sábado, 7 de fevereiro de 2015

Educa.com - 07.02.2015 - Sindemu não aceita volta do 14º e cobra negociação

SINDEMU NÃO ACEITA VOLTA DO 14º E COBRA NEGOCIAÇÃO
As educadoras da rede municipal foram surpreendidas com informações prestadas por diretoras de escolas nos primeiros dias de aula. As gestoras relataram que vai voltar o 14º salário nos moldes de Anderson Adauto, só que na forma mensal em 10% do salário para quem não faltar. Ao ser informada a diretoria do Sindemu pediu explicações imediatas à Secretaria da Educação e condenou a possibilidade da instituição da gratificação sem negociação com o sindicato. "Não vamos aceitar a instituição de uma gratificação antes de negociar o piso salarial e principalmente a introdução de 1/3 extraclasse", disse o presidente do Sindemu Adislau Leite. Na avaliação do sindicato a suposta gratificação somente faria com que as educadoras voltassem a trabalhar doentes, como acontecia no governo anterior. "Queremos que o prefeito cumpra a promessa e negocie a implantação do 1/3 extraclasse e o pagamento do piso", aponta Adislau.

Piso da Prefeitura é salário mínimo + R$ 60 - O novo salário mínimo (R$ 788) voltou a encostar no piso salarial do magistério da PMU (R$ 848). O arrocho salarial lembra a dura experiência vivida alguns anos atrás quando o salário de grande parte das professoras era só o salário mínimo. O salário baixou novamente (enquanto o piso nacional aumenta) principalmente pelo fato da Prefeitura não cumprir a lei do piso. Deveria ser imediato nos salários: reajuste de 13% de janeiro de 2015; pagamento de 1/3 de extraclasse; correção de 22% não pagos pelo governo anterior desde 2012. Nestes dois últimos itens, a Prefeitura local está condenada pela justiça ao pagamento em ação do Sindemu, mas o governo municipal recorre para não pagar os benefícios. O governo também tem se negado a negociar o pagamento integral do piso e tem setores defendendo o pagamento proporcional e o uso de hora relógio (em vez da hora aula), para continuar a economia no lombo dos educadores.

EDITORIAL
Férias: viajei pelo mundo e não paguei um centavo... - Passei férias inesquecíveis. Primeiro fui à cidade de Trieste na Itália. Fique na casa de um amigo comerciante: Zeno Cosini. Ele me contou boa parte de sua história: perca do pai, namoro após cortejar três irmãs, casamento, trabalho, o fumo excessivo e suas tentativas de tratamento. Contar sua história era uma forma de fugir do cigarro. Em meio tempo, outro amigo passou a me contar parte da história de um ícone da literatura mundial: Marco Polo. Nos anos de 1200, elo foi para a região da China pela rota do comércio. Lá, ficou amigo de um grande rei mongol que tinha domínio na região. Assim descreveu (em diário) as aventuras do que via naquele mundo inusitado e desconhecido. Minha próxima parada foi em um lugar remoto da América do Sul. Acompanhei com detalhes um francês condenado à prisão perpétua que veio cumprir pena na Guiana francesa. Conheci como nunca a brutalidade e rigor desses reformatórios, a vida doentia em que são submetidos os presos e a resposta violenta que produzem nesse cenário do submundo. "Papillon" me confidencia todas suas angústias e esperanças de se ver novamente liberto. Para tanto, não despreza nenhuma tentativa de fuga, mesmo dos locais onde fugir é inimaginável. Com o condenado passei a conhecer o povo e partes do litoral da Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e Colômbia. Passei a ter visão diferente sobre a região. Não gastei porque fiz a viagem por livros de biblioteca pública e filme. Quem lê, tem companhia, conhece o mundo e a vida. Anízio Bragança Júnior, artigo do jornal expresso.

Professores da rede particular negociam dia 10 e têm assembleia no dia 11 - Será em Uberlândia o encontro entre o Sinpro e o sindicato patronal do Triângulo
Mineiro para discutir a pauta de reivindicações da campanha salarial 2015. Os professores vão cobrar a diferença do reajuste das mensalidades não incorporado nos salários dos professores. Segundo levantamento preliminar do Sinpro, somente nos últimos três anos as mensalidades subiram o dobro do que receberam os professores como reajuste. "Queremos melhorias para mudar o quadro em que uma das regiões mais ricas do estado (o Triângulo) tem um dos piores pisos salariais da rede particular de Minas Gerais", ressalta o diretor Marcos Gennari. A diretoria do Sinpro contesta versão de crise nas instituições, uma vez que houve aumento no número de matrículas e tem tido garantia e reforço de programas governamentais: Fies, Prouni e Pronatec. O Sinpro Uberaba faz três assembleias às 18 horas para avaliação dos resultados da negociação: dia 10 em Uberaba (na sede), 11 em Araxá (no Sima) e 12 em Frutal (no STRF). 

Apesar de novo piso, salário de professor continua baixo - O Ministério da Educação confirmou o novo aumento no piso nacional do professor: R$ 1.918. Para Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), o valor ainda é baixo. "É um aumento importante, mas está abaixo do que esperamos", afirma. Segundo Leão, um piso razoável estaria em torno de R$ 2.900, mais próximo do salário mínimo ideal calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). De acordo com dados OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os professores brasileiros têm salários menores do que seus colegas em diversos países do mundo. Numa comparação feita entre 38 países, o Brasil ficou em penúltimo lugar, com um salário anual de 10.375 dólares PPC (Paridade Poder de Compra). Ganhamos apenas da Indonésia. Fonte: Revista Exame.

