Edição Bragança
Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 04 de julho de 2015 – Nº 252
SINDEMU QUER
PLANO DE CARREIRA RETROATIVO A JUNHO
A diretoria
do Sindemu solicitou ao prefeito Paulo Piau (PMDB) que mantenha a validade do
novo plano de carreira para junho, conforme promessa inicial feito à categoria.
O pedido foi feito na solenidade de entrega da proposta no último dia 29.
Precisando ser aprovado na Câmara e ter tempo para opção dos educadores, os
benefícios somente poderão entrar em vigor em setembro. Uma comissão de
educadores convidados pelo sindicato já identificou dezenas de dúvidas e
apontou diversas modificações no texto (disponível na sede do sindicato). As sugestões
de alterações serão levadas à Secretaria da Educação e aos vereadores. As
tabelas com os valores salariais não foram enviadas (segundo a PMU, não deu
tempo de concluí-las), mas o prefeito garantiu no encontro que as promessas da
assembleia estão garantidas.
Confira as principais alterações no texto:
g Jornada
das professoras (PEB): 27 horas aulas semanais - podendo se estender até 54
horas -, sendo 18 com alunos, 4 no interesse da escola e 5 em livre escolha da
educadora. Carreira com 8 classes de formação (do Normal ao pós-doutorado) e 40
níveis de ascensão
g Jornada
das Educadoras infantis: 39 horas semanais, sendo 26 com alunos, 4 horas no
interesse da escola e 9 em livre escolha da educadora. Carreira com 8 classes
de formação (do Normal ao pós-doutorado) e 40 níveis de ascensão
g Jornada
das coordenadoras pedagógicas: 25 horas, sendo 16,5 com atendimentos aos alunos e
comunidade e 8 em livre escolha da educadora. Carreira com 6 classes de
formação (do Superior ao pós-doutorado) e 40 níveis de ascensão
EDITORIAL
A maior festa do Brasil tem problemas nas escolas – Tem
dias que a gente pensa sobre situações que jamais imaginaria. Perguntei a mim
mesmo: qual era a música que mais ouvi na vida. Queimei alguns neurônios por
alguns dias. Mas quando escutei a “danada”, não tive dúvida: “O nosso arraiá”
do célebre sanfoneiro Mário Zan. Fiquei contente de gosto (a música é boa
mesmo!) e por nacionalismo. Mário Zan é um sanfoneiro italiano radicado no
Brasil que viveu entre 1920 e 2006. Suas músicas, no entanto, eternizaram as
festas juninas de todo o país. Quando jovem, sempre fui um entusiasmado
participante de festas juninas e dançarino de quadrilhas, por curtir a dança
mais democrática e inclusiva que existe (todos dançam com todos, sem qualquer
distinção). Hoje, um pouco mais contido, vejo a importância da festa junina
como cultura que passa entre gerações e de sua grande aplicabilidade nas
escolas. Entretanto, a proibição de venda de quitandas nas unidades de ensino
públicas deixa a educação mais longe dessa reafirmação de nossa cultura e a
formação cultural dos alunos. As escolas públicas estão deixando de fazer a
festa ou “dando as tripas e os corações” para dar conta de uma festa 100%
gratuita. Em outra ponta, há professoras da rede particular que em vez de
festejar estão tendo pesadelos quando chegam junho e julho. Há escolas que
obrigam um trabalho extra gratuito que (por vezes) supera 15 horas no dia. É um
pecado trabalhista e contraria uma festa tão bonita, que merecia mais
solidariedade. Anízio Bragança
Júnior, artigo do Jornal Expresso.
Lei do piso é
sancionada e professores receberão R$ 190 a mais de abono – Trabalhadores da educação da rede
estadual comemoraram a sanção do governo de Minas ao projeto no dia 30,
garantindo (até 2017) o pagamento do piso salarial do magistério em Minas
Gerais. A lei é fruto de acordo histórico assinado com os representantes dos
trabalhadores da educação. A medida garante já para este mês o pagamento do
primeiro abono salarial no valor de R$ 190 e a progressão automática dos níveis
T1 r T2 para o PEB 1. O maior mérito do projeto é o reconhecimento do Piso
Salarial Profissional Nacional para a jornada de 24 horas. Foram garantidos
também no novo acordo, os reajustes anuais do Piso Salarial para todas as
carreiras da educação; melhorias no salário e/ou gratificação de diretores e
secretários de escola; inclusão dos aposentados em todos os benefícios
recebidos pelo pessoal do ativa; descongelamento da carreira; fim do subsídio,
entre outros.
