sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Educa.com - Fórum da educação condena PEC 55 e reforma do ensino médio



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 25 de Novembro 2016N º 342

FÓRUM DA EDUCAÇÃO CONDENA PEC E REFORMA

O Fórum Permanente Municipal de Educação, entidade que articula mais de trinta entidades ligadas ao poder público e da sociedade civil de Uberaba, aprovou nota pública condenando da PEC 55 (ex 241) e a reforma do Ensino Médio, que foram apresentadas ao Congresso pelo presidente Michel Temer (PMDB). Na avaliação do Fórum, a “PEC da morte” atingirá de cheio as populações menos favorecidas da sociedade. “Não se faz o ajuste fiscal congelando por 20 anos os investimentos nos serviços básicos e isentando as grandes fortunas do pagamento de seus impostos”, diz o texto. No posicionamento sobre a reforma do ensino médio, o fórum criticou o uso de Medida Provisória para a alteração: “um grupo reduzido de técnicos, sem nenhuma representatividade e legitimidade, atropelou e interrompeu uma longa trajetória de discussão da sociedade sobre as reformas do ensino”. A nota também critica a pemissão para contratação de professores sem diploma (por “notório saber”) e questiona a transferência de decisão de escolha da área de estudos (itinerário) para estudantes com 14 e 15 anos.

PEC 55: Professores de 27 universidades entram em greve – Docentes de 27 instituições de ensino superior iniciaram na quinta (24) uma greve contra Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 e contra a Medida Provisória que reforma o ensino médio. O movimento já registra a adesão de 39 instituições de ensino à paralisação que mobilizou a instalação do comando nacional de greve. Para o Sindicato Nacional dos Docentes (Andes), “a aprovação da PEC 55 levará à destruição da educação pública”.

Falta de acertos pode demorar até um ano na PMU – Educadores de contrato que são desligados e efetivos que se aposentam na Prefeitura estão tendo que esperar até um ano para receber o acerto na Prefeitura de Uberaba. Além da demora, os educadores não são informados da situação e nem tem uma satisfação da municipalidade. Vários educadores tem denunciado o fato ao Sindemu que já cobrou explicações e providências no setor de Finanças, que alega falta de recursos. O fato penaliza o direito dos servidores e tem levado alguns ao desespero de não contar com recursos básicos para a sobrevivência. A situação está em estudo pelo departamento jurídico do sindicato, que pode acionar a justiça para buscar a solução para o impasse.

EDITORIAL
Os dezoito dias de ocupação da escola Castelo Branco - Há três semanas os estudantes da escola estadual Castelo Branco manifestaram à comunidade escolar que a partir daquele dia não iriam mais deixar a escola. Foi uma forma de lutar pela educação, combatendo a reforma do ensino médio e a PEC 55. A Secretaria da Educação recomendou “diálogo”. A direção negociou critérios iniciais para o protesto. As atividades do espaço escolar então se multiplicaram até nos finais de semana. A limpeza, preparação de refeições, diálogos com a comunidade e reparos passaram a fazer parte do cotidiano. Do diálogo com os professores e comunidade nasceu a forma de protesto que não fechou portas para alunos e funcionários. Enquanto isso intensificava na escola debates sobre ocupação, reformas do governo, modelos de escola e participação dos alunos. Partindo dos alunos e do apoio de professores, as aulas tradicionais foram misturadas a oficinas e rodas de conversa de livre escolha dos alunos. Abriu-se espaço para atividades de cidadania que o modelo tradicional não acolhia. A novidade provocou opiniões e abordagem diferentes de professores, alunos, pais e comunidade. Vieram também preconceitos, incompreensões e contrariedades da comunidade escolar. Mas eis que os alunos da ocupação foram maduros, corajosos e hábeis para lidar com esses momentos de tensões. O projeto encontrou seus limites: falta de materiais, o condicionamento dos alunos às notas e ao tradicionalismo escolar, dificuldades de comunicação, o final de ano. E nesta semana fechou-se o ciclo dessa surpreendente e intrigante manifestação na educação escolar de Uberaba. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Acordo com o BB pode garantir 2/3 do 13º da rede estadual – Ao que tudo indica, quem vai salvar o 13º salário do servidor público
estadual é o Banco do Brasil. O contrato da instituição, que atualmente é a gestora da folha de pagamento, vence em 22 de dezembro, mas o Estado deve renovar. Pelo menos desde o mês passado, o governo mineiro vem conversando com bancos, em busca de quem dá mais pelo direito de administrar o pagamento a 641,2 mil servidores. O dinheiro da venda, que deve girar em torno de R$ 2 bilhões, pode garantir pelo menos dois terços das despesas do benefício, estimadas em R$ 3 bilhões. O BB assumiu a gestão da folha estadual em 2007. Em 2011, renovou o contrato por R$ 1,4 bilhão. Considerando a inflação, o valor pode chegar agora a R$ 1,97 bilhão. Bancos privados também estão no páreo. Para tanto, o Estado teria que abrir uma licitação, mas até o momento não houve publicação de edital. Fontes ligadas ao governo e ao banco garantem que o acerto com o BB está mais próximo. Fonte: O Tempo.

