quarta-feira, 27 de maio de 2015

Educa.com - 27.05.2015 - Dia 29: Sindicatos voltam às ruas contra a terceirização

Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 27 de maio de 2015 - Nº 247


 
DIA 29: SINDICATOS VOLTAM ÀS RUAS CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO
No dia nacional de protestos contra a terceirização, Sinpro, Sindemu e demais sindicatos da cidade que formam o Fórum dos Trabalhadores de Uberaba (FTU) realizam protestos a partir 15 horas na Praça Rui Barbosa. O evento na sexta pretende esclarecer a população sobre os grandes prejuízos que trará o projeto que que libera a terceirização para todos os setores (inclusive as da atividade fim) em tramitação no Congresso. Também será divulgado quais os deputados que votaram a favor do golpe sobre os trabalhadores e as relações de trabalho do Brasil. O ato protesta ainda contra a forma do ajuste fiscal do governo Dilma (PT), com mais peso sobre os trabalhadores, por uma reforma política democrática e pede mais cadeiras de vereadores na Câmara local.  

Sinpro mostra o desastre para professores se a lei vingar - As escolas ficam liberadas para dispensar empregados e contratar terceirizados. Alguns direitos históricos poderão ser perdidos: bolsas de estudos, férias e recessos, pisos e isonomia salarial; Educação física e línguas podem ter setores inteiramente terceirizados nas escolas; descumprimento da Convenção pelas empresas terceirizadas; contratos por tempo determinado pode burlar férias, e 13º salário; professores podem não ter nenhum vínculo com a escola onde trabalha: como seria assim qualidade do ensino?

EDITORIAL
Como a terceirização atinge o trabalhador de escolas públicas - Há uma história antiga que conta o seguinte: um rato descobriu que o fazendeiro comprou uma ratoeira e saiu advertindo a todos sobre o fato. A galinha ignorou, pois não seria atingida. O cordeiro disse que poderia apenas orar pelo rato. E a vaca respondeu que não estaria em perigo com a novidade. O rato voltou triste para a casa. No outro dia a ratoeira estalou. Estava escuro e a mulher do fazendeiro foi conferir. Era uma cobra venenosa que só foi percebida após a picada. Depois de voltar do hospital, ela teve febre. Foi feito uma canja usando a galinha. A doença continuou e para agradar as visitas foi feito um cordeiro assado. Mas, a mulher morreu. No enterro, a vaca virou alimento para a multidão. A reflexão desta história serve para a situação atual da lei da terceirização. Em votação, os deputados liberaram a terceirização de todas as funções. Entre elas, professores da rede particular e da administração indireta do setor público. Ou seja, o cenário futuro pode ser de escolas inteiras sem nenhum professor empregado pela instituição de ensino. Uma emenda, no entanto, proibiu o uso de terceiros na administração pública direta. Nada garante, no entanto, que isso não venha ser mudado no futuro. Em médio prazo, o cenário de trabalho terceirizado irá pressionar para que a administração direta também seja atingida. Além disso, os salários e direitos podem ser espelhados pelo novo cenário de rebaixamento trabalhista que a terceirização trará. E mais: professores têm filhos que vão trabalhar? Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.  

Campanha Salarial: Para fechar, Sinpro aguarda posicionamento final do Sinep   - Resposta de arredondamento de 0,32% no piso do ensino superior está em análise pelos donos das instituições de ensino. O valor elevaria o reajuste do setor para 8% e ajudaria a amenizar o fato do Triângulo ter os menores salários entre as escolas particulares de Minas Gerais. Os demais setores terão: 11% de reajuste na educação infantil e 8% na educação básica, além de manutenção dos demais benefícios na convenção de coletiva. O acordo também garantirá a continuidade das negociações em agosto sobre a situação dos professores do ensino à distância.  

Professor de instituições federais de ensino entram em greve nesta quinta - Os docentes nas instituições federais de ensino superior do país entram em greve a partir de quinta-feira (28), por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Paulo Rizzo, a crise das universidades está mais profunda. As negociações com o Ministério da Educação (MEC) não tiveram solução e a greve foi a saída para pressionar o governo a ampliar os investimentos na educação. A diretoria do sindicato reuniu-se com representantes do MEC na última sexta (22), mas não houve acordos entre as partes. "A reunião foi muito ruim, porque o acordo de organização de carreira que tínhamos firmado com o então secretário de Ensino Superior [Paulo Speller] foi suspensa com a justificativa de falta de autonomia para firmar tal acordo", disse o presidente. "Eles [representantes do MEC] disseram que não há nada para negociar conosco." Com o anúncio do corte de R$ 9,43 bilhões no Orçamento do ministério em 2015, o presidente do sindicato acredita que as atividades acadêmicas podem ser comprometidas. Fonte: Agencia Brasil


CONJUNTURA
g Prioridade de Dilma, Educação deve ter corte de R$ 9 bilhões - Apesar do corte bilionário, a educação (junto com saúde e bolsa-família) será uma das três áreas que vão manter gastos acima dos patamares de 2013. Leia.

g Câmara evitou piorar ainda mais o sistema político - Depois de rejeitarem a adoção do sistema eleitoral majoritário, o distritão, os deputados derrotaram também na noite de ontem a proposta que transformava em norma constitucional o financiamento de campanhas com doações de empresas privadas e pessoas físicas, o que praticamente perpetuaria este sistema já existente, dificultando mudanças futuras. Leia.
   
g Papa afirma que não vê TV há 25 anos - O papa contou que fica sabendo dos resultados de futebol através da Guarda Suíça, que faz a segurança do Vaticano. Francisco afirmou ainda que lê apenas um jornal, o italiano "La Repubblica". Leia.

Professores do Rio Grande do Sul têm o vencimento básico mais baixo do país -
Valor equivale a R$ 1,2 mil, sem contar nenhum adicional ou complemento. Entre os Estados brasileiros, o Rio Grande do Sul é o que paga o menor vencimento básico inicial para os professores estaduais. A conclusão é de um levantamento feito junto às Secretarias de Educação de todas as unidades da federação. Zero Hora pediu aos órgãos que indicassem os valores atualizados destinados aos educadores no começo da carreira, por uma jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem contar adicionais. A comparação é complexa, pois algumas secretarias informam que o primeiro nível é ocupado por pessoas sem graduação (como no RS) e, outras, em menor número, por graduados - teoricamente mais bem remunerados. Além disso, Estados como o Espírito Santo transformou a remuneração em subsídio, incorporando gratificações. Fonte: Zero Hora.

 

Senado aprova mudanças no seguro-desemprego e abono salarial - O plenário do Senado aprovou, sem alterações em relação ao texto da Câmara, a Medida Provisória (MP) 665, que altera as regras para acesso do trabalhador ao seguro-desemprego, ao seguro-defeso e ao abono salarial. A matéria segue agora para sanção da presidenta Dilma Rousseff.  As novas regras do abono salarial estabelecem que o beneficiado terá que ter trabalhado pelo menos 90 dias no ano anterior e receberá o benefício proporcionalmente ao tempo trabalhado. Assim, ele receberá um doze avos do salário-mínimo por cada mês trabalhado, conforme as regras que valem para o pagamento de 13º salário. Fonte: Agência Brasil.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário