domingo, 25 de novembro de 2018

Educa.com - 23.11.2018 - Bolsonaro faz escolha ideológica no MEC


Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 25 de Novembro 2018N º 437
 
MEC SERÁ TRINCHEIRA DE GUERRA CULTURAL NA EDUCAÇÃO
BOLSONARO FAZ ESCOLHA IDEOLÓGICA NO MEC
O professor Ricardo Vélez Rodríguez foi anunciado na quinta (22), como o Ministro da Educação para compor o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Vélez se diz crítico da “ideologia marxista” e tem livros publicados contra o PT. O educador Daniel Cara - coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação - explica que o futuro ministro tem apoio de militares e também é defensor do projeto Escola sem Partido. Vélez Rodríguez é professor da elite do Exército e da Universidade Federal de Juiz de Fora. “Ele considera que a Escola sem Partido seja instituído por uma mobilização da sociedade para combater o que eles chamam de marxismo cultural, assim como a ideologia de gênero, que são temas inventados por eles mesmos para recrutar militantes, e gerar pânico moral e ideológico nos pais de alunos e estudantes”, explica Daniel à Rede Brasil Atual. Segundo a jornalista Tereza Cruvinel, os escritos de Vélez “sugerem que ele está muito mais preocupado com a moralidade e a doutrinação, em nome de uma suposta desideologização do ensino, do que com a qualidade da educação”.

 Escolha agrada bancada evangélica Membros da bancada evangélica do Congresso Nacional aplaudiram a indicação de Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação de Jair Bolsonaro. O professor colombiano naturalizado brasileiro não era o nome preferido de todas as lideranças neopentecostais - o cotado do pastor Silas Malafaia e de outros nomes era o procurador Guilherme Schelb -, mas nem por isso há agora ânimo de criticar a decisão final do futuro Governo. Fonte: El país Brasil
 
Freitas: ‘Ministro tem de ser fraco para facilitar privatização’ O professor da Unicamp Luiz Carlos Freitas tem uma análise interessante sobre a nova nomeação do Ministério da Educação para o governo Bolsonaro (PSL). Para ele, um Ministério fraco combina com um “Estado fraco” imaginado pelo governo eleito. “A educação é vista como uma área da economia a ser inserida no livre mercado, na esteira do Estado mínimo”, avalia. Em artigo publicado em seu blog, Freitas analisa que restarão para o ministério da Educação, as funções complementares dos únicos núcleos fortes do próximo governo: Na economia irá ajudar no controle dos processos de privatização; Para ajudar o Ministério da Justiça irá impor a sustentação da ideologia do liberalismo econômico. Ou seja, O ministério da Educação deve ser forte apenas na ideologia, habilidade na qual o novo ministro é versado.  “O novo ministro da educação é um militante da extrema direita indicado por Olavo de Carvalho, que é anti-petista de carteirinha, a favor do ‘escola sem partido’, contra um tal marxismo cultural gramsciano, e outras paranoias. A bancada da bíblia que havia vetado outros nomes não reclamou”. Para o professor o novo ministro é um vazio no campo técnico, mas deve-se aguardar pela indicação do segundo escalão. Na sua análise, a privatização da educação será feita pela futura Secretaria de privatizações. A educação será entregue à iniciativa privada (vouchers e escolas charters).  Com informações do Blog do Freitas.

Organizações de 87 países repudiam Escola Sem PartidoMais de 150 entidades de 87 países diferentes assinaram uma moção de emergência contra o projeto "Escola Sem Partido", de apoio do futuro presidente Jair Bolsonaro e que tramita, atualmente, no Congresso Nacional. O documento que critica a tentativa de lei como censura a professores foi aprovado por unanimidade durante a 6ª Assembleia Mundial da Campanha Global pela Educação,  que ocorreu entre os dias 16 e 18 em Katmandu (Nepal). A entidade que se mobilizou primeiro, a Campanha Latinoamericana pelo Direito à Educação (Clade), reuniu o apoio de mais de centena de organizações por todo o mundo, incluindo Noruega, Alemanha, Holanda, Suíça, Dinamarca, Estados Unidos, Reino Unido, Angola, além dos países da América Latina. Ainda, alguns dos representantes que assinaram o documento são relatores das Organizações das Nações Unidas (ONU). Fonte: Jornal GGN

 

FTU lança escola de formação e cidadania Depois de vários anos em debate, o Fórum dos Trabalhadores de Uberaba (FTU) anunciou a 1ª reunião de planejamento da escola de formação e cidadania a ser lançada na cidade. A ideia inicial é de ofertar cursos de formação da cidadania de temáticas variáveis nas formas presenciais em vários locais da cidade e também à distância. O encontro de planejamento será realizado no dia 4 de dezembro quando será apresentado um projeto inicial de compartilhamento. O lançamento foi feito no debate “Escravismo e capitalismo” realizado na última segunda-feira no sede do Sinpro em Uberaba.

CONTEXTO
g Promotores pró-Bolsonaro articulam pró Escola Sem Partido – O presidente eleito Jair Bolsonaro irá contar com uma outra ‘bancada’ de apoio, que não a da Bíblia, Boi e Bala, quando assumir o cargo no Palácio do Planalto: a de promotores e procuradores favoráveis às suas pautas, tais como o Escola sem Partido. Leia
g PROFESSORA DA UNB DEIXA O BRASIL APÓS AMEAÇAS – A antropóloga, professora e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB). Débora Diniz, reconhecida mundialmente pelo seu trabalho na área de saúde pública e em defesa dos direitos reprodutivas das mulheres, foi obrigado, juntamente com a família, a deixar o Brasil em função da perseguição de grupos antiaborto na chamada 'deep web'. Leia

 

Dia da Consciência Negra: uma data de reflexão e ação"Para além de uma comemoração, o Dia Nacional da Consciência Negra é uma data de reflexão. Para nós da educação é um momento de muito trabalho de combate ao racismo dentro das escolas”, destaca a Secretária de Combate ao Racismo da CNTE, Ieda Leal. A professora reforça que por meio da educação é possível buscar a superação do racismo não só na data de hoje como ao longo do ano: “Falar de consciência negra dentro da escola é reafirmar a participação que os povos negros tiveram ao longo da história e fortalecer as políticas que possam promover um processo de repararção ao dano que o racismo causou à população negra”. Celebrado em 20 de novembro, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data é fruto da articulação do movimento negro brasileiro e faz referência à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Fonte: CNTE

 

Desvalorizar salário mínimo e aposentadorias agravará crise “Se Mansueto e Bolsonaro acabarem com a política de valorização do salário mínimo e a Previdência, significa o fim econômico da maioria das cidades brasileiras de menos de 100 mil habitantes.” A avaliação é do presidente da CUT, Vagner Freitas, em entrevista à Rádio Brasil Atual na tarde desta quinta-feira (22). Ele trata das propostas apresentadas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, e pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, que podem agravar ainda mais a já conturbada realidade brasileira. Cerca de 70% dos municípios do país (3.875 cidades) têm como maior fonte de renda os benefícios pagos pela Previdência Social, muitos deles com base no salário mínimo. “Não têm (essas cidades) uma economia que gire por si só, são lugares onde pais e filhos estão desempregados e o avô acaba sendo arrimo de família. Ou onde os empregados ganham hoje salário mínimo valorizado. Somem-se essas duas coisas e (o fim delas) pode criar uma crise econômica generalizada para a maioria do interior do Brasil”.

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