A nova diretoria do
Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba recebeu 589 votos dos 603
educadores que foram às urnas na eleição do Sindemu, número que representa
praticamente 98% dos votos válidos. Houve 12 votos brancos e 2 nulos. “Os
números mostram a credibilidade da direção do sindicato e o maior
reconhecimento da categoria para a necessidade de unir forças”, comemora o
presidente reeleito Adislau Leite. Além da votação expressiva, o sindicato
colheu 150 novas filiações durante o pleito, fazendo com que o número atual de
sindicalizados ultrapassasse a marca de mil. A eleição durou um mês com urnas
itinerantes percorrendo as escolas e também de forma fixa na sede da entidade.
O número de votantes representou 79% dos associados aptos ao voto, entre
educadores da ativa e aposentados até 6 meses antes do início da votação. O
quórum mínimo era de 50%. A nova diretoria, renovada em quase 50% da gestão
anterior, terá posse no dia 25 de julho.
Ensino médio público terá 6 aulas e 15 disciplinas em 2014 – O
Governo de Minas Gerais anunciou na última semana que todas as escolas
estaduais terão ensino médio com seis aulas diárias a partir de 2014. As cinco
aulas a mais serão preenchidas por três disciplinas profissionalizantes
escolhidas pela escola entre dez modalidades oferecidas pelo governo. A mudança
começa com os primeiros anos do ensino médio que passarão a ter quinze ao invés
de doze disciplinas atuais. O pacote de mudanças está sendo denominado como
projeto “Reinventando o ensino médio”. Segundo nota oficial, a ideia é
construir uma flexibilização do currículo como opção para o aluno ingressar no
mundo do trabalho. Atualmente 133 escolas no estado já adotam o projeto, entre
elas, a escola estadual N.S. da Abadia em Uberaba. Os professores das novas
disciplinas serão contratados ou da própria escola. O governo promete ainda
distribuir um tablet para cada professor do ensino médio e investimento em
infra-estrutura.
Editorial
Reinventando o ensino
médio: Será com Tony Ramos? – O chefe escoteiro pediu para que todos fizessem
uma boa ação na semana e cobrou no encontro seguinte. Antônio, Pedro e Marcos
disseram que ajudaram a mesma velhinha a atravessar a rua. E o chefe ponderou ‘mas
precisa de três para ajudar uma velhinha a atravessar a rua?’ E eles
responderam ‘mas ela não queria atravessar!’ Essa antiga piada explica o
projeto que o governo de Minas propõe como salvação do ensino médio de Minas
Gerais em 2014. Será muito pessoal e recurso para fazer com que os alunos e as
escolas vão para o caminho que dificilmente escolheriam para a melhoria da
qualidade. Na verdade, a paixão do governo Anastasia pela “injeção
profissionalizante” na veia dos alunos é antiga. Como “guru” de Aécio, ele já
havia tentado cursos profissionalizantes paralelo ao ensino médio. Teve pouco
êxito, pois os jovens rejeitavam a medida ao longo do ano. Agora será dentro do
ensino médio, com formato igual ao de matérias tradicionais (irá equivaler à
química ou geografia). Serão 3 disciplinas que irão se juntar as doze já
existentes e haverá a criação do 6º horário. No entanto, não haverá nenhuma
mudança pedagógica ou salarial. A chance de errar é grande, pois há muitos
erros: Faltou diálogo com as escolas, e principalmente, os alunos (que iriam
preferir esporte, cultura, saúde); a formação dos professores tende a ser
precária; a “injeção profissionalizante” não motiva quase ninguém. Vai ser
preciso botar mais escoteiro para fazer esse projeto dar certo. Será preciso um
ator global muito forte para vender sua qualidade na TV. Será a vez do Tony
Ramos?
/ Anízio
Bragança Júnior – artigo do Jornal Expresso.
REDE
PARTICULAR
Patronal insiste
na retirada de direitos, professores de BH podem ir à greve – Em reunião, nesta terça-feira (28/05), entre o Sinpro Minas
e o Sinep/MG, o sindicato patronal manteve a proposta apresentada na reunião
anterior que prevê um reajuste salarial de 7,72%, ou seja, a recomposição pelo
INPC (7,22%) mais 0,5% de aumento real. O Sinep/MG também quer a retirada de
direitos que constam na atual CCT. A comissão de negociação do Sinpro Minas
rejeitou a proposta por avaliar que ela é prejudicial aos trabalhadores e não
atende aos anseios da categoria. Fonte: Sinprominas.
PNE avança no Senado, mas ainda pode sofrer alterações - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (28) o relatório do senador José Pimentel (PT-CE) com a proposta do Plano Nacional de Educação (PNE). O Projeto manteve destinação 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para políticas educacionais e a meta intermediária 7% do PIB em quatro anos. O texto vincula o financiamento aos royalties do petróleo e estabelece quais ações o governo federal vai financiar com os recursos (Ciências sem Fronteiras, Universidade para Todos - ProUni, o Pronatec e instituições filantrópicas). A Campanha Nacional pelo Direito à Educação avalia como perda a não inclusão do projeto Custo Aluno-Qualidade Inicial no PNE, uma referência para o financiamento da educação. Outro item a ser alterado é a meta de alfabetização aos 8 anos de idade. O Senado aprovou alfabetização para crianças com 6 anos de idade. O projeto passará por duas comissões antes do plenário. Informações: Agência Brasil
Discurso pelo piso é destaque em encontro regional da CTB MG – Mais
de 200 lideranças sindicais participaram do 3º Encontro estadual da Confederação
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) nos dias 24 e 25 de maio em
Betim. O texto principal do encontro reconheceu o Sindicato dos Educadores do
Município de Uberaba como uma entidade compromissada e de forte trabalho junto
à categoria. Além de agradecer a lembrança, o presidente Adislau Leite fez um
discurso inflamado pela luta do piso salarial e deu um “puxão de orelha” nos
partidos de esquerda por não mantém compromissos com o piso salarial. Com o
tema “Consolidar e avançar com mudanças na valorização dos trabalhadores”, o
encontro refletiu sobre as eleições de 2014. “Aécio representa o que existe de
mais atrasado na história de Minas Gerais: retirada de direitos, reformas
autoritárias, e luta contra os movimentos sociais e sindicais”, apontou em
discurso o presidente do Sinpro MG, Gilson Reis. O metalúrgico Marcelino Rocha
foi eleito o novo presidente da CTB Minas.
Mural de Curtas
g
Rede
estadual vota indicativo de greve – Em
assembleia estadual marcada para esta quarta-feira (5), os trabalhadores da
educação de Minas votam indicativo de greve na rede. Para a mobilização do dia
está sendo chamada uma paralisação das atividades g Negociação
com a Secretaria da Educação –
O SindUte
esteve reunido com a Secretaria no dia 27 para tratar do cumprimento do 1/3 de
extraclasse na escola. A categoria reclama de diversas arbitrariedades no
cumprimento da parte da escola. A secretaria prometeu estudar os casos e fazer
melhores orientações. g Eleições
no Sindae – Trabalhadores nas Indústrias de Purificação de
Água e Esgoto de Uberaba vão às urnas na segunda e terça-feira. A eleição é
de chapa única com o candidato à reeleição Jasminor Francisco Costa.
São Paulo: Acordo com reposição pela escola garante o fim da greve
– Os professores aceitaram
proposta da prefeitura e encerraram a greve iniciada no último dia 2. Houve
garantia do pagamento imediato dos dias parados, com compromisso de reposição
das aulas e calendário definido pela própria escola. Além disso, foram mantidos
os 10,19% a partir de 1º de maio e mais 13,43% no ano que vem, conforme acordos
anteriores e ações para melhoria nas condições de trabalho. O fim da greve foi
aprovado em assembleia no último dia 24. “Não conseguimos tudo, mas a luta pode
ser feita em etapas. E se voltássemos para a sala de aula com o desconto dos
dias parados iria demorar para recompor o movimento”, afirmou Cláudio Fonseca,
presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem).
