sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Educa.com - 11.11.2016 - Educadores protestam contra reformas



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 11 de Novembro 2016N º 340

EDUCADORES PROTESTAM CONTRA REFORMAS
Educadores da rede municipal, particular, federal, estadual e movimentos sociais participaram de ato público no centro da cidade de Uberaba (Pça. Rui Barbosa) contra as reformas do governo Temer (PMDB). Foram realizadas aulas públicas para denunciar a PEC 241/  PEC 55, reforma do ensino médio, escola sem partido e outras reformas que estão propostas pelo governo federal.Também foi aberta a palavra aos presentes e teve show musical. A chuva atrapalhou a movimentação que iniciou em local aberto e depois foi para o coreto da praça. O público se concentrou no início e depois acampanhou as atividades nas marquises da praça. 


Diário de Classe – Categoria entendeu a gravidade e paralisou – Os Educadores da rede municipal atenderam ao chamado e fizeram uma forte paralisação contra as reformas do governo federal. Tivemos notícias parciais de mais de 15 escolas totalmente paralisadas na rede e outro grande número na forma parcial. O ato poderia ser mais participativo, mas foi importante para somar esforços no dia nacional de protestos contra as reformas do governo. Professor Adislau Leite

Consultoria do Senado conclui que PEC 55 é inconstitucional – Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa produziu um artigo técnico que conclui haver "inconstitucionalidades" na Proposta de Emenda à Constituição nº 55 (241 na Câmara), que impõe um teto (congelamento por 20 anos) para os gastos públicos do governo federal. O estudo conclui que a PEC tende a abolir as cláusulas pétreas previstas nos incisos II, III e IV do § 4º do art. 60 da Constituição, que se referem, respectivamente, ao voto direto, secreto, universal e periódico; à separação de poderes e aos direitos e garantias individuais, razão pela qual deve ter sua tramitação interrompida no âmbito das Casas do Congresso. De acordo com o Núcleo de Estudos, caso a PEC seja aprovada, estarão presentes os requisitos constitucionais para uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Apesar da divulgação dos estudos pela internet (não na agência do Senado), o texto foi aprovado pela Comissão Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) do Senado e já pode ir ao plenário. Fonte: Rede Brasil Atual
 
EDITORIAL
Reforma do Ensino Médio de Temer é a mesma do Aécio (3)? - A proposta de reforma do ensino médio do governo Temer tem como “cartão de visita” a possibilidade dos jovens escolherem seu próprio caminho (trajetória). Quando houve nova ordenação curricular em Minas em 2006, pregava-se a necessidade dos jovens poderem escolher seu caminho de futuro. Suspeita-se que a reforma de Temer estará muito distante do “self service” anunciado para o ensino médio. A medida provisória aponta que haverá itinerários (fechados) sendo oferecidos pelas escolas. Poderão ser oferecidos um só ou dois por escola entre cinco previstos. A escolha não seria fechada e limitada? No governo Aécio, as escolas negaram o direito de escolha aos alunos. Como elas deveriam definir os conteúdos das grades curriculares, uma disciplina disputava espaço com outra. Assim, o único consenso possível foi atender ao corpo docente da escola. Assim as turmas foram organizadas e distribuídas pela necessidade do quadro escolar. Promovendo reforma por Medida provisória, o governo temer negou debate com os estudantes legitimando seus protestos de ocupação das escolas. Também não dialogando com os professores, conquistando seus corações e mentes, dificilmente serão eles que vão levar adiante uma proposta tão ousada. Seria uma reforma à força? Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Nas ocupações de Minas, estudantes já fazem a reforma
Ao ocupar 161 colégios estaduais em Minas Gerais, segundo divulgado dia 10 pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), os estudantes secundaristas mineiros tornaram-se muito mais que protagonistas da luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que congela os gastos públicos, e da reforma do ensino médio. Eles estão implementando nas ocupações um modelo de ensino médio que eles querem. Os alunos estão construindo em cada escola, em parceria com os professores, um currículo conforme o que entendem ser importante para a sua formação. As disciplinas intercaladas por atividades e oficinas que escolhemos de maneira coletiva. Há, por exemplo, oficinas de psicanálise, teatro, jardinagem.  Em todo o país, são mais de 585 ocupações entre escolas e campi universitários, segundo as entidades estudantis. Fonte: Rede Brasil Atual

