sábado, 28 de outubro de 2017

Educa.com - 28.10.2017 - Unesco: Bônus não melhora a educação



Edição: Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 28 outubro de 2017N º 388
                                                                                                      
RESPONSABILIDADE É COMPARTILHADA E NÃO APENAS DE UM ATOR
UNESCO: BÔNUS NÃO MELHORA EDUCAÇÃO

A educação é uma responsabilidade compartilhada entre governos, escolas, professores, pais e atores privados. E, por isso, não se deve responsabilizar um ou outro ator que integra a cadeia responsável pela educação. Culpar os professores por ausência na escola ou pelos resultados insatisfatórios dos aluno em testes de larga escola é injusto. Essa é uma das principais conclusões do Relatório de Monitoramento Global da Educação 2017 lançado esta semana pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). O estudo faz um alerta para os sistemas de ensino que utilizam resultados para sancionar e premiar escolas e educadores: “os resultados das avaliações são fortemente determinados por fatores fora do controle da escola”. Para a Unesco, a responsabilização com base no desempenho pode resultar em ajuste negativo para as ecolas, manipular sistema e até evitar sanções à exclusão de reformas a longo prazo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a responsabilização gerou distâncias de aprendizagem entre brancos e negros e tornou os currículos mais restritos ao priorizar a matéria das provas. Fonte: Jeduca


Avaliar professor para melhorar resultado é tese sem razão – A avaliação docente tem se disseminado em várias partes do mundo com a premissa de que incentivos aos educadores possam produzir ações que melhoram os resultados. Mas segundo a Unesco, essa premissa não se confirma. Segundo o relatório, a remuneração com base nos desempenho produz um impacto desigual nos resultados da aprendizagem e pode ser prejudicial à imparcialidade. O relatório da Organização da Educação aponta que essa medida aumenta a competição e tende a desmotivar os professores. O documento também aponta que o uso de avaliações em larga escola para tomada de decisões depende da capacidade dos gestores das escolas e sistema compreenderem e utilizarem adequadamente as informações para ações no nível da escola, mas que isso nem sempre ocorre. O estudo apontou que há muitas conclusões errôneas sobre ‘melhora’ ou ‘piora’ do desempenho nos estabelecimentos de ensino.

CONJUNTURA
g Universidades: administrativos aprovam greve para dia 10 – Categoria luta contra retrocesso, retirada de direitos, reforma trabalhista e reforma da previdência.   Leia.
g Engenheiro que descobriu o pré-sal lamenta a privatização A postura do governo Temer em relação ao pré-sal condenará o Brasil a um papel secundário na economia global pelas próximas décadas: "Energia é soberania nacional”. Leia.
g Lei dá prioridade a professor para a restituição do IR Os contribuintes que têm o magistério como maior fonte de renda terão prioridade no recebimento dos recursos logo após as pessoas com mais de 60 anos. Leia.

Coordenadora do SindUte debate resistência à reforma na 3ª – A professora Beatriz Cerqueira (CUT MG) e o economista do Dieese, Frederico Melo vão debater em Uberaba as estratégias de resistência à reforma trabalhista. Em pauta, o projeto de iniciativa popular da CUT de anulação da reforma, que quer recolher mais de 1,3 milhão de assinaturas em todo o país. O evento será às 18 horas no Salão do sindicato e é aberto a todos os interessados. CARTEIRA DE TRABALHO - A reforma trabalhista entra em vigor no mês de novembro e cria nova era de precarização para os trabalhadores. Entre as mudanças está o fim da obrigatoriedade da assinatura da carteira de trabalho. As novas contratações poderão ser feitas através do contrato de autônomo, mesma quando o serviço for contínuo e exclusivo. Nesta opção, o trabalhador ficará sem direito a férias, 13º, FGTS e todos os demais direitos previstos. Também vai valer a terceirização sem limites.

Não há déficit da Previdência, conclui CPI – O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, senador Hélio José (PROS-DF), apresentou no último dia 23 o relatório final dos trabalhos ao colegiado, com a conclusão de que a Previdência Social não é deficitária, mas, sim, alvo de má gestão. Segundo o senador, “está havendo manipulação de dados por parte do governo para que seja aprovada a reforma da Previdência”. Ele acrescentou que “quando o assunto é Previdência, há uma série de cálculos forçados e irreais”. Em 253 páginas, o relatório destaca que o “maior e mais grave problema da Previdência Social vem da vulnerabilidade e da fragilidade das fontes de custeio do sistema de seguridade social”. No documento, o relator destaca que, “antes de falar em déficit, é preciso corrigir distorções”. Outro trecho do documento ressalta que “a lei, ao invés de premiar o bom contribuinte, premia a sonegação e até a apropriação indébita, com programas de parcelamento de dívidas (Refis), que qualquer cidadão endividado desse país gostaria de poder acessar”. O relatório da CPI sugere para o setor dois projetos de lei (PLS) e três propostas de emenda constitucional (PECs). Uma delas proíbe a aplicação da Desvinculação de Receitas da União às receitas da seguridade social, que tira de 20% a 30% de tudo que arrecada. Fonte: Bancários SP

Ações na empresa identificam o assédio moral (4) – A violência verbal, física e sexual é uma forma de identificar o assédio. Isso se dá por: Insinuar atividades sexuais com gestos ou propostas; ameaçar ou agredir o (a) trabalhador (a) verbal o/ou fisicamente; Gritar, xingar, imitar ou apelidar o (a) trabalhador (a); Fazer com que circulem boatos maldosos e calúnias sobre a vida particular e hábitos pessoais; Fazer críticas ou brincadeiras sobre particularidades físicas, emocionais e/ou sexuais do (a) trabalhador (a) em público; Seguir e espionar. Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil / 4º Congresso Nacional da CTB

Previdência: Maiores sonegadores devem quase R$ 1 trilhão A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência apresentou no dia 23, no Senado, o relatório das investigações feitas pelos senadores. Segundo eles, bastaria o governo executar os grandes devedores da União por sonegação previdenciária para arrecadar perto de R$ 1 trilhão. Segundo o relatório, quando são separadas da lista dos grandes devedores apenas as empresas privadas, estas devem R$ 450 bilhões. Dados da Procuradoria da Fazenda Nacional, entretanto, comprovaram que deste volume somente R$ 175 bilhões correspondem a débitos recuperáveis, em função dos programas de isenção fiscal. “Esse débito decorre do não repasse das contribuições dos empregadores, mas também da prática empresarial de reter a parcela contributiva dos trabalhadores, o que configura uma dupla irregularidade; pois, além de não repassar o dinheiro à previdência esses empresários embolsam recursos que não lhes pertencem”, explicou o Senador Paulo Paim. Fonte: Bancários SP

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