sábado, 4 de novembro de 2017

Educa.com - Pancada trabalhista chega dia 11



Edição: Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 04 novembro de 2017N º 389
                                                                                                      
CARTEIRA DE TRABALHO DEIXARÁ DE SER OBRIGATÓRIA!
PANCADA TRABALHISTA CHEGA DIA 11

A reforma trabalhista entra em vigor no próximo dia 11 com pacandas para todos os lados. A maior parte das mudanças busca legalizar o que hoje seriam fraudes nas relações de trabalho. Seu principal fundamento é fragilizar a proteção da classe trabalhadora e flexibilizar os deveres das empresas. As alterações irão ocorrer em vários aspectos. Na contratação, a carteira de trabalho não será mais obrigatória, podendo haver agora o trabalhador autônomo – mesmo sendo exclusivo da empresa. Este trabalhador não vai ter direito a férias, 13º, FGTS ou qualquer outro benefício. A reforma também autoriza a contratação do trabalho intermitente. Neste, o trabalhador fica à disposição da empresa, mas será pago só quando trabalhar efetivamente. Isso irá oficializar o “bico” no Brasil. O trabalho principal efetivo também poderá ser substituído a qualquer momento por outro terceirizado (mais barato), o que é hoje proibido pela lei. A jornada de trabalho também será alterada. O pagamento das horas extras deve diminiuir (ou acabar) com a compensação no mesmo mês obtida por simples “acordo”. O trabalho com jornada de 30 horas semanais, que hoje vale um salário mínimo, poderá ser pago na forma proporcional a partir de novembro. O valor cai para R$ 638.

Reforma também irá atingir o serviço público – Segundo o economista do Dieese, Frederico Melo, as partes que são ou serão privatizadas do serviço público será atingida pela reforma trabalhista. Além disso, a nova legislação deve virar referência para as relações de trabalho no serviço público. As centrais sindicais estão convocando para paralisação nacional na próxima sexta (10). O Fórum dos Trabalhadores de Uberaba está montando uma programação para Uberaba na praça Rui Barbosa.

CONJUNTURA
g Cinco famílias controlam 50% da mídia – Em pleno século 21, o mercado de mídia no Brasil é dominado por "dinastias familiares”, que concentram poder político e econômico e detêm uma ampla rede de poder. Leia.
g Temer reduz salário mínimo; STF libera auxílio moradia Na mesma semana em que Michel Temer baixou novamente a previsão para o salário mínimo do trabalhador brasileiro em 2018, uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, assegurou o pagamento retroativo aos últimos seis anos de auxílio-moradia a 218 juízes e desembargadores do Rio Grande do Norte. Leia.
g Trabalho informal avança no Brasil após reforma aprovada De acordo com o estudo, houve um crescimento de 11% para 12% na quantidade de pessoas que estão trabalhando sem carteira assinada, os autônomos saíram de 24% para 25%. O emprego formal sofreu queda de 38% para 36% no último ano. Leia.

Começou! Empresa oferece salário de 4,45 a hora trabalhada – Um anúncio de vagas da empresa Sá Cavalcante, que opera franquias
das redes Bob's, Spoleto e Choe's Oriental Gourmet, chamou a atenção nas redes sociais nos últimos dias. Isso porque a oferta de emprego destaca um salário de R$ 4,45 por hora trabalhada, em uma jornada de cinco horas nos finais de semana (salário mensal = menos de R$ 300). Trata-se do chamado trabalho intermitente. Possível no país com a aprovação da Reforma Trabalhista, que entrará em vigor no dia 11 de novembro. O contrato intermitente não define uma carga horária mínima de trabalho. A lei determina que a empresa deve avisar os trabalhadores com pelo menos três dias de antecedência, por "qualquer meio de comunicação eficaz". O trabalhador terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, se não, fica presumida a recusa da oferta. Caso o trabalhador não compareça ao trabalho, deverá pagar ao empregador uma multa de 50% da remuneração. Fonte: Brasil de Fato.

Reforma: Mudança não pode atingir os atuais contratos Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia tem um significativo impacto a favor dos trabalhadores, sobretudo a partir da entrada em vigência da reforma trabalhista, no próximo dia 11 de novembro. A 2ª Turma do TRT5-BA considerou ilícita a terceirização e reconheceu vínculo direto entre trabalhadores representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico/Petroleiro do Estado da Bahia (Sindiquímica) e a Oxiteno Nordeste S/A Indústria e Comércio, multinacional da área química, tomadora dos serviços, localizada em Camaçari (BA). Além da retificação na carteira de trabalho e pagamento de diferenças salariais e outros benefícios normativos, o colegiado também condenou esta e outras quatro reclamadas ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil. A relatora, desembargadora Margareth Rodrigues Costa, entendeu que os trabalhadores exerciam funções que integram o rol de atividades-fim da empresa tomadora, havendo relação de pessoalidade e subordinação direta. Ela concluiu que as situações jurídicas são anteriores à vigência da nova Lei de Terceirização, e que a lei não é retroativa, ou seja, ela não age sobre os contratos firmados antes de sua entrada em vigência. Fonte: Bancários SP

Quem assedia pode ser responsabilizado? – Sim. Quem assedia moralmente pode ser responsabilizado nas esferas administrativa (infração disciplinar) ou trabalhista (arts. 482 e 483 da CLT), civil (danos morais e materiais) e criminal (por lesão corporal, crimes contra a honra, crime de racismo, etc). Quem assedia sexualmente pode ser responsabilizado por importunação ofensiva ao pudor, ato obsceno ou estupro, dependendo do caso. Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil / 4º Congresso Nacional da CTB


‘Bônus para aumentar a produção estimula corrupção’ A ideia de pagar bônus para aumentar a produção das empresas (ou para aumentar as médias das escolas nos sistemas educacionais) é algo antigo que nunca funcionou adequadamente, apesar do grande alarde que a reforma empresarial da educação faz da ideia. Vários estados brasileiros usam esta prática, especialmente São Paulo. Na seção “Entrevista da 2ª” da Folha de São Paulo,  Jermyn Brooks avalia que “bônus pagos a executivos estimulam corrupção”. Esta é a opinião de um dos maiores especialistas mundiais em combate à corrupção, integrante da Transparência Internacional. Não é diferente quando se usa bônus no âmbito dos sistemas de ensino ou na área médica. “As empresas pagam salários de US$ 1 milhão por ano e, provavelmente, dois terços desse valor são bônus. A empresas dão incentivos errados às pessoas pelo modo como pagam os funcionários de alto escalão.” A Folha de São Paulo, defensora de pagamento de bônus para professores e demissão para os que não atingem as metas do IDEB, deveria ler a entrevista e aprender. Fonte: Blog do Freitas

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