quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Educa.com - 03.02.2016 - Desvalorização: Professor ganha a metade das outras profissões



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 03 de fevereiro de 2016N º 280
 
DESVALORIZAÇÃO:
PROFESSOR GANHA A METADE DAS OUTRAS PROFISSÕES
Um comparativo do piso salarial de várias funções exercidas na Prefeitura – feito com dados do edital do último concurso público – confirma a forte desvalorização profissional dos professores no país. Com salário inicial de R$ 1.472 para 27 horas semanais (18 aulas com alunos), os professores com nível superior recebem quase a metade das outras profissões com a mesma exigência de formação. Enfermeiros e psicólogos ganham 88% a mais de salário inicial. Assistentes Sociais, jornalistas, Engenheiros e dentistas recebem 112% a mais no início da carreira. Já os dentistas e médicos estão com salários superiores a 129% e 205% respectivamente. A meta 17 do Plano Nacional da Educação deu prazo de seis anos para que o rendimento médio dos professores seja equiparado aos demais profissionais com escolaridade equivalente. Confira as informações na tabela abaixo.

Profissão com curso superior
Faculdade
exigida
Jornada de
Trabalho semanal
Salário Inicial
(piso)
Diferença salário do professor

Enfermeiro
Enfermagem
30h.
R$ 2.780
+ 88 %

Psicólogo
Psicologia
30h.
R$ 2.780
+ 88 %

Farmacêutico
Farmácia
20h.
R$ 2.897
+ 96 %

Analista de Auditoria
Contabilidade, Direito, vários
20h.
R$ 2.897
+ 96 %

Educador Social
Licenc./Pedagogia
30h.
R$ 3.126
+ 112 %

Assistente Social
Serviço Social
30h.
R$ 3.126
+ 112 %

Secret. Executivo
Secretar. executivo
30h.
R$ 3.126
+ 112 %

Jornalista
Comunicação Social
30h.
R$ 3.126
+ 112 %

Nutricionista
Nutrição
30h.
R$ 3.126
+ 112 %

Engenheiro
Engenharia
30h.
R$ 3.126
+ 112 %

Dentista
Odontologia
30h.
R$ 3.375
+ 129 %

Médico
Medicina
20h.
R$ 4.500
+ 205 %

Fonte: Edital publicado no Jornal Porta Voz de 05 de outubro de 2015

Diário de Classe: Entregamos a pauta de reivindicações a todos os vereadores Nesta semana estive pessoalmente na Câmara de vereadores para entregar em cada gabinete nossa pauta de reivindicações. A medida esclarece ao poder legislativo quais são os itens que buscamos junto à Administração. Além disso, buscamos apoio para as propostas que visam melhorar as condições de trabalho e, consequente, a qualidade da educação no Município. Gostaria de desejar a todos um bom trabalho neste ano letivo que se inicia. Professor Adislau Leite, presidente do Sindemu

Confira os valores dos pisos da PMU com o reajuste do piso nacional
FUNÇÃO DOS EDUCADORES
Piso atual - 1 cargo
(1)
Com reajuste de 11,36% (2)
% do piso nacional
(3)
Professor – PEB
R$ 1.133
R$ 1.261
59%
Supervisora pedagógica
R$ 1.705
R$ 1.898
88%
Educadora Infantil
R$ 1.917
R$ 2.135
100%
(1)   Os cargos têm a seguintes jornadas: PEB – 27 horas; Supervisora - 25 horas; Educadora Infantil – 39 horas. Não são somados no piso benefícios não levados para a aposentadoria.
(2)   O reajuste precisa ser confirmado pela Prefeitura em negociação prevista para fevereiro
(3)   O piso nacional de R$ 2.135 é o valor válido para profissionais que atuam na educação básica da rede pública com formação de nível médio (magistério) e em cargos com jornada de até 40 horas. Entende-se que quem possui formação superior deve ganhar acima deste valor. Não vale somar benefícios.
                 
