Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 09 de fevereiro de 2016 – N
º 281
TRABALHO ESCRAVO: TRIÂNGULO TEM CASOS NA ‘LISTA SUJA’
Das 340 autuações
confirmadas em decorrência de trabalho análogo ao da escravidão pelo Ministério
do Trabalho de 2013 a 2015, há pelo menos dois casos no Triângulo Mineiro. Uma
construtora em Uberlândia foi flagrada com 21 trabalhadores na situação
degradante em um canteiro de obras do bairro Santa Mônica em 2013. Em outra
situação, uma olaria de Campo Florido manteve seis trabalhadores em situação de
escravidão contemporânea em 2014. Os casos estão na terceira “lista suja”
obtida pela ONG Repórter Brasil através da lei de acesso à informação. Os nomes
dos empregadores e os dados de cada atuação só vão para a lista após os autos de
infração terem sido transitados em julgado pelo Ministério do Trabalho. A ‘lista
suja’ é um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo no
Brasil, considerado referência para a ONU. No entanto, a Associação de
imobiliárias (Abrainc) questionou a lei na justiça e obteve liminar no STF que
proíbe a continuidade de divulgação pelo governo federal (a lista foi divulgada
de 2003 a 2014). Por ‘transparência’, as ONGs divulgam a lista por meios
alternativos. Fonte e lista completa: Repórter
Brasil.
Bancada conservadora quer ‘suavizar’ conceito de
trabalho escravo – Um projeto de lei com mudanças
no conceito de trabalho escravo chegou a ir à ordem do dia 2 de fevereiro, mas
retirado da pauta do Senado. A mudança é criticada por parte dos parlamentares
e por ativistas de direitos humanos. O projeto retira os itens "condições
degradantes" e "jornada exaustiva" como relativos a condições
análogas às de escravidão. Para os críticos, a mudança representa um retrocesso
no combate à prática. A ideia é “suavizar” o conceito para dificultar as
condenações. "Não podemos deixar que o país, que foi o último a abolir a
escravidão no mundo ocidental, provoque agora, 128 anos depois, um retrocesso
na definição daquilo que é considerado modernamente como trabalho
escravo", declarou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Fonte: Rede Brasil Atual
Editorial
O
filme que é um ‘tapa na cara’ dos descrentes da educação - Em todos os lugares encontramos
pessoas que não têm esperança na vida. São pessoas que não acreditam mais em
mudanças, por se conformar com a realidade, as estruturas sociais, as condições
da época, lugar, do cotidiano. Assim também vemos estas pessoas nas comunidades
escolares, sejam professores, alunos, gestores e até mesmo os pais. Então me
deparei esta semana com o filme “O milagre de Anne Sullivan”, clássico
americano dos anos 60. É o caso de uma menina que, por motivos de doença,
tornou-se cega, surda e muda ainda bebê. Como é possível alguém sobreviver
nestas condições? Pior: como ensinar quem não lê, vê ou fala? Mas eis a
primeira surpresa do filme: a mãe, como todo o carinho e paciência, conseguiu
lhe dar o mínimo de informações para sua sobrevivência e o filme já retrata a
pré-adolescência da menina. Embora viva e lúcida, a menina fazia chantagens
emocionais, davas crises de rebeldia para obter o que queria e também em outros
momentos parecia um pequeno animal. A família - rica - contrata uma professora
para lidar com a menina. A metodologia é forte e chamativa, mas cria os
primeiros avanços no modo de vida. Só que a dó e proteção dos pais impede novos
avanços. Eles são convencidos, então, a uma separação temporária dela (seria a
escola?). Daí até o final do filme é um milagre. “O milagre da educação”. O
filme é indispensável para professores e estudantes de licenciatura. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal
Expresso.
Desvalorização:
Único sem 2 SM, professor lidera salário de formação técnica – Única função com nível superior
que tem cargo abaixo de dois salários mínimos no serviço público municipal, a
profissão de professor revela sua desvalorização na comparação com funções que
exigem apenas o ensino médio e curso técnico do último concurso da Prefeitura
de Uberaba. Com salário inicial de R$
1.472 para 27 horas semanais (18 aulas com alunos), os professores com
nível superior recebem de piso no cargo um pouco acima de funções como agente
de trânsito, saúde bucal, técnico contábil, segurança no Trabalho, técnico de
enfermagem. A diferença de remuneração entre eles é de menos de 20%. Já na
comparação com agente administrativo e secretário escolar, a diferença no piso
salarial favorece os professores em 22 e 24%. Todos os cargos de nível ensino
médio e técnicos citados têm jornada semanal de 30 horas semanais. Confira as
informações na tabela acima.
Profissão
|
Escolaridade exigida
|
Jornada semanal de trabalho
|
Salário Inicial
(piso)
|
Diferença salário do professor
|
Professor
|
Superior
|
27h. (18 aulas com alunos)
|
R$ 1.472
|
---
|
Agente trânsito
|
Ensino
Médio
|
30h.
|
R$
1.231
|
- 17 %
|
Agente Saúde Bucal
|
Ensino Médio + técnico
|
30h.
|
R$ 1.200
|
- 19 %
|
Técnico Contábil ou Seg.
Trabalho
|
Ensino
Médio + técnico
|
30h.
|
R$
1.200
|
-
19 %
|
Téc. Enfermagem
|
Ensino Médio + técnico
|
30h.
|
R$ 1.200
|
- 19 %
|
Agente Administrativo
|
Ensino
Médio
|
|
R$
1.155
|
-
22 %
|
Secretário escolar
|
Ensino Médio
|
30h.
|
R$ 1.100
|
- 24 %
|
Fonte: ‘Educa.com’, com
informações colhidas de edital publicado no Jornal Porta Voz de 05 de outubro
de 2015.
MG:
Trabalhadores protestam e governo diz que estuda sobre reajuste do piso – Com pratos vazios simbolizando que a educação tem
fome de Piso Salarial, os educadores ocuparam a Cidade Administrativa no dia 5
de fevereiro. No final da manhã, a coordenação do SindUte foi recebida pelos
representantes do Governo do Estado: Secretários Odair Cunha (Governo) e Macaé
Evaristo (Educação), numa reunião intermediada pelo deputado Rogério Correia,
líder da Maioria na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Apenas o primeiro item do encontro foi
debatido: o pagamento do reajuste do Piso Salarial. O Sind-UTE/MG questionou
sobre o reajuste do piso salarial e o governo alegou que faltam estudos a serem
concluídos pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). A reunião foi
suspensa e remarcada para a próxima quinta-feira (11/02), às 15h, na Cidade
Administrativa. Fonte: SindUte.
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