sexta-feira, 22 de maio de 2015

Educa.com - 22.05.2015: Jurídico muda plano e extraclasse sairá só em agosto



  Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 22 de maio de 2015 - Nº 246


JURÍDICO MUDA PLANO E EXTRACLASSE SAIRÁ SÓ EM AGOSTO
Em reunião na manhã desta sexta (22), o presidente do Sindemu Adislau Leite ouviu dos representantes do Município que o projeto que altera a jornada de trabalho e implanta o extraclasse para os educadores terá que ser votado junto com o plano de carreira. O documento, ainda desconhecido, foi prometido ao sindicato para ser entregue em uma semana e logo depois à Câmara Municipal. Na avaliação do Procuradoria Geral do Município, a mudança na jornada sem a carreira poderia prejudicar o benefício. Outra prromessa da prefeitura é votar o projeto na Câmara até 24 de junho. Está em estudo a redução no tempo de adesão ao plano para um mês (ao invé dos dois anunciados) para que o extraclasse seja colocado em prática no mês de agosto. A diretoria do sindicato manifestou o descontentamento com a mudança, alterando a data de junho prometida pela Administração. O encontro desta sexta foi feito para a entrega do plano de carreira dos demais servidores e foi marcado pelo discurso de dificuldade na arrecadação.

Reajuste de 18% de diretores e vices está aprovado na Câmara - Projeto que reestrutura a organização da Administração Direta da Prefeitura aprovado neste semana na Câmara Municipal garantiu reajuste de 18% aos diretores e vices de escolas e Cemeis. O projeto, qua ainda depende da sanção do prefeito, deve entrar em vigor em junho (a ser pago em julho). Como já houve adiantamento inicial, o acréscimo restante será de 11,7%. A medida garantirá aos diretores e vices o mesmo reajuste dos educadores após a implantação do extraclasse. g CONCURSO - Representantes do Município anunciaram que o edital do concurso público será lançado tão logo haja a aprovação do plano de carreira dos educadores na Câmara.

MG acorda piso integral para 16 horas aula com aluno - Acordo inédito dos professores da rede estadual assinado esta semana garante o reconhecimento do piso integral (R$ 1917) para um cargo de 24 horas aulas (16 horas com alunos e 8 extraclasse). Para atingir o piso haverá reajustes gradativos até 2018. Mesmo usando como base a graduação (e não a formação magistério) o reconhecimento é o primeiro entre os estados do Brasil. Também foi acertado: o compromisso de repasse automático de reajuste no piso do magistério em janeiro de cada ano, o reajuste para todas as carreiras da educação e aposentados, descongelamento da carreira, nomeação de 15 mil concursados por ano, adicional de 5% a cada cinco anos a partir de 2017, direito à merenda, anistia das greves anteriores, solução para aposentadorias. Considerando o déficit no Estado, as dificuldades econômicas do país e histórico de perdas do governo anterior, o acordo é uma grande conquista dos trabalhadores da rede estadual.
   
EDITORIAL
Caiu o subsídio em acordo histórico dos professores - Um detalhe do acordo entre o governo de Minas e o SindUte me chamou a atenção durante a semana: o subsídio chegou ao fim. Criado por Aécio e Anastasia para justificar o não pagamento do piso salarial, o subsídio é uma fórmula de pagamento que somava todas as vantagens no salário do servidor. Na prática, tornou-se um redutor salarial dos professores. A fórmula "criativa" e obrigatória para todos os trabalhadores do setor deixou de lado o vencimento básico e, por isso, desobrigou o Estado a fazer reajustes do piso orientados pelo MEC. A Confederação dos Trabalhadores da Educação questionou a medida na justiça, que recentemente deu razão de causa (pasmem!) ao Estado. Assim, é um alívio aos professores assinar um acordo pondo fim ao mecanismo. Agora, pela primeira vez desde a criação da lei do piso, os educadores terão direito ao reajuste anual do benefício. Os percentuais, no acordo feito, serão repassados anualmente além dos valores de abono programados para recompor o salário. Individualmente, os valores imediatos refletem pouco nos salários. Mas, em médio prazo, promoverá significativa valorização salarial dos professores. Além disso, o contexto da volta das negociações, o reconhecimento e recomposição salarial do piso salarial por jornada de 24 horas, reajuste dos aposentados e todas as carreiras da educação, descongelamento da carreira e nomeação de concursados, fazem do acordo uma conquista histórica da categoria. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.  