Abertas até dia 7 as inscrições para designação no Estado – Começou na última segunda-feira (21/11) o período de inscrição dos interessados à designação para o exercício na rede estadual de ensino em 2017. Todo profissional que se interessar em concorrer a uma vaga de designado em uma escola estadual no ano que vem deverá fazer a inscrição. Para se inscrever, o interessado deve acessar o www.designaeducacao.mg.gov.br. Os critérios e procedimentos para inscrição e classificação de candidatos à designação para o exercício da função pública na rede estadual de ensino constam na Resolução SEE nº 3.118, de 17 de novembro de 2016, que foi publicada no Diário Oficial Minas Gerais de 18 de novembro. Fonte: Educação MG

CONJUNTURA    
g  Novo Enem poderá excluir treineiros e certificado de conclusão – O anúncio oficial do novo Enem será feito após a segunda aplicação do exame, que será nos dias 3 e 4 de dezembro. Algumas das mudanças podem começar a valer em 2017. Leia
g  Mais de 1/3 de alunos LGBT sofreram agressão física na escola – De acordo com pesquisa, 73% foram agredidos verbalmente e 36% foram agredidos fisicamente. Leia
g  'Petrobras está sendo esquartejada', diz engenheiro do Rio – os ataques promovidos contra a Petrobras, por conta de denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato, atende à estratégia de enfraquecimento com vistas à privatização, satisfazendo interesses estrangeiros. Leia

Contee reafirma posição contrária à terceirização sem limites - A tentativa de liberar a terceirização sem qualquer limite voltou à tona nesta
semana, com a previsão de lei da Câmara entre na pauta do Senado nos próximos dias. O texto aprovado pelos deputados expande a terceirização para as atividades-fim, situação hoje não aceita de forma precária pelo judiciário. Isso significa, no caso da educação, por exemplo, que até a contratação de docentes poderia ser feita de forma terceirizada. O Senado terá que escolher entre duas visões opostas de terceirização. O projeto da Câmara permite a terceirização ampla. Outra proposta do Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) confirma o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que a terceirização só poderá ser feita em atividades-meio. O STF também pode julgar a matérias nos próximos dias. A Contee é contrária à terceirização desmedida e já promoveu campanha nacional denunciado o prejuízo dos trabalhadores. Na avaliação da Confederação, a terceirização seria um desastre nas escolas. Fonte: Contee

Ministro do TST: “Terceirização faz de pessoas mercadorias” – Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde 2006, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, é uma das vozes críticas do Judiciário às ideias de flexibilização da legislação. Considera “falácia” a afirmação de que mexer nas leis criaria condições para o crescimento e a criação de empregos. “Qual é a base empírica dessa informação? Nenhuma, zero”, reage. Também critica o projeto de terceirização (PLC 30) prestes a ser votado no Senado. “Rompe a lógica do Direito do Trabalho, porque diz que o ser humano passa a ser mercadoria”. O magistrado foi um dos 18 juízes do TST, de um total de 27, a assinar ofício endereçado à presidenta do STF, Cármen Lúcia, criticando Gilmar Mendes por ataques à Justiça do Trabalho. “Não é análise de mercado que vai ditar o funcionamento de uma sociedade. Porque quando você parte de uma premissa de que o mercado se tornou mais importante que o direito, então necessariamente acabou o direito, porque o pensamento é todo econômico”. Fonte: Contee

