PRESIDENTE DO SINPRO ‘DESVENDA MINAS’ NA SEXTA, 20H
O presidente do
Sindicato do Professores de Minas Gerais, Gilson Reis, fará o lançamento do
livro "Desvendando Minas, descaminhos do projeto neoliberal"
em Uberaba nesta sexta (9) às 20 h. na sede do Sinpro em Uberaba (rua Álvares
Cabral, 105 – Mercês). A obra, que apresenta uma análise crítica dos anos do
governo do PSDB em Minas Gerais, é uma coletânea de 13 artigos organizada pelo
presidente do Sinpro Minas e vereador de Belo Horizonte pelo PCdoB, o professor
Gilson Reis, e pelo cientista político Pedro Otoni. A publicação analisa a
administração do PSDB em Minas, revelando como o governo se sustenta através de
propaganda e blindagem da mídia. A publicação desmonta o marketing tucano e
esmiúça dados que evidenciam uma gestão a serviço da reprodução do capital, com
aumento da dívida pública e sem assegurar o bem-estar da população mineira.
Sindicatos debatem
obrigação de negociação coletiva no setor público – Com a presença do presidente do Sindicato dos
Professores, Gilson Reis, o Sinpro e a CTB - Central de Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil – realizam nesta sexta (9) o 1º Encontro dos sindicatos
dos servidores públicos do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Como vereador em
Belo Horizonte, Gílson é autor de lei municipal que estabelece negociação
coletiva, direito de greve e afastamento de dirigentes sindicais no serviço
público municipal. A proposta é uma forma de regulamentação em âmbito municipal
do decreto presidencial que promulgou a Convenção 151 da OIT (Organização
Internacional do Trabalho) e deixou obrigatória a negociação coletiva no âmbito
a partir da regulamentação nas diversas instâncias. O encontro, que discutirá o
decreto e a lei de BH como proposta para as realidades municipais da região,
terá início às 14 horas na sede do Sinpro Uberaba. ASSEMBLEIA – Professores da
rede particular terão nova assembleia da Campanha Salarial no dia 13 às 18h.
EDITORIAL
61% nunca assistiram peça teatral.
Conseguiremos educar? -
Pesquisa da Fundação Perseu
Abramo feita com 2400 entrevistados em 25 estados divulgada em abril mostrou
que metade (51%) não pratica nenhuma atividade cultural. Entre os
entrevistados, 89% nunca foram a um concerto de ópera ou música clássica, 75%
nunca assistiram espetáculo de dança ou balé. Também se verificou que 71% nunca
estiveram em exposições de pintura e escultura. 70% nunca foram a uma exposição
de fotografia; 61% nunca presenciaram uma peça teatral em qualquer lugar; 57%
nunca foram a uma sala de teatro, nem para assistir show de música. E 58% não
leram nenhum livro nos últimos seis meses. Os números são lamentáveis. Tenho
convicção antiga de que a educação será efetiva só se ligar-se à cultura.
Assim, teríamos conhecimento autônomo além da razão. Explico: eu sou professor
que trabalha com a educação ambiental. Não basta dizer o que é certo ou errado.
Os jovens precisam ter experiências sentimentais do certo e errado, para mudar
atitudes. Isso se só é possível pela cultura. Defendo, então, que a sociedade
tem de fazer todo o esforço possível para permitir que alunos, professores e
funcionários de escolas provem de cultura. As experiências mostram que o
contato com o belo cultural transforma as pessoas, desendurecem corações e
mentes. Educação aliada à cultura é um modelo educacional. Mas nem todos pensam
assim. Nesta semana a Comissão de Educação do Congresso aprovou incentivo para
outra prioridade: a melhoria de nota no Ideb. Conseguiremos educar de fato por
esse outro rumo? Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal
Expresso.
