sábado, 13 de abril de 2019

Educa.com - 13.04.2019 - Ensino integral terá só 50 alunos em Uberaba



Edição: Bragança Júnior (MG4731JP)
Uberaba, 13 de abril de 2019Nº 453

CERCA DE 200 TRABALHADORES FICARÃO DESEMPREGADOS:
ZEMA CORTA! ENSINO INTEGRAL
TERÁ SÓ 50 ALUNOS EM UBERABA
Alegando dificuldades financeiras, o governo Romeu Zema (Novo) anunciou esta semana um corte dramático no programa “Ensino em Tempo integral” em todo o estado de Minas Gerais. 80 mil alunos não terão a chance mais de fazer atividades variadas em um turno a mais nas escolas. O corte foi mais profundo ainda em Uberaba. Dos três mil alunos da rede estadual atendidos em 2018, apenas 50 vagas serão abertas este ano. E das 22 escolas credenciadas, apenas uma foi autorizada a participar do programa. Segundo cálculos iniciais, cerca de 200 trabalhadores da educação (professores e auxiliares de serviços gerais) aproveitados no programa em Uberaba caminham para a fila do desemprego. A única escola autorizada na cidade foi a Geraldino Rodrigues da Cunha (bairro Abadia), com 2 turmas de 25 alunos (50 no total). Na região da Superintendência Regional de Ensino, a escola Geralda Carvalho está autorizada a abrir 100 vagas. Veríssimo poderá ter 25 alunos na E.E. Geraldino Rodrigues e Iturama 50 alunos com a E. E. Joaquim Thiago. Um total de 225 alunos em 2019 contra 6000 atendidos em 2018.

Editorial: Na prática, a Prefeitura vai pagar a conta do corte – A dramática redução da Escola em Tempo Integral da rede estadual está sendo duramente criticada em todo o Estado. O governo alega problemas no repasse de verbas para a merenda escolar, mas não detalhou a conta que também é paga pela União. Em Uberaba, muitas escolas estaduais tinham atendimento focado no programa e vão ter dificuldades para manter os alunos. A falta de arrecadação estadual e o agravamento da crise financeira no país sem qualquer projeto de recuperação do governo Bolsonaro podem levar a um quadro caótico de pressão para fechamento de escolas. Não é por menos, que a presidente da Comissão de Educação da Assembleia de Minas, deputada Beatriz Cerqueira (PT), já havia lançado a campanha “Por nenhuma escola a menos”. A educação é uma área sensível da sociedade e deve trazer prejuízos complexos para vários outros campos. O corte no programa cria uma fantástica conta social sobre a juventude e famílias carentes da cidade. O Município vai ser pressionado a receber cada vez mais os alunos desassistidos e é aquele que, na prática, terá que se esforçar para amenizar o impacto social que recairá sobre a comunidade. Anízio Bragança Júnior

PEC da Previdência dá R$ 388 bi aos bancos A proposta do governo é de criar um modelo de capitalização, onde cada trabalhador terá que dar conta de juntar o dinheiro suficiente para se aposentar, após 20 anos de contribuição, no mínimo, e depois de completar 65 anos, no caso dos homens, ou 62 anos no caso das mulheres. Não haverá mais contribuição patronal. Enquanto isso, o dinheiro acumulado das contribuições será administrado por um banco, que vai cobrar taxas pelo serviço. O modelo em vigor atualmente é conhecido como regime de repartição, onde as contribuições de trabalhadores, empresas e tributos do governo financiam os gastos com as aposentadorias. A Unafisco, Associação Nacional dos Fiscais da Receita Federal, fez um estudo para calcular o lucro que o modelo proposto vai gerar para os bancos e quanto o trabalhador terá de aposentadoria. Segundo o estudo, os bancos deverão lucrar R$ 388 bilhões por ano. Daqui a 70 anos, o lucro dos bancos atinge 102,58% do patrimônio acumulado. Já o trabalhador terá uma renda baixa, no valor equivalente a um quinto do que ele recebia quando estava na ativa. Fonte: CUT

 

Ferramenta permite pressionar deputados contra a ‘reforma’A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) criou uma ferramenta para que trabalhadores aumentem a pressão contra a “reforma” da Previdência. O site permite a comunicação direta com os gabinetes dos deputados por e-mail. A mensagem pode ser enviada a um parlamentar específico, para todos, ou então direcionar a mensagem, podendo-se agrupar os deputados por estado ou partido. Um texto pronto fica disponível na ferramenta, mas o usuário pode alterá-lo se desejar ou elaborar a sua própria justificativa para dizer que não aceita o projeto do governo Bolsonaro para alterar as regras para aposentadorias dos trabalhadores. “A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019, da reforma da Previdência, contém ataques e crueldades contra os trabalhadores da iniciativa privada, trabalhadores rurais, servidores públicos, aposentados, pensionistas e os pobres que têm direito de receber o Benefício de Prestação Continuada”, diz o texto. Clique aqui e confira a plataforma. Fonte: Rede Brasil Atual

 

CONJUNTURA
g REFORMA: PERDÃO BILIONÁRIO DESMORALIZARIA DISCURSO Fazendeiros cobram de Bolsonaro promessa de campanha de perdoar dívida de R$ 17 bilhões com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, que financia aposentadoria, pensões e assistência social no campo. Leia
g 77% DEFENDEM AUMENTO DE IMPOSTOS PARA RICOS Pesquisa divulgada no dia 8 pelo Datafolha, em parceria com a Oxfam Brasil, aponta que 77% dos brasileiros defendem aumentar os tributos de pessoas ricas para financiar políticas sociais. Além disso, 94% concordam que o imposto pago deve ser usado para beneficiar os mais pobres do país e 86%.  Leia
g PARA 81%, COR DA PELE INDUZ ABORDAGEM POLICIAL – Foi o que mostrou uma pesquisa divulgada pela Oxfam Brasil/ Datafolha. E não é só sobre a violência praticada pela polícia: para 52% dos brasileiros, negros ganham menos por serem negros e 71% acreditam que a justiça é mais dura com pessoas pretas e pardas. Leia
g UNIRIO ELEGE REITOR QUE NÃO ENTROU NA ELEIÇÃO Professor Ricardo Silva Cardoso, atual vice-reitor, rompeu tradição histórica e não participou da consulta mais ampla da comunidade acadêmica; colégio eleitoral, formado em 70% por professores, o escolheu para encabeçar lista tríplice que será submetida à Bolsonaro. Leia

Educação: Executivo do mercado financeiro é o novo Ministro O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, é executivo do mercado
financeiro, com mais de 20 anos de experiência, tendo atuado como sócio na Quest Investimentos. Foi diretor estatutário do banco Votorantim, presidente da Votorantim Corretora no Brasil e da Votorantim Securities nos Estados Unidos e na Inglaterra, além de ter sido economista chefe por mais de 10 anos. Ocupou assento no comitê de Trading da BM&F Bovespa, na Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord) e no Comitê de Macroeconomia da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima). Representou o banco Votorantim nos encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (IDB). Mestre em Administração na área de Finanças pela Faculdade Getúlio Vargas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), até ontem era um auxiliar do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que integrou a equipe de transição. Conforme seu currículo na plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o novo comandante do Ministério da Educação (MEC) é autor de três artigos completos em periódicos. Um sobre o retorno da inflação, outro sobre reforma da Previdência e o terceiro sobre indústria de fundos mútuos e fundo de previdência privada. Entre 2007 e 2010 assinou artigos em jornais e revistas, sobre inflação e investimentos. Fonte: Rede Brasil Atual.

 

Frente parlamentar quer a permanência do Fundeb A Frente Parlamentar Mista da Educação foi relançada na quarta (10), visando tornar permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Achamos que esta Frente terá um papel importante na defesa do ensino público e de qualidade, neste momento em que as forças obscurantistas buscam cercear a liberdade de cátedra”, saudou a coordenadora da Secretaria de Relações de Trabalho da Contee, Nara Teixeira de Souza, presente ao evento. Principal fonte de financiamento da educação nos municípios, o Fundeb entrou em vigor em 2007, mas tem validade apenas até 2020. Já há uma proposta para estendê-lo (PEC 15/15), e os parlamentares da frente pretendem juntar apoio ao texto. A presidente da frente, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), definiu a medida como urgente, porque o fundo responde por 63% dos recursos da educação básica. “Se ele não continuar, os municípios vão travar”, pontuou. Fonte: Contee

3 comentários:

  1. bacana demais esse blog, quero apresentar as professoras da escola infantil zona norte sp onde trabalho, obrigada

    ResponderExcluir
  2. Muito bom esse conteúdo, aqui em nossa escola particular zona norte estávamos precisando demais, bacana a ideia!

    ResponderExcluir