SECRETÁRIA DIZ QUE NÃO VAI ACEITAR ASSÉDIO MORAL NA REDE
Na
primeira negociação da campanha salarial do Sindemu com a Prefeitura Municipal
no dia 19, a Secretária da Educação Silvana Elias declarou que não vai admitir
atos de assédio moral nas escolas da rede. Diante das denúncias do sindicato em
relação ao comportamento de parte de diretores escolares, a gestora esclareceu
que não é orientação da Administração que diretores promovam atos de
constrangimento e humilhação dos educadores. Ela manifestou que quer gestores
com autoridade, mas sem autoritarismo. E relatou ter exonerado diretoras por
esse tipo de situações. O Assédio moral é a exposição dos trabalhadores e
trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras e repetitivas no
exercício de suas funções. Normalmente acontece por alguém com cargo
hierárquico superior.
Rebaixamento ilegal de
classe vai ser revisto; Novo concurso está em estudo – O rebaixamento ilegal de classe das concursadas, medida que
contraria o plano de carreira e traz perda salarial às educadores, vai ser
revisto pela Secretaria da Educação. Na negociação com o Sindemu no dia 19
sobre questões administrativas e pedagógicas, as gestoras educacionais ficaram
espantadas com a medida que está sendo adotado pelo RH e admitiram não saber de
onde partiu a ordem para a ação. Além da revisão, a secretaria ficou de estudar
com mais dedicação os seguintes temas reivindicados pelo sindemu: contratação
de inspetores para os Cemeis, instalação de coordenadores de área (inserindo no
plano de carreira), novo concurso público, aula extra ao invés de aula
excedente e a desburocratização do trabalho. Em relação à superlotação das
salas de aulas, a gestão municipal explicou que há uma situação emergente após
o fechamento de instituições filantrópicas com a demanda sendo transferida para
o município. A negociação sobre piso, 1/3 extraclasse e reajuste salarial
ocorrerá em outro momento junto com o prefeito Paulo Piau (PMDB).
EDITORIAL
Falta
conhecimento? Salas menores e salários maiores - Infelizmente o
diagnóstico ainda não virou tradição pedagógica nas escolas públicas. No
entanto, os que puderam realizá-las neste início de ano verificaram que os
alunos sabem menos do que o necessário. Até na rádio, os alunos não souberam
responder perguntas mais banais do conhecimento. De fato, a retenção de
conteúdos é pequena entre os estudantes. Isso acontece pela tradição escolar de
estudar somente para a prova (e depois esquecer), pela grande quantidade de
conteúdos desnecessários na escola, pelo despreparo dos professores, falta de
apoio pedagógico, entre dezenas de outras situações. Temos também a combinação
de duas realidades com peso muito significativo nesta realidade: salas cheias e
má remuneração dos professores. Atendendo muitas salas e muitos alunos, é
difícil saber exatamente quem sabe ou não. Boa parte dos professores dos anos
finais do ensino fundamental e médio chega ao final sem saber o nome de todos
os alunos. Quando se descobre a deficiência, falta apoio, material ou estrutura
para mudar individualmente esta realidade. Como atender uns e deixar os outros?
Por outro lado, a má remuneração provoca rotatividade de professores e impede a
dedicação maior à escola (boa parte tem de trabalhar em dois lugares). Sem
tempo, a maioria dos professores faz avaliações com marcação de “x”, impedindo
uma avaliação exata de cada aluno. Prova aberta permite melhores leituras, mas
quem dá conta de corrigir aos montes? Educação básica com qualidade exige
investimento vultoso e condições para tal. E neste campo, o Brasil ainda está
muito longe de conquistar este patamar. Anízio Bragança
Júnior, artigo do Jornal Expresso.