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Educa.com - 18.11.16 - Sinpro faz seminário pró-igualdade racial



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 18 de Novembro 2016N º 341

SINPRO FAZ SEMINÁRIO PRÓ IGUALDADE RACIAL

O encontro comemorativo ao dia da Consciência Negra – 20 de novembro - será neste sábado pela a partir das 8 horas na sede do Sinpro MG em Uberaba. O evento debaterá dois temas: “Educação e igualdade: Desafios para legitimação da Lei 10.639”; “Criminalização e Marginalização do movimento negro”. O encerramento das atividades contará com o lançamento do livro “Marcas de Fogo: Quilombos, resistência e a política do medo – Minas Gerais – Século XVIII”, de autoria de Pablo Lima e uma confraternização com feijoada (comida típíca dos negros brasileiros). O evento tem apoio do Sindemu e SindUte. 

Diário de Classe – CTB debate igualdade racial em encontro nacional – Neste final de semana estarei participando do Encontro Nacional da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio de Janeiro. O encontro tem como tema “Visão classista sobre a diversidade social”, que tratará entre outros temas a igualdade racial, emancipação das mulheres, diversidade sexual e religiosa.  Professor Adislau Leite

Educação reforça desigualdades entre brancos e negros – A educação para brancos e negros é desigual no Brasil, segundo dados educacionais organizados pelo movimento Todos pela Educação. Os brancos concentram os melhores indicadores e é a população que mais vai à escola, conclui o estudo. São também os que se saem melhor nas avaliações nacionais. Para o movimento, a falta de oferta de uma educação de qualidade é o que aumenta essa desigualdade. O estudo foi divulgado nesta sexta (18). Os negros, soma daqueles que se declaram pretos e pardos, pelos critérios do IBGE, são maioria da população brasileira, 52,9%. No entanto, ganham menos da média do país e têm o maior desemprego.  As desigualdades sociais são reforçadas na educação. A taxa de analfabetismo é 11,2% entre os pretos; 11,1% entre os pardos; e, 5% entre os brancos. Entre os brancos, 70,7% dos adolescentes de 15 a 17 anos estão no ensino médio, etapa adequada à idade, entre os pretos esse índice cai para 55,5% e entre os pardos, 55,3%. Para a ONG, o Brasil precisa dar as melhores escolas para a população negra e parda para mudar essa realidade. Fonte: Agência Brasil.

 EDITORIAL
Reforma do Ensino Médio de Temer é a mesma do Aécio (final)? - A reforma curricular promovida por Aécio na rede estadual em 2006 foi feita mediante uma visão reducionista da educação. Baseou-se numa fraca premissa de que a simples alteração do currículo melhoraria o ensino. A mudança também foi feita mediante uma redução de investimentos em educação, situação similar à reforma de Temer. O principal foco da reforma em Minas foi a gestão do ensino. Um erro! A verdadeira mudança deveria ser o atual modelo pedagógico. A medida de Minas hierarquizou as disciplinas e buscou atualizar a educação para um modelo gerencial: formação de mão-de-obra, controle do trabalho dos professores, atualização por consultoria externa. As escolas de Minas tornaram-se laboratórios dessa experiência por cinco anos. A medida fracassou e o governo reimplantou o trabalho com todas as disciplinas, partindo para uma nova reforma, nas mesmas condições de implantação e equívocos da anterior. Pelos princípios da iniciativa, modelos anunciados, proximidades de discursos e o conjunto de políticas que estão sendo aplicadas no entorno do tema, dificilmente a reforma do ensino médio de Temer deixará de ter o mesmo caminho da que foi realizada por Aécio Neves. Torna-se então difícil de caminhar para uma reforma que empobrece a educação, ilude com a improvável escolha dos alunos, barateia e permite privatizar parte do ensino médio, além de não reformar os aspectos mais importantes dessa fase de estudos. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Centrais sindicais convocam mobilização e paralisações dia 25  – Lideranças das principais centrais sindicais se reuniram no dia 16 em São
Paulo, para debater e organizar a agenda deste “Novembro de Lutas”. Na pauta, um balanço dos atos e paralisações realizados no dia 11 em todo o país e organização dos próximos dias 25, o Dia Nacional de Lutas – com greves, paralisações e mobilizações, e 29, data da votação da Proposta de Emenda Constitucional 55 no Senado federal, em Brasília. A reunião reafirmou a unidade do movimento sindical em torno de quatro temas que estão no cerne dos ataques aos direitos sociais e trabalhistas em curso no país atualmente. São eles: a defesa da aposentadoria e da previdência universal; a defesa da educação e da saúde e o repúdio à PEC 55; a denúncia das decisões do STF que vêm legislando contra os direitos da classe trabalhadora e a defesa do emprego e da redução de jornada sem diminuição de salário. Fonte: Portal CTB

Magistrados apontam 'desmonte' da Justiça do Trabalho – Magistrados e advogados trabalhistas avaliam que está em curso uma operação de "desmonte" contra o setor, por quem considera esse ramo do Judiciário uma espécie de empecilho para flexibilização de leis. A avaliação foi feita na noite do dia 17 durante a abertura de um encontro nacional promovido pela Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat) e pela Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp). O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), o maior do país, Wilson Fernandes, chegou a falar em operação orquestrada: "A Justiça do Trabalho vem sofrendo eu diria que uma operação desmonte muito bem orquestrada, da qual o corte orçamentário é apenas um dos aspectos. Mas eu vejo com muita preocupação uma operação desmonte do Direito do Trabalho". Fonte: Rede Brasil Atual.

CONJUNTURA    
g  Magistrados publicam manifesto contra PEC 55 – No documento, os magistrados chamam a atenção para aspectos inconstitucionais da proposta, que descumpre cláusulas pétreas da Constituição ao tentar proibir por emenda que o Poder Legislativo possa legislar acerca do orçamento ao longo de cinco mandatos consecutivos. Leia
g Ensino Médio: relator irá propor volta de artes e educação física – O relator vai propor a ampliação da jornada escolar de 800 para pelo menos mil horas por ano para todas as escolas de ensino médio até 2018. Leia
g Para especialistas, ocupação é nova forma de fazer política – São ocupações que não impedem o funcionamento desses espaços: elas os fazem funcionar de outra maneira. Leia
g Ocupações das escolas: por que devemos ouvir os estudantes – As ocupações são uma oportunidade para os gestores públicos ouvirem e discutirem propostas com os estudantes. Leia

Espanha: Pais comandam greve do dever de casa - Com a
política da reforma empresarial enfatizando cada vez mais a memorização e os testes, as crianças estão cada vez mais tensas, preocupadas e doentes. Em alguns casos, recorrem à medicalização – seja por sugestão da escola, seja por iniciativa dos pais. As escolas também reagem a esta necessidade aumentando as tarefas de casa. A casa acaba virando uma continuidade da escola, tomando o tempo livre das crianças. Com a política de antecipação da escolarização, então, esse mal vai atingir rapidamente e cada vez mais as crianças da pré-escola. A “Confederación Española de Asociaciones de Padres y Madres del Alumnado” (pais e mães de alunos) dirige um movimento muito interessante que foi divulgado pela BBC e visa lutar pelo direito das crianças terem mais tempo livre em casa. Eles exigem que o mês de novembro seja sem deveres de casa e por isso conclamam a uma “greve dos deveres de casa” neste mês, para que as crianças possam ter mais tempo livre. Fonte: Avaliacaoeducacional

Londrina faz "concurso" para secretário de Educação - O processo seletivo que irá definir o secretário da Educação de Londrina (381 km ao norte de Curitiba) recebeu 129 inscrições. Deles, 70 vivem na cidade, mas há também gente do Ceará, da Paraíba, do Mato Grosso, de São Paulo. O prazo terminou na terça (15). Haverá análise curricular, psicológica, e entrevista sobre a rede pública. Os selecionados serão submetidos ao prefeito que dará a palavra final. O presidente do Sindiserv (Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina), Marcelo Urbaneja opinou: "Para nós, é indiferente. Nem positivo, nem negativo. Quando [o novo secretário] for escolhido, teremos que negociar condições de trabalho, número de alunos em sala de aula, toda a pauta que temos que será trabalhada com qualquer secretário", argumentou. Fonte: Uol Educação.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Educa.com - 11.11.2016 - Educadores protestam contra reformas



