ESCOLHER DEPUTADO É TÃO IMPORTANTE QUANTO PRESIDENTE
A
escolha correta e a eleição de deputados comprometidos com a causa da educação são
tão importantes quanto escolher o presidente ou governador. Ao contrário do que
muitos imaginam, o ciclo político começa com a eleição. É lá no parlamento que acontecem
os debates e decisões para todos os encaminhamentos bons ou ruins para todos os
setores. O deputado não pode ser marionete de governante ou, pior ainda,
defender os interesses da elite (banqueiros, empresários, fazendeiros, etc).
"Com o deputado certo, as portas podem se abrir. E com o
"errado" fechar, diante da pressão popular", lembra o presidente
do Sindemu, Adislau Leite. "A grande maioria dos trabalhadores vota em
patrão e isso é um erro, pois o deputado dos patrões jamais vai beneficiar os
que trabalham no serviço público ou privado", ressalta Marcos Gennari,
diretor do Sinpro. A maioria dos deputados hoje são empresários ou
representantes do agronegócio, enquanto a maioria da população é de
trabalhadores. Há uma representação distorcida.
CNTE e
Contee orientam voto em quem defende interesses dos educadores - É preciso garantir no Congresso
Nacional e nas Assembleias Legislativas a participação de quem compartilha dos
interesses do educador e luta por uma educação pública de qualidade, laica,
gratuita e socialmente referenciada. Outras categorias de trabalhadores lutam
para ter seus representantes no Legislativo, conscientes da importância de
aumentar sua base no Senado, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias
Legislativas para influenciar a legislação a seu favor. Na Cämara federal, todos
os grandes projetos que trouxeram melhorias para o setor foram de iniciativa ou
tiveram o apoio de trabalhadores em educação (professores ou funcionários) no
Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital. Fonte: CNTE
EDITORIAL
É preciso combater a
distorção na eleição de deputados -O Congresso Nacional tem hoje uma tremenda
distorção de representação. Cerca de 70% dos deputados é composto por
fazendeiros e empresários, sendo que a maioria da população é de trabalhadores.
As mulheres e os negros que representam mais de 50% da população têm apenas 9%
e 8,5% de representação no Congresso. Essa distorção ocorre principalmente por
conta das regras da política eleitoral do Brasil. As campanhas milionários (em
geral pagas por empresas que vão buscar de volta depois) distorcem a
possibilidade de representação verdadeiramente democrática. Embora ainda não tenhamos
regras justas, que podem ser obtidas por uma reforma política democrática, cada
parcela da população deve buscar eleger seus representantes diretos. Não é por
menos que as Confederações de trabalhadores da educação (CNTE e Contee) abriram
campanha para que a educação escolha deputados ligados e comprometidos com o
setor. Nos últimos anos houve avanços importantes para a educação no Congresso:
criação do Fundeb, lei do piso, ampliação do conceito de funcionário da
educação, fim da desvinculação de receitas da união, 75% dos royalties do
petróleo, PNE com 10% do PIB para o setor. Diz a CNTE que todos os projetos que
apontam para melhorias do setor foram de iniciativa ou tiveram apoio de
trabalhadores da educação. Assim, é urgente que quem trabalha na educação priorize
os candidatos comprometidos com o setor para fortalecer a representatividade. Anízio
Bragança Júnior
SindUte denuncia Lerin e mais 55 por destruir
carreira dos educadores -
Na hora da eleição é preciso lembrar que
a carreira dos trabalhadores da Educação de Minas foi destruída quando se
implantou "à força" o sistema de pagamento através de subsídio. O
plano de carreira também passou 4 anos abandonado por um congelamento que
proibiu qualquer promoção por escolaridade. O sindicato também lembra que a
maioria dos deputados ajudaram o governo a destruir o fundo da previdência.
O deputado Lerin (PSB) e mais 55 deputados estaduais estão sendo denunciados por terem
votado contra os trabalhadores. Os deputados denunciados estão principalmente
nos seguintes partidos: PSDB, DEM, PSB, PPS, PSD, PDT, PTB, PP e PV. O cartaz
está disponível no blog do Educa.com (clique aqui).
Diário
de Classe: Aposentados do IPSERV têm
de se recadastar - Todos os aposentados e
pensionistas do IPSERV terão que se recadastrar até o final do ano, atendendo
convocação anual do Instituto de Previdência Municipal. O recadastramento é
feito na Caixa Federal. Aniversariantes de janeiro, fevereiro e setembro tem
prazo até 30 de setembro. Os nascidos em março, abril e outubro deverão ir à
Caixa em outubro. Para os aniversariantes de maio, junho e novembro, o prazo é
novembro. Em dezembro, o recadastramento é para nascidos em julho, agosto e
dezembro. Maiores informações no sindicato. Adislau Leite, presidente do Sindemu.
SIM!: 7,5 milhões
de pessoas querem reforma política no Brasil - Mais de 7,5 milhões de
brasileiros e brasileiras (97% do total) votaram a favor da convocação de uma
constituinte Constituinte Exclusiva e Soberana para promover uma reforma no
sistema político. A votação foi feita em urnas fixas espalhadas por todo o país
e por meio da internet, com apoio do Sinpro e Sindemu. As organizações que
integram a campanha, entre as quais a Contee, entregarão o resultado das urnas
para a Presidência da República, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal
Federal nos dias 14 e 15 de outubro, quando as 477 envolvidas na ação
promoverão um ato unificado em Brasília.
OPINIÃO
Educar para a liberdade:
Pesquisas eleitorais e "principais candidatos
Adislau
Leite, presidente do Sindemu
A liberdade de uma pessoa, de um pequeno grupo de
indivíduos ou de um povo em geral, certamente está pautada na garantia de
direitos individuais e coletivos. Todavia considero como de maior valia o
conhecimento. Conhecer para defender, para analisar e discernir entre o bem e o
mal, o ruim e o bom.
Pensemos nas pesquisas eleitorais. Por que em um
país onde se caminha em busca de ideais democráticos, voto secreto – naturalmente
sigiloso – percebe-se um forte interesse de alguns setores da sociedade em
insistir constantemente na contramão desses caminhos? Pergunta-se quase que
diariamente aos cidadãos: em quem irá votar, o que pensa desse ou aquele
governo, principalmente, o Federal. O que realmente está em jogo? Por que tanto
interesse na divulgação dessas pesquisas. A quem interessa tamanha pressão,
para não dizer manipulação? Que direito tem o entrevistador, e/ou, para quem
ele trabalha, de conhecer o desejo de outrem, principalmente se esse desejo é
secreto e assim deve permanecer?
Não me surpreenderia encontrar alguém que
justificasse que indagar um cidadão sobre sua opção eleitoral não é invasão de
privacidade nem tão pouco desrespeito aos direitos individuais. Podemos
encontrar até quem diga: é liberdade de imprensa e está de acordo com a
legislação eleitoral!
E tem mais: como explicar a uma criança e no caso
dos professores, como dizer para um aluno: olha, nessas eleições existem
candidatos “principais” e outros que não são tão importantes!
Ora, se a Constituição coloca todos os cidadãos em
pé de igualdade, de acordo com a justiça eleitoral, somos diferentes? Existem
pessoas principais e outras inferiores?
Com certeza não deve estar sendo tarefa fácil para
os pais e mestres conseguirem tratar o assunto com crianças e adolescentes. Até
porque não creio que haja uma maneira de aprender e desaprender ao mesmo tempo.
Esses e outros fatores políticos e sociais
interferem diretamente na aprendizagem de nossas crianças, deixando-as confusas
e prejudicando sua compreensão de cidadania.
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