Edição Bragança
Júnior (MG4731JP) -
http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 15 de outubro
de 2015 – Nº 266
DIA
DO PROFESSOR TEM O QUE COMEMORAR E DENUNCIAR
O
dia do professor todo ano é lembrado pelo reconhecimento, beleza e importância
social da profissão. Esse ano, porém, os professores da rede pública têm duas
conquistas históricas práticas a comemorar: o reconhecimento e acordo pró-piso
salarial na rede estadual e o reconhecimento efetivo do trabalho extraclasse na
rede municipal. Foram duas lutas longas de seus sindicatos e gerações do
magistério local. Esse diferencial não apaga as demandas históricas da
categoria, que tem ainda um dos salários mais baixos nas profissões com a mesma
escolaridade. Uma das principais denúncias do dia é o não reconhecimento da
profissão de professor na carteira de trabalho de parte das escolas
particulares. Ao registrar profissionais do magistério como “monitor”,
“instrutor” e outros, retira-se direito ao piso salarial, aposentadoria justa
da profissão e outros benefícios importantes. Neste caso, o sindicato tenta
reverter as situações com negociações e ações judiciais. Nunca foi tão preciso
a identificação do professor como “lutador” em vários dos seus sentidos da
profissão.
Diário de Classe: Somos o carro chefe na nação – Nossa
profissão é realmente
a mais importante da humanidade. Nós Professores temos o
dom de ensinar não apenas as várias ciências, mas principalmente contribuir na
formação do ser humano em todas as suas dimensões. Trabalhar na formação de
pessoas capazes, justas e felizes é com certeza uma dádiva divina. Embora não
tenhamos o reconhecimento ideal, as questões estruturais, institucionais e
financeiras estão sendo tratadas com mais afinco pela categoria do que em
outros tempos. Somos o carro chefe na nação. Parabéns a todas essas pessoas que
são as responsáveis pela condução do povo brasileiro. Professor Adislau
Leite, presidente do Sindemu
RN dá dez dias para PMU fazer acerto de plano de saúde dos
servidores –
Em comunicação feita ao Sindemu e à Prefeitura, a operadora de saúde RN
Metropolitan informa que está a cinco meses sem receber as mensalidades que tem
direito do plano de saúde dos servidores municipais. O montante já seria
superior a R$ 1 milhão e caso não seja feito o acerto, o serviço
médico-hospitalar do plano será suspenso para todos os servidores da Prefeitura
local e seus dependentes. Embora todos façam parte do mesmo plano, o débito
(segundo a operadora) é referente à Secretaria da Saúde. Tão logo foi
notificado, o Sindemu encaminhou um ofício ao prefeito Paulo Piau (PMDB),
solicitando um empenho na quitação para evitar transtornos aos servidores.
EDITORIAL
Pelo término
do ano letivo escolar em dezembro - Cara
Superintendente de Ensino, Marilda. É do seu conhecimento que os projetos
educacionais do governo anterior foram criados em laboratórios, sem qualquer
consulta ou diálogo com as escolas. Governou-se por decreto! Entre os projetos
criados, gostaria de chamar-lhe a atenção para uma medida que visava “aumentar
a aprovação” dos alunos: a recuperação de janeiro. Essa “P4” (como foi
apelidada) integrava um rol de medidas que ajudaram o Estado de Minas a ter
nota “turbinada” em índices estatísticos nacionais (como o Ideb). Como esse
governo priorizou em seu programa o “diálogo”, acredito que seja o momento para
rever essa medida. A recuperação de janeiro é “fajuta”. Não há aulas e as
provas quase sempre acontecem nas férias escolares. Baseia-se em trabalhos e um
“(im) provável estudo” dos alunos durante as férias. Para as escolas é só
transtorno. Desde que foi criado, a recuperação de janeiro acabou com o começo
e final de ano. Pois um atropela o outro. As turmas não podem ser inteiramente
formadas. Novos professores assumem e corrigem provas antigas, feitas por
outros. É muito tumulto e estresse quando deveriam estar todos “zem” para
começarem o ano. Enfim, pelo valor didático em detrimento do estatístico, abro
um pedido coletivo: que a recuperação final tenha fim em dezembro. Só assim
teremos condições de criar um novo ambiente escolar na rede estadual. Anízio
Bragança Júnior – Artigo do Jornal Expresso.