1ª negociação:
Professores mostram que é possível chegar a 10% de reajuste – Na
primeira negociação da campanha salarial 2014 dia 18, diretores do Sinpro no Triângulo
Mineiro reafirmaram a expectativa da categoria com reajuste 10% (índice
arredondado da soma da inflação –5,9% + 0,9% da diferença do PIB de dois anos +
3% de aumento real). Na mesa, os sindicalistas argumentaram que é uma
reivindicação dentro da realidade, em período que as escolas tiveram forte
aumento no número de alunos da rede básica e superior. “O setor está aquecido e
queremos que a categoria do Triângulo deixe de ser a que tem o menor salário de
todas as regiões de Minas”, aponta o diretor do Sinpro, Marcos Gennari. Os
diretores também relataram que a categoria está num processo crescente de
mobilização, com visitas programadas para o maior número de escolas da cidade.
A campanha deste ano é unificada no estado.
FCETM paga 13º, mas Sinpro quer garantia para solução de outras
pendências – Informações que chegaram ao Sinpro dão conta que a
Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro (FCETM) pagou o 13º dos
trabalhadores, mas ainda deve os salários de dezembro e férias (janeiro). O primeiro
pagamento ocorreu na data estipulada pela categoria e a direção da faculdade
chegou a se reunir com os educadores para dialogar sobre a medida. A Aciu
agendou reunião nesta sexta (21) com o Sinpro, mas acabou desmarcando por
outros compromissos. A diretoria sindical quer da mantenedora da faculdade
garantias do pagamento do atrasado e soluções para outras pendências
denunciadas pelos professores: Falta de depósitos do FGTS, carteiras de
trabalho retidas e licenciamento indevido dos professores sem aulas. Situações
que violam o direito dos trabalhadores.
SindUte: Plenária na 2ª debate carreira e analisa indicativo de
greve – O Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação promove
plenária regional na próxima segunda-feira em Uberaba com a presença da
coordenadora geral do sindicato, a professora Beatriz Cerqueira. O encontro
está marcado para as 16 horas no salão do Sindicato dos Bancários. Serão temas
do encontro: carreira e salário dos trabalhadores em educação, recusa do
governo em aceitar matrículas no ensino noturno, a falta de professores e
infra-estrutura nas escolas, não nomeação de todos os concursados, não
investimento do mínimo constitucional na educação de Minas Gerais, situação do
Ipsemg, a assembleia estadual do dia 26 e a greve nacional dos educadores em
março, entre outros temas.
CURTAS
g TELEFONE SEM FIO – Após ouvir
diversas reclamações dos diretores do Sindemu, gestoras da Secretaria da
Educação concluíram que as determinações da Secretaria estão chegando às escolas
em forma totalmente avessa ao que foi proposto inicialmente. g
CAOS NAS ESCOLAS – Informações dos
sindicatos dão conta que diretoras escolas chegaram a fazer merenda (escola
estadual) e limpar banheiro (escola municipal) para suprir carência de funcionários.
g REAJUSTE
NO PLANO DE RN – Diretores do
Sindemu foram convocados esta semana para debate do novo reajuste dos planos de
saúde da rede ampliada. Com três mil usuários e 900 o debate girou em torno de
astronômicos 40%. A negociação segue na próxima semana. g
MPF CONTRA EBSERH EM JUIZ DE FORA – O Ministério Público Federal em Juiz de Fora (MG)
ingressou com ação civil pública pedindo a anulação do ato administrativo que
manifestou adesão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) à Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares (EBSERH). g CALOTE DO PISO E BENEFÍCIOS – Sindicato dos
Trabalhadores em Educação de Goiás resolveu fazer as contas e deixou a
categoria estarrecida. 70% dos professores (40 horas) têm prejuízo individual
de R$ 27, 8 mil em três anos. Que horror! g
GREVES E PARALISAÇÕES – Professores
estaduais e municipais do RJ fazem paralisação no dia 24, enquanto professores
das universidades federais têm paralisação marcada para o dia 19 de março.