Campanha Salarial: Acordo está mais próximo na rede particular  - Em
negociação com o Sinpro realizada na quinta (21), o Sindicato dos donos de escola do Triângulo ofereceu 11% de reajuste nos salários da educação infantil, 8% na educação básica e 7,6% no ensino superior. A diretoria do Sinpro insistiu num esforço dos donos de escola para elevar o percentual para 8% no ensino superior. As instituições ficaram de estudar e dar um retorno ao Sinpro. Também está em vias de conclusão o dissídio coletivo impetrado pelo Sinpro, que teve audiência marcada para esta semana.

Professor uberabense explica livro de Paulo Freire em série de vídeos - O último livro de Paulo Freire publicado em vida será explicado em uma série de 30 vídeos no YouTube, graças a um financiamento coletivo. O autor do projeto, o professor universitário André Azevedo da Fonseca, pretende discutir cada um dos capítulos e subcapítulos da obra "Pedagogia da Autonomia", que questiona o autoritarismo em sala de aula e toca em questões concretas da prática docente. Focado em disseminar as ideias de Freire e estimular a leitura do original, o educador e também pesquisador da Universidade Estadual de Londrina (UEL) planeja publicar, até novembro, um vídeo por semana com duração média de cinco minutos cada. Financiado no Catarse por 143 apoiadores, o projeto ultrapassou a meta inicial de R$ 8 mil. Os recursos extras serão utilizados para melhorias no projeto. Professor universitário há 11 anos, André acredita na atualidade da pedagogia de Freire e vê na era digital uma oportunidade de tornar a sala de aula um ambiente de troca de experiências. Confira o vídeo inicial: https://youtu.be/Bc-ioue8bPM. Fonte: revistaeducacao.uol.com.br.

CONJUNTURA
g Apagão de professores - Estudo da UFMG mostra queda de quase 90% na procura por cursos de formação de professores. A universidade forma hoje metade dos professores que formava há dez anos. Um dos motivos para baixa procura e desistência da docência são os baixos salários e as condições precárias de trabalho. Leia.

g Reforma Política Democrática entrega 600 mil assinaturas à Câmara Federal - Em Brasília, a manhã desta quarta (20) foi marcada por caminhada e ato cultural realizado pela Coalizão pela Reforma Política Democrática. Mais de duas mil pessoas se reuniram em frente à Catedral Metropolitana para compor o Bloco da Reforma Política, que seguiu rumo ao Congresso Nacional em protesto contra o financiamento de campanhas eleitorais por empresas. Leia.
   
g Brasil melhora em índice de desigualdade, diz OCDE - De acordo com o estudo, o Brasil conta com um coeficiente de Gini - índice usado para medir a desigualdade de renda de uma nação - de 0,56, menor que os 0,60 apresentados na década de 90. Leia.

Lei 100: STF adia demissão de professores sem concurso em Minas Gerais - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar, para o fim de dezembro, o cumprimento de decisão da própria Corte que determinou a demissão de servidores da área de educação em Minas Gerais que não prestaram concurso público. Os ministros atenderam, por unanimidade, o pedido do governo do estado para prorrogar o prazo para substituição dos professores sem atrapalhar o ano letivo. Em abril do ano passado, o Supremo considerou inconstitucional o Artigo 7º da Lei Complementar (LC) 100/2007 de Minas Gerais, que efetivou servidores públicos da educação sem concurso público. A estimativa é que 100 mil funcionários da área tenham sido beneficiados pela aprovação da norma. A demissão dos servidores em situação irregular não atinge quem se aposentou e quem iniciou o processo de aposentadoria. Fonte: Agência Brasil.

Centrais defendem a fórmula 85/95 para as aposentadorias - A proposta
elaborada em 2009 - pelas centrais sindicais e integrantes do governo Lula - acabou aprovada na semana pela maioria dos deputados federais. Na avaliação das centrais sindicais, a fórmula vai melhorar bastante a vida dos futuros aposentados. Ao contrário do que muitos estão imaginando, as pessoas não terão de ter 85 anos ou 95 anos de vida para se aposentar. Os trabalhadores e trabalhadoras vão poder somar a idade e o tempo de contribuição à Previdência para se aposentar sem desconto. Assim: idade + tempo de contribuição = 85 (para as mulheres) e 95 (para os homens). Se a conta bater, o trabalhador ou trabalhadora terá aposentadoria integral. Hoje em dia existe o fator previdenciário, criado pelo governo FHC (PSDB), em 1998, que estica o tempo de trabalho das pessoas e encolhe as aposentadorias. Fonte: Rede Brasil Atual
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