sábado, 6 de abril de 2019

Educa.com - 05.04.2019 - Educadores aprovam 8,8%, mas rejeitam só R$ 15 no tíquete



http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ Edição: Bragança Júnior (MG4731JP)
Uberaba, 06 de abril de 2019Nº 452
 
DECISÕES NA ASSEMBLEIA FORAM POR UNANIMIDADE:
EDUCADORES APROVAM 8,8%, MAS
REJEITAM SÓ R$ 15 NO TÍQUETE
Em assembleia realizada no último dia 4, os educadores municipais aprovaram com ressalvas a correção de 8,8% nos salários apresentados pela Prefeitura de Uberaba. O índice acima da inflação são resultados ainda da greve em 2017. Para o tíquete alimentação, o reajuste de 3,7% - fazendo o benefício passar de R$ 425 para R$ 440 - foi rejeitado pela categoria. As decisões foram por unanimidade. Os educadores consideraram insuficiente o índice sugerido para o benefício e aprovaram novo pedido para reajuste de R$ 75 no benefício ou correção de 17,6%. Durante a assembleia, os diretores do sindicato fizeram uma amplo relato da reunião com representantes da Prefeitura ocorrida no último dia 28. Com os 8,8% a ser concedidos nos salários no próximo mês, faltariam ainda 6,8% para que o Município atinja o valor proporcional do Piso do Magistério. O Sindicato chegou a se oferecer na reunião para negociar a recomposição do índice, conforme determinação do Ministério Público. No entanto, o prefeito foi taxativo de que iria responder o tema direto à Promotoria. Os educadores concluíram na assembleia que será preciso esperar até maio, quando termina o prazo concedido pela Promotoria para a regularização da situação.
PMU não paga reposição e cria revolta nos educadores Os educadores de Uberaba estão revoltados com manobra da Prefeitura para diminuir o salário nos dias de recesso criados por conta do atraso no início do ano letivo. As aulas deveriam começar no dia 1º, mas foram remarcadas para 18 de fevereiro, sob o argumento da existência de uma crise financeira. Além de economizar com a não contratação de cerca de 30% dos trabalhadores nas escolas e Centros de Educação Infantil, a Prefeitura decidiu também não pagar as aulas excedentes dos educadores concursados. No entanto, as aulas não realizadas nas duas semanas iniciais, estão sendo repostas agora pelos educadores. “O Sindemu considera esse procedimento ilegal. Vamos acionar a PMU para corrigir a medida. O Município – que criou o recesso – deveria pagar integralmentge e se o educador não trabalhar o dia devido aí deveria haver o desconto”, aponta o presidente do Sindemu, Bruno Ferreira.

Fórum apresenta 10 razões para Cartafina votar não à reforma – Representantes do Fórum dos Trabalhadores de Uberaba (FTU) se reuniram com deputado federal eleito em Uberaba Franco Cartafina (PP), no último dia 30 para apresentar motivos para que os deputados votem contra a atual reforma da previdência, em tramitação no Congresso Nacional. O grupo entregou ao parlamentar um documento intitulado: “Dez motivos para dizer não à Reforma da Previdência de Bolsonaro”, que deve ser levado também a todos os deputados federais com base eleitoral no Triângulo Mineiro, além de vereadores, prefeitos, lideranças classistas e entidades religiosas de Uberaba. No encontro, o deputado mostrou-se inclinado a rejeitar mudanças no Benefício de Proteção Continuada (BPC) e seu valor inicial de R$ 400, na alteração de aposentadoria apresentada para Trabalhadores Rurais e das professoras. Representantes do Fórum realçaram todos os prejuízos que estarão submetidos os trabalhadores nos vários itens da reforma e protocolaram ofício pedindo o voto contrário do deputado ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC). “Nós relatamos a ele que estaremos iniciando – assim como fizemos em 2017 e 2018 - uma grande campanha contrária ao projeto, informando inclusive por outdoors, redes sociais, cartazes e panfletagens denunciando à população os deputados e senadores que defendem o projeto que significa o fim da aposentadoria para boa parte da população”, relata o coordenador do Fórum, professor Marcos Gennari Mariano.