Mega
enxugamento: População começa a denunciar caos na rede estadual – Diversas
ações que promovem um mega enxugamento de gastos na educação
pelo governo Anastasia começam a ser denunciados pela população. Rádios e jornais locais e regionais estão recebendo denúncias freqüentes da situação desfavorável que vive as escolas da rede estadual. A principal denúncia é a falta de professores. Além de deixar para contratar só depois que as aulas começam, o programa “Reinventando o Ensino Médio” vai completar um mês sem professores para as aulas técnicas. Nesta economia maluca, os alunos ficam na escola a “ver navios” na escola, enquanto direções e professores fazem o possível e impossível para não dispensar os estudantes. Também as coordenadoras do programa, agora não serão mais contratadas. Ficará tudo ‘nas costas’ das já sobrecarregadas supervisoras. Outras reclamações: as escolas trabalham com número reduzidíssimo de funcionários e estão impedidas de aceitar matrículas no ensino noturno para uma parte dos jovens. As medidas de enxugamento querem dar fôlego para o caixa estadual terminar o ano sem pedir novo empréstimo internacional.
E
agora? ‘Baile do Pó Royal’ é eleita melhor marchinha do carnaval de BH – O 3º concurso de Marchinhas
Mestre Jonas de Belo Horizonte selecionou doze marchinhas e teve o “Baile do Pó
Royal” como a mais votada entre as apresentações. Os autores Alfredo Jackson,
Joílson Cachaça e Thiago Dibeto, além de três interpretes levaram o prêmio de
R$ 5 mil. Além das premiações em dinheiro, as marchinhas vencedoras irão se
apresentar no próximo sábado (22) nos trios elétricos do 39° desfile de
pré-Carnaval da Banda Mole, na Avenida Afonso Pena, passando a integrar a
trilha sonora do Carnaval de rua da capital. O Concurso de Marchinhas Mestre
Jonas é realizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas
Gerais, é uma realização da Cria Cultura, em parceria com a Rádio Inconfidência
e apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais e Belotur. E agora?
Será que Anastasia e Aécio vão deixar ter carnaval em Belo Horizonte? Confira
a marchinha, que chegou a ser retirada do You tube. http://tvig.ig.com.br/musica/baile-do-po-royal---o-original-52d6d3011b247221980003cf.html
TV
Brasil: Nova série infantil traz as águas amazônicas para as telas – Ceci
é uma sucuri e, embora
digam que sua espécie é perigosa, ela é sensível e chorona. Quinha é uma
perereca fofoqueira que trabalha como assistente de Iara. O Jaca Zé é um
adolescente engraçado e esquecido que vive sempre com sua amiga Cotinha, uma
piranha vegetariana. Bitelo é um pirarucu criança que ainda vai se tornar um
dos maiores peixes de água doce do Brasil. E Maná, um peixe-boi amazônico,
mudou-se com toda a sua família para o igarapé, onde vivem grandes aventuras.
Os personagens descritos acima fazem parte do Igarapé Mágico, nova série
infantil da TV Brasil voltada para crianças em idade pré-escolar. “A TV Brasil
queria produzir um programa infantil que fosse referência nacional e a partir
disso começamos a pensar em relação ao mercado mundial o que o Brasil tem que
outros países não”, relembra Rogério Brandão, diretor de programação da TV
Brasil e criador da série em parceria com Bia Rosenberg. Foi então que surgiu a
ideia de trazer a temática da água para as telas e apresentar às crianças a
região amazônica. Os criadores contaram com a ajuda de consultores em ciências
para elaborar os personagens e enredos, que provocam o interesse das crianças
por questões relacionadas à sustentabilidade, como lixo, poluição, importância
da água e preservação de espécies em extinção. O Igarapé Mágico é exibido na
faixa Hora da Criança,
grade que, desde 2010, ocupa, de segunda a sexta-feira, quase seis horas de
programação diária da TV Brasil, que é transmitida pela parabólica, TVs por
assinatura ou em parte na TV Universitária de Uberaba.