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 11 de Novembro 2016N º 340

EDUCADORES PROTESTAM CONTRA REFORMAS
Educadores da rede municipal, particular, federal, estadual e movimentos sociais participaram de ato público no centro da cidade de Uberaba (Pça. Rui Barbosa) contra as reformas do governo Temer (PMDB). Foram realizadas aulas públicas para denunciar a PEC 241/  PEC 55, reforma do ensino médio, escola sem partido e outras reformas que estão propostas pelo governo federal.Também foi aberta a palavra aos presentes e teve show musical. A chuva atrapalhou a movimentação que iniciou em local aberto e depois foi para o coreto da praça. O público se concentrou no início e depois acampanhou as atividades nas marquises da praça. 


Diário de Classe – Categoria entendeu a gravidade e paralisou – Os Educadores da rede municipal atenderam ao chamado e fizeram uma forte paralisação contra as reformas do governo federal. Tivemos notícias parciais de mais de 15 escolas totalmente paralisadas na rede e outro grande número na forma parcial. O ato poderia ser mais participativo, mas foi importante para somar esforços no dia nacional de protestos contra as reformas do governo. Professor Adislau Leite

Consultoria do Senado conclui que PEC 55 é inconstitucional – Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa produziu um artigo técnico que conclui haver "inconstitucionalidades" na Proposta de Emenda à Constituição nº 55 (241 na Câmara), que impõe um teto (congelamento por 20 anos) para os gastos públicos do governo federal. O estudo conclui que a PEC tende a abolir as cláusulas pétreas previstas nos incisos II, III e IV do § 4º do art. 60 da Constituição, que se referem, respectivamente, ao voto direto, secreto, universal e periódico; à separação de poderes e aos direitos e garantias individuais, razão pela qual deve ter sua tramitação interrompida no âmbito das Casas do Congresso. De acordo com o Núcleo de Estudos, caso a PEC seja aprovada, estarão presentes os requisitos constitucionais para uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Apesar da divulgação dos estudos pela internet (não na agência do Senado), o texto foi aprovado pela Comissão Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) do Senado e já pode ir ao plenário. Fonte: Rede Brasil Atual
 
EDITORIAL
Reforma do Ensino Médio de Temer é a mesma do Aécio (3)? - A proposta de reforma do ensino médio do governo Temer tem como “cartão de visita” a possibilidade dos jovens escolherem seu próprio caminho (trajetória). Quando houve nova ordenação curricular em Minas em 2006, pregava-se a necessidade dos jovens poderem escolher seu caminho de futuro. Suspeita-se que a reforma de Temer estará muito distante do “self service” anunciado para o ensino médio. A medida provisória aponta que haverá itinerários (fechados) sendo oferecidos pelas escolas. Poderão ser oferecidos um só ou dois por escola entre cinco previstos. A escolha não seria fechada e limitada? No governo Aécio, as escolas negaram o direito de escolha aos alunos. Como elas deveriam definir os conteúdos das grades curriculares, uma disciplina disputava espaço com outra. Assim, o único consenso possível foi atender ao corpo docente da escola. Assim as turmas foram organizadas e distribuídas pela necessidade do quadro escolar. Promovendo reforma por Medida provisória, o governo temer negou debate com os estudantes legitimando seus protestos de ocupação das escolas. Também não dialogando com os professores, conquistando seus corações e mentes, dificilmente serão eles que vão levar adiante uma proposta tão ousada. Seria uma reforma à força? Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Nas ocupações de Minas, estudantes já fazem a reforma
Ao ocupar 161 colégios estaduais em Minas Gerais, segundo divulgado dia 10 pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), os estudantes secundaristas mineiros tornaram-se muito mais que protagonistas da luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que congela os gastos públicos, e da reforma do ensino médio. Eles estão implementando nas ocupações um modelo de ensino médio que eles querem. Os alunos estão construindo em cada escola, em parceria com os professores, um currículo conforme o que entendem ser importante para a sua formação. As disciplinas intercaladas por atividades e oficinas que escolhemos de maneira coletiva. Há, por exemplo, oficinas de psicanálise, teatro, jardinagem.  Em todo o país, são mais de 585 ocupações entre escolas e campi universitários, segundo as entidades estudantis. Fonte: Rede Brasil Atual

