segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Educa.com - 28.12.2015 - Sai pessimismo! 2015 foi ano bom para os educadores


 
 
 Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 28 de dezembro de 2015 - 277


 
RETROSPECTIVA:
SAI PESSIMISMO! 2015 FOI ANO BOM PARA OS EDUCADORES
Ao avaliar 2015 vemos muito mais pontos positivos do que negativos para os educadores. Ao contrário do prega a grande mídia do "quanto pior, melhor", o ano termina com grandes saldos e conquistas nas redes de ensino. Rápida retrospectiva do Educa.com mostra que os educadores da rede municipal de Uberaba conquistaram de forma inédita o reconhecimento do trabalho fora de aula com o 1/3 extraclasse na jornada, melhorando os salários. Além disso, os diretores e vices tiveram melhorias salariais, saiu o novo concurso público e os salários tiveram recomposição no índice do piso salarial (mesmo que retroativos). Na rede particular, os professores da educação infantil tiveram reajuste acima da inflação. Em outro campo, ações judiciais promovidas pelo Sinpro  fizeram com que escolas saíssem da ilegalidade e cumprissem o acordo coletivo que valoriza os professores. Os principais fatos negativos foram a terceirização sem limites aprovada na Câmara Federal (parada no Senado) e a proibição do debate sobre "gênero" nas escolas aprovada na Câmara Municipal de Uberaba. 

Retrospectiva 2015: Grandes conquistas na rede estadual e em Uberlândia - O magistério do Município de Uberlândia começou o ano ganhando o piso salarial para um cargo e com o melhor plano de carreira de Minas. Na rede estadual, a entrada do novo governo iniciou a reparação de várias injustiças do governo anterior: volta dos professores de educação física nos anos iniciais; fim do Reinventando o Ensino Médio, da recuperação de janeiro e do pagamento como 'subsídio'; eleição para superintendente de ensino; retomada das negociações com a categoria; nomeação de 15 mil aprovados em concurso. A maior conquista, no entanto, foi um acordo para o pagamento do piso integral para o cargo de 24 horas aulas (16 com alunos), feito de forma gradativa até 2018, além do descongelamento da carreira. Também o pessoal da lei 100, que deveria sair no final de 2014, ganhou um ano a mais de estabilidade.

EDITORIAL  
Um 2015 de modesto para bom coloca 2016 em estado de atenção - Quando paramos para avaliar se algo foi melhor ou pior, o resultado vai depender do ponto de comparação. A crise do Brasil é a maior dos últimos doze anos, mas está muito aquém do que o Brasil já viveu nos últimos 25 anos. Assim também pode ser medido o atual índice de desemprego. Temos inflação, custo de vida mais alto e crescimento econômico negativo. Isso é ruim. Mas os professores contam com mecanismo da lei do piso que faz o salário ir além da inflação. Medida semelhante tem o salário mínimo. As convenções coletivas têm recuperado ao menos a inflação. No caso da corrupção, não podemos imaginar que há mais corrupção porque se vê-se mais casos e condenações. As situações econômicas e de confronto políticos, no entanto, exigem atenção para 2016. Devemos atuar para evitar retrocessos nos vários campos: do trabalhista aos direitos sociais. Nas escolas, a contagem é de vitória. 2015 destravou o 1/3 extraclasse na rede municipal, o pagamento do piso salarial da na rede estadual e ações judiciais esperançosas na rede particular, com manutenção de benefícios do acordo coletivo. Será para ficar na história das categorias. Mas nada que libere todos da luta e mobilização para que 2016 ao menos possa significar um ano igual ou melhor do que 2015. Anízio Bragança Júnior

Diário de Classe: Em 2016, trabalhar em feriado não será obrigatório - O calendário escolar base de 2016 já foi publicado pelo Município sem a obrigatoriedade dos educadores trabalharem nos feriados dia 7 de setembro e 12 de outubro. A decisão ocorreu em reunião que participei junto à Administração, Conselho Municipal da Educação e Superintendência sobre o tema. Haverá atividades, mas só parte dos professores será convidada pela escola, negociando as horas dedicadas. g CONCURSO - Gostaria de esclarecer a todos que o edital atual está bem especificado: os educadores que irão se inscrever para as séries iniciais vão receber piso nível magistério por três anos (estágio probatório) e somente poderão protocolar diplomas (graduação e pós) para subir na carreira após este período. Professor Adislau Leite, presidente do Sindemu

Piso: Representantes do MEC questionam inchaço nos estados e municípios - A assessoria técnica do MEC mostrou estudo do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) demonstrando que o repasse do Fundeb em 5 anos está equilibrado e não divergente entre previsto e executado como tem sido apresentado por dirigentes municipais e estaduais. O estudo do MEC também questionou o inchaço de funcionários criando impacto negativo no piso salarial. Os dados foram apresentados em reunião com dirigentes de prefeituras e estados, governo federal (MEC) e trabalhadores da Educação (CNTE) no último dia 18 para tratar do piso nacional do magistério. O impasse gerado requereu a criação de uma comissão para analisar as informações. Sobre o valor do reajuste, o índice caminha para ser próximo de 11,3% em janeiro, mas os dirigentes educacionais solicitaram ao MEC que se busque uma portaria sobre o percentual de reajuste a ser aplicado. Dirigentes da CNTE criticaram a solicitação e anunciaram que somente negociam a fórmula de reajuste do piso para 2017.

CONJUNTURA
g Mestrado em matemática recebe inscrições até 4 de janeiro - O PROFMAT é um programa de pós-graduação reconhecido pela CAPES, que tem como objetivo qualificação certificada para o exercício da profissão de professor de Matemática. O curso é semipresencial e as provas vão ocorrer dia 27 de fevereiro. Leia

g A pedagogia da ocupação ensinada pelos alunos paulistas - As ocupações realizadas pelos estudantes secundaristas da rede estadual de ensino de São Paulo contra a reorganização escolar propõem uma nova pedagogia. A Pedagogia da Ocupação. Pedagogia esta que, explicita a grande distância entre a vida dos estudantes e os conteúdos curriculares do ensino médio. Leia
 
 

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