Uberaba, 06 de abril de 2019 – Nº 452
DECISÕES
NA ASSEMBLEIA FORAM POR UNANIMIDADE:
EDUCADORES APROVAM 8,8%,
MAS
REJEITAM SÓ R$ 15 NO
TÍQUETE
Em
assembleia realizada no último dia 4, os educadores municipais aprovaram com
ressalvas a correção de 8,8% nos salários apresentados pela Prefeitura de
Uberaba. O índice acima da inflação são resultados ainda da greve em 2017. Para
o tíquete alimentação, o reajuste de 3,7% - fazendo o benefício passar de R$
425 para R$ 440 - foi rejeitado pela categoria. As decisões foram por
unanimidade. Os educadores consideraram insuficiente o índice sugerido para o
benefício e aprovaram novo pedido para reajuste de R$ 75 no benefício ou
correção de 17,6%. Durante a assembleia, os diretores do sindicato fizeram uma
amplo relato da reunião com representantes da Prefeitura ocorrida no último dia
28. Com os 8,8% a ser concedidos nos salários no próximo mês, faltariam ainda
6,8% para que o Município atinja o valor proporcional do Piso do Magistério. O
Sindicato chegou a se oferecer na reunião para negociar a recomposição do índice,
conforme determinação do Ministério Público. No entanto, o prefeito foi
taxativo de que iria responder o tema direto à Promotoria. Os educadores concluíram
na assembleia que será preciso esperar até maio, quando termina o prazo
concedido pela Promotoria para a regularização da situação.
PMU não paga reposição e cria
revolta nos educadores – Os educadores de Uberaba estão
revoltados com manobra da Prefeitura para diminuir o salário nos dias de
recesso criados por conta do atraso no início do ano letivo. As aulas deveriam
começar no dia 1º, mas foram remarcadas para 18 de fevereiro, sob o argumento
da existência de uma crise financeira. Além de economizar com a não contratação
de cerca de 30% dos trabalhadores nas escolas e Centros de Educação Infantil, a
Prefeitura decidiu também não pagar as aulas excedentes dos educadores
concursados. No entanto, as aulas não realizadas nas duas semanas iniciais,
estão sendo repostas agora pelos educadores. “O Sindemu considera esse
procedimento ilegal. Vamos acionar a PMU para corrigir a medida. O Município –
que criou o recesso – deveria pagar integralmentge e se o educador não trabalhar
o dia devido aí deveria haver o desconto”, aponta o presidente do Sindemu,
Bruno Ferreira.
Fórum apresenta 10 razões para Cartafina
votar não à reforma – Representantes do Fórum dos
Trabalhadores de Uberaba (FTU) se reuniram com deputado federal eleito em
Uberaba Franco Cartafina (PP), no último dia 30 para apresentar motivos para
que os deputados votem contra a atual reforma da previdência, em tramitação no
Congresso Nacional. O grupo entregou ao parlamentar um documento intitulado: “Dez motivos para dizer não à Reforma
da Previdência de Bolsonaro”, que deve ser levado também a todos os deputados
federais com base eleitoral no Triângulo Mineiro, além de vereadores,
prefeitos, lideranças classistas e entidades religiosas de Uberaba. No
encontro, o deputado mostrou-se inclinado a rejeitar mudanças no Benefício de
Proteção Continuada (BPC) e seu valor inicial de R$ 400, na alteração de
aposentadoria apresentada para Trabalhadores Rurais e das professoras.
Representantes do Fórum realçaram todos os prejuízos que estarão submetidos os
trabalhadores nos vários itens da reforma e protocolaram ofício pedindo o voto
contrário do deputado ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC). “Nós relatamos
a ele que estaremos iniciando – assim como fizemos em 2017 e 2018 - uma grande
campanha contrária ao projeto, informando inclusive por outdoors, redes
sociais, cartazes e panfletagens denunciando à população os deputados e
senadores que defendem o projeto que significa o fim da aposentadoria para boa
parte da população”, relata o coordenador do Fórum, professor Marcos Gennari
Mariano.
Números mostram: cobrança de
devedores evitaria a reforma – Cerca de um terço da dívida com a União é de fácil de recuperação por
envolver empresas atuantes com patrimônio e receita, estima o procurador-geral
da Fazenda Nacional, José Levi Mello do Amaral Júnior. Como a dívida total
fechou 2018 em R$ 2,196 trilhões, o governo poderia, caso se empenhasse, reaver
R$ 732 bilhões. Além disso, outros 22%, ou cerca de R$ 483 bilhões, são
considerados recuperáveis, porém com mais dificuldade. Dessa forma, poderia ser
obtido R$ 1,215 trilhão, valor superior ao R$ 1,16 trilhão que o ministro Paulo
Guedes pretende cortar da aposentadoria dos trabalhadores nos próximos 10 anos.
A quantidade de devedores da União chegou a 4,6 milhões, em 2018. Porém, os
grandes devedores, aqueles com débitos acima de R$ 15 milhões, somam apenas
28.339 e são responsáveis por 62% da dívida ativa da União e do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no valor total de R$ 1,368 trilhão. Fonte: Aepet.org
CONJUNTURA
g SEM
GRÁFICA E COORDENADOR, ENEM 2019 ESTÁ AMEAÇADO – Exame do Ensino Médio está sem seu responsável direto. E ‘operação de
guerra’ necessária para realização do ENEM, agora sem gráfica, segue indefinida. Leia
g GOVERNO
QUER ACABAR COM GANHO REAL DO MÍNIMO – Desde 2004,
a fórmula prevê uma política de valorização do Salário Mínimo proposta pela CUT
e aprovada pelo Congresso Nacional. Leva em conta a inflação (INPC) + o PIB do
Brasil. Leia
g SEM
VALORIZAÇÃO, SALÁRIO MÍNIMO HOJE SERIA R$ 573 – A manutenção da política atual faz a economia crescer, enfrenta as
desigualdades e diminui as injustiças, pontua o especialista do Dieese. Leia
g OAB
IRÁ PUNIR PRÁTICA DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER – O Conselho da entidade aprovou
a determinação barrando bacharéis envolvidos em casos de violência contra
idosos, crianças e pessoas com deficiência. Na prática, quem praticar violência
contra a mulher não se tornará advogado. Leia
Chilenos querem
o fim da capitalização das aposentadorias – Com faixas, cartazes e camisetas
condenando o sistema de capitalização implantado pela ditadura de Augusto
Pinochet (1973-1990), e identificando as Administradoras de Fundos de Pensão
(AFPs) com “Abuso, Fraude e Pobreza”, uma multidão tomou as ruas de Santiago e
das principais cidades do Chile no dia 31 para exigir o aumento imediato de 20%
nas aposentadorias e um “novo modelo previdenciário digno, com redistribuição
solidária”. “Não quero que o meu futuro seja igual ao presente da minha avó”,
denunciou uma jovem, erguendo bem alto sua cartolina. “Parem de nos roubar,
acabem com as AFP”, reforçou outra. Neste momento, as AFPs são controladas por
companhias transnacionais que especulam com um patrimônio coletivo de US$ 220
bilhões dos chilenos, dinheiro equivalente a 2/3 do seu Produto Interno Bruto
(PIB). Dois terços destes recursos, US$ 151,9 bilhões, se encontram, segundo a
Fundação Sol, sob o controle de três empresas norte-americanas: Habitat, US$
57,76 bilhões (27,4%); Provida, US$ 53,03 bilhões (25,2%) e Cuprum, US$ 41,14
(19,5%). Fonte: Carta Maior.
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