PROFESSORES DENUNCIAM TRÁFICO HUMANO NA SEGUNDA
Abrindo a semana
santa, um grupo de professores, funcionários e universitários da Uniube,
liderados pelo professor Décio Bragança realiza nesta segunda (14) uma
via-sacra denunciando o tráfico de órgãos humanos. A temática foca o tema da
campanha da fraternidade este reflete sobre o tráfico humano. Busca refletir
sobre essa dura realidade, mas também levar esperança a comunidade local. O
evento do Sinpro terá início às 14 horas na Pça Dom Eduardo e seguirá por 14
estações fazendo encenações sobre o tema. A chegada, prevista para às 18 horas,
será no calçadão da rua Artur Machado, onde os participantes serão recebidos
por um líder religioso.
Fundeb: Sem clareza, 1ª conta de Piau é
aprovada com ressalva – O Conselho Municipal de Acompanhamento e
Controle Social do Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – aprovou com ressalvas
as contas da aplicação dos recursos na rede municipal de ensino em 2013. Para
os conselheiros, apesar da regularidade faltou clareza na prestação anual de
contas, principalmente nos 40% destinadas a aplicações diversas. Segundo o
presidente do Conselho e vice-presidente do Sindemu, Bruno Ferreira, a
Prefeitura não tem atendido pedido dos conselheiros para participar do
planejamento de gastos e do censo escolar. Essa foi a primeira apreciação das
contas da educação do prefeito Paulo Piau (PMDB). A de 2012, último ano de
Anderson Adauto, acabou rejeitada pelo conselho.
EDITORIAL
Fim
da efetivação em Minas pode ficar para 2016 - O Supremo
Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a lei que efetivou cem mil
servidores em Minas Gerais sem concurso público em 2007. A decisão determina
que o governo declare vaga as funções após a publicação da sentença. Isso ficou
claro. No entanto, entre a decisão proferida e a sua prática existe uma grande
distância. Até agora o STF publicou apenas a ata da reunião. Uma mera
formalidade de informação. O que vale mesmo é o chamado Acórdão, redigido pelo
relator Ministro Dias Toffoli, sem data para sair. Pode ser dois meses, quatro
ou outro período. Depois de publicado esse parecer técnico, ainda haverá prazo
para recurso por parte do governo. Na verdade já se sabe que a decisão não será
alterada. No entanto, o governo poder pedir maiores esclarecimentos e ganhar
prazo. Esse ‘embargo’, se bem feito, poderá ter que voltar à nova sessão no
próprio supremo. E depois terá que ser publicada a sentença final
(‘transitada e julgada’). Aí sim, passa a valer decisão do STF. Quanto tempo
isso demora? Talvez o suficiente para passar a eleição de presidente,
governador e senador deste ano. Ou o tempo suficiente para caducar o concurso
que vigora hoje. Caducado o concurso, haverá (pela decisão do STF) mais
doze meses para que esta ou a próxima gestão estadual abra novo concurso. E a
posse pode demorar ainda mais. Enfim, a lei mesmo pode ter seu fim de fato lá
em 2016. O quadro somente será diferente se houver pressão popular ou o
Ministro Toffoli der show de agilidade e clareza na sentença. Depois me contem! Anízio Bragança Júnior, artigo
do Jornal Expresso.
Mais de 40 mil ocupam as ruas para pressionar o governo por
avanços
- As
ruas do centro da cidade de
São Paulo foram tingidas com as cores das centrais sindicais (CTB, CUT, CGTB,
NCST, FS e UGT) no último dia 9. A marcha foi da Praça da Sé até a Avenida
Paulista, para defender as bandeiras da classe trabalhadora: Fim do fator
previdenciário, redução da jornada, Reforma Agrária, entre outros. “Essa Marcha
mostra o descontentamento das centrais com o tratamento que vem sendo dado às
reivindicações entregues ao Congresso Nacional e para presidenta Dilma
Rousseff. Não é porque apoiamos esse governo que vamos deixar de cobrar,
principalmente, durante as eleições”, defendeu Wagner Gomes, secretário-geral
da CTB. Delegação de Uberaba coordenada pelo Sinpro contou com a participação
de várias categorias e sindicatos da cidade. Fonte: CTB.
