sábado, 27 de setembro de 2014

Educa.com: 27.09.2014 - Escolher deputado é tão importante quanto presidente



ESCOLHER DEPUTADO É TÃO IMPORTANTE QUANTO PRESIDENTE

A escolha correta e a eleição de deputados comprometidos com a causa da educação são tão importantes quanto escolher o presidente ou governador. Ao contrário do que muitos imaginam, o ciclo político começa com a eleição. É lá no parlamento que acontecem os debates e decisões para todos os encaminhamentos bons ou ruins para todos os setores. O deputado não pode ser marionete de governante ou, pior ainda, defender os interesses da elite (banqueiros, empresários, fazendeiros, etc). "Com o deputado certo, as portas podem se abrir. E com o "errado" fechar, diante da pressão popular", lembra o presidente do Sindemu, Adislau Leite. "A grande maioria dos trabalhadores vota em patrão e isso é um erro, pois o deputado dos patrões jamais vai beneficiar os que trabalham no serviço público ou privado", ressalta Marcos Gennari, diretor do Sinpro. A maioria dos deputados hoje são empresários ou representantes do agronegócio, enquanto a maioria da população é de trabalhadores. Há uma representação distorcida.
    
CNTE e Contee orientam voto em quem defende interesses dos educadores  - É preciso garantir no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas a participação de quem compartilha dos interesses do educador e luta por uma educação pública de qualidade, laica, gratuita e socialmente referenciada. Outras categorias de trabalhadores lutam para ter seus representantes no Legislativo, conscientes da importância de aumentar sua base no Senado, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas para influenciar a legislação a seu favor. Na Cämara federal, todos os grandes projetos que trouxeram melhorias para o setor foram de iniciativa ou tiveram o apoio de trabalhadores em educação (professores ou funcionários) no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital. Fonte: CNTE

EDITORIAL
É preciso combater a distorção na eleição de deputados -O Congresso Nacional tem hoje uma tremenda distorção de representação. Cerca de 70% dos deputados é composto por fazendeiros e empresários, sendo que a maioria da população é de trabalhadores. As mulheres e os negros que representam mais de 50% da população têm apenas 9% e 8,5% de representação no Congresso. Essa distorção ocorre principalmente por conta das regras da política eleitoral do Brasil. As campanhas milionários (em geral pagas por empresas que vão buscar de volta depois) distorcem a possibilidade de representação verdadeiramente democrática. Embora ainda não tenhamos regras justas, que podem ser obtidas por uma reforma política democrática, cada parcela da população deve buscar eleger seus representantes diretos. Não é por menos que as Confederações de trabalhadores da educação (CNTE e Contee) abriram campanha para que a educação escolha deputados ligados e comprometidos com o setor. Nos últimos anos houve avanços importantes para a educação no Congresso: criação do Fundeb, lei do piso, ampliação do conceito de funcionário da educação, fim da desvinculação de receitas da união, 75% dos royalties do petróleo, PNE com 10% do PIB para o setor. Diz a CNTE que todos os projetos que apontam para melhorias do setor foram de iniciativa ou tiveram apoio de trabalhadores da educação. Assim, é urgente que quem trabalha na educação priorize os candidatos comprometidos com o setor para fortalecer a representatividade. Anízio Bragança Júnior



SindUte denuncia Lerin e mais 55 por destruir carreira dos educadores -
Na hora da eleição é preciso lembrar que a carreira dos trabalhadores da Educação de Minas foi destruída quando se implantou "à força" o sistema de pagamento através de subsídio. O plano de carreira também passou 4 anos abandonado por um congelamento que proibiu qualquer promoção por escolaridade. O sindicato também lembra que a maioria dos deputados ajudaram o governo a destruir o fundo da previdência. O deputado Lerin (PSB) e mais 55 deputados estaduais estão sendo denunciados por terem votado contra os trabalhadores. Os deputados denunciados estão principalmente nos seguintes partidos: PSDB, DEM, PSB, PPS, PSD, PDT, PTB, PP e PV. O cartaz está disponível no blog do Educa.com (clique aqui).

Diário de  Classe: Aposentados do IPSERV têm de se recadastar - Todos os aposentados e pensionistas do IPSERV terão que se recadastrar até o final do ano, atendendo convocação anual do Instituto de Previdência Municipal. O recadastramento é feito na Caixa Federal. Aniversariantes de janeiro, fevereiro e setembro tem prazo até 30 de setembro. Os nascidos em março, abril e outubro deverão ir à Caixa em outubro. Para os aniversariantes de maio, junho e novembro, o prazo é novembro. Em dezembro, o recadastramento é para nascidos em julho, agosto e dezembro. Maiores informações no sindicato.  Adislau Leite, presidente do Sindemu.

SIM!: 7,5 milhões de pessoas querem reforma política no Brasil - Mais de 7,5 milhões de brasileiros e brasileiras (97% do total) votaram a favor da convocação de uma constituinte Constituinte Exclusiva e Soberana para promover uma reforma no sistema político. A votação foi feita em urnas fixas espalhadas por todo o país e por meio da internet, com apoio do Sinpro e Sindemu. As organizações que integram a campanha, entre as quais a Contee, entregarão o resultado das urnas para a Presidência da República, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal nos dias 14 e 15 de outubro, quando as 477 envolvidas na ação promoverão um ato unificado em Brasília.

OPINIÃO

Educar para a liberdade: Pesquisas eleitorais e "principais candidatos
Adislau Leite, presidente do Sindemu
A liberdade de uma pessoa, de um pequeno grupo de indivíduos ou de um povo em geral, certamente está pautada na garantia de direitos individuais e coletivos. Todavia considero como de maior valia o conhecimento. Conhecer para defender, para analisar e discernir entre o bem e o mal, o ruim e o bom.
Pensemos nas pesquisas eleitorais. Por que em um país onde se caminha em busca de ideais democráticos, voto secreto – naturalmente sigiloso – percebe-se um forte interesse de alguns setores da sociedade em insistir constantemente na contramão desses caminhos? Pergunta-se quase que diariamente aos cidadãos: em quem irá votar, o que pensa desse ou aquele governo, principalmente, o Federal. O que realmente está em jogo? Por que tanto interesse na divulgação dessas pesquisas. A quem interessa tamanha pressão, para não dizer manipulação? Que direito tem o entrevistador, e/ou, para quem ele trabalha, de conhecer o desejo de outrem, principalmente se esse desejo é secreto e assim deve permanecer?
Não me surpreenderia encontrar alguém que justificasse que indagar um cidadão sobre sua opção eleitoral não é invasão de privacidade nem tão pouco desrespeito aos direitos individuais. Podemos encontrar até quem diga: é liberdade de imprensa e está de acordo com a legislação eleitoral!
E tem mais: como explicar a uma criança e no caso dos professores, como dizer para um aluno: olha, nessas eleições existem candidatos “principais” e outros que não são tão importantes!
Ora, se a Constituição coloca todos os cidadãos em pé de igualdade, de acordo com a justiça eleitoral, somos diferentes? Existem pessoas principais e outras inferiores?
Com certeza não deve estar sendo tarefa fácil para os pais e mestres conseguirem tratar o assunto com crianças e adolescentes. Até porque não creio que haja uma maneira de aprender e desaprender ao mesmo tempo.
Esses e outros fatores políticos e sociais interferem diretamente na aprendizagem de nossas crianças, deixando-as confusas e prejudicando sua compreensão de cidadania.

Nenhum comentário:

Postar um comentário