Na educação infantil da rede privada de Uberaba
POR FALTA DE SALÁRIOS, PROFESSORAS INICIAM GREVE!


EDITORIAL
As professoras que desafiaram o rei e não usaram as apostilas - Era
uma vez um reino muito distante onde um rei resolveu comprar um pacote
de apostilas de alfabetização para ser usada em todas as escolas. As
apostilas eram bonitas e vinha com um desenho do ex-piloto Airton Senna.
O rei, imponente e sem ouvir ninguém, decretou: “que todas as escolas e
professores usem agora essas apostilas!” E todas educadoras morrendo de
medo pegaram o material e começaram a repetir o “be-a-bá”. Mas havia no
reino duas professoras criativas que gostavam de alfabetizar usando
poções e canções mágicas. Jamais imaginavam encostar suas arrumações
divertidas para substituir por um enredo sem graça, que nada tinha haver
com as crianças do lugar. Resolveram desafiar o decreto. Guardaram as
apostilas de capas bonitas e continuaram a alegrar as crianças com
poções e canções. Mas a notícia chegou ao rei, que tinha fama de
malvado. E ele ficou furioso e mandou prender as professores fora da
escola por trinta dias e cortar a comida por um mês. Afinal, precisava
dar exemplo às demais. Mas um nobre príncipe que passava na região soube
da coragem das professoras e ficou sensibilizado. Levou o caso ao
conselho de anciãos. Estes julgaram duas vezes o caso e decidiram
desfazer a malvadeza do rei e reconhecer a benfeitoria das moças. Embora
contada como literatura, essa história é real. Em fevereiro, o Tribunal
de Justiça de Sergipe manteve a reversão da punição de duas professoras
que decidiram não usar apostilas da rede. Para os magistrados, as
professoras têm livre docência e só o Plano pedagógico discutido na
escola é que pode definir o uso ou não os instrumentos didáticos. (Confira em avaliacaoeducacional.com). Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

1/3 de extraclasse: Educadores poderão ter conquista inédita em junho - Reivindicação
histórica do magistério pode se tornar uma conquista dos educadores de
Uberaba em 2015. Na negociação com a diretoria do Sindemu dia 10, a
Prefeitura apresentou a disposição de reconhecer e pagar de forma
inédita o trabalho que os educadores têm com preparação de aulas,
correção de provas e estudo individual. A proposta a ser enviada em
detalhes ao sindicato ainda carece de estudo e aprovação da categoria.
Com a implantação de 1/3 (ou 33,33%) de extraclasse na jornada, a
prefeitura anunciou que pretende pagar o piso de R$ 1917
proporcionalmente às horas trabalhadas pelos educadores. Assim, os
educadores infantis seriam os primeiros a atingir o pagamento integral
do valor indicado pelo MEC, enquanto os demais receberiam na forma
proporcional com adequação do plano de carreira.
Os valores de piso e jornada divulgados pela Prefeitura para junho:
PEB magistério - 27 horas (18 horas aula com alunos) – R$ 1321
PEB superior - 27 horas (18 horas aula com alunos) – R$ 1717
Especialistas - 25 horas (17 horas interação com alunos) – R$ 1705
Educador infantil magistério - 40 horas (26 horas aula com alunos) – R$ 1917
Educador infantil superior - 40 horas (26 horas aula com alunos) – R$ 2205
CONJUNTURA
g Câmara aprova projeto que prorroga política de reajuste do salário mínimo até 2019 – A
política em vigor prevê reajuste pela inflação acumulada medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais a variação real do
Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Leia.
g Um jovem morre vítima de álcool a cada 36 horas – informações
do Ministério da Saúde registraram em 2012, último dado disponível, 242
mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos causadas por "transtornos por
causa do uso de álcool". Leia.
g Cine OAB apresenta o filme "Filhos do paraíso" neste sábado na OAB – O
evento gratuito terá início às 19h30. O filme propõe uma amizade
memorável entre irmãos. O debate pós-filme será com o professor de
história Paulo Roberto de Souza. Confira.
Termina a greve vitoriosa dos professores do Paraná –
A greve durou 29 dias e chegou a ter 100% de adesão. A mobilização
conseguiu: reverter a dispensa de milhares de professores temporários
que não seriam recontratados este ano; a posse de mais de mil pedagogos
concursados que foram convocados e dias depois dispensados pelo governo;
forçar o governo a pagar as indenizações atrasadas aos professores
dispensados no fim de 2014; garantias de que serão depositados no fim de
março os terços de férias não pagos; e um cronograma de implementação e
pagamento das promoções e progressões devidas não pagas em 2014. Além
disso, a APP Sindicato convenceu o governo a promover uma reorganização
escolar que levará à reabertura de turmas e até mesmo de escolas que
teriam sido fechadas se a mobilização não tivesse ocorrido. As
conquistas da greve, no entanto, não se limitaram ao ensino. Na primeira
semana de paralisação, os professores ocuparam a Assembleia Legislativa
do Paraná (Alep) e impediram a aprovação de um projeto de lei por meio
do qual o fundo de previdência dos servidores públicos – com saldo
estimado em R$ 8 bilhões – seria incorporado a um caixa único do
governo, sem garantias de que o dinheiro seria usado exclusivamente para
pagar aposentados e pensionistas. Com informações do APP PR.
Apesar do slogan 'Brasil, Pátria Educadora', setor tem cortes –
Exatos 57 dias depois de Dilma Rousseff anunciar o lema de seu segundo
mandato, a presidente determinou um corte de R$ 5,6 bilhões do orçamento
do Ministério da Educação (MEC). Universidades, colégios federais e
programas como o Pronatec já sentem a crise. As universidades e
programas que já existem também sofrem com a crise. Depois de a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) adiar o início das aulas
por falta de pagamento aos funcionários terceirizados - responsáveis
pela limpeza e manutenção -, foi a vez do Pronatec adiar a volta das
férias em mais de um mês. O MEC anunciou que as atividades do programa,
responsável por oferecer cursos técnicos gratuitos e uma das principais
vitrines do governo, começam no dia 17 de junho e não mais em 7 de maio.
É o Brasil nada educador. Fonte: O Globo
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