FIM DO REM: ESTADO NÃO TERÁ MAIS O SEXTO HORÁRIO
O governo estadual suspendeu o projeto
“Reinventando o Ensino Médio” criado pela gestão anterior. A medida faz com que
todas as turmas do ensino médio voltem a ter somente cinco aulas por dia e não
mais seis como ocorreram para os primeiros anos em 2014. A nova resolução
estabelece também que apenas as disciplinas tradicionais da etapa escolar serão
oferecidas. O governo relatou ter levado em conta as críticas e solicitações
dos trabalhadores da educação, prefeitos e diretores escolares para encerrar o
projeto. Os principais problemas citados foram a falta de diálogo para
implantação, capacitação dos professores sem habilitação específica para as
aulas de empregabilidade, transporte dos estudantes, falta de estrutura física
e de reforço na merenda escolar. Boa parte dos estudantes também se negava a
permanecer na escola durante o sexto horário. Em nota a secretaria diz que vai
buscar construir coletivamente uma nova proposta para o ensino médio e
fortalecer o Pronatec.
Sindute comemora volta da
educação física e avanços no debate sobre o piso – O Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação
comemora o início de diálogo com a Secretaria estadual da Educação. “Foi a
primeira vez, em 4 anos, que a Secretaria de Educação discutiu com a categoria
o Quadro de Escola. Éramos surpreendidos por Resoluções publicadas durante o
recesso, que modificavam direitos, prejudicavam alunos e não conseguíamos
nenhuma interlocução”, diz a nota. Na organização do quadro da escola, a
secretaria atendeu várias solicitações do sindicato: a volta dos professores de
educação física nos anos iniciais do ensino fundamental, o direito de ampliação
do cargo, a declaração de trabalho feita pelo próprio aluno trabalhador, a
diminuição do período de licenças para contratação de Auxiliar de Serviços (de
30 para 15 dias). A resolução também diminuiu as exigências para ter direito ao
terceiro vice-diretor e para contar com um auxiliar da área financeira. COMISSÃO PRÓ-PISO – No primeiro encontro dia 27, o grupo formado por vários secretários
e sindUte acordou que as propostas de salário, carreira e formação continuada
serão feitas para todos os trabalhadores da educação e não apenas os professores.
Além disso, as mudanças vão atingir os aposentados. Nova reunião acontece no
dia 5.
EDITORIAL
Reinventando o ensino médio: a “casa de
palha” dos três porquinhos - Na última
semana o governo estadual suspendeu o programa “Reinventando o Ensino Médio”
que usava o sexto horário nas escolas estaduais. Embora tenha funcionado na
rede toda apenas durante um ano, eram visíveis seus sinais de esgotamento.
Durante 2014, as escolas penaram para segurar os alunos do primeiro ano no
sexto horário, pois os das outras séries iam embora. Embora se reconheça
esforços isolados dos professores, as aulas de empregabilidade pouco somaram na
formação tradicional dos alunos. Faltaram formação e habilitação dos
educadores, estrutura física e até mais merenda. Caso o governo decidisse
continuar, teria que ampliar o sexto horário para mais turmas (2ºs anos) e
sanar seus vários problemas. Ora, a economia do projeto significa mais recursos
que podem ser direcionados para a grande promessa de campanha do governo: pagar
o piso salarial do magistério aos educadores. Mas há também um argumento
inconteste, que faz com que projetos e políticas públicas caiam como sopro igual
à casa de palha na história dos três porquinhos. O programa foi feito sem
alicerce, que é o debate e definição conjunta com a comunidade escolar. Nas
prioridades financeiras, jamais os professores escolheriam o projeto. E nem
mesmo os alunos escolheriam a empregabilidade como prioridade de formação.
Basta colocar como opções aulas de futebol, vôlei, teatro, dança e música para
ver o resultado. Anízio
Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.
Em São Paulo, 5 mil protestam contra a ‘agenda do
Aécio’- Em função do Dia
Nacional
de Lutas e Mobilizações (28 de janeiro), dezenas de milhares de manifestantes
saíram às ruas nas principais capitais do país, unindo forças da CTB, CUT, UGT,
Força Sindical, CSB, NCST e importantes movimentos sociais, como UNE, UJS e a
Federação Sindical Mundial (FSM). Em comum, membros de todas as centrais e
vertentes condenaram as Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem os
direitos ao seguro-desemprego, à licença-saúde, à pensão por morte, ao abono
salarial e ao seguro-defeso. Uma agenda que seria de “Aécio Neves”, mas que
Dilma (PT) está implantando. Além disso, pautas já conhecidas foram retomadas,
entre elas o fim da política de elevação da taxa básica de juros, o fim do
Fator Previdenciário e uma reforma tributária que tenha caráter progressivo. Fonte: CTB
Lei do Piso melhorou salário inicial, mas achatou
carreira docente - Criada em 2008, a lei que
institui um piso nacional para os professores da educação básica de todo o País
aumentou o salário inicial de docentes, mas provocou em muitas redes o
achatamento da carreira docente. O piso oficial para 40 horas semanais, que era
de R$ 950 em 2008, chegou a R$ 1.917,78 com o reajuste anunciado pelo
Ministério da Educação em janeiro deste ano. “De 2008 para cá, nos municípios e
nos Estados mais pobres do país representou aumento de 50%, 60% e até 70%. Em
especial, em municípios da região Norte e Nordeste. Nos Estados mais ricos, o
aumento não foi estrondoso. Por outro lado, percebemos uma tendência de redução
da diferença salarial entre o início e o fim da carreira, houve um achatamento”,
aponta Juca Gil, pesquisador do Observatório da Remuneração Docente e
professores da UFRGS. O valor, obrigatório para todas as redes municipais e
estaduais, no entanto, ainda não é cumprido por muitas Prefeituras. Fonte IG Educação
CONJUNTURA
g Sind-UTE/MG vai ao IPSEMG para apresentar demandas e
problemas – Convênio do hospital
Madrecor de Uberlândia, que atende cerca de 50 mil usuários, entre titulares e dependentes
e outros 41 municípios do Triângulo e Alto Paranaíba, vence no dia 31 próximo.
Em Uberaba, o atendimento já está suspenso. Leia.
g “Levy erra. O problema é a alta rotatividade e não o
seguro-desemprego” - Em
29 de dezembro de 2014, o governo Dilma editou uma série de medidas provisórias
(MPs) que alterarão auxílios previdenciários, como a pensão por morte,
seguro-desemprego e auxílio-doença. Leia.
g Em 20 anos, fiscais resgataram quase 50
mil pessoas do trabalho escravo – Em
1995, o Brasil reconheceu a existência e a gravidade do trabalho análogo à
escravidão e implantou medidas estruturais de combate ao problema. Leia.
g Energia eólica: Brasil vive revolução
silenciosa - Até o final desse ano, o
Brasil estará entre os dez maiores geradores de energia eólica no mundo. Leia
Nenhum comentário:
Postar um comentário