sábado, 21 de outubro de 2017

Educa.com - Câmara deixa professores 'na mão'



Edição: Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 21 outubro de 2017N º 387
                                                                                                      
VEREADORES NÃO VÃO HOMENAGEAR PROFISSIONAIS EM 2017
CÂMARA DEIXA PROFESSORES ‘NA MÃO’

A lei municipal 6305 de 1997 instituiu o livro de Honra ao Mérito da Educação, como forma de homenagear os professores do Município de Uberaba. Melhorada em 2011, o benefício prevê a escolha dos nomes pelas escolas e o envio para que os sindicatos procedam o sorteio dos indicados para o ano. A homenagem tornou-se uma tradição entre os educadores da rede municipal com eleição da homenageada pelos colegas da escola, processo desenvolvido nos últimos cinco anos. Neste ano não foi diferente, cerca de quarenta instituições fizeram a escolha e enviaram o nome ao Sindemu, que fez o sorteio de três educadores de destaque: Carmem Lucia de Oliveira Flor - Cemei Octávia Alves Lopes; Harlem Ferreira Santos - Fundação de Ensino Técnico Intensivo "Dr. Renê Barsan" – FETI; Rany Márcia Gomes de Oliveira - Cemei Mônica Machiyama. Desde setembro, o Sindemu cobra da Câmara a realização do evento de homenagem aos professores das três redes de ensino. No entanto, na semana do professor, a Câmara respondeu ao Sindemu que não vai realizar a homenagem este ano. Os Educadores indicados – que representam toda a categoria – vão ficar ‘na mão’. 

Inscrição para cargo diretor tem baixa procura no Município – A rede municipal de ensino terá eleições para diretor ainda este ano em todas as escolas e Centros de Educação Infantil. A primeira parte do pleito foi a inscrição dos educadores para participar da escolha da direção das escolas. No Município são mais de 70 unidades de ensino, mas pouco mais de 90 educadores foram inscritos. E deste, apenas 52 foram aprovados na primeira fase de análise de documentos. Na prática, uma boa parte das escolas e Cemeis não vão ter consulta à comunidade escolar e em outra grande parte das unidades haverá chapa única. Na avaliação da diretoria do Sindemu, a procura foi muita baixa e isso se deve, principalmente, aos baixos salários de diretores que não estão em consonância com as responsabilidades assumidas no cargo. Muitos professores preferem dobrar os cargos a ter salários menores para dirigir uma escola. A pior situação é dos Centros de Educação Infantil (Cemeis) onde os diretores têm salários muito menores que as escolas, mesmo tendo um grande número de alunos. O Sindemu tem reivindicado anualmente que a PMU transforme os Centros de Educação Infantil em Escolas de Educação Infantil, igualando as condições nas duas unidades.

CONJUNTURA
g Entrega do Pré-sal irá tirar R$ 3,5 trilhões do Brasil – O artigo 5º da MP 795/2017 elaborada pelo governo pretende na prática acabar com o conteúdo local na indústria ao instituir um regime especial de importação, com a suspensão do pagamento de tributos federais para estes bens produzidos fora do país.  Leia.
g Em crise institutos federais recorrem a doações Os institutos federais de ciência e tecnologia têm sofrido com a redução de verbas. Apenas 60% do previsto foi liberada pelo MEC até o último dia 10. As unidades estão deixando de abrir vagas e cursos e também recorrem a equipamentos doados e cortes de terceirizados para manter as aulas.  Leia.

Justiça anula a terceirização na saúde de Uberaba – Sentença publicada da 3ª Vara Cível de Uberaba declarou inconstitucional a lei 11.840/2013 que permitia a terceirização de serviços públicos na área da saúde no Município. A decisão de primeira instância atende pedido do Ministério Público, por entender que o procedimento contraria a Constituição do Brasil. A juíza declarou na decisão a nulidade da concorrência pública para os serviços das UPAs e invalidou as contratações das empresas que assumiram os serviços. A decisão ainda determinou que o município fique proibido de abrir novos procedimentos licitatórios que tenham como objeto a terceirização e/ou gerenciamento da prestação de serviços à saúde. Para a juíza Régia Ferreira, o Poder Público não pode se livrar de atribuições e responsabilidades consideradas essenciais. A decisão cabe recurso.
Manifesto defende Paulo Freire como patrono da educação – O Coletivo Paulo Freire lançou no último dia 16 um manifesto em defesa ao legado de Paulo Freire e pela manutenção de seu título como patrono da educação brasileira. Encabeçado pela deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), por Nita Freire, escritora, educadora e viúva de Paulo Freire, Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito a Educação, e organizações como o Instituto Paulo Freire, o grupo lança o documento como resposta à proposta legislativa criada por uma estudante apoiadora do Escola sem Partido, que pede a revogação da Lei 12.612, tirando de Paulo Freire, o título de patrono da educação brasileira. O manifesto, que já conta com mais de 400 assinaturas de cidadãos brasileiros e de países da África Lusófona e de Portugal, coloca que defender o título de Freire é o mesmo que defender a produção intelectual, a boa prática pedagógica e o próprio Brasil. Para os proponentes, ceder a “tamanho acinte”, é impor a Freire e à sua obra, uma espécie de segundo exílio, tão violento quanto o primeiro sofrido pelo educador de 1964 a 1980 e levado a cabo pela Ditadura Civil-Militar (1964-1985). Fonte: Carta Educação.

Ações na empresa identificam o assédio moral (3) – O atentado contra a dignidade é uma forma de identificar o assédio. Isso se dá por: Atribuir tarefas humilhantes; ofender o profissional usando termos obscenos e degradantes; não levar em consideração os problemas de saúde ou as recomendações médias; utilizar insinuações desdenhosas para desqualificar o (a) trabalhador (a); fazer gestos de desprezo diante do (a) trabalhador (a), tais como suspiros, olhares, desdenhosos, etc; desacreditar o (a) trabalhador (a) diante de colegas, superiores ou subordinados; espalhar rumores a respeito do (a) trabalhador (a) atribuindo-lhe problemas psicológicos; expor e criticar a vida privada do trabalhador (a); zombar de atributos físicos ou da origem socioeconômica e regional; desmerecer crenças religiosas ou convicções políticas. Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil / 4º Congresso Nacional da CTB

Por que no Brasil tem muito mais desigualdade social? – Por que a miséria e a desigualdade social são infinitamente maiores no Brasil do que nos países desenvolvidos da Europa? Uma das explicações está no sistema tributário. É o que conclui relatório da Organização Não Governamental britânica Oxfam. Sistemas justos de tributação da renda implantados em países desenvolvidos baseiam-se em uma lógica simples: quem tem mais paga mais, quem tem menos, paga menos, e quem tem muito pouco não paga nada. Não é o caso do Brasil, o que faz com que a classe média e os mais pobres paguem muitos mais impostos do que os super-ricos. Um exemplo: quem ganha 320 salários mínimos mensais paga uma alíquota efetiva de imposto similar à de quem ganha cinco salários mínimos mensais. De acordo com o relatório da Oxfam, essa aberração tem origem em duas particularidades do sistema tributário brasileiro: a isenção de impostos sobre lucros e dividendos e a limitação de alíquotas no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) – a maior delas é de 27,5%, tanto para quem ganha 320 salários mínimos quanto para quem ganha oito salários mínimos. A Oxfam estima que o potencial de arrecadação na esfera federal poderia aumentar cerca de R$ 60 bilhões por ano com a tributação de lucros e dividendos, o equivalente a duas vezes o orçamento federal para o Programa Bolsa Família, quase três vezes o orçamento federal para a educação básica, e quase 60 vezes ao destinado para educação infantil. Fonte: Bancários SP

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