Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 27 de maio de 2015 - Nº 247
DIA 29: SINDICATOS VOLTAM ÀS RUAS CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO
No
dia nacional de protestos contra a terceirização, Sinpro, Sindemu e
demais sindicatos da cidade que formam o Fórum dos Trabalhadores de
Uberaba (FTU) realizam protestos a partir 15 horas na Praça Rui Barbosa.
O evento na sexta pretende esclarecer a população sobre os grandes
prejuízos que trará o projeto que que libera a terceirização para todos
os setores (inclusive as da atividade fim) em tramitação no Congresso.
Também será divulgado quais os deputados que votaram a favor do golpe
sobre os trabalhadores e as relações de trabalho do Brasil. O ato
protesta ainda contra a forma do ajuste fiscal do governo Dilma (PT),
com mais peso sobre os trabalhadores, por uma reforma política
democrática e pede mais cadeiras de vereadores na Câmara local.
Sinpro mostra o desastre para professores se a lei vingar - As
escolas ficam liberadas para dispensar empregados e contratar
terceirizados. Alguns direitos históricos poderão ser perdidos: bolsas
de estudos, férias e recessos, pisos e isonomia salarial; Educação
física e línguas podem ter setores inteiramente terceirizados nas
escolas; descumprimento da Convenção pelas empresas terceirizadas;
contratos por tempo determinado pode burlar férias, e 13º salário;
professores podem não ter nenhum vínculo com a escola onde trabalha:
como seria assim qualidade do ensino?
EDITORIAL
Como a terceirização atinge o trabalhador de escolas públicas - Há
uma história antiga que conta o seguinte: um rato descobriu que o
fazendeiro comprou uma ratoeira e saiu advertindo a todos sobre o fato. A
galinha ignorou, pois não seria atingida. O cordeiro disse que poderia
apenas orar pelo rato. E a vaca respondeu que não estaria em perigo com a
novidade. O rato voltou triste para a casa. No outro dia a ratoeira
estalou. Estava escuro e a mulher do fazendeiro foi conferir. Era uma
cobra venenosa que só foi percebida após a picada. Depois de voltar do
hospital, ela teve febre. Foi feito uma canja usando a galinha. A doença
continuou e para agradar as visitas foi feito um cordeiro assado. Mas, a
mulher morreu. No enterro, a vaca virou alimento para a multidão. A
reflexão desta história serve para a situação atual da lei da
terceirização. Em votação, os deputados liberaram a terceirização de
todas as funções. Entre elas, professores da rede particular e da
administração indireta do setor público. Ou seja, o cenário futuro pode
ser de escolas inteiras sem nenhum professor empregado pela instituição
de ensino. Uma emenda, no entanto, proibiu o uso de terceiros na
administração pública direta. Nada garante, no entanto, que isso não
venha ser mudado no futuro. Em médio prazo, o cenário de trabalho
terceirizado irá pressionar para que a administração direta também seja
atingida. Além disso, os salários e direitos podem ser espelhados pelo
novo cenário de rebaixamento trabalhista que a terceirização trará. E
mais: professores têm filhos que vão trabalhar? Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.
Campanha Salarial: Para fechar, Sinpro aguarda posicionamento final do Sinep - Resposta
de arredondamento de 0,32% no piso do ensino superior está em análise
pelos donos das instituições de ensino. O valor elevaria o reajuste do
setor para 8% e ajudaria a amenizar o fato do Triângulo ter os menores
salários entre as escolas particulares de Minas Gerais. Os demais
setores terão: 11% de reajuste na educação infantil e 8% na educação
básica, além de manutenção dos demais benefícios na convenção de
coletiva. O acordo também garantirá a continuidade das negociações em
agosto sobre a situação dos professores do ensino à distância.
Professor de instituições federais de ensino entram em greve nesta quinta - Os docentes nas instituições federais de ensino superior do país entram em greve a partir de quinta-feira (28), por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Paulo Rizzo, a crise das universidades está mais profunda. As negociações com o Ministério da Educação (MEC) não tiveram solução e a greve foi a saída para pressionar o governo a ampliar os investimentos na educação. A diretoria do sindicato reuniu-se com representantes do MEC na última sexta (22), mas não houve acordos entre as partes. "A reunião foi muito ruim, porque o acordo de organização de carreira que tínhamos firmado com o então secretário de Ensino Superior [Paulo Speller] foi suspensa com a justificativa de falta de autonomia para firmar tal acordo", disse o presidente. "Eles [representantes do MEC] disseram que não há nada para negociar conosco." Com o anúncio do corte de R$ 9,43 bilhões no Orçamento do ministério em 2015, o presidente do sindicato acredita que as atividades acadêmicas podem ser comprometidas. Fonte: Agencia Brasil
CONJUNTURA
g Prioridade de Dilma, Educação deve ter corte de R$ 9 bilhões - Apesar
do corte bilionário, a educação (junto com saúde e bolsa-família) será
uma das três áreas que vão manter gastos acima dos patamares de 2013. Leia.
g Câmara evitou piorar ainda mais o sistema político - Depois
de rejeitarem a adoção do sistema eleitoral majoritário, o distritão,
os deputados derrotaram também na noite de ontem a proposta que
transformava em norma constitucional o financiamento de campanhas com
doações de empresas privadas e pessoas físicas, o que praticamente
perpetuaria este sistema já existente, dificultando mudanças futuras. Leia.
g Papa afirma que não vê TV há 25 anos - O
papa contou que fica sabendo dos resultados de futebol através da
Guarda Suíça, que faz a segurança do Vaticano. Francisco afirmou ainda
que lê apenas um jornal, o italiano "La Repubblica". Leia.
Professores do Rio Grande do Sul têm o vencimento básico mais baixo do país -
Valor
equivale a R$ 1,2 mil, sem contar nenhum adicional ou complemento.
Entre os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o que paga o menor
vencimento básico inicial para os professores estaduais. A conclusão é
de um levantamento feito junto às Secretarias de Educação de todas as
unidades da federação. Zero Hora pediu aos órgãos que indicassem os
valores atualizados destinados aos educadores no começo da carreira, por
uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem contar adicionais. A
comparação é complexa, pois algumas secretarias informam que o primeiro
nível é ocupado por pessoas sem graduação (como no RS) e, outras, em
menor número, por graduados - teoricamente mais bem remunerados. Além
disso, Estados como o Espírito Santo transformou a remuneração em
subsídio, incorporando gratificações. Fonte: Zero Hora.