Editorial                                                                                                                               
Dá para entender o desinteresse pela profissão - Qualquer pesquisa feita com alunos que estão concluindo o ensino médio revela: há pouco interesse nas profissões ligadas a área da educação. E, pior, os mais estudiosos buscam outras áreas de trabalho e estudo. Não é por menos. Ao comparar os salários iniciais de professores da rede municipal de ensino com outras funções exercidas na Prefeitura, revela-se o forte quadro de desigualdade profissional. Com piso de R$ 1.472, o professor está nas poucas carreiras com formação escolar de nível superior que ganha abaixo de R$ 2.000. A outra é a supervisora escolar. Embora tenham dependido dos professores para chegar à função atual, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, engenheiros, nutricionistas e várias outras funções têm piso salarial duas vezes maior para jornadas semanais equivalentes ao do magistério. Já os médicos ganham três vezes mais. O quadro é alarmante e precisa ser revertido. No plano Nacional da Educação, uma das metas aprovadas deu prazo de seis anos para que esta diferença seja extinta. Por isso, o piso nacional do magistério, com reajuste acima da inflação, tem uma justificativa social muito importante para impulsionar a melhoria na qualidade da educação do Brasil. Enfim, a sociedade precisa se posicionar se a educação é ou não uma das suas prioridades nacionais. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Governo não negocia e demite servidores doentes, denuncia SindUte Para cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de desligamento dos servidores vinculados à lei 100, o governo Fernando Pimentel (PT) não levou em conta a situação de trabalhadores adoecidos. Segundo denúncia do Sindute MG, O governo fez acordo de negociar a situação e acabou não cumprindo, repetindo a situação do governo anterior que também havia comprometido a negociar os casos e não o fez. Segundo nota do sindicato, as demissões foram na “canetada” na mesma forma como foram as admissões ilegais feitas pelo então governador Aécio Neves (PSDB). O Sindicato também denunciou o sumiço de vagas na última designação, mas elogiou a centralização das escolhas. A principal luta agora na rede estadual é pelo pagamento de salários com o reajuste do piso salarial nacional do magistério de 11,36%.

FUNÇÃO DOS EDUCADORES
Piso atual –
1 cargo (1)
Abono em vigência (2)
Com reajuste de 11,36% na soma piso + abono (3)
% do piso nacional
(4)
Professor – PEB
R$ 1.455
R$ 190
R$ 1.831
75%
Supervisora pedagógica
R$ 1.455
R$ 190
R$ 1.831
75%
1.Os valores são para formação de nível superior. Acordo com o governo extinguiu níveis de formação mais baixa. 2.O abono deverá ser incorporado em junho de 2017. 3.Para haver o reajuste será preciso haver lei específica do governo. 4.Considerando apenas o piso reajustado de R$ 1.620. Os 100% no acordo chegará em 1º de junho de 2008.
      
CONJUNTURA
g Balanço da CGU revela desvios de R$ 2 bilhões da merenda escolar – Os ministérios da Justiça, da Educação e a CGU assinaram uma portaria conjunta estabelecendo medidas para combater as irregularidades e atuar na fiscalização. Segundo a Controladoria Geral da União, desde 2003 foram desviados R$ 2 bilhões destinados por repasses da União à merenda e ao transporte escolar em diversos municípios no país. Leia.

g Promotor sugere suspensão de edital das organizações sociais em Goiás – O Ministério Público quer ampliar a discussão sobre o projeto que passa para essas entidades a administração de 23 escolas públicas do estado. A promotoria sugeriu a criação de um grupo para discutir a questão, do qual participem educadores, representantes dos alunos, sindicatos do setor e de outros órgãos como o próprio MP. Leia.

 
MEC dá início a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti - O Ministério da Educação está iniciando uma grande campanha para tentar conscientizar e mobilizar os 40 milhões de estudantes da educação básica e 7,8 milhões de estudantes da educação superior para combater o mosquito transmissor da dengue e do zika vírus. Uma parceria com órgãos da rede nacional de ensino já foi iniciada para o trabalho. No próximo dia 4 de fevereiro, Mercadante terá encontro com secretários de educação das 115 cidades mais afetadas para tratar do tema. Para a servidora Eleine Barros de Sousa, grávida de sete meses, é muito importante à iniciativa do MEC, sobretudo porque muitas pessoas ainda estão desinformadas. “Como gestante, eu fico preocupada porque acho que pode acontecer comigo e com uma colega de trabalho”, disse. “E esse papel do MEC de informar é muito bom. A gente acha que pode acontecer com um vizinho, mas nunca com a gente.” Fonte MEC.



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