Fonte RBA
TV Escola muda programação e cria série sobre alfabetização
A
TV Escola está cheia de novidades na grade de programação. Após uma
reformulação de mais de um ano, o canal de TV do Ministério da Educação ganhou
um formato de multiplataforma, com aplicativo para tablet e celular. As
mudanças fazem parte do Plano Nacional de Conteúdos Educativos Digitais. A
grade da TV Escola também inclui novos programas sobre o conteúdo trabalhado
pelos professores no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Chico na Ilha das Jurubebas,
por exemplo, é uma série sobre alfabetização, destinada a alunos, e brevemente
também com uma versão para professores. Haverá ainda um jogo educativo para estimular
a participação das crianças e melhorar o aprendizado. Também estão previstas as
exibições de novos documentários. Confira as mudanças aqui: http://centraldemidia.mec.gov.br/play.php?vid=1430
Perguntas do trabalhador
Todo contrato de trabalho, seja diarista, empreitada ou empregado eventual, deve ser registrado na carteira de trabalho? - Não. Essas modalidades de contratos elencados são contratos de trabalho autônomos e seu registro na CTPS do trabalhador é dispensável. Deve-se registrar o contrato de emprego, aquele em que o trabalhador é empregado de alguma pessoa jurídica, empresa, família ou pessoa física. Porque os contratos autônomos não se regulam pela CLT, salvo quanto ao lugar onde se pode reclamar sobre eles (a Justiça do Trabalho). (Esta questão foi respondida por Marcus Barberino, juiz do Trabalho em São Paulo – Fonte Repórter Brasil)
Artigo
SISTEMA ULTRAPASSADO: AVALIAÇÃO PADRONIZADA PREJUDICA ESCOLA, ALUNOS E PROFESSORES
Para
professores de Faculdades da Educação, modelos adotados em medições como Prova
Brasil, Ideb e Idesp funcionam mais como auditoria de sistemas do que como
avaliações pedagógicas
Rede Brasil
Atual
O
modelo de avaliações do sistema educacional e de escolas brasileira foi alvo de
críticas de especialistas num seminário organizado com apoio da Faculdade de
Educação da USP na semana passada. Ao adotar medidas padronizadas de avaliação,
os modelos aplicados atualmente em medições como a Prova Brasil, o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Índice de Desenvolvimento da
Educação do Estado de São Paulo (Idesp), prejudicam o aprendizado dos alunos e
os próprios professores. “As avaliações planejadas em nível estadual e federal
têm um caráter censitário que as torna custosas e um instrumento de opressão
sobre as escolas, numa crença de que se você individualizar e responsabilizar
cada escola, elas apresentarão melhoras”, afirmou o professor de Educação da
Unicamp, Luiz Carlos Freitas, à Rádio Brasil Atual. O debate ocorreu no
segundo dia do seminário na cidade universitária, “Nem herói, nem culpado.
Professor tem que ser valorizado!”, na sexta-feira (24). Para o professor, as
políticas públicas devem ter um sistema de avaliação amostral. Freitas ressalta
que as provas deixaram de ser avaliações e passaram a ser auditorias de
sistema, o que pode prejudicar alunos e professores de áreas mais pobres. A
professora Sandra Maria Zákia, integrante da Associação Nacional de Pós
Graduação e Pesquisa em Educação e professora da Faculdade de Educação da USP,
disse que o desempenho dos alunos nos testes é, muitas vezes, explicado pelas
condições de vida de cada um. “A medida que você trata resultados de maneira
igual, você tende a intensificar ainda mais as desigualdades sociais em nome de
aparente legitimidade técnica.” Para Freitas, diferentemente de outras
instituições, a escola não pode ser padronizada. “A escola não é padronizável
com uma empresa. No interior de uma empresa, até por controle estatístico, se
estabelece algum grau de padronização, mas não na educação, em que são
múltiplos os fatores envolvidos, a maioria deles de natureza do aluno fora da
escola.” Ouça aqui a reportagem de Cláudia Manzzano: https://soundcloud.com/redebrasilatual/especialistas-alertam-educa-o
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