sexta-feira, 17 de junho de 2016

Educa.com - 17.06.16 - Demorou: Câmara aprova reajuste de 2,9%



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 17 de junho de 2016N º 299
 
DEMOROU: CÂMARA APROVA REAJUSTE DE 2,9%
Finalmente a Câmara Municipal aprovou o reajuste nos salários dos educadores e aposentados na ordem de 2,93%, retroativo a 1º de abril. A votação do dia 14 fez prevalecer o acordo firmado em negociação nas condições limitadas da lei eleitoral. Vencida esta etapa, a Prefeitura deve fazer o pagamento com os novos valores no próximo mês. O índice de 2,93% foi aprovado em assembleia da categoria e representa a inflação de janeiro a março de 2016. O reajuste deveria ser aprovado no mês passado, mas a matéria foi retirada da pauta por problemas no conteúdo do projeto, corrigidos agora na votação. Veja como vão ficar os novos pisos.

FUNÇÃO DOS EDUCADORES
Piso atual - 1 cargo
Com reajuste de 2,93%
% do piso nacional do magistério
Professor – PEB (Magistério)
R$ 1.133
R$ 1.166 (*)
54,6%
Supervisora pedagógica (**)
R$ 1.705
R$ 1.755
 82,2%
Educadora Infantil
R$ 1.917
R$ 1.973
92,4%
(*) Neste valor incide o Descanso Semanal Remunerado (**) Cargo com exigência de nível superior

Os educadores merecem mais! – A categoria aprovou com indignação
esse reajuste. O índice do piso salarial do MEC foi superior a 11% e o Sindemu cobrou insistentemente para que a prefeitura começasse logo a negociação deste ano. Porém, representantes da PMU alegavam dificuldades financeiras e prometiam proposta que viria do prefeito. Quando Paulo Piau entrou na negociação, já em cima da hora, sua resposta foi 0% de reajuste. Somente a mobilização da categoria – e já dentro do período eleitoral -, foi possível chegar apenas a uma parte da inflação de 2016: 2,93%. O reajuste do MEC não concedido está sendo buscado na justiça. A diretoria do Sindemu já resolveu antecipar a campanha salarial de 2017, por entender que os educadores merecem mais do que tiveram em 2016.

EDITORIAL
Serviço social e psicologia: necessidade escolar urgente - A educação brasileira teve um sucesso reconhecido por todos nas últimas décadas. Com exceção do ensino médio e da educação infantil, o acesso à escola foi praticamente garantido para todos. Porém, as escolas tem dificuldade na permanência dos alunos e melhoria da qualidade.
Na busca por garantir esses dois desafios, os educadores têm percebido os limites do seu exercício profissional. Há um complexo quadro social nas escolas e sociedade. Essa realidade deixa as salas de aulas muito diversificadas em todos os aspectos. Lidar com esta situação exige uma formação diferenciada. Mas não é só. Todos que estão nas escolas sabem que falta apoio profissional de setores que professores e a gestão não conseguem mais atingir. Falo da assistência social e psicologia, necessidade urgente de inserção escolar. Com assistentes sociais e psicólogos atuando nas escolas, seria possível auxiliar as crianças e adolescentes nas mais diversas situações sociais. Melhor ainda: qualificaria o trabalho coletivo e abriria nova articulação com todos os atores sociais para favorecer a educação de qualidade. É preciso parabenizar a Câmara Municipal que está debatendo essa iniciativa. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Motivo religioso poderá justificar remarcação de provas - A
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) poderá ser mudada, para garantir a alunos o direito de faltar aula ou provas marcadas para dia proibido pela religião do estudante. A proposta veio da Câmara dos Deputados (PLC 130/2009), recebeu substitutivo do relator, senador Paulo Paim (PT-RS), e foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no último dia 15. Essa possibilidade deverá ser aberta a alunos de qualquer nível de ensino, matriculados em escola pública ou privada. O pedido de ausência terá de ser encaminhado previamente por requerimento fundamentado. Uma das formas de compensação é a realização de prova ou aula de reposição em data diferente, seja no turno de estudo do aluno ou em outro horário negociado com a escola (mas sem custo para o estudante). A segunda delas é a cobrança de um trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino. Fonte: Agência Senado

Ceará: Greve de professores chega a 50 dias - Chega a 50 dias a greve dos professores da rede estadual de ensino, uma semana depois do Governo Estadual negar o reajuste de 12,67% reivindicado pela categoria. O presidente do sindicato Apeoc, Anízio Melo, reconhece avanços, mas a categoria mantém paralisação. O reajuste de 100% na parcela remuneratória variável, a PRV garante aumento de até 8,9% de mais da metade dos professores. Em apoio à mobilização dos educadores, estudantes continuam ocupando quase 70 escolas do estado, segundo balanço do grupo que monitora as ocupações. Fonte: Tribuna do Ceará

CONJUNTURA
g STF proíbe escolas particulares de recusar alunos com deficiência A lei entrou em vigor em janeiro deste ano e proíbe escolas particulares de recusar matrículas e cobrar valores adicionais nas mensalidades de pessoas com deficiência. Leia
g O fim da TV Brasil como afronta à comunicação pública - Nos próximos dias, o presidente interino Michel Temer enviará ao Congresso um projeto de lei para modificar a estrutura da EBC, permitindo o fechamento da TV Brasil. Leia
g  Ensinando com Jogos e Brincadeiras - Curso Gratuito - Quer aprender a reconhecer a potencialidade das brincadeiras e dos jogos no desenvolvimento de competências sociais, relacionais e cognitivas? Então se inscreva no curso Jogos e Brincadeiras: para além da seriação. Leia


Governo Alckmin esvazia ações de reforço escolar - O governo Geraldo Alckmin (PSDB) abandonou totalmente o reforço dado além do período de aulas a alunos com dificuldades de aprendizado e esvaziou os outros dois modelos de recuperação presencial da rede paulista. As duas modalidades de reforço – de salas menores e com dois professores na aula– sofreram fortes reduções. O número de professores auxiliares que atuam na chamada recuperação contínua caiu 88% entre os anos de 2012 e 2015, passando de 40 mil docentes para 4.635. A redução mais drástica foi no ensino médio, etapa com as maiores dificuldades de aprendizagem. Eram 6.620 professores atuando como auxiliares em 2012. No ano passado, havia só 23. Fonte: Folha de São Paulo.


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