sábado, 7 de outubro de 2017

Educa.com - 07.10.2017 - Assembleia define que o piso é a principal prioridade




Edição: Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 07 outubro de 2017N º 385
                                                                                                      
Educadores aprovam parte da proposta e mais negociações:
ASSEMBLEIA: PISO É A PRINCIPAL PRIORIDADE

Os educadores aprovaram o pagamento do piso do magistério – ao menos na sua forma proporcional - da maneira correta pela Prefeitura (sem abonos ou complementações) - como a principal prioridade na negociação. Sem essa correção, as sugestões feitas pelo município ficariam prejudicadas. As alterações que transformam a “educadora infantil” em “professora da educação infantil” foram bem vistas pela categoria, mas desde que o pagamento não seja montado com abonos para chegar ao valor do piso. A alteração da jornada do PEB inicial para 33 horas aulas também foi bem avaliada pela categoria. A assembleia sugeriu também a possibilidade de extensão também para o PEB dos anos finais, evitando a divisão com três categorias diferentes entre os professores. A incorporação do Descanso Semanal Remunerado (DSR) no salário dos PEBs, porém, foi rejeitado para o momento. A assembleia considerou que o benefício pode ser negociado somente após a correção do pagamento do piso para não achatar o salários dos professores. A assembleia avaliou ainda que não é interessante beneficiar só uma parte da categoria e deixar outra desassistida nas negociações. Foi aprovada a criação um grupo de trabalho dos educadores, redigir contraproposta e dar continuidade nas negociações com a Prefeitura.
Na Promotoria, PMU confirma ilegalidade no pagamento – A Prefeitura de Uberaba paga o piso salarial proporcional para cerca de 30% da categoria, usando abonos/complementações e gratificações. É uma espécie de “súmula vinculante” na educação que é proibido na lei do piso do magistério. O Sindemu denunciou o fato na Promotoria pública, que pediu explicações. Na resposta feita pela Procuradoria e secretários, o Município não contesta o fato principal da denúncia. Alega crise financeira e a dificuldade de honrar o pagamento. Também tenta atenuar a ilegalidade citando um histórico de benefícios destinados à categoria e desqualificando a ação do sindicato em defesa da categoria. No documento, a PMU confirma que paga irregularmente o salário para 15% da categoria (no levantamento do Sindemu, mais de 30% dos salários estão irregulares), durante as negociações da campanha salarial deste ano. As tabelas salariais enviadas à Promotoria mostram a ilegalidade do pagamento nos anos de 2016 e 2017. O pagamento ilegal também já foi denunciado no Conselho Municipal de Acompanhamento do Fundeb.

CONJUNTURA
g Porte de arma favorecem massacres nos EUA 58 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas em um ataque recente em Las Vegas. O analista criminal Guaracy Mingardi alerta que casos como o de mortes em massa por armas de fogo, são mais comuns nos Estados Unidos do que no Brasil, porque aqui há mais dificuldade para obter as armas.  Leia.
g Manifesto em defesa da Universidade Pública e Gratuita As Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) reunidas no Seminário Concepções e Modelos de Universidade Pública Estatal consideram inaceitáveis os ataques ao ensino superior gratuito e universal promovidos pelo governo de Michel Temer: restrições aos orçamentos das IFES e o congelamento de gastos sociais por 20 anos apontam para um futuro sombrio.  Leia.

Campanha Contee: não à desprofissionalização do professor –As reformas da Previdência, trabalhista e da terceirização irrestrita, que retiram direitos dos trabalhadores e atingem em cheio o setor educacional e a sala de aula; a reforma do ensino médio, que rebaixa a formação dos professores, destrói as licenciaturas e compromete a qualidade do ensino, permitindo a contratação de qualquer pessoa com “notório saber”; o movimento Escola Sem Partido, que ameaça a liberdade de ensinar e aprender e os projetos pedagógicos críticos e democráticos… tudo isso aprofunda a desvalorização do magistério, levando a um fenômeno de desprofissionalização. Por conta desta realidade, a Contee lançou a Campanha Nacional contra a Desprofissionalização do Professor: Pela Valorização da Educação, na Defesa dos Direitos e Contra as reformas. O slogan é “Apagar o professor é apagar o futuro”, porque a um país sem professor é um país sem futuro. Além de banners, panfletos, adesivos, vídeos e material para redes sociais, a campanha conta também com peças como estêncil e lambe-lambe. Fonte: Sinpro Minas.