Defensoria Pública pede diálogo ao MEC e reprova punições – A Defensoria Pública da União protocolou uma recomendação ao Ministério da Educação (MEC) e a todos os reitores de instituições federais de ensino que estão ocupadas por estudantes. O documento recomenda que as instituições empreendam o diálogo e a mediação com os estudantes, abstenham-se de identificar e punir os envolvidos nas ocupações e não pratiquem medidas como o corte de água e luz ou desocupação sem autorização judicial; "Os direitos têm sido atropelados pela intenção de tirar as pessoas daquele lugar a qualquer custo", alerta a defensora Lídia Nóbrega, titular do Ofício de Direitos Humanos da DPU do Ceará. O defensor público federal Eduardo Nunes Queiroz explica que o objetivo é fomentar soluções pacíficas e consensuais para garantir os direitos dos adolescentes que estão envolvidos nas ocupações. Fonte: Brasil 247

CONJUNTURA    
g ‘Tivemos que ocupar para sermos ouvidos’ – "A gente ia às ruas, falava, ninguém entendia, ninguém escutava. Foi na ocupação que a gente viu que podia ser ouvido. Porque aí incomoda, foge da normalidade", explicou a jovem. Leia
g Temer prega austeridade e pratica farra fiscal – O governo propõe congelar gastos públicos por 20 anos. Mas ao mesmo tempo aumentou o repasse de publicidade aos grandes veículos da mídia, os gastos com cartão corporativo, reajuste de até 41% para o Judiciário e gastou meio milhão em uma cerimônia em homenagem ao samba. Leia
g Ministro espera MP do ensino médio aprovada até dezembro – A proposta foi enviada em setembro ao Legislativo e, por se tratar de uma MP, terá de ser aprovada em até 120 dias pela Câmara e pelo Senado. Caso contrário, perderá efeito. Leia

Fepesp: Novas tecnologias criam professor ‘24 horas’ 
- Seis em cada dez professores da rede privada de ensino superior do estado de São Paulo afirmam que houve um aumento do volume de trabalho com o uso de tecnologias digitais como complemento de suas atividades docentes. Aproximadamente noves entre dez professores consideram que o uso de tecnologias digitais fora de sala de aula consome seu tempo de alguma forma (45% deles afirmam que ‘consome muito tempo’) e, entre aqueles, quase dois terços declaram que não são remunerados pela instituição de Ensino Superior por este tempo gasto no atendimento aos alunos. Estas conclusões são parte de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha a pedido da Federação dos Professores do Estado de São Paulo-Fepesp. Os professores entrevistados, na sua maioria (83%), visualizam pontos positivos na agilidade e facilidade de comunicação, além do aumento das fontes de pesquisa proporcionado pelo uso de tecnologias digitais. Por outro lado, a pesquisa indicou preocupação dos professores com o “aumento da dispersão dos alunos em sala de aula, pelo uso de redes sociais”, bem como pelo fato de “terem que estar à disposição dos alunos o tempo todo, 24 horas por dia”, segundo o Datafolha. Entre os entrevistados, 65% indicaram que “o tempo com utilização de tecnologia não é pago” pela instituição de ensino superior. Fonte: Federação dos Professores de São Paulo

Para enxugar gasto, RS fecha classe e reduz turno em escolas - Na semana passada, o governo do Rio Grande do Sul comunicou diretores sobre as medidas de enxugamento da estrutura da Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Entre elas, está o fechamento de turmas e a redução de turnos. No caso da Escola Maria Thereza, a partir de 2017 não haverá mais matrículas novas. Segundo a diretora Maria Emilia Provenzano, somente neste ano a instituição recebeu 50 novos alunos — hoje são 164 estudantes do 1º ao 9º ano. Neste cenário, Emilia acredita que em pouco tempo a escola será desativada. — Entendemos que há interesse pelo esvaziamento das turmas para depois fechar a escola, disse. O secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, nega o fechamento de colégios, mas diz que é preciso reestruturar o quadro de funcionários e reduzir turmas para priorizar escolas com maior demanda. Por enquanto, seriam 14 instituições afetadas na Capital. Ainda não foram divulgados dados do Interior. Fonte: Zero Hora.

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