Sinpro: Professoras rejeitam flexibilizar férias na educação infantil
– Em assembleia na sede do sinpro dia 27
de junho, professoras da educação infantil da região metropolitana rejeitaram o
reajuste maior no segmento (R$ 1 ao mês) condicionada à flexibilização do
período de férias e recesso de trabalho. Em acordo com o Sinpro, o sindicato
das escolas assinou reajuste de 8,42% (INPC sobre o salário de abril). Índice
que será mantido para também para a educação infantil. Para Gílson Reis,
presidente do Sinpro, “o sindicato considera que qualquer proposta de
flexibilização de direitos, mesmo que ligada a algum tipo de reajuste, não pode
ser considerada”. O sindicato apresentou
proposta contrária à medida.
CONJUNTURA
g Cunha manobra e Plenário aprova redução da maioridade
penal – Conforme a nova emenda, a
redução, de 18 para 16 anos, será nos casos de crimes hediondos (estupro,
sequestro, latrocínio, homicídio qualificado e outros), homicídio doloso e
lesão corporal seguida de morte. Leia
g Educação teme perder recursos com projeto que muda
partilha do pré-sal– O coordenador da
Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, diz que embora não
tenha impacto imediato, caso aprovado, o projeto pode abrir margem para alterar
o regime de partilha e, com isso, reduzir os recursos para o setor. Leia
g Capes explica que nenhum bolsista do Pibid terá bolsa
descontinuada – A nota é um esclarecimento
sobre o documento enviado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
- SBPC e Academia Brasileira de Ciências – ABC que solicita a continuidade do
financiamento ao Pibid. Leia
STF determina pagamento dos dias
parados dos professores de SP - O
presidente d
o Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo
Lewandowski, concedeu liminar ao Sindicato dos Professores da Rede Oficial de
São Paulo (Apeoesp) em reclamação contra o desconto na folha de pagamento dos
servidores em greve entre 13 de março e 12 de junho. A decisão foi publicada no
dia 2. O ministro considerou que o salário não pode deixar de ser tratado como
verba de caráter alimentar, cujo pagamento é garantido pela Constituição
Federal, e que a garantia constitucional do salário, prevista nos artigos 7º
(inciso VII) e 39 (parágrafo 3º), assegura o seu pagamento pela administração
pública, principalmente nas situações em que o serviço poderá ser prestado
futuramente, por meio de reposição das aulas, como costuma acontecer nas
paralisações por greve de professores. A Apeoesp entrou com a medida no STF
contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acolheu ação do
governador Geraldo Alckmin (PSDB), permitindo o desconto dos dias não
trabalhados. O tucano foi ao STJ contra decisão do Órgão Especial do Tribunal
de Justiça paulista, que por 17 votos a seis concedeu aos professores o direito
de receber seus salários sem descontos. Fonte: Rede Brasil Atual
Quatro em dez professores fazem
jornada extra – Os dados, tabulados pela organização
Todos pela Educação a pedido do Jornal “Folha de São Paulo”, são de
questionário federal preenchido por 225 mil professores da rede pública do 5º e
9º ano do ensino fundamental, amostra que compreende os principais anos dessa
etapa de ensino. Ao todo, o fundamental reúne 1,4 milhão de professores. Em 16
Estados, o índice supera a média nacional. Rio Grande do Norte (55%) e Roraima
(54%) lideram. Na outra ponta, estão Tocantins e Distrito Federal, com 22,6% e
12,7%, respectivamente. Em São Paulo, cerca de 41% dos professores do ensino
fundamental aderem a atividades extras. O levantamento mostra ainda que cerca
de 30% dos professores que atuam em uma escola por 40 horas ou mais por semana
também arranjam tempo para complementar a renda com outras atividades. Fonte: Folha Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário