Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 25 de Novembro 2018 – N
º 437
MEC
SERÁ TRINCHEIRA DE GUERRA CULTURAL NA EDUCAÇÃO
BOLSONARO
FAZ ESCOLHA IDEOLÓGICA NO MEC
O
professor Ricardo Vélez Rodríguez foi anunciado na quinta (22), como o Ministro
da Educação para compor o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Vélez
se diz crítico da “ideologia marxista” e tem livros publicados contra o PT. O
educador Daniel Cara - coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à
Educação - explica que o futuro ministro tem apoio de militares e também é
defensor do projeto Escola sem Partido. Vélez Rodríguez é professor da elite do
Exército e da Universidade Federal de Juiz de Fora. “Ele considera que a Escola
sem Partido seja instituído por uma mobilização da sociedade para combater o
que eles chamam de marxismo cultural, assim como a ideologia de gênero, que são
temas inventados por eles mesmos para recrutar militantes, e gerar pânico moral
e ideológico nos pais de alunos e estudantes”, explica Daniel à Rede Brasil Atual. Segundo a jornalista
Tereza Cruvinel, os escritos de Vélez “sugerem que ele está muito mais
preocupado com a moralidade e a doutrinação, em nome de uma suposta
desideologização do ensino, do que com a qualidade da educação”.
Escolha agrada bancada evangélica
– Membros
da bancada evangélica do Congresso Nacional aplaudiram a indicação de Ricardo
Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação de Jair Bolsonaro. O professor
colombiano naturalizado brasileiro não era o nome preferido de todas as
lideranças neopentecostais - o cotado do pastor Silas Malafaia e de outros
nomes era o procurador Guilherme Schelb -, mas nem por isso há agora ânimo de
criticar a decisão final do futuro Governo. Fonte:
El país Brasil
Freitas: ‘Ministro tem de ser fraco para facilitar
privatização’ – O professor da Unicamp Luiz Carlos Freitas tem uma
análise interessante sobre a nova nomeação do Ministério da Educação para o
governo Bolsonaro (PSL). Para ele, um Ministério fraco combina com um “Estado
fraco” imaginado pelo governo eleito. “A educação é vista como uma área da
economia a ser inserida no livre mercado, na esteira do Estado mínimo”, avalia.
Em artigo publicado em seu blog, Freitas analisa que restarão para o ministério
da Educação, as funções complementares dos únicos núcleos fortes do próximo
governo: Na economia irá ajudar no controle dos processos de privatização; Para
ajudar o Ministério da Justiça irá impor a sustentação da ideologia do liberalismo
econômico. Ou seja, O ministério da Educação deve ser forte apenas na
ideologia, habilidade na qual o novo ministro é versado. “O novo ministro da educação é um militante da
extrema direita indicado por Olavo de Carvalho, que é anti-petista de
carteirinha, a favor do ‘escola sem partido’, contra um tal marxismo cultural
gramsciano, e outras paranoias. A bancada da bíblia que havia vetado outros
nomes não reclamou”. Para o professor o novo ministro é um vazio no campo
técnico, mas deve-se aguardar pela indicação do segundo escalão. Na sua análise,
a privatização da educação será feita pela futura Secretaria de privatizações.
A educação será entregue à iniciativa privada (vouchers e escolas charters). Com informações do Blog do
Freitas.
Organizações de 87 países repudiam Escola Sem Partido – Mais de 150 entidades de 87 países diferentes assinaram uma moção de emergência contra o projeto "Escola Sem Partido", de apoio do futuro presidente Jair Bolsonaro e que tramita, atualmente, no Congresso Nacional. O documento que critica a tentativa de lei como censura a professores foi aprovado por unanimidade durante a 6ª Assembleia Mundial da Campanha Global pela Educação, que ocorreu entre os dias 16 e 18 em Katmandu (Nepal). A entidade que se mobilizou primeiro, a Campanha Latinoamericana pelo Direito à Educação (Clade), reuniu o apoio de mais de centena de organizações por todo o mundo, incluindo Noruega, Alemanha, Holanda, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos, Reino Unido, Angola, além dos países da América Latina. Ainda, alguns dos representantes que assinaram o documento são relatores das Organizações das Nações Unidas (ONU). Fonte: Jornal GGN
FTU lança escola de formação e cidadania – Depois
de vários anos em debate, o Fórum dos Trabalhadores de Uberaba (FTU) anunciou a
1ª reunião de planejamento da escola de formação e cidadania a ser lançada na
cidade. A ideia inicial é de ofertar cursos de formação da cidadania de
temáticas variáveis nas formas presenciais em vários locais da cidade e também
à distância. O encontro de planejamento será realizado no dia 4 de dezembro
quando será apresentado um projeto inicial de compartilhamento. O lançamento
foi feito no debate “Escravismo e capitalismo” realizado na última
segunda-feira no sede do Sinpro em Uberaba.
CONTEXTO
g Promotores
pró-Bolsonaro articulam pró Escola Sem Partido – O presidente
eleito Jair Bolsonaro irá contar com uma outra ‘bancada’ de apoio, que não a da
Bíblia, Boi e Bala, quando assumir o cargo no Palácio do Planalto: a de
promotores e procuradores favoráveis às suas pautas, tais como o Escola sem
Partido. Leia
g PROFESSORA
DA UNB DEIXA O BRASIL APÓS AMEAÇAS – A antropóloga, professora e
pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB). Débora Diniz, reconhecida
mundialmente pelo seu trabalho na área de saúde pública e em defesa dos
direitos reprodutivas das mulheres, foi obrigado, juntamente com a família, a
deixar o Brasil em função da perseguição de grupos antiaborto na chamada 'deep
web'. Leia
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