Sem negociar, Prefeitura vai ao TJ para invalidar decisão sobre 1/3 extraclasse – A Prefeitura de Uberaba entrou com ação no Tribunal de Justiça (TJ) de Minas Gerais para invalidar decisão sobre a lei do piso salarial. A 1ª Vara Cível de Uberaba condenou o Município a pagar imediatamente as horas usadas pelos professores para preparar aulas, corrigir provas e fazer estudo individual, sob pena de multa diária pelo descumprimento. Hoje os educadores recebem apenas para dar aulas e participar de reuniões. A decisão judicial ocorreu há dois meses e até hoje o governo municipal não chamou o Sindemu para negociar a implantação desse horário (1/3 extraclasse). Para a diretoria do sindicato, a ação no TJ busca protelar e se esquivar do cumprimento da lei do piso, considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A alegação da PMU é que a implantação do extraclasse impacta a folha de pagamento do Município, porém o Município não detalha o negocia essa alteração econômica.
Sábado não! Após protesto das professoras e do Sindemu, PMU abre consulta – As aulas de capacitação do Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) poderão voltar a ser realizadas no meio de semana. Em resposta ao ofício feito pelo Sindemu, a Prefeitura informou que está fazendo um levantamento com as 250 professoras do programa para estabelecer o dia e horário dos encontros. Antes, a Prefeitura tentou impor o sábado como dia das aulas da capacitação, embora o programa do Ministério da Educação deixe flexibilidade quanto à marcação das aulas. As professoras protestaram contra a imposição no lançamento do programa, uma vez que nos anos anteriores a categoria foi ouvida e as aulas ocorreram no meio de semana. A Secretaria da Educação justifica que havia escolhido o sábado para oferecer um local central com melhor infra-estrutura e informa que após a consulta estará divulgado o novo dia e horário das aulas.
CURTAS
g PUBLICAÇÃO DO STF – População negra soma mais de 50,7% da população brasileira, mas representa menos de 30% dos professores universitários e só 30% do funcionalismo público (federal, estadual e municipal).
Comissão da Câmara aprova o Plano Nacional de Educação e manda
ao plenário - A comissão especial que analisa o Plano
Nacional de Educação (PNE) concluiu no dia 6 a votação do projeto de lei. A
expectativa é que o plano seja votado em plenário dentro de dez dias e siga
para sanção presidencial neste mês. O PNE estabelece metas para a serem
cumpridas nos próximos dez anos. Entre as diretrizes, estão a erradicação do
analfabetismo e a universalização do atendimento escolar. O plano destina 10%
do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação – atualmente são investidos 5,3%
do PIB. No quarto
ano de vigência do plano, os gastos serão reavaliados e poderão ser ampliados
para atender às demandas. O texto não prevê punições para os governantes que
não cumprirem a meta do PNE. Fontes:
Agência Brasil e Rede Brasil Atual
PNE: Comissão aprova meritocracia pró-Ideb e
aumenta lista de retrocessos – Uma das últimas alterações aprovadas no
texto foi um retrocesso: a inclusão de estímulo de meritocracia às escolas que
melhorarem o desempenho no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica),
sem levar em conta as condições sócio-econômicas da escola. Outros pontos
criticados pelas entidades é a inclusão de isenções fiscais e financiamentos do
setor privado (Prouni, Fies, Universidade para todos) na meta de 10% do PIB
para a educação pública e a retirada da superação de desigualdades educacionais
de promoção racial, regional e orientação sexual. O texto aprovado traz avanços,
como a adoção do Custo Aluno Qualidade (CAQ), um valor mínimo a ser investido
por aluno para se garantir qualidade na educação, que é superior ao calculado
hoje pelo Ministério da Educação. Isso muda a forma de financiamento da
educação ao obrigar a União a repassar para estados e municípios recursos
complementares para que alcancem esse valor. A mudança pode significar mais R$
35 bilhões de repasse da União. Fontes:
Agência Brasil e Rede Brasil Atual
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