sábado, 17 de dezembro de 2016

Educa.com - 18.12.2016 - Reforma da Previdência: Bancos e financeiras pulam de alegria!



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 18 de Dezembro 2016N º 345
REFORMA DA PREVIDÊNCIA: BANCOS E FINANCEIRAS PULAM DE ALEGRIA!
O coordenador de relações sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Fausto Augusto Júnior, considera “absurda” a proposta de reforma da Previdência encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo Temer: "Estamos falando que vamos deixar em torno de 70% da população fora do sistema previdenciário”. Mais grave, na sua opinião, será a desconstrução do setor da Previdência pública. A dificuldade de acesso aos benefícios fará muitos migrarem para a previdência privada, principalmente a classe média. "A aposta do governo, com essa reforma, de fato, não é diminuir o gasto com a previdência propriamente, mas um processo acelerado de privatização", ressalta o coordenador do Dieese. Os bancos e instituições financeiras, que fizeram dezenas de reuniões com o governo antes do lançamento, estão comemorando o projeto. A reforma será um desmonte que vai ficar igual a saúde e educação, que de tão frágil faz com que as pessoas procurem o setor privado. É o desmonte do sistema público de previdência. Com informações da Rede Brasil Atual
 
PRINCIPAIS MUDANÇAS NO PROJETO DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Fim da aposentadoria especial do magistério – Professores com menos de 50 anos (homem) e 45 anos (mulher), e futuros professores concursados perdem o direito à aposentadoria especial.
Aumento da idade mínima da aposentadoria e do tempo de contribuição - Para todos (homem e mulher) a idade mínima passa a ser de 65 anos de idade e 49 anos de contribuição.
Novo cálculo reduz valor da aposentadoria – Quem cumpre prazos mínimos (65 anos de idade e 25 de contribuição) poderá aposentar com 76% do salário de contribuição. Para ter 100% da média terá que trabalhar 49 anos. A média será calculada agora por 100% dos salários (hoje 20% dos salários mais baixos são desprezados no cálculo).
Regra de transição – Para quem tiver 50 anos ou mais (homens) e 45 anos ou mais (mulheres) na data da publicação da lei, o tempo faltante para a aposentadoria terá acréscimo de 50%.

OAB lidera manifestação contra a reforma em Uberaba – O protesto está marcado para este domingo (18) na porta da justiça federal - nas proximidades do Uberabão - às 15 horas. A OAB questiona o déficit do setor: só em 2015 foram desviados R$ 120 bilhões do caixa para gastos em outros setores (pagamentos de juros da dívida pública).

Nova aposentadoria: Professor dificilmente vai terminar na carreira A proposta de reforma da Previdência deve acabar com a aposentadoria especial para professores, garantida em dispositivo constitucional desde 1981 e referendada na Constituição de 1988. Pelas regras atuais, professores que trabalham na educação básica, ensino infantil, fundamental e médio têm garantidos o direito à redução de cinco anos de contribuição mínima para se aposentar. Ou seja, 30 anos para professores e 25 anos para professoras. Com a reforma proposta, esse regime especial acaba e todos terão que trabalhar até, no mínimo, os 65 anos, com 25 anos de contribuição. Como a rotatividade no setor privado é alta, a categoria vai acabar ficando sem o benefício integral. Na prática, dificilmente você vai encontrar um professor, de educação básica trabalhando aos 65 de idade. Dificilmente ele vai conseguir trabalho na rede privada. Uma consequência direta para os professores é que eles podem começar a carreira como professor, mas dificilmente vão terminar a carreira como professor, analisa Silvia Barbara, da Federação dos Professores do Estado de São Paulo. No setor público, a tendência é multiplicação forte das licenças de saúde com atestados médicos. Fonte: TVT.

