador do ensino deverá procurar a
sede da entidade para preencher o termo de compromisso e apresentar junto o
contracheque identificando o valor do desconto. Mais informações nas subsedes. g CUMPRIR HORÁRIO SEM AULA - Causou mal estar nas escolas estaduais determinação verbal dada pelo
Superintendente de ensino na reunião das diretoras, que estas não liberem os
professores durante empréstimo de várias escolas para hospedar atletas da fase
estadual do Jemg. Os alunos das escolas terão apenas atividades dirigidas
feitas em casa.
Justiça
proíbe cobrar mensalidades em pós-graduação de universidade pública - A 6ª turma de desembargadores do Tribunal
Regional Federal (TRF) da 1ª Região, localizado em Brasília, decidiu, por
unanimidade, considerar como "ilegítima" a cobrança de mensalidades
nos cursos de pós-graduação em nível de especialização e MBA (da sigla em
inglês, Master Business Administration) realizados em universidades públicas.
Nestas instituições, os cursos de mestrado e doutorado já são gratuitos. "A
cobrança de taxa de matrícula ou mensalidade em qualquer curso ministrado em
estabelecimento oficial de ensino público viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal [normativo que prevê a gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais]", afirma documento que resume o voto dos
desembargadores. Fonte: IG Educação
CONJUNTURA
g Em
seis anos, país reduz em 22% sua pobreza multidimensional – A fatia
da população próxima à pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%. A
proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5% na mesma
comparação. Os dados foram revelados esta semana pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo levantamento, a parcela da
população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e
2012. Leia
g Maioria dos pisos salariais tem reajuste
acima da inflação - A maioria
(95%) dos pisos salariais negociados em convenções e acordos coletivos teve
aumento real (acima da inflação) em 2013, segundo pesquisa divulgada pelo
Dieese. Foram analisados pisos incluídos em 685 negociações pelo país. O
reajuste ficou, em média, 2,8 pontos acima do INPC-IBGE. Os resultados, embora
positivos, ficaram abaixo do apurado em 2012, quando 98% dos acordos tiveram
aumento real, cujo índice também foi maior (5,6 pontos) reservas. Leia
g Documentos põem em xeque demissões no metrô de SP - Documentos do
Metrô de São Paulo enviados ao Ministério Público revelam inconsistências nas
motivações alegadas pela direção da empresa ao demitir por justa causa 42
metroviários após a última paralisação da categoria, ocorrida entre 5 e 9 de
junho. As evidências reforçam a tese de que houve perseguição política aos
grevistas. A companhia acusa funcionários de terem
cometido depredações que não constam da lista oficial dos patrimônios
supostamente danificados durante as ações de greve. Por outro lado, elenca
prejuízos à infraestrutura sem atribuí-los a nenhum metroviário. Leia.
UFTM abre inscrições para
curso de aperfeiçoamento em educação no campo
Curso de
extensão em Educação Musical com inscrições abertas - O
Conservatório de Música Renato Frateschi está com inscrições abertas até o dia
3 de agosto por meio do sitio http://www.conservatoriofrateschi.com.br/extensao1.htm.
O curso é relativo ao 2º semestre de 2014 e está voltado prioritariamente à
formação continuada do educador que atua na rede pública. Serão 120 horas
divididas em dois Módulos de 60 horas cada.