Números mostram: cobrança de devedores evitaria a reforma Cerca de um terço da dívida com a União é de fácil de recuperação por envolver empresas atuantes com patrimônio e receita, estima o procurador-geral da Fazenda Nacional, José Levi Mello do Amaral Júnior. Como a dívida total fechou 2018 em R$ 2,196 trilhões, o governo poderia, caso se empenhasse, reaver R$ 732 bilhões. Além disso, outros 22%, ou cerca de R$ 483 bilhões, são considerados recuperáveis, porém com mais dificuldade. Dessa forma, poderia ser obtido R$ 1,215 trilhão, valor superior ao R$ 1,16 trilhão que o ministro Paulo Guedes pretende cortar da aposentadoria dos trabalhadores nos próximos 10 anos. A quantidade de devedores da União chegou a 4,6 milhões, em 2018. Porém, os grandes devedores, aqueles com débitos acima de R$ 15 milhões, somam apenas 28.339 e são responsáveis por 62% da dívida ativa da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no valor total de R$ 1,368 trilhão. Fonte: Aepet.org

 

CONJUNTURA
g SEM GRÁFICA E COORDENADOR, ENEM 2019 ESTÁ AMEAÇADO Exame do Ensino Médio está sem seu responsável direto. E ‘operação de guerra’ necessária para realização do ENEM, agora sem gráfica, segue indefinida. Leia
g GOVERNO QUER ACABAR COM GANHO REAL DO MÍNIMO Desde 2004, a fórmula prevê uma política de valorização do Salário Mínimo proposta pela CUT e aprovada pelo Congresso Nacional. Leva em conta a inflação (INPC) + o PIB do Brasil.  Leia
g SEM VALORIZAÇÃO, SALÁRIO MÍNIMO HOJE SERIA R$ 573 A manutenção da política atual faz a economia crescer, enfrenta as desigualdades e diminui as injustiças, pontua o especialista do Dieese. Leia
g OAB IRÁ PUNIR PRÁTICA DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER – O Conselho da entidade aprovou a determinação barrando bacharéis envolvidos em casos de violência contra idosos, crianças e pessoas com deficiência. Na prática, quem praticar violência contra a mulher não se tornará advogado. Leia

Chilenos querem o fim da capitalização das aposentadorias Com faixas, cartazes e camisetas condenando o sistema de capitalização implantado pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), e identificando as Administradoras de Fundos de Pensão (AFPs) com “Abuso, Fraude e Pobreza”, uma multidão tomou as ruas de Santiago e das principais cidades do Chile no dia 31 para exigir o aumento imediato de 20% nas aposentadorias e um “novo modelo previdenciário digno, com redistribuição solidária”. “Não quero que o meu futuro seja igual ao presente da minha avó”, denunciou uma jovem, erguendo bem alto sua cartolina. “Parem de nos roubar, acabem com as AFP”, reforçou outra. Neste momento, as AFPs são controladas por companhias transnacionais que especulam com um patrimônio coletivo de US$ 220 bilhões dos chilenos, dinheiro equivalente a 2/3 do seu Produto Interno Bruto (PIB). Dois terços destes recursos, US$ 151,9 bilhões, se encontram, segundo a Fundação Sol, sob o controle de três empresas norte-americanas: Habitat, US$ 57,76 bilhões (27,4%); Provida, US$ 53,03 bilhões (25,2%) e Cuprum, US$ 41,14 (19,5%). Fonte: Carta Maior.

 

Professor que questionou slogan é afastado de colégio militar Um professor de Geografia do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Américo Antunes foi afastado de suas funções após criticar a leitura da carta do ministro Ricardo Vélez Rodríguez à comunidade escolar. Segundo o docente, de 39 anos, no dia 27 de fevereiro, o diretor da escola,  um capitão da PM de Goiás, reuniu os alunos para cantar o Hino Nacional, filmá-los e fazer a leitura da carta – a versão ainda continha o slogan da campanha de Jair Bolsonaro (Brasil acima de tudo, Deus acima de todos). Pereira conta que questionou a atividade por conter o slogan e pelo fato de a escola não ter autorização dos pais e responsáveis para filmar os estudantes. Após o ocorrido, o professor recebeu uma notificação da Secretaria de Educação informando sobre o seu afastamento por 60 dias do colégio. O informe, assinado pela secretária de estado da educação, Aparecida de Fátima Gaviolli, justifica a medida citando “grave insubordinação a servidores públicos”. A ação motivou cartas de repúdio de universidades e associações. Coordenadores de 10 cursos de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Goiás – UEG se manifestaram contra o ocorrido. Os profissionais chamam o afastamento de “arbitrário” e questionam qual teria sido o ato de insubordinação cometido. “Discordar é ato de insubordinação? Seria desobediência? Qual foi o crime cometido pelo professor para ser afastado? Fere ele algum princípio institucional que normatiza o exercício no serviço público?”, questionam na nota. Fonte: Carta Educação

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