sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Educa.com - 21.01.2015 - Magistério: reajuste de 11,36% eleva piso para R$ 2135



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 21 de janeiro de 2016 – Nº 278
 
MAGISTÉRIO: REAJUSTE DE 11,36% ELEVA PISO PARA R$2.135

O piso salarial dos professores terá reajuste de 11,36%, segundo orientação do Ministério da Educação. Com isso, o valor de R$ R$ 1.917,78 em 2015 passou para R$ 2.135,64, em 2016. O índice representa um aumento real de 0,69%, considerando a inflação oficial de 10,67%. O reajuste anual é dado pelo cumprimento da Lei do Piso (11.738/2008). O aumento é calculado a partir da variação do valor anual mínimo por aluno definido no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Desde 2009, com o início da vigência da lei, o piso dos docentes teve aumento real, ou seja, acima da inflação no período, de 46,05%. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) já marcou uma Greve Nacional da Educação entre os dias 15 e 17 de março pelo cumprimento da lei do piso salarial no Brasil.

CNTE discorda do cálculo do reajuste - O critério do reajuste foi definido em Parecer da Advocacia Geral da União, de 2010, que leva em conta a estimativa de crescimento percentual do valor mínimo do Fundeb, entre 2014 e 2015, extraídas das Portarias Interministeriais MEC/MF nº 8, de 5/11/15 e nº 19, de 27/12/13. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) a fórmula criada pelo governo federal não condiz com a lei e acaba rebaixando o valor do piso. Caso seja mantido o mesmo critério de reajuste em 2017, o percentual de atualização do piso deverá ser de 7,64%, com base no valor per capita do Fundeb estimado para 2016.

Editorial
Plano da Educação quer magistério ganhando igual a outras profissões - O novo índice de reajuste do piso salarial do magistério em 2016 (11,36%) ficou apenas 0,69% acima da inflação. Mesmo assim esse aumento real ajudou a somar o índice de 46% acima da inflação desde 2009. Esse resultado tem feito Estados e Municípios investirem contra a lei do piso, pedindo que o MEC estabeleça reajustes menores para os professores. No entanto, O Ministério da Educação não pode indicar o reajuste, uma vez que a lei do piso é autoaplicável, embora o governo tenha estabelecido em 2010 uma fórmula polêmica para o reajuste pela variação do Fundeb. Na verdade, as gestões educacionais tem recebido essa variação do fundo, justificando então o reajuste. Ocorre também que o Plano Nacional da Educação (PNE) aprovado pelo Congresso e sancionado pelo governo determina a recomposição salarial do Magistério até ele atingir o mesmo nível das demais profissões com a mesma formação acadêmica. E, apesar do aumento real em sete anos, o salário dos professores do Brasil é 35% menor do que os das demais profissões. Ou seja, o Brasil indicou que para colocar a educação brasileira em outro patamar, será necessário reforçar o salário dos professores de modo a motivar a escolha ou continuidade nesta carreira tão importante. Qualquer mudança neste cenário que não atenda esse requisito será uma ação contra a educação pública do Brasil. Anízio Bragança Júnior

Final de férias: ainda dá tempo para pegar sua carteirinha no SindemuNa última semana de férias é o período ideal para o associado fazer uma visitinha ao Sindemu e pegar sua carteira de filiado, que dá direito a vários descontos em lojas e serviços conveniados com o sindicato. Nesta última semana de janeiro, o Sindemu estará aberto pela manhã e à tarde (das 7 às 11h e das 13 às 15h).


Salário Mínimo: aumento real chega a 77%; Serão R$ 57 bi na economia - Com o reajuste de 11,67% e valor de R$ 880 a partir de 1º de janeiro, o salário mínimo nacional terá alcançado um ganho real de 77,3% acima da inflação acumulada desde 2002. Passará a ter, ainda, o maior poder de compra desde 1979. O novo vencimento do trabalhador que recebe o piso nacional equivale a 2,14 vezes o valor da cesta básica calculado pelo Dieese. Em 1995, no início do governo Fernando Henrique Cardoso, correspondia a 1,02 cesta. Segundo o governo, o novo valor terá um impacto de R$ 4,8 bilhões no orçamento da União em 2016. Para o Dieese, no entanto, o acréscimo de renda aos 48 milhões de brasileiros que recebem salário mínimo representará uma injeção de recursos de R$ 57 bilhões na economia, com impacto de R$ 30,7 bilhões na arrecadação de impostos. Fonte: Rede Brasil Atual