Nota de pesar pela morte de Luiz Carlos Cancellier – O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, foi encontrado morto na no dia 2 no Shopping Beira-Mar, em Florianópolis. Ele vinha sendo investigado pela Polícia Federal por supostos desvios de recursos em bolsas de ensino à distância. As acusações referem-se à gestão anterior à sua, como ele mesmo reafirmou em carta encontrada no seu bolso. Apesar disso, Cancellier foi preso na semana passada e, depois de solto, afastado do cargo na universidade sob a acusação de obstrução da investigação. “A humilhação e o vexame a que fomos submetidos — eu e outros colegas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) — há uma semana não tem precedentes na história da instituição”, diz a última carta.  A Contee manifesta sua indignação no caso “porque Luiz Carlos Cancellier não se suicidou, mas foi suicidado, vítima do Estado de exceção que vive o Brasil”. Em nota a Confederação relata que é “inadmissível a forma como ele, que assumiu a reitoria da UFSC em pleno processo de desmonte, tenha tido sua honra destruída por autoridades públicas e por um estado policial que desrespeita os direitos básicos dos cidadãos e atropela o Estado democrático de direito. Confira a nota http://sinprominas.org.br/noticias/contee-lamenta-e-repudia-o-estado-policial-do-qual-reitor-foi-vitima/

Ações na empresa identificam o assédio moral (1) – A deterioração proposital das condições de trabalho é uma forma de identificar o assédio. Isso se dá por: Criticar injusta ou exageradamente o trabalho realizado; Retirar a autonomia do trabalhador; Retirar o trabalho que na rotina compete àquela pessoa; Atribuir tarefas inferiores ou superiores às suas competências; Dar instruções impossíveis de executar; Pressionar para que não faça valer os seus direitos (férias, licenças, horários, prêmios, etc.); Delegar tarefas perigosas que não estão previstas no contrato de trabalho, e para as quais o trabalhador não foi devidamente treinado; Danificar o local de trabalho ou os seus pertences; Induzir o trabalhador ao erro na execução de suas tarefas; Restringir o desenvolvimento profissional daquele trabalhador/trabalhadora. Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil / 4º Congresso Nacional da CTB

Critério subjetivo poderá demitir servidores concursados – O projeto que permite demitir servidores públicos em novas modalidades foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no dia 5 e agora segue para a Comissão de Assuntos Sociais. O projeto propõe produtividade e qualidade como referenciais fixos para a avaliação do trabalhador. A nota nesses quesitos pode significar até metade da nota final. Fatores variáveis como inovação e capacidade de iniciativa são outros critérios que embasarão a nota conclusiva. Um conceito N (não atendimento) nas duas últimas avaliações pode significar a demissão do trabalhador. Na opinião dos dirigentes sindicais, o fim da estabilidade do servidor nestas condições, que é pregado como positivo, servirá para enfraquecer o serviço público e as políticas públicas. “O projeto cria uma forma velada de assédio moral”, avalia João Paulo Ribeiro, secretário de servidores públicos da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Fonte: Portal Vermelho

Sob ataque, Constituição Federal faz 29 anos – O último dia 5 marcou a promulgação da Constituição Federal de 1988, chamada de a “Constituição Cidadã”. “Desde a sua promulgação, a Constituição de 1988 foi atacada pelos setores conservadores da sociedade porque trouxe em seu bojo importantes avanços nos direitos sociais e individuais”, diz Ivânia Pereira, vice-presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Foi a Constituição que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), “um dos maiores serviços de saúde pública do mundo, que agora corre sério risco de extermínio”, relata Elgiane Lago, secretária da Saúde da CTB. Também foi instituído o seguro-desemprego e diversas garantias para a classe trabalhadora. Após o golpe na presidência, Temer e seus aliados de governo rasgam a Constituição com retirada de direitos em todos os setores da nação. Fonte: CTB


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