Edição Bragança Júnior (MG4731JP) -
http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 08 de abril de 2017 – N
º 358
Mobilização
continua até julho
12º DIA: SUSPENSA A
GREVE NA REDE MUNICIPAL
A assembleia dos Educadores da rede municipal
de Uberaba decidiu suspender a greve após doze dias de mobilização. A categoria
conseguiu sair do reajuste 0% para algumas funções (ver abaixo), negociou a
reposição para todos os educadores e pressionou deputados federais (junto com a
rede estadual) contra a reforma da previdência. Os educadores também tiveram o
compromisso expresso da Prefeitura de continuidade das negociações no dia 18 de
julho, podendo neste período conceder incorporação de abonos e reajustes para
outras funções, conforme andamento das receitas municipais. Os educadores
aprovaram a manutenção do estado de greve e da mobilização até julho, inclusive
com participação na greve geral de 28 de abril. Os trabalhadores da rede
estadual também aprovaram a suspensão da greve que durou um mês e obteve
reajuste do piso do magistério. As aulas na rede municipal voltam no dia 10 e
na rede estadual dia 17. Na sexta, os educadores participaram ainda de ato na Porta
da PMU junto com servidores em greve.
EXTRATO COMPARATIVO DAS GREVES NA
REDE PÚBLICA
Itens e características
|
Rede Municipal
|
Rede Estadual
|
Nº de greves últimos 20 anos
|
1
|
Cerca de 12
|
Dias de greve de 2017
|
12
|
33
|
Maior índice de adesão
|
20%
|
80% (na cidade)
|
Conquistas
|
Abono de R$ 268 no salário das educadoras infantis
(manutenção); Abono de até 10,8% no valor da hora aula do professor classe 1
de R$ 9,60 para R$ 10,60 retroativo a janeiro; nova negociação em 18 de julho.
|
Reajuste de 7,64% nos salários referente ao piso
salarial em julho; 5% de Adicional de valorização da Educação Básica a ser
pago em maio inclusive com retroativo a janeiro; retroativos do piso
parcelados em 2018; novo concurso público este ano.
|
Desconto dos dias parados
|
Vai ocorrer. Será pago após a reposição
|
Não irá ocorrer se houver a reposição das
aulas.
|
Reposição das aulas
|
Para todos no mês de julho
|
A ser negociado nas escolas
|
Diário de Classe – Fomos corajosos e nos tornamos mais
respeitados! –
Nossa mobilização foi vitoriosa porque conseguimos construir uma greve após 28
anos na rede, com luta e mobilização intensa, apesar de todas as ações
contrárias ao movimento. Fomos corajosos, nos tornamos mais respeitados e conhecedor
dos nossos direitos. Temos clareza que ainda estamos longe do que nos propomos
conquistar, mas temos consciência de que a mobilização continua, inclusive com
nova negociação no dia 18 de julho. De antemão agradeço a todos do comando de
greve pelo brio e a toda a categoria que participou da mobilização aderindo,
incentivando ou apoiando das mais diversas formas. Sabemos que precisamos mais
do que nunca fortalecer nossa união. Professor
Adislau Leite
CONJUNTURA
g Saiba o que está por trás do suposto déficit nos Correios - Fechamento de agências e demissão de funcionários afetam qualidade do serviço e abrem caminho para venda da estatal. Leia.
g CNBB apoia sindicatos contra as reformas do
governo
– Representante da CNBB ressaltou a importância dos sindicatos e dos movimentos
sociais para a defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Leia.
Mobilização ‘nota
10’ encontra deputado e expõe malefícios –
Uma atividade conjunta dos educadores da rede Estadual e Municipal conseguiu um
encontro direto com o deputado Marcos Montes (PSD). A audiência foi obtida na
atividade do SindUte “Caça aos deputados” e mobilizou um grupo representativo
de quase 50 pessoas para dialogar com o deputado sobre os malefícios das
reformas da previdência e trabalhista. Representante da Arquidiocese fez um
apelo humanista ao deputado para que ele tenha um olhar para os mais pobres. A
representante da OAB descreveu as razões de inconstitucionalidade da lei e
solicitou a retirada de tramitação do projeto atual e construção de uma nova
reforma debatida com a sociedade. Vários sindicalistas manifestaram a
contrariedade com as mudanças e o quanto ela será prejudicial a todos os
trabalhadores. Professores em greve da rede estadual e municipal também
expressaram o ‘pesadelo’ da categoria com possíveis novas exigência da
aposentadoria. O deputado foi honesto em dizer que é a favor da reforma, mas
somente terá seu voto se houver mudanças no projeto. A atividade foi uma das
melhores na cidade luta contra as reformas do governo.
