Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 28 de Julho 2018 – N
º 422
PÍSO
DO MAGISTÉRIO PARA 24 HORAS FOI PRA CONSTITUIÇÃO DE MINAS
PISO
PRA 24 H: VITÓRIA DOS EDUCADORES!!
Os trabalhadores da Educação da rede estadual
de Minas Gerais tiveram uma das mais importantes vitórias dos últimos anos. Foi
aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa de Minas Gerais uma emenda
na Constituição de Minas que garante o direito ao piso do magistério. A mudança
é uma vitória sem precedente e inédita na história da educação mineira, pois
garante uma série de benefícios diretos, sem necessidade de novas aprovações
pelos deputados. A proposição determina que o vencimento inicial das carreiras
dos profissionais de magistério da educação básica não será inferior ao valor
integral vigente do piso salarial profissional nacional do magistério, previsto
no inciso VIII do caput do artigo 206 da Constituição da República. Também
define que o piso será por uma jornada de 24 horas semanais (e não 40 horas
como possibilita a lei nacional do piso) para professores e especialistas.
Assegura ainda, que serão reajustados na mesma periodicidade e no mesmo
percentual adotado para a atualização do piso salarial nacional, sem prejuízo
de revisão geral ou outros reajustes, os vencimentos de oito carreiras: Professor
(PEB), Especialista (EEB); Analista (AEB); Assistente Técnico (ATB); Técnico da
Educação (TDE); Analista Educacional (ANE); Assistente de Educação (ASE); Auxiliar
de Serviços de Educação (ASB). Com a nova lei – conquista da greve deste ano - Minas
será a primeira unidade da Federação a conquistar um plano de carreira tão
estruturante do ponto de vista legal para a Educação Básica. A lei deverá ser
promulgada nos próximos dias.
PMU descarta aumentar ‘agora’ a contribuição para o IPSERV – O Secretário de Finança do Município, Wellington
Fontes anunciou publicamente que a PMU não irá promover aumento na alíquota de
desconto dos servidores e da contribuição patronal de 11% para 14%. Fontes
integra comissão que analisa a revisão do plano de custeio do Ipserv. O
secretário justificou o recuo na questão política: “os servidores não aceitaram
a alteração”. Ele observou ainda que a revisão iria onerar muito a Prefeitura.
O aumento estaria descartado no momento e haverá estudos de outros mecanismos
para auxiliar no custeio do Ipserv. Desde o início dos debates, o Sindemu
manifestou a contrariedade dos educadores com a medida e pela não participação
nos debates sobre o custeio do IPSERV. Com
informações do Jornal da Manhã
Editorial
CNTE propõe que escolas rejeitem o BNCC do ensino
médio
– O MEC e o Conselho Nacional de
Secretários da Educação (Consed) lançaram no último dia 23 o “dia D” de
mobilização pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC) do ensino médio. A
medida mobilizará um dia as escolas (sem aula) para que professores e
especialistas analisem a proposta. A data nacional sugerida foi 2 de agosto,
mas o debate nas escolas de Minas foi adiado. A ação, na verdade, quer
movimentar as escolas para pressionar por uma decisão favorável do Conselho
Nacional da Educação, que está dividido sobre o tema. A proposta de BNCC tem
150 páginas e nas escolas haverá apenas um roteiro simples para uma análise
superficial. A CNTE, Confederação Nacional dos Trabalhadores em educação,
considera a BNCC um instrumento de operacionalização da reforma do ensino médio.
E juntos possuem vários problemas: Redução nos currículos e no número de
professores; parte de currículo a ser cumprida fora da escola (em empresas
privadas ou à distância); financiamento deficitário, entre outros. A
Confederação formalizou um modelo de carta para uso das escolas (veja nos
anexos). Muitos acreditam na reforma e BNCC por conta da divulgação da possibilidade
de escolha de currículo pelos estudantes. Isso é “fake”, pois a lei permite que
as escolas ofereçam apenas um caminho. Com a palavra, os educadores. Anízio
Bragança Júnior
Temer faz recuo
estratégico na reforma do ensino médio - Após forte pressão e mobilização dos
educadores, entidades sindicais e acadêmicas contra a reforma do Ensino Médio,
o governo ilegítimo de Michel Temer (MDB) anunciou que irá recuar e alterar o
texto polêmico que define as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular. Uma das sinalizações apontada pelo MEC
é a mudança no texto dos conteúdos de Ciências da Natureza e Ciências Humanas,
que são as áreas onde não estão descritas, de forma clara e aprofundada, quais
serão as diretrizes para compor a Base Nacional Comum Curricular. A coordenadora de Políticas
Educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, acredita
que a principal motivação do recuo de Temer
é a aproximação das eleições gerais
deste ano. Em maio deste ano, a CNTE
publicou uma análise sobre os reais objetivos da proposta da Base Nacional
Comum Curricular. No documento, a entidade avalia que a estratégia de
mercantilização do Ensino Médio (e da educação básica) é o principal mote da
reforma. Fonte: Rede Brasil Atual.
10 de agosto: Centrais fazem ‘dia do basta’ em todo o país
-
Em plenária realizada no DIEESE, na manhã do último dia 25, as centrais
sindicais e dirigentes de diferentes categorias realizaram uma avaliação da
organização do ‘Dia do Basta’, convocado para 10 de agosto em todo o país. Durante
suas falas, os representantes do Fórum das Centrais apresentaram um balanço
positivo da mobilização: “A adesão nos estados cresce a cada dia, inclusive em
conjunto com os movimentos sociais e juventude. Já temos sinalização de data e
hora de atos em todas as capitais e principais cidades do país”. “A classe
trabalhadora está sendo brutalmente atacada desde maio de 2016. Somente com
luta reverteremos esta agenda e recolocaremos o Brasil no rumo do crescimento,
com geração de emprego e valorização do trabalho. A CTB já tem agenda em todos
os estados. As ruas do Brasil serão tomadas por um grito único: Basta de
desemprego, privatizações, desmonte da Saúde e Educação, exclusão e
exploração!”, reforçou o presidente nacional (licenciado) da CTB, Adilson
Araújo. Fonte: Contee
CONJUNTURA
g LATIFÚNDIOS,
TRATORES E AGROTÓXICOS AUMENTAM – Segundo Censo do IBGE caiu o número
de estabelecimentos e aumentou a área. País perdeu 1,5 milhão de ocupados em 11
anos. O censo mostra também que a quantidade de produtores utilizando
agrotóxicos cresceu 20,4% de 2006 a 2017. Leia
g CINCO
EX-MINISTROS SÃO ABSOLVIDOS EM AÇÃO DO FIES
–
Os ex-titulares da Educação foram enquadrados sob o argumento de que eram
"responsáveis pela expansão desmedida do programa, o que teria afetado o
equilíbrio das contas públicas e descumprido a Lei de Responsabilidade
Fiscal." Leia
g IMPOSTO
SINDICAL PODE SÓ PARA SINDICATO PATRONAL – Um decreto
do governo Temer deu um “jeitinho” de compensar sindicatos, federações e
confederações empresariais da agricultura com parcelas das contribuições que o
setor faz às entidades do “Sistema S”. Leia