Edição Bragança Júnior (MG4731JP) -
http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 11 de Novembro 2016 – N
º 340
EDUCADORES PROTESTAM CONTRA REFORMAS
Educadores da rede
municipal, particular, federal, estadual e movimentos sociais participaram de
ato público no centro da cidade de Uberaba (Pça. Rui Barbosa) contra as
reformas do governo Temer (PMDB). Foram realizadas aulas públicas para
denunciar a PEC 241/ PEC 55, reforma do
ensino médio, escola sem partido e outras reformas que estão propostas pelo
governo federal.Também foi aberta a palavra aos presentes e teve show musical.
A chuva atrapalhou a movimentação que iniciou em local aberto e depois foi para
o coreto da praça. O público se concentrou no início e depois acampanhou as
atividades nas marquises da praça.
Diário de Classe – Categoria entendeu a gravidade e paralisou – Os Educadores da rede
municipal atenderam ao chamado e fizeram uma forte paralisação contra as
reformas do governo federal. Tivemos notícias parciais de mais de 15 escolas
totalmente paralisadas na rede e outro grande número na forma parcial. O ato
poderia ser mais participativo, mas foi importante para somar esforços no dia
nacional de protestos contra as reformas do governo. Professor
Adislau Leite
Consultoria do Senado
conclui que PEC 55 é inconstitucional – Núcleo
de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa produziu um artigo técnico
que conclui haver "inconstitucionalidades" na Proposta de Emenda à
Constituição nº 55 (241 na Câmara), que impõe um teto (congelamento por 20
anos) para os gastos públicos do governo federal. O estudo conclui que a PEC
tende a abolir as cláusulas pétreas previstas nos incisos II, III e IV do § 4º
do art. 60 da Constituição, que se referem, respectivamente, ao voto direto,
secreto, universal e periódico; à separação de poderes e aos direitos e
garantias individuais, razão pela qual deve ter sua tramitação interrompida no
âmbito das Casas do Congresso. De acordo com o Núcleo de Estudos, caso a PEC
seja aprovada, estarão presentes os requisitos constitucionais para uma ação
direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Apesar da
divulgação dos estudos pela internet (não na agência do Senado), o texto foi
aprovado pela Comissão Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) do Senado e
já pode ir ao plenário. Fonte: Rede Brasil Atual
EDITORIAL
Reforma do Ensino Médio de Temer é a mesma
do Aécio (3)? - A proposta de reforma do ensino médio do governo Temer tem como “cartão
de visita” a possibilidade dos jovens escolherem seu próprio caminho
(trajetória). Quando houve nova ordenação curricular em Minas em 2006,
pregava-se a necessidade dos jovens poderem escolher seu caminho de futuro. Suspeita-se
que a reforma de Temer estará muito distante do “self service” anunciado para o
ensino médio. A medida provisória aponta que haverá itinerários (fechados)
sendo oferecidos pelas escolas. Poderão ser oferecidos um só ou dois por escola
entre cinco previstos. A escolha não seria fechada e limitada? No governo
Aécio, as escolas negaram o direito de escolha aos alunos. Como elas deveriam
definir os conteúdos das grades curriculares, uma disciplina disputava espaço
com outra. Assim, o único consenso possível foi atender ao corpo docente da
escola. Assim as turmas foram organizadas e distribuídas pela necessidade do
quadro escolar. Promovendo reforma por Medida provisória, o governo temer negou
debate com os estudantes legitimando seus protestos de ocupação das escolas.
Também não dialogando com os professores, conquistando seus corações e mentes,
dificilmente serão eles que vão levar adiante uma proposta tão ousada. Seria
uma reforma à força? Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.