PEC que congela gastos públicos é aprovada – Por 53 a favor e 16 contrários, a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 55, que limita o aumento dos gastos públicos à variação da inflação, foi aprovada em segundo turno no Plenário do Senado no dia 13. Para os oposicionistas, a iniciativa impedirá investimentos públicos, agravará a recessão e prejudicará principalmente os mais pobres, ao diminuir recursos para áreas como educação e saúde. Eles tentaram adiar ou cancelar a votação, mas tiveram seus requerimentos derrotados. Para a base do governo, a medida é fundamental para garantir o reequilíbrio das contas do país, Além disso, os senadores governistas argumentam que o novo regime fiscal permitirá a redução da taxa de juros, criando um ambiente propício à retomada do crescimento econômico. Fonte: Agência Senado

 Concluído na Câmara, reforma do ensino médio vai ao Senado – A Câmara dos Deputados concluiu no dia 13 a votação da Medida Provisória reformula o ensino médio. O texto-base foi aprovado na semana passada, mas ainda era necessário votar os destaques que pretendiam modificar partes da proposta. O texto segue agora para o Senado. A única alteração da semana passada é a obrigação de estudar sociologia e filosofia, mas não se explicitou se elas serão em disciplinas próprias e nem quais anos serão estudadas. Todos os demais destaques foram rejeitados. Assim, a proposta aprovada na Câmara ampliou para 60% a composição do currículo da etapa preenchido pela Base Nacional Comum. Os 40% restantes serão destinados aos pacotes formativos a serem oferecidos pelas redes de ensino. O pacote poderá ser cursado já desde o primeiro ano. Também foi confirmada a permissão para que professores sem diploma possam dar aulas e parte do currículo sendo realizada na forma à distância. Fonte: Agência Brasil

CONJUNTURA    
g UFTM: Professores suspendem greve e retomam atividades dia 19 – A decisão foi em Assembleia no dia 14, que aprovou ainda a necessidade de continuar debates e a mobilização em torno das medidas e propostas colocadas pelo Governo Federal, como a Reforma da Previdência. Os estudantes também desocuparam o Centro Educacional dia 15. Leia
g  Greve na UFU termina após mais de 50 dias de paralisação – Os Técnico-Administrativos voltam ao trabalho no dia 19 e os professores vão solicitar retorno no dia 1º de fevereiro. O protesto principal foi contra a PEC 55. Leia
g  CPI da Merenda aprova relatório que isenta políticos – Relator não propõe investigação contra nenhum parlamentar nem menciona movimentação suspeita de R$ 622 mil. Oposição faz relatório paralelo. Leia
g Com nova lista, governo de Minas completa 25 mil aposentadorias – O total é de dois anos. Um grupo de trabalho formou uma força tarefa para tornar mais ágeis os procedimentos ligados à aposentadoria dos servidores da Secretaria da Educação, reduzindo o passivo herdado dos governos anteriores. Leia

Trump: Privatização da Educação é meta do novo governo
Diane Ravitch comenta matéria do New York Times que explicita o plano da nova Secretária de Educação de Donald Trump – a bilionária Betsy DeVos: “O plano DeVos é simples: livrar-se das escolas públicas. Dê a cada criança um voucher e deixe os pais escolherem usá-los onde quiserem. Se não houver vouchers, abra o maior número possível de escolas charter, com ou sem fins lucrativos, e permita que os pais escolham à vontade, sem regulamentação ou supervisão”. Este é o estágio mais avançado do processo de privatização da educação, onde até mesmo a regulação do Estado é eliminada. Antes disso, na dependência das pressões, há formas híbridas baseadas em parcerias público-privadas e envolvimento prioritário das organizações sem fins lucrativos, pretensamente regulados pelo estado. Sob o disfarce de uma “terceira via” mais branda, os estágios iniciais são apresentados como “pactos” sociais pela educação, que abrem espaço para organizações sociais, fundações e institutos.
Dificilmente o atual processo de privatização brasileiro escapará deste itinerário. Fonte: avaliacaoeducacional.com

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