Teatro de Ilusões: Temer anunciar
flexibilização da reforma – A informação
de que o presidente Michel Temer recuou em relação a alguns itens da reforma da
Previdência foi interpretado pela CUT como um efeito da pressão popular sobre
os deputados. No entanto, ele não muda os pontos essenciais do projeto. Foram
anunciadas alterações em cinco itens: aposentadoria de trabalhadores rurais,
benefícios de prestação continuada (BPC), pensões, aposentadoria de professores
e policiais e regras de transição para o novo regime. A proposta de idade
mínima seria inegociável. Dirigentes da CUT consideram insuficientes as
medidas. As centrais sindicais preparam uma greve geral contra as reformas do
governo no próximo dia 28 de abril. Com
informações da CUT.
Anos iniciais: Rotatividade
de professores ainda é rotina nas escolas –
Segundo dados do INEP/2015, as escolas de Uberaba tiveram um tempo médio de
permanência de 2 a 2,5 anos dos professores durante um intervalo de 5 anos. A
rotatividade é ligeiramente maior na rede estadual. Nenhuma escola alcançou a
média alta de 3,5 anos em cinco computados.
GUIA DO PROFESSOR – Rede particular
Recesso escolar não é tempo de trabalho – No recesso
escolar não se pode exigir serviço do docente. Na educação infantil, o recesso
ocorre de 16 a 31 de julho e 24 a 31 de dezembro. O pré-vestibular, supletivos
e preparatórios, o recesso é de 16 de julho a 6 de agosto e 17 a 31 de janeiro.
Nos demais cursos livres e profissionais são 40 dias ao ano em dois períodos
iguais em julho e janeiro. Fonte: Sinpro Triângulo – Cláusulas da CCT.
BNCC ignora discussões feitas pela sociedade
– Além da retirada
pelo Ministério da
Educação dos termos “identidade de gênero” e “orientação sexual”, a terceira
versão da Base Nacional Comum Curricular entregue no dia 6 ao Conselho Nacional
de Educação (CNE) é um retrocesso em política e pensamento educacional no
Brasil. O documento apresentado não representa a reflexão de pesquisadores, movimentos
sociais e representantes das organizações educacionais que se debruçaram sobre
o tema ao longo dos últimos anos. “Esse BNCC não respeitou a consulta pública
que foi feita”, aponta a coordenadora da Secretaria-Geral da Contee, Madalena
Guasco Peixoto. Todas as observações, que haviam sido foram incorporadas na
segunda versão, foram retiradas agora. “Essa proposta apresentada foi
construída pelos grupos e fundações que atuam no MEC e que não possuem o mínimo
interesse em melhorar a qualidade da educação e, sim, em criar uma base que
produza a necessidade de insumos, plataformas e livros didáticos para que
ganhem dinheiro”, acrescenta Madalena, citando a participação de grupos como
Vanzolini, Lemann, etc. Fonte: Contee.
CONJUNTURA
g MEC antecipa alfabetização para 2º ano; veja as mudanças – A nova proposta do BNCC para o ensino fundamental tem alfabetização antecipada para os 7 anos, retirada do ensino religioso, inclui estudo de estatística e obrigatoriedade do inglês. Leia.
g Daniel Cara: Novo BNCC é prova do declínio do MEC – Forçar a
barra para a alfabetização precoce demonstra a incapacidade desse governo de
ler os avanços científicos em matéria de psicologia, pedagogia, didática e
neurociência. Leia.
g Freitas: Objetivo do novo BNCC é controlar tudo na
escola –
A Base Nacional Comum Curricular na política educacional do MEC tem a
finalidade de promover tanto o controle da aprendizagem dos estudantes, como
dos professores e da própria escola. Por um exemplo da versão é possível perceber
como os objetivos são planejados para fazer o rastreamento de desempenho de
professores, alunos e escolas. Leia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário