domingo, 11 de agosto de 2013

Informativa Educa.com - 11.08.2013 - nº 158

TERCEIRIZAÇÃO: TRABALHO COM CARTEIRA AMEAÇADO!
A terceirização é quando uma empresa contrata outra para realizar um determinado trabalho. Esta empresa, por sua vez, contrata trabalhadores "terceirizados", sem vínculo com a primeira. Como regra, a terceirização no Brasil hoje não pode ser contratada para a atividade-fim, mas apenas para a atividade acessória de cada modalidade de trabalho. Assim tem decidido a Justiça do Trabalho. No entanto, o Congresso Nacional pode mudar radicalmente a regra desta forma de contratação. Os empresários do país, com deputados defendendo seus interesses, estão bancando um projeto de lei do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) que libera sem limites a terceirização para os setores privado e público. Para os sindicatos, a aprovação do projeto seria um duro golpe nos direitos trabalhistas, significa uma precarização forte no trabalho e uma ameaça ao trabalho com registro na carteira. Se vingar a mudança, até professores poderão ser terceirizados, sem necessidade de contratação direta.  

O verdadeiro  objetivo: Terceirizado trabalha 3 horas a mais e ganha 27% menos - Um levantamento do Dieese feito no ano de 2011 mostra que o trabalhador terceirizado tem uma situação muita mais precária do que o contratado diretamente pela empresa. Além de trabalhar três horas a mais de média, seu salário é 27% menor do que os primeiros e ainda sofre a maioria dos acidentes de trabalho do Brasil. Ou seja, economizar para lucrar mais é a verdadeira motivação do projeto que tramita no Congresso. A lei favorável aos empresários, entre outros, isenta de responsabilidade as contratantes quando empresas terceirizadas deixam de pagar salários ou outros direitos dos trabalhadores terceirizados, situação frequente pelo país.  Além disso, a medida ameaça também o concurso público, uma vez que não o trabalhador terceirizado poderia substituir o trabalhador concursado em todos os setores. De forma unificada, as centrais sindicais estão mobilizadas contra a mudança no Congresso.

Rede Privada
Registro de professor: Contadores tiram dúvidas e prometem esclarecer empresários - Contadores das escolas de idiomas e de cursos técnicos da cidade participaram de reunião na sede do Sinpro em Uberaba no dia 09 de agosto. Na pauta, a disposição do sindicato de levar adiante a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que não vale registrar professores como instrutores, monitores, recreadores ou estagiários. Os contadores levaram cópias da Convenção Coletiva de Trabalho e ficaram de levar as informações sobre a nova conjuntura legal para os responsáveis pelas instituições de ensino. Recentemente, o TST decidiu que se há trabalho docente, o responsável é um professor que deve receber por isso. No setor de idiomas já se discute uma homogeneização da mudança. A diretoria do Sinpro prepara a notificação das empresas e vai sugerir um acordo para o passivo trabalhista gerado nos últimos anos. Também será marcado um encontro com os professores para os próximos dias. Além da valorização dos professores, espera-se com a mudança uma melhoria na qualidade educacional dos envolvidos.

Editorial
Dia D: O governo também pode fazer a diferença - As escolas da rede estadual tiveram esta semana o dia "D". Sem aulas, professores e gestores de cada escola tiraram o dia para buscar melhorias na sua forma de ensino x aprendizagem. De fato, o encontro coletivo da escola para planejar e melhorar, nem precisava ter um dia exclusivo no ano, deveria fazer parte da rotina bimestral das escolas. Mas ao lançar mão de um dia para que a escola estude e faça a diferença, o governo também cria um mecanismo sofisticado para deixar só para professores e diretores a culpa sobre a realidade educacional. Explico melhor: Se é a escola que e faz à diferença, pouco precisa ser feito (e gasto) pelo governo (sic). Sacou? Sabidamente o governo estadual não faz o dever de casa, pois há anos não investe 25% dos recursos na educação (como manda a Constituição). Além disso, não pago o piso salarial dos professores (criou uma fórmula para burlar o mecanismo chamado subsídio), não promove a carreira, pune e não ouve os trabalhadores da educação na criação de projetos. Ora, o governo poderia fazer a diferença. Mas é mais cômodo (e econômico) deixar outros fazerem. Há outro problema: o debate é feito por estatísticas de resultado dos alunos em provas criadas fora da escola para todo o Estado. Os professores sabem que nem tudo pode ser medido por este tipo de avaliação. Cria-se uma distância entre o real e a realidade apresentada. É preciso planejar e melhorar, mas com os mecanismos certos e divisão de responsabilidades./ Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Rede Estadual
Mais uma do Anastasia: Taxar professores concursados de inaptos ao cargo - O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) denuncia: o Governo, por meio da sua perícia médica, tem considerado inaptos um grande número de concursados para inviabilizar a sua posse. O Departamento Jurídico do Sindicato tem entrado com ação solicitando a reversão do ato e uma conversão dos exames para aptidão. Já houve êxito em algumas situações.  Em um caso absurdo, o governo Anastasia proibiu educadora que trabalha como contratada há dez anos por ela ter tido câncer. A professora, no entanto, conta com laudo médico atestando ter superado a doença. A advogada do sindicato explica que esta decisão é fruto de preconceito, uma ação ilegal, repugnante e retaliação. O curioso é que grande parte dos concursados que estão recebendo atestado de inaptos são, atualmente, educadores contratados ou efetivados, e muitos sequer se licenciaram ou nunca apresentaram um atestado médico. É mais uma prática do governo Anastasita, especialista em política de desrespeito, de situações absurdas, ilegais, desumanas contra os trabalhadores da educação. Quem viver situação semelhante deve procurar o Sind-UTE/MG.

Rede Municipal
Prefeitura promete levar projeto de reajuste para a Câmara na segunda - Em resposta ao contato feito pela diretoria do Sindemu, o Secretário de governo da Prefeitura Municipal de Uberaba, Wellington Cardoso Ramos, prometeu para segunda-feira o envio à Câmara Municipal de projeto que reajusta o salário dos educadores municipais de forma retroativa em 9,75%. Para que o recebimento ocorra no próximo mês é necessária a aprovação pela Câmara Municipal. EDUCADORA DESTAQUE: As escolas municipais devem eleger as educadoras municipais de destaque de cada instituição e enviar o resultado (e a ata assinada) nos próximos dias para o Sindemu. Os nomes passarão por uma seleção para a escolha de três educadoras a serem homenageadas pela Câmara Municipal nas comemorações do dia do professor.  

CURTAS
g  FACULDADE DEMITE INTEGRANTE DE CIPA - Faculdade da cidade demitiu nos últimos dias um professor que integra a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Situação é ilegal, pois os cipeiros possuem estabilidade de até um ano após vencer o mandato. Situação vai render desdobramento na justiça. g ASSINE PROJETO POPULAR DE REFORMA POLÍTICA - Conselho de Igrejas, Fóruns e diversas associações estão coletando assinaturas em projeto de iniciativa popular de reforma política, que ataca privilégios dos eleitos, amplia a participação popular das decisões e altera as listas de votações para deputados. Confira as mudanças no vídeo e sítio, onde é feita a coleta de assinaturas: http://www.youtube.com/watch?v=E2WKyC5Sjs8&feature=youtu.be&hd=1 e http://www.reformapolitica.org.br/  g GOVERNADORA DO MARANHÃO VETA LEI CONTRA A ESCRAVIDÃO - A governadora do Estado do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), vetou projeto que havia sido aprovado na Assembleia Legislativa do Estado e previa a cassação do registro de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas flagradas com trabalho escravo. A governadora alegou que o texto é inconstitucional. Uma lei similar já vale em São Paulo.
 
Entidades se unem pelos royalties do petróleo na educação pública -
As principais entidades que defendem a educação vão pressionar os deputados pela destinação de 75% dos royalties do petróleo na educação pública. Em encontro convocado pela CNTE, oito entidades nacionais decidiram realizar um ato conjunto na Câmara dos Deputados no próximo dia 13 de agosto. CNTE, Contee, UNE, U'bes, Campanha Nacional pelo direito à Educação. Undime, Consed e Proifes defendem a aprovação d
o texto elaborado e aprovado previamente pela Câmara, que aumenta substancialmente os recursos do fundo social do petróleo na educação pública. As entidades têm clareza que a proposta do Senado (com volume menor de recursos), apoiada pelo governo, não altera o quadro da saúde e da educação no país. Com informações da CNTE 

Perguntas do trabalhador
O empregador é obrigado a aceitar quando o trabalhador quer entrar de férias? - Não. As férias são concedidas pelo empregador, e por ele fixadas durante o período subsequente de 12 meses após a aquisição do direito pelo empregado. A concessão de férias independe de pedido ou consentimento do trabalhador, pois é ato exclusivo do empregador. (Questão extraída do site do Ministério do Trabalho e Emprego - Fonte: Repórter Brasil)

Vídeo: TV CNTE: Custo aluno-qualidade e royalties do Petróleo - http://youtu.be/gdTSdZrhcrc

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