Governo de Minas parcela salário acima de R$ 3 milOs salários dos servidores estaduais de Minas Gerais serão parcelados no recebimento de fevereiro março e abril. De acordo com divulgação da Administração no 5º dia útil serão pagos valores até R$ 3 mil. Quem ganha mais do que esse valor receberá o restante cinco dias depois (até mais R$ 3 mil) e outra parcela se houver, após outros quatro dias. Segundo o governo a medida está sendo tomada por conta da crise financeira do Estado. Para o Sindute, o cenário é preocupante, pois há uma divisão da categoria e nenhuma sinalização do que pode acontecer após esse período. O sindicato enviou carta ao governo se posicionando contra o atraso do pagamento. Ainda segundo o governo os acordos celebrados com as áreas da saúde e da educação serão mantidos integralmente. Fonte: SindUte MG

CONJUNTURA
g Riqueza de 1% supera a dos 99% restantes em 2015 - Para mostrar o agravamento da desigualdade nos últimos anos, a organização estima que "62 pessoas têm tanto capital como a metade mais pobre da população mundial", quando, há cinco anos, era a riqueza de 388 pessoas que estava equiparada a essa metade. Leia.

g Governo de SP amplia alunos por salas, já superlotadas - Decreto publicado nos atos oficiais permite que diretores das unidades ampliem em até 10% o número máximo de alunos permitido nas salas de aula, já considerado acima da média pela Apeoesp. Leia.

g Currículo comum para educação básica receberá contribuições até 15 de março - A base vai definir o que as crianças e os jovens devem aprender em cada etapa do ensino básico, que vai da educação infantil ao ensino médio. As sugestões estão sendo enviadas para o portal http://basenacionalcomum.mec.gov.br.

Justiça nega danos morais a aluno após celular tomado na sala de aula - Repercutiu nacionalmente decisão do Juizado Especial Cível da Comarca de Tobias Barreto, Estado de Sergipe, a qual negou pedido de danos morais formulado por aluno, representado pela mãe, contra um professor que retirou o celular das mãos do reclamante. Trata-se do processo nº 201385001520, cuja decisão foi proferida pelo Juiz de Direito Eliezer Siqueira de Sousa Júnior (disponível emwww.migalhas.com.br), o qual discutiu o fato de o docente ter retirado o aparelho de celular, que o aluno estava usando durante a aula, situação que gerou o ajuizamento de ação por danos morais, pedido julgado improcedente em primeira instância. O MM Juiz inicia sua sentença com a seguinte reflexão: "o autor é estudante. O demandado, professor. Neste contexto, já se deveria asseverar que o docente, jamais, traria algum abalo moral àquele ser que lhe foi confiado a aprender. Pelo contrário! O professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão”. A prova produzida durante o processo deu conta de o aluno ser acostumado a ouvir música (com fones de ouvido) e realizar outras atividades, mediante o uso do aparelho celular, totalmente alheias às aulas. Fonte: JusBrasil.

90% dos brasileiros são contra mudanças na Previdência Social, diz pesquisa - As mudanças nas regras da Previdência Social que, segundo a mídia, serão propostas pelo governo, são rejeitadas pela grande maioria da população brasileira de todas as faixas de renda, etárias e níveis de escolaridade de todas as regiões do País, segundo pesquisa Vox do Brasil encomendada pela CUT. A rejeição aos cortes nos programas sociais atingiu índices ainda maiores, especialmente na Região Nordeste, onde 90,5% dos pesquisados são contra. Os índices contrários aos cortes são maiores nas mais baixas faixas de renda e escolaridade. A pesquisa mostrou, também, que os trabalhadores estão atentos e apoiam as medidas que podem estimular a geração de emprego, como o aumento da oferta de crédito para fortalecer o mercado consumidor, programas para estimular as empresas a manter os empregos e para ajudar as pequenas e médias empresas. Fonte: CNTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário