sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Educa.com - 12.07.2014 - Ideb melhora, mas índice é fraco para avaliar ensino



IDEB MELHORA, MAS ÍNDICE É FRACO PARA AVALIAR ENSINO

Os governos municipal e estadual (atual e anteriores) se vangloriaram com a melhoria nas notas do ensino fundamental no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Até a escola que produziu material didático para a rede local quis mostrar "seu dedo" na melhoria educacional. No entanto, qualquer fator pode explicar mudança na nota. É que, apesar de virar moda, o Ideb é fraco para avaliar o ensino, segundo especialistas. O Fórum nacional da educação, por exemplo, recomenda que o índice precisa ser modificado: sair da reduzida assimilação temporária de informações para informar melhor sobre a realidade educacional. Precisaria, entre outros, ser mais processual, informar a situação socioeconômica dos estudantes, as condições de trabalho e insumos existentes nas escolas ou redes, a valorização ou não dos professores, se há projetos dialogando com a comunidade. Ou seja, uma dica qualitativa sobre o que indica. Contando apenas com resultados de avaliações de matemática e português com parte dos alunos, o ideb mostra apenas um indicador para que as redes se mobilizem para entender e atuar. É uma "foto distorcida" da educação, quando esta se parece é com um "filme". A nota melhor pode ser trabalho de todos ou mesmo de nenhum.
    
Mesmo sem melhorar aprendizagem, Ideb pode ter nota maior - São dois fatores para a nota: resultado dos alunos em provas de português e matemática (Prova Brasil), além do índice de aprovação. Os especialistas apontam que é possível subir a nota por determinado tempo sem melhorar a aprendizagem. Bastaria aumentar os índices de aprovação dos alunos. Embora o Ideb seja melhor do que não ter avaliação, o instrumento tem um lado ruim: sua má utilização faz com instrumentos de leitura do mundo (português e matemática) virem objetivos finais da educação. Assim, ao invés do ensino, aprendizagem e formação para a cidadania, as aulas podem se tornar modelos de "treinamento" para as avaliações do governo. Estudiosos do setor apontam que isso pode reduzir o papel da escola e levar a homogeinização do currículo, o que é danoso para a riqueza que se tem com diversificação das escolas e modelos. g SINDEMU - A diretoria do Sindemu lembra que na gestão passada do Município os professores foram responsabilizados por nota ruim em avaliações. Mas agora que a nota subiu, pouco se lembrou da categoria. 

EDITORIAL
O segredo não contado dos números do Ideb de Minas Gerais - Candidatos de determinado partido vivem alardeando na propaganda eleitoral que “Minas tem a melhor educação básica do Brasil”. Tudo porque parte dos resultados do estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) aparecem melhores que outros estados. O Ideb é um indicador criado pelo governo federal como forma de acompanhar e desenvolver a educação. Varia em nota de 0 a 10, sendo composta de 50% a partir do rendimento dos alunos em exames (prova Brasil) de português e matemática (aplicados em alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3º do ensino médio). Os outros 50% são computados pelo índice de aprovação/reprovação dos alunos. Poucos sabem das ações que impulsionam este item na rede estadual. Vamos contar: desde 2004 o  governo vem se movendo para aumentar a aprovação. Iniciou retomando o sistema de dependência, que passou a impedir a reprovação dos alunos em até duas matérias. Depois criou a segunda recuperação de final de ano. Anos depois ampliou a dependência para três disciplinas. Explico: só toma bomba que reprova em quatro matérias. Além disso, as recuperações passaram de duas para cinco durante o ano. Também foi criada a inédita dependência do 9º para o 1º ano do ensino médio. Enquanto isso, aumentou nas escolas a pressão para reprovar menos, inclusive com risco da não reabertura de salas e demissões. Esse é um dos segredos de impacto no Ideb no estado. Assim, muitos especialistas observam que o Ideb não serve como instrumento de avaliação de ensino e que, no máximo, faz um fotografia diagnóstica “distorcida” do que existe. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso


Diário de  Classe: Prefeitura adia negociação para o dia 15 - Com justificativa de compromissos agendados de última hora em Brasília, o gabinete do Prefeito transferiu a negociação com a Prefeitura do dia 9 para o próximo dia 15 (segunda). Iremos cobrar do prefeito um posicionamento sobre pagamento do piso e implantação de 1/3 de extraclasse na jornada de trabalho. Inclusive sobre as  condenações judiciais a favor dos educadores. Estamos firmes e atentos para a negociação. Neste semana estivemos participando do bom programa "Educação no ar" da jornalista Celi Camargo, apresentado às 17 horas de quarta-feira na rádo Sete Colinas. Adislau Leite, presidente do Sindemu.
g LUCIENE VISITA SINDICATO - A servidora municipal e candidata a deputada estadual Luciene Fachinelli (PSL) visitou o Sindemu no dia 11, colocando-se à disposição da categoria.

TRE acata censura e impede SindUte de combater mentira sobre educação -
O modelo de financiamento do governo do estado impede que a grande imprensa mineira divulgue os problemas que o Estado enfrenta, como também impediu, nos últimos 12 anos, que qualquer crítica à gestão do choque de gestão fosse feita. Agora, quando a educação mineira virou a "oitava maravilha do mundo" nas campanhas do grupo de situação no Estado, o SindUte está proibido de mostrar a realidade educacional na rede estadual. Após diversas ações feitas pelo PSDB, o TRE mineiro proibiu o sindicato de divulgar os problemas que a educação enfrenta sob a tese de "propaganda eleitoral negativa". A direção do SindUte considerou um absurdo o fato e afirmou em nota que "querem nos colocar num lugar de invisibilidade, anulando o nosso papel de dizer as reais condições em que se encontram as escolas e seus profissionais". Com informações do Sindute.


CONJUNTURA

g Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra professores - Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados. Leia.

g Governo de Minas nega licença para doutorado no exterior - "Encaminhei à minha SRE (Sete Lagoas), dia 01 de junho de 2014, duas solicitações: afastamento para cursar o doutorado, de acordo com a Resolução SEE 2388/2013, de 04/08/2014 a 30/11/2014 e o pedido de autorização para viajar no período de 01/09/2014 a 30/11/2014 para cursar o doutorado-sanduíche". Leia  

g Prazo para aprovar plano de educação é julho de 2015 - Maranhão e Mato Grosso são as primeiras unidades federativas a aprovar os planos estaduais de educação (PEE), conforme determina a Lei que criou o Plano Nacional de Educação (PNE). O prazo para os estados, o Distrito Federal e os 5.570 municípios é até julho de 2015. Leia 

Com salário médio de R$ 1868, pedagogia é o 3º curso mais procurado
Os cursos de pedagogia continuam no topo da lista dos mais procurados do Brasil apesar da remuneração destinada aos profissionais desta carreira ser bem menor do que a média paga aos profissionais que optaram por outras áreas.  A graduação em pedagogia é a terceira maior em número de matriculas no ensino superior brasileiro, com 614 mil estudantes, segundo o último Censo da Educação Superior divulgado ontem (9). Profissionais da área da educação recebem em média R$ 1.868 no Brasil. Formados em administração recebem cerca de R$ 2.852 e direito R$ 2.686, segundo sondagem de mercado realizada pela Catho. Para Cleuza Repulho, presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) o interesse pela pedagogia mostra esperança e, ao mesmo tempo, a necessidade de reconhecimento da carreira. Fonte: Portal R7  



UFU oferece curso gratuito de pós em coordenação pedagógica - A Faculdade de Educação (FACED) da UFU oferece 200 vagas (sendo necessário o preenchimento de no mínimo 150) para o Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Coordenação Pedagógica – Modalidade a Distância, que será gratuito. O objetivo do curso é formar, em nível de pós-graduação, coordenadores pedagógicos que atuam em instituições públicas de Educação Básica, Para se inscrever é necessário ser coordenador pedagógico ou exercer função equivalente, atuar na área educação básica na rede pública/estadual que são portadores de diploma de graduação em Pedagogia ou Licenciatura Plena.As inscrições devem ser feitas na UFU de 22 a 26 de setembro. No total serão cursados 18 meses, sendo 405 horas (365 à distância e 40 presenciais). Serão seis encontros, aos sábados, em Uberlândia. Mais informações podem ser obtidas no site da FACED (www.faced.ufu.br). Fonte: UFU




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