Edição Bragança Júnior (MG4731JP) -
http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 12 de Agosto de 2016 – N
º 307
CÂMARA
BOTA PRESSÃO POR PATERNIDADE DE 20 DIAS
A extensão da licença-paternidade dos atuais
5 para 20 dias passou a ser possível para servidores públicos, após a sanção da
lei pela presidente Dilma (PT) em maio deste ano. No mesmo mês, o Sindicato dos
Educadores Municipais enviou pedido ao governo municipal para adequar o
benefício na Prefeitura. A solicitação foi parar na Procuradoria do Município
que informou ser possível a alteração em Uberaba, mas dependia de uma decisão
política do prefeito Paulo Piau (PMDB). Desde então, o prefeito não se
manifestou. Agora nesta semana os vereadores aprovaram a ampliação do benefício
por iniciativa própria. A medida bota pressão no prefeito, que terá que se
posicionar a favor ou contra a ampliação, que beneficia todos os servidores da
Prefeitura, em pleno período eleitoral. Na rede privada, a licença-paternidade
de 20 dias vale nas empresas que já adotam a licença maternidade de 180 dias. Segundo
especialistas da saúde, a medida beneficia muito o bem-estar da família e do
recém-nascido.
Vereador: Adislau é aprovado como candidato -
O presidente licenciado do Sindemu, Professor Adislau Leite foi aprovado como
candidato a vereador em convenção do Partido Comunista do Brasil. Nas próximas
semanas, o Educa.com pretende divulgar (em parceria com o Sindemu), a listagem
de todos os professores da rede municipal que estão se lançando candidatos a vereador
este ano. Também serão discutidos os programas e projetos da educação dos oito
candidatos a prefeito aprovados para a disputa de 2 de outubro.
EDITORIAL
Com musculatura menor, Piau e Lerin mantém favoritismo - Os candidatos e apoios anunciados até agora para a eleição de prefeito
em Uberaba já possibilitam fazer algumas análises e perspectivas. O prefeito
Paulo Piau (PMDB) cumpriu suas metas: recebeu apoio de vários partidos, dois
deputados (Tony Carlos e Marcos Montes), ex-prefeitos e parte dos vereadores.
No entanto, perdeu parte das forças da última eleição. Continua favorito, mas
perdeu musculatura. O deputado Lerin (PSB) ganhou apoios de partidos de peso,
um deputado (Aélton) e vários vereadores atuais. Constituiu-se na principal
força de oposição. No entanto, não reuniu (por agora) as demais lideranças
contrárias à situação. Ou seja, terá que disputar vaga para a final. Wagner Júnior
(PTC) surpreendeu. Obteve apoio de vários partidos, ganhando densidade e
chances reais de tentar a próxima etapa da disputa. Também surpreendente foi o
ex-prefeito Anderson. Na coligação com o PT (e um deputado: Adelmo) ampliou em
muito o tempo de TV, além de obter liminar judicial garantindo tempo para
turbinar a campanha da esposa Ângela Mayrink (PP). Espera-se que outros
candidatos contribuam, ao menos, com o debate. Caso a campanha continue focada
em candidatos e não nas propostas, o desfecho eleitoral será a tradicional
disputa de situação x oposição. Por isso, Piau e Lerin continuam favoritos, mas
não tanto quanto antes. Ainda assim, é bom lembrar que teremos um segundo turno
quase iniciando do zero, sem qualquer prognóstico ou perspectiva. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal
Expresso.
Universidades
federais devem ter corte de até 45% em 2017 – O
governo federal prevê cortar até 45% dos recursos previstos para
investimentos
nas universidades federais em 2017, na comparação com o orçamento deste ano. Já
o montante estimado para custeio deve ter queda de cerca de 18%. Segundo
cálculos de gestores, serão cerca de R$ 350 milhões a menos em investimentos
para as 63 federais – na comparação com os R$ 900 milhões previstos para o setor
neste ano. As instituições já vivem grave crise financeira, com redução de
programas, contratos e até dificuldades para pagar contas. A previsão de
recursos para 2017 foi publicada nesta semana no Sistema Integrado de
Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação (MEC) que
trata do orçamento. Os valores ainda podem passar por revisão. “É injustificável
a redução. Se esse corte for aprovado, teremos de reduzir muitos programas”,
diz Ângela Paiva, presidente da Andifes, a associação nacional dos dirigentes
das federais. Fonte: Estado de São Paulo
Renegociação de dívida dos Estados pode congelar salários –
Depois de muitas negociações e da obstrução firme dos movimentos sociais, da
CNTE, das centrais, da Frente Brasil Popular e de partidos de oposição ao
governo Temer (PMDB), a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta
(10) o texto base do Projeto de Lei Complementar 257/16, que trata da
renegociação das dívidas dos estados com a União. De acordo com a Secretária de
Organização da CNTE, Marilda de Abreu Araújo, apesar de ter sido retirado do
texto a restrição do reajuste dos salários dos servidores públicos por dois
anos, a manutenção do teto de gastos, se aprovado, resultará sim no
congelamento de salários e de investimentos dos estados. Fonte: CNTE
CONJUNTURA
g Metade
dos jovens depende de programas do governo para cursar universidade – Pesquisa apresentada pela
Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES) mostra que
50,5% dos jovens que pretendem ingressar em curso superior de universidade não
têm condições de pagar as mensalidades. Só 37,3% informou que poderia pagar as
mensalidades e 12,2% disseram que talvez tenham condições de pagar. Leia
g Escola
Sem Partido é o oposto de educação democrática – Em evento ocorrido no dia 9,
educadores condenaram o projeto por extinguir pluralidade em sala de aula e
criticaram a crescente privatização do ensino. Leia
g 'Discurso
é sedutor, mas flexibilização pode ser usada para eliminar direitos' – Para o novo presidente do TRT
de São Paulo, não há relação entre flexibilizar e criar empregos. Ele também
critica o projeto de terceirização e defende o papel da CLT nas relações do
trabalho. Leia
A
Previdência já tem idade mínima – Hoje a maioria das
aposentadorias do Brasil
foi obtida por idade: 65 para homens e 60 para mulheres, com 15 anos de
contribuição para o trabalhador urbano. E cinco anos a menos para os
trabalhadores rurais. A regra vale desde 1988. Esse modelo representa 53% do
total. Fora do país, há outros países com expectativa de vida maior que a nossa
que exigem a idade mínima de 65 anos para aposentadoria como por aqui. A
Constituição de 1988 também garantiu direitos especiais do trabalhador rural.
Foi um justo reconhecimento para uma parte importante da população que não pode
contar com direitos trabalhistas em história recente do país. A proposta do
governo Temer (PMDB) de indicar uma idade mínima (de 65 até 70 anos em breve) para
todos é uma injustiça com as mulheres e setores que foram prejudicados na
história econômica do Brasil. Também está sendo proposto o aumento no tempo de
contribuição dos atuais 15 para 25 anos na aposentadoria por idade. Isso pode fazer
com que muitos trabalhadores não consigam mais obter sua aposentadoria.
MPF pede indenização para professores indígenas demitidos – Depois de demitir 70 professores e na prática barrar o
acesso à educação diferenciada para a população indígena, a prefeitura de
Jacareacanga, cidade do sudoeste do Pará, está sendo processada pelo Ministério
Público Federal e pode ter que pagar indenização de R$ 10 milhões para a tribo
Munduruku. Já é a segunda vez que isso acontece. Em 2014, a prefeitura demitiu
profissionais sem aviso prévio e os Munduruku ficaram quase um ano e meio sem
professores. A justificativa é que os professores não teriam formação adequada
para atuar. A legislação determina que a educação diferenciada deva ser
exercida por professores indígenas pertencentes à mesma etnia dos alunos. Em
2014, a Justiça determinou que os profissionais fossem recontratados, mas a
decisão só foi cumprida em 2015, depois que a Prefeitura foi multada em R$ 330
mil. “O ato praticado pelo município constitui-se em ato ilícito passível de
reparação, pois implicou no enfraquecimento das características inatas ao povo
indígena”, diz o MPF. Fonte: Jornal GGN
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