"SUPERAMIGOS" NO TRIBUNAL PERMITEM GOVERNO DE MINAS GASTAR MENOS DO MÍNIMO EM EDUCAÇÃO E SAÚDE
A constituição determina que
os governos estaduais invistam no mínimo 25% do orçamento na educação e 12% na
saúde. O Ministério Público denunciou Minas Gerais por não atingir o índice. No montante estariam sendo computados
gastos não permitidos (saneamento básico e pagamento de aposentados, por
exemplo). Os sindicatos calcularam os valores: foram 7,7 bilhões a menos na
saúde entre 2003 e 2011 e 8,3 bilhões a menos na educação entre 2003 e 2013. Questionado
no debate eleitoral este ano, o candidato Aécio (PSDB) disse que as prestações de contas foram aprovadas
pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mas uma ligeira leitura no sítio do Tribunal mostra que Aécio e Anastasia
criaram uma "bolha de proteção" na instituição capaz de assegurar
confortavelmente aprovação de todas as contas. Os sete conselheiros atuais foram eleitos pelos deputados (controlados pelo
governo) e nomeados nos últimos dez
anos, sendo cinco deles de políticos ligados ao PSDB ao da base aliada. A atual
presidente Adriene de Faria, é esposa
do ex-vice de Aécio, Clésio Andrade. O conselheiro corregedor Wanderley de Ávila foi deputado estadual
até 2004, presidente da Assembleia, líder do PSDB nos anos 90. Sebastião Helvécio foi deputado do PP e
PDT, da base aliada e seguidor fiel do governo Aécio. José Viana foi deputado do DEM por vários mandatos e fiel à base
aliada de Aécio e Anastasia. Mauri Torres
foi líder do PSDB nos anos 90 e 2000, líder do governo Aécio de 2007 a 2011 e
nem tem curso superior. Apenas dois conselheiros, Cláudio Terrão e Gilberto
Monteiro tem currículo de carreira. Até mesmo Antônio Andrada, ex-presidente do
Tribunal que renunciou em 2012 para disputar e vencer a Prefeitura de
Barbacena, também foi líder do governo Aécio. As contas de Aécio e Anastasia,
apesar dos problemas são aprovadas sem qualquer problema no TCE. O conselheiro tem
salário superior a R$ 24 mil.
Conselheiro
assina acordo permitindo que Minas gaste menos que o mínimo -Ex-líder
do governo Aécio, o conselheiro Mauri Torres assinou em nome do Tribunal um
termo de ajustamento com o governo de Minas em 2012 permitindo que o governo
gastasse até 2014 menos do que o mínimo constitucional na saúde e educação. A
medida foi realizada depois que o Congresso Nacional aprovou a chamada
"emenda 29" que proibia que gasto com saneamento continuasse sendo
usado para a saúde. Embora amplamente denunciado, as irregularidades não tem
prosseguimento no Ministério Público quando passam pela procurador geral do
Estado, outro nomeado pelo ex-governador Anastasia.
EDITORIAL
Porque o melhor caminho
é com Dilma - Dilma é continuidade um governo que promoveu uma
das mais espetaculares promoções sociais de grande parte da população nos
últimos 12 anos. Reduzir a miséria e transformar a população pobre em classe
média é um feito sem referência nas últimas gerações. O governo atual tem
iniciativas muito importantes nos campos sociais, em especial a educacional. As
universidades, as escolas técnicas, as legislações educativas - entre elas a
esperançosa verba do pré-sal -, trouxeram nova conjuntura para as relações do
pais. Lula e Dilma reestruturam e fortaleceram o Estado e o funcionalismo,
revigoraram as instituições públicas e a carreira dos servidores federais,
situação perdida durante o governo FHC. A gestão atual tem que melhorar em
muitos pontos. Mesmo na educação, seu produtivismo e enfoque na formação para o
mercado precisam ser melhores direcionados. Mas o governo Dilma permite essa
crítica e tem dialogado com pressão social e o legislativo. Por outro lado, a
gestão Aécio promoveu um governo sem diálogo social. Ao controlar a maioria dos
deputados e organizar uma “bolha” de proteção no Tribunal de Contas e no
Ministério Público, acabou promovendo reformas com apenas um núcleo estratégico
técnico. Encoberto pela “técnica” e pela retórica da “meritocracia” criou
iniciativas que garantiram um governo voltado para a as novas ideologias de
mercado: redução do Estado e seu custo (dizendo melhor, pagando menos o
funcionalismo) com elevação da carga tributária. Os dois partidos da disputa
final tem problemas éticos a resolver. Dilma é resultado de uma somatória de
forças que incluem a população. Aécio, é o representante nato das elites e de
suas velhas receitas para o Brasil. Analisando o melhor para o futuro do
Brasil, fico com Dilma. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.
