Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 17 de junho de 2016 – N
º 299
DEMOROU: CÂMARA APROVA REAJUSTE DE 2,9%
Finalmente a Câmara Municipal aprovou
o reajuste nos salários dos educadores e aposentados na ordem de 2,93%,
retroativo a 1º de abril. A votação do dia 14 fez prevalecer o acordo firmado
em negociação nas condições limitadas da lei eleitoral. Vencida esta etapa, a
Prefeitura deve fazer o pagamento com os novos valores no próximo mês. O índice
de 2,93% foi aprovado em assembleia da categoria e representa a inflação de
janeiro a março de 2016. O reajuste deveria ser aprovado no mês passado, mas a
matéria foi retirada da pauta por problemas no conteúdo do projeto, corrigidos
agora na votação. Veja como vão ficar os novos pisos.
FUNÇÃO DOS
EDUCADORES
|
Piso atual -
1 cargo
|
Com reajuste
de 2,93%
|
% do piso
nacional do magistério
|
Professor –
PEB (Magistério)
|
R$ 1.133
|
R$ 1.166 (*)
|
54,6%
|
Supervisora
pedagógica (**)
|
R$ 1.705
|
R$ 1.755
|
82,2%
|
Educadora
Infantil
|
R$ 1.917
|
R$ 1.973
|
92,4%
|
(*)
Neste valor incide o Descanso Semanal Remunerado (**) Cargo com exigência de
nível superior
Os educadores merecem mais! – A categoria aprovou com indignação
esse reajuste. O índice do piso salarial do MEC foi superior a 11% e o Sindemu
cobrou insistentemente para que a prefeitura começasse logo a negociação deste
ano. Porém, representantes da PMU alegavam dificuldades financeiras e prometiam
proposta que viria do prefeito. Quando Paulo Piau entrou na negociação, já em
cima da hora, sua resposta foi 0% de reajuste. Somente a mobilização da
categoria – e já dentro do período eleitoral -, foi possível chegar apenas a
uma parte da inflação de 2016: 2,93%. O reajuste do MEC não concedido está
sendo buscado na justiça. A diretoria do Sindemu já resolveu antecipar a
campanha salarial de 2017, por entender que os educadores merecem mais do que
tiveram em 2016.
EDITORIAL
Serviço social e psicologia: necessidade escolar
urgente -
A educação brasileira teve um sucesso reconhecido por todos nas últimas
décadas. Com exceção do ensino médio e da educação infantil, o acesso à escola
foi praticamente garantido para todos. Porém, as escolas tem dificuldade na
permanência dos alunos e melhoria da qualidade.
Na busca por garantir
esses dois desafios, os educadores têm percebido os limites do seu exercício
profissional. Há um complexo quadro social nas escolas e sociedade. Essa
realidade deixa as salas de aulas muito diversificadas em todos os aspectos. Lidar
com esta situação exige uma formação diferenciada. Mas não é só. Todos que
estão nas escolas sabem que falta apoio profissional de setores que professores
e a gestão não conseguem mais atingir. Falo da assistência social e psicologia,
necessidade urgente de inserção escolar. Com assistentes sociais e psicólogos
atuando nas escolas, seria possível auxiliar as crianças e adolescentes nas
mais diversas situações sociais. Melhor ainda: qualificaria o trabalho coletivo
e abriria nova articulação com todos os atores sociais para favorecer a
educação de qualidade. É preciso parabenizar a Câmara Municipal que está
debatendo essa iniciativa. Anízio Bragança Júnior, artigo
do Jornal Expresso.
Motivo religioso poderá
justificar remarcação de provas -
A
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) poderá ser mudada, para
garantir a alunos o direito de faltar aula ou provas marcadas para dia proibido
pela religião do estudante. A proposta veio da Câmara dos Deputados (PLC
130/2009), recebeu substitutivo do relator, senador Paulo Paim (PT-RS), e foi
aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no último dia
15. Essa possibilidade deverá ser aberta a alunos de qualquer nível de ensino,
matriculados em escola pública ou privada. O pedido de ausência terá de ser
encaminhado previamente por requerimento fundamentado. Uma das formas de
compensação é a realização de prova ou aula de reposição em data diferente,
seja no turno de estudo do aluno ou em outro horário negociado com a escola
(mas sem custo para o estudante). A segunda delas é a cobrança de um trabalho
escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data
de entrega definidos pela instituição de ensino. Fonte: Agência Senado
Ceará: Greve de professores chega a 50 dias - Chega a 50 dias a greve dos
professores da rede estadual de ensino, uma semana depois do Governo Estadual
negar o reajuste de 12,67% reivindicado pela categoria. O presidente do
sindicato Apeoc, Anízio Melo, reconhece avanços, mas a categoria mantém
paralisação. O reajuste de 100% na parcela remuneratória variável, a PRV
garante aumento de até 8,9% de mais da metade dos professores. Em apoio à
mobilização dos educadores, estudantes continuam ocupando quase 70 escolas do
estado, segundo balanço do grupo que monitora as ocupações. Fonte: Tribuna do Ceará
CONJUNTURA
g STF
proíbe escolas particulares de recusar alunos com deficiência – A lei entrou em vigor em
janeiro deste ano e proíbe escolas particulares de recusar matrículas e cobrar
valores adicionais nas mensalidades de pessoas com deficiência. Leia
g O fim da TV
Brasil como afronta à comunicação pública - Nos próximos dias, o presidente interino Michel
Temer enviará ao Congresso um projeto de lei para modificar a estrutura da EBC,
permitindo o fechamento da TV Brasil. Leia
g Ensinando com Jogos e Brincadeiras - Curso
Gratuito - Quer
aprender a reconhecer a potencialidade das brincadeiras e dos jogos no
desenvolvimento de competências sociais, relacionais e cognitivas? Então se
inscreva no curso Jogos e Brincadeiras: para além da seriação. Leia
Governo
Alckmin esvazia ações de reforço escolar -
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) abandonou totalmente o reforço dado além do
período de aulas a alunos com dificuldades de aprendizado e esvaziou os outros
dois modelos de recuperação presencial da rede paulista. As duas modalidades de
reforço – de salas menores e com dois professores na aula– sofreram fortes
reduções. O número de professores auxiliares que atuam na chamada recuperação
contínua caiu 88% entre os anos de 2012 e 2015, passando de 40 mil docentes
para 4.635. A redução mais drástica foi no ensino médio, etapa com as maiores
dificuldades de aprendizagem. Eram 6.620 professores atuando como auxiliares em
2012. No ano passado, havia só 23. Fonte:
Folha de São Paulo.
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