CONJUNTURA
g IDEB: como uma ideia falida influenciou o Brasil - O criador do IDEB, Reynaldo Fernandes, então Presidente do INEP, deu a seguinte entrevista em 2011 explicando a criação do IDEB. Nela se pode ver como uma ideia reconhecidamente falida nos Estados Unidos orientou a política pública brasileira. Leia.
g Juízes mineiros seguem acumulando benefícios em 2015 - Em Minas Gerais, já na primeira sessão administrativa do TJMG, no dia 28 de janeiro, os desembargadores votaram o próprio reajuste, que terá como referência o novo valor do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, de R$ 33.763, representando um aumento de 14,6%. Leia.
   
g Cine OAB mostra "Resistência" e debate com jornalistas nesse sábado - O documentário mostra a trajetória de formação do 1º assentamento do Triângulo, "Nova Santa Inácio Ranchinho" de Campo Florido. Em seguida haverá debate com as jornalistas Ana Paula Neves e Pituca Ferreira, diretoras do filme. O evento terá início ás 19h30, com entrada franca.

SP: Rede estadual fecha 3 mil salas e corta bolsas de estudo - O ano letivo nas escolas estaduais de São Paulo começou dando dois passos para trás: o fechamento de salas de aula e cortes de vagas do programa Vence, que oferece bolsas de estudo no ensino técnico a alunos do ensino médio, em instituições credenciadas, como o Centro Paula Souza e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. De acordo com levantamento feito pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), cerca de 3 mil salas foram fechadas, o que acarreta superlotação e prejudica o aprendizado. "Quando você tem essa realidade, o professor que tem várias turmas não consegue dar uma atenção adequada a esses alunos. Isso compromete o diálogo em sala de aula, há um barulho excessivo e, consequentemente, compromete a aprendizagem", afirmou Paulo Neves, diretor estadual do sindicato, à TVT. Fonte: Rede Brasil Atual.

Aumenta o número de professores que abandonam as salas de aula - O Jornal Nacional apresentou uma série especial de reportagens sobre a situação dos professores no Brasil. É uma profissão que todo mundo elogia, todo mundo concorda que é fundamental, mas que tem despertado o interesse de um número cada vez menor de brasileiros. Os motivos disso estão em discussão na reportagem da Graziela Azevedo e do Ronaldo de Sousa. O Brasil tem uma necessidade urgente na escola. O país tem uma promessa: "Nosso lema será: Brasil pátria educadora", afirmou a presidente Dilma Rousseff no discurso de posse. E um grande desafio: "O apagão já começou há muito tempo. O déficit de professores nas áreas de química, física, matemática e biologia é da ordem de 150 mil professores" conta o diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos. Fonte CNTE

ARTIGO
A esperança do primeiro dia de aula - por Marcos Gennari
Um dos maiores prazeres na vida dos professores é sempre o primeiro dia de aula. Primeiro pelo reencontro com os colegas, com os alunos e com a vida escolar. Um ambiente sempre festivo. Otimismo inundando todos os cantos da instituição. Tudo limpinho. Pintura nova. Ambiente agradável e organizado. Murais simplesmente lindos... A alegria contagiante dos colegiais. Uniformes, tênis, materiais escolares, tudo novinho. A animação é geral. Ninguém zangado com ninguém. A exibição da beleza aflorada em todos. Parece sonho, mas não é. Tudo é real. É o primeiro dia de aula. Há também as confusões. Um aluno ou aluna querendo mudar de "sala". Uma reclamaçãozinha aqui e outra ali em relação à enturmação. O encontro da "galera", etc. A barulheira é geral. A vida da escola renasce. Dá o sinal. Corre-corre, procura aqui e ali. Todos entram pra sala. Enfim, acomodam-se e dá-se início à mais um ano letivo. A professora, preparada e feliz recebe emocionada aquela nova turma. Afinal, serão muitos encontros neste novo ano. Depois das saudações, da chamada (dos ritos iniciais) a mestra trata logo de se apresentar e as tradicionais perguntas: Como foram as férias? E a expectativa para esse ano? Muitas, e diferentes respostas aparecem. Destaca-se a do Joãozinho: "Olha professora e colegas, minhas férias foram muito boas. Brinquei muito, Passeei e descansei bastante. Destaco uma coisa que me preocupou: a falta d'água que eu achava que nunca aconteceria, vai acontecer. No passeio que fizemos na praia faltou água até pra beber. Agora se quer saber qual minha esperança para este novo ano que começa hoje: gostaria que fosse todos os dias como o de hoje. Todos animados, satisfeitos, alegres, que a violência desse lugar para a paz. O otimismo não cedesse espaço para o pessimismo. Que todos nós continuássemos unidos e que, nossos professores e professoras fossem valorizados e respeitados todos os dias." "Ah, professora, esqueci de uma coisa importante: que nenhuma professora ou professor ganhasse menos que o Piso Nacional, senão eu vou ser o primeiro a chamar todos os meus colegas pra fazer a maior greve do mundo".

 

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