Defensoria Pública pede diálogo ao MEC e reprova punições – A Defensoria Pública da União protocolou uma recomendação ao Ministério da Educação (MEC) e a todos os reitores de instituições federais de ensino que estão ocupadas por estudantes. O documento recomenda que as instituições empreendam o diálogo e a mediação com os estudantes, abstenham-se de identificar e punir os envolvidos nas ocupações e não pratiquem medidas como o corte de água e luz ou desocupação sem autorização judicial; "Os direitos têm sido atropelados pela intenção de tirar as pessoas daquele lugar a qualquer custo", alerta a defensora Lídia Nóbrega, titular do Ofício de Direitos Humanos da DPU do Ceará. O defensor público federal Eduardo Nunes Queiroz explica que o objetivo é fomentar soluções pacíficas e consensuais para garantir os direitos dos adolescentes que estão envolvidos nas ocupações. Fonte: Brasil 247

CONJUNTURA    
g ‘Tivemos que ocupar para sermos ouvidos’ – "A gente ia às ruas, falava, ninguém entendia, ninguém escutava. Foi na ocupação que a gente viu que podia ser ouvido. Porque aí incomoda, foge da normalidade", explicou a jovem. Leia
g Temer prega austeridade e pratica farra fiscal – O governo propõe congelar gastos públicos por 20 anos. Mas ao mesmo tempo aumentou o repasse de publicidade aos grandes veículos da mídia, os gastos com cartão corporativo, reajuste de até 41% para o Judiciário e gastou meio milhão em uma cerimônia em homenagem ao samba. Leia
g Ministro espera MP do ensino médio aprovada até dezembro – A proposta foi enviada em setembro ao Legislativo e, por se tratar de uma MP, terá de ser aprovada em até 120 dias pela Câmara e pelo Senado. Caso contrário, perderá efeito. Leia

Fepesp: Novas tecnologias criam professor ‘24 horas’ 
- Seis em cada dez professores da rede privada de ensino superior do estado de São Paulo afirmam que houve um aumento do volume de trabalho com o uso de tecnologias digitais como complemento de suas atividades docentes. Aproximadamente noves entre dez professores consideram que o uso de tecnologias digitais fora de sala de aula consome seu tempo de alguma forma (45% deles afirmam que ‘consome muito tempo’) e, entre aqueles, quase dois terços declaram que não são remunerados pela instituição de Ensino Superior por este tempo gasto no atendimento aos alunos. Estas conclusões são parte de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha a pedido da Federação dos Professores do Estado de São Paulo-Fepesp. Os professores entrevistados, na sua maioria (83%), visualizam pontos positivos na agilidade e facilidade de comunicação, além do aumento das fontes de pesquisa proporcionado pelo uso de tecnologias digitais. Por outro lado, a pesquisa indicou preocupação dos professores com o “aumento da dispersão dos alunos em sala de aula, pelo uso de redes sociais”, bem como pelo fato de “terem que estar à disposição dos alunos o tempo todo, 24 horas por dia”, segundo o Datafolha. Entre os entrevistados, 65% indicaram que “o tempo com utilização de tecnologia não é pago” pela instituição de ensino superior. Fonte: Federação dos Professores de São Paulo

Para enxugar gasto, RS fecha classe e reduz turno em escolas - Na semana passada, o governo do Rio Grande do Sul comunicou diretores sobre as medidas de enxugamento da estrutura da Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Entre elas, está o fechamento de turmas e a redução de turnos. No caso da Escola Maria Thereza, a partir de 2017 não haverá mais matrículas novas. Segundo a diretora Maria Emilia Provenzano, somente neste ano a instituição recebeu 50 novos alunos — hoje são 164 estudantes do 1º ao 9º ano. Neste cenário, Emilia acredita que em pouco tempo a escola será desativada. — Entendemos que há interesse pelo esvaziamento das turmas para depois fechar a escola, disse. O secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, nega o fechamento de colégios, mas diz que é preciso reestruturar o quadro de funcionários e reduzir turmas para priorizar escolas com maior demanda. Por enquanto, seriam 14 instituições afetadas na Capital. Ainda não foram divulgados dados do Interior. Fonte: Zero Hora.