Escola de Uberaba está no centro de debate
eleitoral - A escola estadual
Francisco Cândido
Xavier, localizada no bairro Morumbi ganhou destaque nacional nos últimos dias,
ficando no centro do debate para campanha eleitoral do segundo turno. A escola,
com 540 alunos em três turnos, funciona provisoriamente (há 3 anos) em um
centro de lojas localizado em um posto de gasolina em condições precárias.
Situação que contrasta com o discurso feito pelo candidato Aécio Neves (PSDB)
de que Minas Gerais tem a "melhor educação do país". O fato trouxe a
Uberaba, o jornalista Luiz Carlos Azenha, que publicou matéria, no blog
www.viomundo.com.br, um dos mais
acessados do país. São 11 salas de aulas em locais destinados a escritórios,
que custa de R$ 8 mil mensais de aluguel. A única saída da escola dá direto no
posto de gasolina, onde segundo o frentista ficam estocados, em depósitos
subterrâneos, 15 mil litros de gasolina, 15 mil de álcool e 30 mil de óleo
diesel. A nova escola está sendo construída e deve ficar pronta em 2015. As diretoras
regionais do SindUte, as uberabenses Maria Helena e Cidinha concederam
entrevista ao viomundo apontando que há um mascaramento para os não mineiros da
precariedade da educação de Minas Gerais, que incluem baixos salários, falta de
quadras, laboratórios e bibliotecas. Na foto, funcionárias tentam solucionar
falta de água na escola Francisco Xavier. Veja a matéria e os vídeos e novas
denúncias de precariedade nas escolas mineiras aqui.
Band Minas censura programa do Sinpro sobre dia
do professor - O programa especial do
"extraclasse" foi feito para trazer reflexões em torno do Dia dos
Professores (comemorado em 15 de outubro). No horário reservado (às 8 da
manhã), a emissora repetiu o programa da semana anterior, sobre o ensino de
Ciências, sem avisar o sindicato, algo que nunca ocorreu em mais de seis anos
de exibição. Para Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas e entrevistado no
programa, a não exibição ocorreu devido às críticas feitas à educação em Minas.
“A educação no estado foi sucateada, e os professores sofrem com baixos salários
e falta de condições de trabalho e de infraestrutura adequada para o exercício
da profissão. O Sinpro Minas informa que reiterou o pedido à emissora para que
o programa seja exibido. Assista aqui
o programa não exibido. Fonte:
SinproMinas
CONJUNTURA
g O jornal "El País" foi a Minas investigar o legado de Aécio na educação - Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o Estado não aplicou o mínimo exigido pela Constituição nas duas áreas (12% do Orçamento na saúde e 25% na educação). Entre 2003 e 2011, foram 7,7 bilhões a menos na saúde e entre 2003 e 2013, 8,3 bilhões a menos na educação. Leia
g PSDB, PMDB e PT comandam estados que não pagam o piso salarial -
- Dados compilados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) mostram que tanto o PSDB quanto o PT, legendas que disputam a Presidência, controlam governos que estão na lista dos piores pagadores. Leia
g Agência de notícias Reuters conta como os médicos cubanos foram combater o ebola - Quinze mil profissionais que se ofereceram, mas apenas 256 foram selecionados.“Houve brigas, discussões acaloradas, com alguns médicos perguntando: ‘Como é que o meu colega vai e eu não posso?’”, disse o doutor Adrian Benitez, de 46 anos, horas antes de embarcar para a Libéria. Leia
Professor
uberabense cobra valorização fora da sala de aula em vídeo - O professor de jornalismo, André
Azevedo, que hoje atua no Paraná criou um vídeo bastante didático e elucidativo
sobre as condições de trabalho e valorização dos
professores. Vídeo imperdível para ser assistido e discutido nas escolas
públicas e particulares. Não deixe de Assistir, clicando na imagem.
Mês do professor: brasileiros são os mais
trabalham, mas não há valorização - Valorizar o papel do professor e
reconhecer a importância desse profissional. Essa é uma das lutas da categoria
na data em que se comemora o dia dos professores. Enfrentando um amplo
descumprimento da Lei do Piso do Magistério e péssimas condições de trabalho
nas escolas, professores lutam para que a educação no país dê um salto de
qualidade. É o que aponta a secretária geral da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli: “Não, não é só salário. Nós
temos salas super lotadas, temos um problema de infraestrutura de escolas,
questão de equipamentos, de laboratórios, bibliotecas. A qualidade da educação
são vários elementos da escola, não é só pagar o professor que a qualidade está
boa, é também a condição, a gestão democrática da escola, vários elementos.” Marta
Vanelli destaca avanços como a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) em
2014 após 4 anos de intensos debates. Outra luta da dos professores é a
defasagem salarial que chega a 40% em relação a outras categorias. “É injusto
que eu ganha 40% a menos que um outro servidor público de outra secretaria com
a mesma formação que eu tenho.” Recente pesquisa da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que os professores
brasileiros ganham um terço da remuneração de países europeus, japoneses,
sul-coreanos e norte-americanos. O estudo indicou ainda que os professores
brasileiros estão entre os que mais trabalham no mundo. Fonte Radioagência Brasil de Fato.
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