Edição Bragança Júnior (MG4731JP) -
http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 20 de maio de 2017 – N
º 365
DEPOIS
DE CORTAR O PONTO DA GREVE DOS EDUCADORES,
PIAU CORTA TAMBÉM NA
ALIMENTAÇÃO
Depois de cortar o ponto dos educadores que
participaram da greve nos meses de março e abril, a administração Paulo Piau
(PMDB) decidiu também cortar os dias no tíquete alimentação da categoria. A
medida radical do governo surpreendeu os trabalhadores e o Sindicato dos
Educadores, já que não foi anunciada na negociação da reposição das aulas. É a
primeira vez que o governo municipal altera a verba alimentar dos educadores. A
direção do Sindemu considerou desnecessária e injustificada a medida, tendo
iniciado um estudo sobre sua validade. A greve da categoria ocorreu de 27 março
a 8 de abril. Depois aderiu à greve nacional do dia 28 de abril. O movimento
foi deflagrado contra o reajuste zero e as reformas do governo federal. A
reposição foi negociada para julho, com exceção do dia 28, ainda pendente. Uma
parte da categoria passou a receber um abono de complementação salarial e nova
negociação está marcada para 18 de julho. O movimento já obteve melhorias na
reforma da previdência, mas não obteve vitórias na reforma trabalhista.
EDITORIAL
Desconto: Piau só pode ser a favor do golpe na previdência – Nesta semana, os
educadores municipais e o Sindemu foram surpreendidos por uma medida radical do
governo Paulo Piau (PMDB): o desconto no tíquete alimentação – sem aviso prévio
- dos dias da greve da categoria de março e abril. Foi a primeira vez que a
Administração chegou impor medida tão drástica. Durante a negociação com a PMU,
o governo municipal anunciou o corte no ponto, que teve início já neste mês.
Agora, cortar a alimentação é desnecessário, pois a negociação ainda está em
andamento com reunião marcada para 18 de julho. Além disso, já houve negociação
de reposição dos dias parados (com exceção do dia 28 de abril) e os trabalhos
na rede voltaram à normalidade. O desconto “amargo” na alimentação dos
educadores revela “rancor” do governo Paulo Piau com o movimento. A única
leitura possível é de que a Administração ficou contrariada com a maior vitória
da greve, que foi a alteração no projeto original de reforma da previdência que
ia dar um golpe nas aposentadorias. Além de já reduzir 3 anos na idade mínima das
mulheres e 5 dos professores – embora o projeto ainda esteja ruim -, a greve
também possibilitou até o momento complementação salarial para uma parte da
categoria. Talvez estariam certas as ponderações de sindicalistas na reunião
dos vereadores: o governo municipal está entendendo como ofensa os pensamentos
e ações divergentes do que sua cúpula projeta para o município. Anízio
Bragança Júnior
Uberaba manda
caravana para Brasília e promove vigília – As
centrais sindicais esperam mobilizar ao menos 80 mil pessoas na próxima
quarta-feira (24), em Brasília, em marcha unificada contra as reformas. Mesmo
que os relatores tenham anunciado a suspensão do andamento das reformas (veja
na sequência), os sindicalistas querem pressionar o Congresso por uma nova
agenda. Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, o momento é favorável à
mobilização, após um período adverso. g AÇÕES EM UBERABA – O Fórum dos
trabalhadores em Uberaba promove ato na feira da Abadia dia 21, envia caravana
para Brasília dia 24 e faz vigília pela unidade na Catedral dia 30. O Sindute
já anunciou ato na Pça Rui Barbosa dia 24 a partir das 15 horas.
Crise suspende tramitação das reformas no
Congresso – Relator do
projeto de "reforma" trabalhista nas comissões de Assuntos Econômicos
(CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) anunciou
que o andamento dos trabalhos está suspenso. Em rede social, ele alegou o
momento de crise no Brasil para interromper a tramitação do PLC 38, aprovado na
Câmara como PL 6.787. “O bom senso determina que é necessário priorizar a
solução da crise institucional, para depois darmos desdobramento ao debate
relacionado à reforma trabalhista”, disse o deputado. A previsão do projeto de
ir ao plenário para votação era de 12 e 15 de junho. A crise também suspendeu a
tramitação da reforma da previdência. O relator, deputado Arthur Maia
(PPS-BA), afirmou que a situação política ("cenário crítico, de
incertezas") não permite avançar na discussão do projeto. Segundo ele,
será preciso esclarecer os fatos – referindo-se às denúncias feitas nesta
semana que envolveu o presidente Michel Temer – para só então criar condições
para retomar a análise do texto. Fonte:
Rede Brasil Atual.
CONJUNTURA
g OAB RJ: ‘Congresso não tem legitimidade para reformas’– "É gravíssimo ter um presidente
que discute práticas delituosas com naturalidade”. “O Congresso é certamente o
mais corrupto, denunciado e processado da história do país". As frases são
de nota pública da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro. Leia.
g Nem patrões apontam custo do trabalhador como
problema –
Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria no início deste
ano mostra que os empresários colocaram a carga tributária como líder dos
problemas no primeiro trimestre de 2017. O custo do trabalho, portanto, não é
justificativa para as reformas. Leia.
g Sexualidade e gênero’ nas escolas previne
violência sexual –
“Na hora que eu crio uma criança, desde pequenininha, sabendo o que é sexo, o
que é sexualidade, qual é o direito que ela tem você vai preparar essa criança
para que, em qualquer abordagem que ela sofra, indicando para um uso indevido
do seu corpo, ela reage, não aceita”. diz a especialista. Leia.
Professores têm até o
dia 26 para se vacinar contra a gripe
– A
campanha de imunização contra a gripe vai até o dia 26/05. Os professores que
ainda não se vacinaram devem comparecer a uma Unidade Básica de Saúde, munido
de documento com foto e holerite ou outro comprovante de trabalho. Este ano, os
professores das redes pública e privada foram incluídos no grupo alvo da
Campanha. O Sindemu chegou a solicitar à Prefeitura a imunização de toda a
categoria, mas não obteve resposta. O ambiente de trabalho nas escolas favorece
o contágio, mesmo que sejam adotadas medidas preventivas. Por isso, a
imunização dos professores e demais trabalhadores da escola é muito importante.
GUIA DO PROFESSOR – Rede particular
Adoção garante estabilidade de cinco meses de trabalho – Professora
gestante ou adotante gozará de estabilidade no emprego, conforme a Constituição
Federal, durante a gravidez ou a efetiva adoção de menores de 12 anos. A
estabilidade seguirá por cinco meses após o parto ou adoção. A medida fica
ressalvada apenas nos casos de demissão imotivada, término do contrato de prazo
determinado, pedido de rescisão pelo docente ou acordo entre as partes. Fonte:
Sinpro Triângulo – Cláusulas da CCT.
Sindicatos denunciam deputados com 50 outdoors na
região –
Temer faz chantagem com
municípios para aprovar reformas – O presidente disse no início da semana que uma eventual
revisão do pacto federativo somente será feita após aprovação da reforma
previdenciária que está em tramitação na Câmara dos Deputados. A imposição foi
repassada para os prefeitos que participaram da 20ª Marcha Nacional dos
Prefeitos, realizada nesta terça (16), em Brasília, e visa fazer com que os
gestores municipais pressionem os parlamentares pela aprovação do projeto. O
governo Temer ainda não possui apoio suficiente para que a reforma entre em
vigor. Fonte: Brasil 247
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