Nas ocupações de Minas, estudantes já fazem a reforma –
Ao
ocupar 161 colégios estaduais em Minas Gerais, segundo divulgado dia 10 pela
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), os estudantes
secundaristas mineiros tornaram-se muito mais que protagonistas da luta contra
a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que congela os gastos públicos, e
da reforma do ensino médio. Eles estão implementando nas ocupações um modelo de
ensino médio que eles querem. Os alunos estão construindo em cada escola, em
parceria com os professores, um currículo conforme o que entendem ser
importante para a sua formação. As disciplinas intercaladas por atividades e
oficinas que escolhemos de maneira coletiva. Há, por exemplo, oficinas de
psicanálise, teatro, jardinagem. Em todo
o país, são mais de 585 ocupações entre escolas e campi universitários, segundo
as entidades estudantis. Fonte: Rede
Brasil Atual
Defensoria Pública pede diálogo ao MEC e reprova
punições – A
Defensoria Pública da União protocolou uma recomendação ao Ministério da
Educação (MEC) e a todos os reitores de instituições federais de ensino que
estão ocupadas por estudantes. O documento recomenda que as instituições
empreendam o diálogo e a mediação com os estudantes, abstenham-se de
identificar e punir os envolvidos nas ocupações e não pratiquem medidas como o
corte de água e luz ou desocupação sem autorização judicial; "Os direitos
têm sido atropelados pela intenção de tirar as pessoas daquele lugar a qualquer
custo", alerta a defensora Lídia Nóbrega, titular do Ofício de Direitos
Humanos da DPU do Ceará. O defensor público federal Eduardo Nunes Queiroz
explica que o objetivo é fomentar soluções pacíficas e consensuais para
garantir os direitos dos adolescentes que estão envolvidos nas ocupações. Fonte: Brasil 247
CONJUNTURA
g ‘Tivemos que
ocupar para sermos ouvidos’ – "A gente ia às ruas, falava,
ninguém entendia, ninguém escutava. Foi na ocupação que a gente viu que podia
ser ouvido. Porque aí incomoda, foge da normalidade", explicou a jovem. Leia
g Temer prega
austeridade e pratica farra fiscal –
O governo propõe congelar gastos públicos por 20 anos. Mas ao mesmo tempo aumentou
o repasse de publicidade aos grandes veículos da mídia, os gastos com cartão
corporativo, reajuste de até 41% para o Judiciário e gastou meio milhão em uma
cerimônia em homenagem ao samba. Leia
g Ministro
espera MP do ensino médio aprovada até dezembro – A proposta
foi enviada em setembro ao Legislativo e, por se tratar de uma MP, terá de ser
aprovada em até 120 dias pela Câmara e pelo Senado. Caso contrário, perderá
efeito. Leia
Fepesp: Novas tecnologias criam
professor ‘24 horas’
- Seis em
cada dez professores da rede
privada de ensino superior do estado de São Paulo afirmam que houve um aumento
do volume de trabalho com o uso de tecnologias digitais como complemento de
suas atividades docentes. Aproximadamente noves entre dez professores
consideram que o uso de tecnologias digitais fora de sala de aula consome seu
tempo de alguma forma (45% deles afirmam que ‘consome muito tempo’) e, entre
aqueles, quase dois terços declaram que não são remunerados pela instituição de
Ensino Superior por este tempo gasto no atendimento aos alunos. Estas
conclusões são parte de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas
Datafolha a pedido da Federação dos Professores do Estado de São Paulo-Fepesp. Os
professores entrevistados, na sua maioria (83%), visualizam pontos positivos na
agilidade e facilidade de comunicação, além do aumento das fontes de pesquisa
proporcionado pelo uso de tecnologias digitais. Por outro lado, a pesquisa
indicou preocupação dos professores com o “aumento da dispersão dos alunos em
sala de aula, pelo uso de redes sociais”, bem como pelo fato de “terem que
estar à disposição dos alunos o tempo todo, 24 horas por dia”, segundo o
Datafolha. Entre os entrevistados, 65% indicaram que “o tempo com utilização de
tecnologia não é pago” pela instituição de ensino superior. Fonte: Federação
dos Professores de São Paulo
Para enxugar gasto, RS fecha classe e reduz
turno em escolas -
Na
semana passada, o governo do Rio Grande do Sul comunicou diretores sobre as medidas
de enxugamento da estrutura da Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Entre
elas, está o fechamento de turmas e a redução de turnos. No caso da Escola
Maria Thereza, a partir de 2017 não haverá mais matrículas novas. Segundo a
diretora Maria Emilia Provenzano, somente neste ano a instituição recebeu 50
novos alunos — hoje são 164 estudantes do 1º ao 9º ano. Neste cenário, Emilia
acredita que em pouco tempo a escola será desativada. — Entendemos que há
interesse pelo esvaziamento das turmas para depois fechar a escola, disse. O
secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, nega o
fechamento de colégios, mas diz que é preciso reestruturar o quadro de
funcionários e reduzir turmas para priorizar escolas com maior demanda. Por
enquanto, seriam 14 instituições afetadas na Capital. Ainda não foram
divulgados dados do Interior. Fonte: Zero
Hora.
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