sábado, 11 de novembro de 2017

Educa.com - 11.11.2017 - PMU deixa aposentados sem salário



Edição: Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 11 novembro de 2017N º 390
                                                                                                      
SINDEMU COBRA APORTE: ‘ATRASO FINANCEIRO É DESCABIDO’.
PMU DEIXA APOSENTADOS SEM SALÁRIO

Educadores aposentados do IPSERV estão sem poder pagar contas, comprar alimentos e remédios por falta de salário. O pagamento mensal não foi feito porque a PMU não fez o aporte necessário para que o instituto de aposentadoria possa honrar o compromisso. Os aportes necessários para o pagamento de 1.500 aposentados (educadores e demais servidores) são na ordem de R$ 1,7 milhão. Mas em agosto, a PMU fez depósito de forma inédita de R$ 17 milhões para pagamento de dívidas de precatórios de 65 credores. A diretoria do Sindemu enviou ofício ao prefeito Paulo Piau (PMDB) cobrando o repasse imediato para evitar caos familiar dos educadores aposentados. Para o presidente do Sindicato, Bruno Ferreira, os aposentados têm de ser prioridade em qualquer governo, pois muitos dependem dessa fonte de renda para sustentar família e comprar remédios: “É descabido esse atraso financeiro”.

CONJUNTURA
g Cana transgênica deve aumentar casos de câncer – Previsão de doenças e de danos ambientais não deve influir em decisão da CTNBio, que analisa novas variedades da planta. Em 100% dos casos, órgão desprezou riscos e incertezas em favor da indústria. Leia.
g ONU pede para Brasil desistir de liberar ‘trabalho escravo’  Portaria que abranda o conceito do trabalho escravo já havia sido criticado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para especialistas da ONU, o Brasil liderou por anos o combate à escravidão moderna e é decepcionante a mudança. Leia.
g M.Officer é condenada por trabalho escravo TRT mantém decisão de primeira instância, que determina indenizações de R$ 6 milhões por danos morais coletivos e dumping social, e determina cumprimento de obrigações trabalhistas. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2014. Leia.
g Manobra aprova criminalização de aborto até em estupros Em manobra, a bancada evangélica da Câmara dos Deputados aprovou dia 8 a inclusão em projeto que trata da licença-maternidade, uma emenda que proíbe o aborto em todas as circunstâncias. Leia.

QUITAÇÃO DE DIREITOS, SALÁRIO ‘KINDEROVO’ E INSEGURANÇA DE GRÁVIDAS SÃO NOVIDADES DA NOVA LEI QUE ENTRA EM VIGOR HOJE
REFORMA CRIA BARBÁRIE NO TRABALHO

Entrou em vigor hoje a nova lei trabalhista do governo Temer e de sua maioria de deputados aliados. É mais profunda transformação na legislação desde a criação da CLT na década de 40. A lei regulariza situações que até ontem eram consideradas ‘fraudes trabalhistas’ e permite às empresas retirar direitos em novas formas de contratações, jornadas, demissões e até no acesso à justiça. São muitas alterações que criam uma barbárie na comparação com a lei que está deixando de valer. No final de cada ano, por exemplo, as empresas poderão chamar os funcionários para assinar um termo de quitação de dívidas trabalhistas. Ou seja, o empregado irá assinar um documento de valor jurídico de que a empresa não deve nada a ele. Outra novidade é o salário ‘kinderovo’, aquele que será uma surpresa a cada final de mês (podendo receber até menos de um salário mínimo), por conta do contrato intermitente (ou eventual). Ou seja, ele será pago por hora somente quando a empresa o chamar para trabalhar, mesmo ficando à disposição do empregador. Em outra mudança, passa-se a permitir que mulheres grávidas e lactantes trabalhem em locais que possam trazer risco de saúde, inclusive ao seu bebê. Até ontem, isso era proibido.


Professores: mudança traz insegurança nas redes de ensino – Os professores da rede privada são atingidos em cheio com a reforma. Para baixar custos, as escolas podem contratar empresas para fornecerem educadores terceirizados, com salários menores e menos direitos que os atuais. Pior: Quando não houver acordo antecipado da Convenção Coletiva entre Sindicato e patrões, a categoria perde todos os direitos do dia para a noite (entre eles, a bolsa de estudos e toda regulamentação construída ao longo dos anos). As férias de janeiro poderão ser parcelas em até três vezes no ano e as horas extras poderão ser trocadas no banco de horas. Na rede pública, os professores contratados também poderão ser terceirizados, com salários menores e jornada de trabalho maior do que os efetivos. A queda nos custos pode seduzir os governantes a não realizar mais concursos públicos.

Assédio: onde ou a quem posso pedir providências legais? – Caso a repetição se prolongue, busque orientação com as entidades de classe principalmente os sindicatos ou junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego ou ainda com um advogado. O Ministério do Trabalho possui um núcleo de combate ao assédio moral que pode orientar nos procedimentos para a defesa dos direitos do trabalhador (a) assediado (a). As vítimas de assédio sexual podem procurar os serviços do Ministério Público, Delegacia de Polícia, Polícia Militar, Disque 180 e da Defensoria Pública. Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil / 4º Congresso Nacional da CTB

Reforma trabalhista é rejeitada por 81% dos brasileiros – A nova legislação trabalhista, que entra em vigor a partir deste sábado (11), tem a desaprovação de 81% dos brasileiros. A ampla maioria, 67%, considera que a “reforma” só é boa para os patrões e outros 15%, que não é boa para ninguém. Os números foram levantados por pelo instituto Vox Populi a pedido da CUT, em pesquisa realizada entre 27 e 31 de outubro. Apenas 6% aprovam as mudanças contidas na Lei 13.467, 5% não aprovam nem desaprovam e 8% não sabem ou não responderam. Nesta sexta (10) houve protestos contra as reformas em todo o país. Em Uberaba, houve panfletagem comandada pelo Fórum dos Trabalhadores de Uberaba na porta das empresas e no centro da cidade (detalhe da foto). A CUT orientou sindicatos a desencadear campanha para colher assinaturas em apoio a um projeto de lei de iniciativa popular que anule os efeitos da "reforma". A revogação de medidas do atual governo é também a principal bandeira de campanha de três pré-candidatos à presidência: Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Manuela D'Ávila (PCdoB). Com informações da CUT.


79% não votarão em deputados que aprovaram a reforma Os dados da nova rodada da pesquisa CUT-Vox Populi mostram que a rejeição a quem votou contra o trabalhador atinge todas as regiões do país, todas as faixas etárias, de renda e escolaridade. Segundo a pesquisa, 80% das mulheres e 78% dos homens não querem reeleger deputado que votou regras trabalhistas que beneficiam patrões - como afirmaram 67% dos entrevistados pelos pesquisadores. A estratificação por renda mostra que, também, não darão seus votos para esses deputados 83% dos que ganham mais de 2 e até 5 salários mínimos (SM), 78% dos que quem ganha até 2 SM, e 75% mais de 5 SM. Por idade, o cenário de rejeição é idêntico. Esses deputados não receberão os votos de 82% dos adultos, 77% dos jovens e 72% dos maduros. E por escolaridade, os percentuais foram 84% de quem cursou até o ensino médio, 76% ensino fundamental, e 77% ensino superior. A nova rodada da pesquisa CUT-VOX foi realizada em 118 municípios. Foram entrevistados 2000 brasileiros com mais de 16 anos de idade, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, em todos os segmentos sociais e econômicos. Fonte: CUT

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