Brasil pede desculpas
oficiais para professores perseguidos na ditadura –
Nesta
quarta-feira (14), o governo brasileiro pediu desculpas aos professores
perseguidos durante o período da ditadura militar. O pedido foi oficializado
durante sessão de julgamento temática da Comissão de Anistia, em referência ao
Dia do Professor. Ana Maria Pinho Leite Gordon, Mariluce Moura e Adriano Diogo,
professores que sofreram com a repressão dos militares, presentes na cerimônia,
foram anistiados pela Comissão. Mariluce foi presa na cidade de Salvador em
1973, enquanto estava grávida, sendo “violentamente torturada” pelos agentes da
repressão. Posteriormente, a professora foi absolvida pela própria Justiça
Militar, mas nem assim conseguiu recuperar seu emprego no Departamento de
Comunicação da UFBA (Universidade Federal da Bahia), de onde foi demitida.
Hoje, ela foi reintegrada ao quadro de docentes da Universidade. Já o professor
de ciências Adriano Diogo da rede pública de São Paulo quando foi preso e
torturado em 1973. Fonte: Painel
Acadêmico. Servidores das SREs aceitam proposta e esperam assinatura para o fim da greve – Os servidores das Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e do Órgão Central, reunidos em assembleia, nessa terça-feira (13), votaram pela aceitação da proposta apresentada pelo governo no dia 8 de outubro e pela suspensão da greve - deflagrada por tempo indeterminado, no dia 27 de julho - condicionada à assinatura de um documento por parte do governo se comprometendo a cumprir os quatro itens da proposta. A direção estadual do Sind-UTE/MG se comprometeu em informar através do site da entidade assim que o documento for assinado pelo governo. Caso o governo não dê retorno, a greve não estará suspensa e nova assembleia será convocada. A proposta reforça o reajuste de 16% para os Técnicos em Educação em duas vezes (8% em abril de 2016 e 8% em abril de 2017) e 5% para os Analistas Educacionais (em abril de 2016). Outros 5% para Analistas e 4% para os Técnicos da Educação serão definidos por uma equipe de trabalho e implantação condicionada à superação dos limites da lei de responsabilidade fiscal pelo Estado. Também não haveria corte de salário ou punição aos grevistas. Fonte SindUte MG.
CONJUNTURA
g O direito
penal na escola: os deveres do carrasco e os direitos do acusado
– A aplicação
de uma suspensão ou outra sanção escolar mais ou menos rigorosa, ao aluno,
independentemente da falta praticada, exige o respeito a certos direitos
fundamentais. O exercício da autoridade, pelo professor, não pode se perverter
em autoritarismo. Leia
g
Educação: promessa ainda longe de ser
cumprida -
O salário médio do professor brasileiro ainda representa um pouco mais da metade
do salário de ingresso na carreira na União Europeia e um pouco menos da metade
da remuneração inicial nos Estados Unidos. Leia
g
Senado aprova MP que cria nova fórmula
para aposentadorias –
Os senadores aprovaram, nesta semana, a MP 676/15, que altera a fórmula para
aposentadorias em alternativa ao fator previdenciário. Com a aprovação, o
cálculo da aposentadoria será feito pela regra conhecida como 85/95. O texto
segue para a sanção. Leia
Contee celebra vitória por barrar o legislado sobre o negociado – Em votação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 14, foi retirada da Medida Provisória 680/15, que cria o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), o item mais polêmico acrescentado ao texto: a prevalência do negociado sobre o legislado. A Contee foi uma das entidades que lutou junto as centrais sindicais e aos trabalhadores para que tal retrocesso não fosse implementado. A Coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais da Contee, Nara Teixeira, acompanhou de perto e participou ativamente, em Brasília, das negociações sobre a matéria: “Hoje conseguimos barrar essa ‘reforma trabalhista’ oportunista dos setores mais retrógrados e comprometidos com interesses avessos aos dos trabalhadores, que tentam a todo custo cortar direitos e acabar com a CLT”. Na prática, a alteração feita na MP do PPE permitiria que acordos feitos entre patrões e empregados prevalecessem sobre a legislação. A medida, embora inserida em um programa temporário do governo, possuía caráter permanente. Se aprovada, a regra flexibilizaria as leis trabalhistas e anularia a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) toda vez que houvesse negociação com as empresas. Fonte: Contee.
Professores
das federais aprovam fim da greve entre 13 e 16 de outubro – Os
professores em greve das Instituições Federais de Ensino (IFE) aprovaram a
saída unificada da greve nacional entre 13 e 16 de outubro, segundo comunicado
divulgado pelo Comando Nacional de Greve (CNG) do Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Os professores estão
em greve desde o dia 28 de maio. A decisão pelo fim da greve foi aprovada por
ampla maioria dos professores durante as assembleias nas bases entre 6 e 8 de
outubro. De acordo com balanço da entidade, a paralisação atingia a 33
instituições federais, entre universidades e institutos federais. Apesar de
aprovar o fim da paralisação, os professores decidiram pela rejeição da
proposta do governo Dilma (PT) de restruturação das tabelas salariais com o
índice de reajuste de 10,8%, parcelado em dois anos. Fonte: Contee.
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