Uberaba é sede da pré-conferência da saúde do trabalhador neste
sábado - A Pré-Conferencia Municipal de Uberaba e a etapa Triângulo Sul da IV
Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora serão realizadas
em Uberaba neste sábado (12), a partir das 8 horas no Centro Cultural e
Cenecista Joubert de Carvalho, (Av. Frei Paulino com Rua Dr Ludovice). Os
debates serão em torno do desenvolvimento econômico, o controle social das
ações de saúde, as políticas de saúde do trabalhador e seu financiamento. Todos
os usuários (comunidade) e trabalhadores do setor de saúde podem participar. Maiores
informações no CEREST Uberaba (34)3321-8634.
CURTAS
g ADELMO VISITA O SINDEMU – O deputado Adelmo Carneiro Leão
(PT) ratificou que apóia incondicionalmente a luta pelo piso salarial da
categoria e manifestou solidariedade com a difícil situação descrita pelos
professores. A diretoria do Sindemu relatou os diversos problemas existentes na
rede e pediu o apoio para todas as reivindicações da categoria. g POEMA PARA UM SENHOR PEIXINHO – Derrocada,
desastrada,/ Na estrutura fisiocrata e apagada,/Dizendo-se renovada, não
inovada, porém Burocrata...//Educação perdida, fulgura apagada em suas mentiras
estúpidas.../ Banida a “cracia”/ Renascida a ditadura das damas de ferro./
Discursos modernos de autoridade.../ Que temeridade... Abuso, com ou sem
maldade?/ Velado antes, agora revelado altruísmo às avessas... autoritarismo.//
Vejo-te Peixinho... inho..../ A mandar em outro ninho.../ Onde tem vários
passarinhos... que ainda querem ser Peixinho...// Porém está sem mar, sem
rio... Sem Destino.../ Desânimo... / Desanimo com “vosmecê”... / Logo tu, que
votou até... e só sabe ler o “até” / Mas não sabe que te mente até...// Quero
meu quinhão! / Mas vós não leem e entendem o quão,/Quão bom é ser
valorizado.../ Quão bom é ser respeitado.../ Quão bom é ser professor.// Nada,
Nada.../ Nada, então... / Em seu aquário fechado/ Seu mar de Ilusão. (Jean Mosca)
Avanço no PNE: Relator
incorpora CAQi e retira política de bônus -
A Campanha
Nacional pelo Direito à Educação parabenizou publicamente o relator
do PNE (Plano Nacional de Educação), Deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), pela
reincorporação das estratégias relativas ao CAQi (Custo Aluno-Qualidade
Inicial) e ao CAQ (Custo Aluno-Qualidade), aprovadas no Conae 2010 e por unanimidade
pela Câmara dos Deputados em 2012. O sistema, empreendido pela Campanha
Nacional (e suas duzentas entidades patrocinadoras) é uma consistente
ferramenta técnica e jurídica que define formato material e social da qualidade
da educação no Brasil. O instrumento passaria a ser bancado pela União nas
prefeituras e estados que não conseguissem recursos suficientes para cumprir os
itens estabelecidos. Anteriormente o relator havia também aceitado retirar a
política de bônus dos trabalhadores da educação, introduzido quando a matéria
foi debatida no Senado. Vencido os temas, o debate ficará focalizado agora no
financiamento da educação pública. A votação na comissão deverá ocorrer nos
próximos dias.
Plenário da Câmara aprova ataque à educação - Enquanto os olhares se voltavam para a votação, na Comissão Especial, do Plano Nacional de Educação (PNE), o Plenário da Câmara dos Deputados aproveitou a deixa e aprovou o Projeto de Lei 6.809/13, que representa outro ataque à educação no Brasil: a reedição do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), ou seja, a reabertura do prazo para renegociação das dívidas das instituições de ensino superior. Isso significa que a Câmara, mais uma vez, mostrou-se favorável a socorrer, à custa de dinheiro público, instituições que, em muitos casos, são alvo de críticas contundentes por oferecer, diversas vezes, ensino de qualidade rebaixada, constituindo-se como verdadeiras fábricas de diplomas. Fonte: Contee.
50 anos de resistência ao golpe militar – debate no Sinpro Uberaba
José Henrique Néspoli
(*): Golpe de 1964 foi resposta para retomar a superexploração da classe
trabalhadora - Para entender o contexto do
golpe
militar de 1964 é preciso analisar o quadro de superexploração da classe
trabalhadora na periferia do mundo, entre eles os trabalhadores do Brasil. Os
lucros que se extraem daqui servem para atender a elite local e a
internacional, o que configura uma situação de dupla exploração. Um dos
exemplos desse quadro foi a criação do salário mínimo em 1943 (na era Vargas).
Por dez anos, o salário não teve qualquer reajuste. Somente em 1953 houve 100%
de reajuste no valor do mínimo, quando João Goulart era Ministro do Trabalho no
governo Juscelino Kubitschek. Essa situação de superexploração, no entanto, é
questionada quando se tem uma mínima mobilização. E qual seria o interesse dos
Estados Unidos em participar desse movimento?
Ora, eles bebem dessa fonte. A grande potência precisa manter a
exploração da periferia para manter o mínimo de padrão de vida de sua
população. Desde 1955, o Brasil vivia
uma expansão industrial. Mas também um período de mobilização e ascendência de
movimentos de massa, inclusive com a criação de uma central sindical: a Central
Geral dos Trabalhadores – CGT. A ordem
começa a não aceitar essa nova realidade do país. Os Estados Unidos já
preparavam o golpe para barrar as conquistas sociais mínimas que o Brasil vinha
obtendo. Jango (apelido do presidente João Goulart), ao contrário do que pregava
os golpistas, não era comunista. Ele promovia uma reforma de base, que nada
mais era do que a expansão do mercado consumidor externo. Ou seja, um movimento
impulsionador do capitalismo nacional e de busca da melhoria da qualidade de
vida da população brasileira. Seu governo deu início a uma reforma agrária,
diferente da atual, que trabalhava com o limite de tamanho de propriedade nos
locais de maior acessibilidade. Também
promoveu um controle e limite para as remessas de dinheiro para o
exterior. Mas no padrão de desigualdade
que o Brasil vivia - apesar do crescimento econômico (concentrado por sinal) -,
alfabetizar no país era subversivo (em referência ao projeto de alfabetização
de adultos de Paulo Freire). No entanto,
mesmo diante desse quadro repressor, em 1968 houve uma greve de dez dias com
ocupação de fábrica em Osasco (SP). Mas
nesse ano começa um desmonte das instituições de oposição da forma mais
contundente do regime. A repressão aumenta, com casos de tortura e
violência. Tem início também a
transformação na forma de pensar das pessoas. Há uma mudança profunda nas
escolas. Mas, principalmente, é criado um sistema para apassivar a classe
trabalhadora: a rede Globo, com atos de expropriação e financiamento externo
(proibido até então para os meios de comunicação). É a ditadura então que criou
a política de hoje. Voltada para a administração e o consumo. E não mais
balizada nas mudanças sociais. A convicção que tenho é de que uma transformação
desse cenário tem de ser feita de forma autônoma e independente pela classe
trabalhadora (sem alianças com as elites), conforme já havia sugerido Frei
Beto.
(*) Edição
subjetiva das informações feitas por José Henrique Néspoli, professor de
história da rede particular em debate nos 50 anos de resistência do Golpe
Militar no Sinpro Uberaba, dia 01.04.2013, elaborada por Anízio Bragança Júnior
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