Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 24 de Fevereiro 2018 – N
º 401
CATEGORIA
QUER TAMBÉM MAIS 16% DE PERDAS SALARIAIS:
EDUCADORAS
APROVAM 7,13% DE REAJUSTE
As
educadoras Municipais aprovaram nesta sexta (23) em assembleia a proposta de
reajuste de 7,13% no salário da categoria. No entanto, serão solicitados também
outros 16% referentes às perdas de 2016 e 2017, quando a Prefeitura não cumpriu
a lei do piso. Para 2018, o MEC anunciou 6,81% no piso do magistério. A
valorização das pedagogas (ver abaixo), uma nova forma de pagamento - a tabela
única pela formação – e a solicitação de tíquete de R$ 650 também foram
aprovadas no encontro. As outras propostas da Prefeitura foram mantidas
conforme a assembleia anterior: Aprovadas a transformação da educadora infantil
em professora da educação infantil, a antecipação da retribuição ao cumprimento
de metas individuais e reposição salarial das diretoras. Rejeitadas a
transformação da remuneração do cargo de professor de horista para mensalista,
incorporação do DSR nos salários e reorganização da carga horária dos
professores da educação básica. A decisão da assembleia será comunicada oficialmente
à PMU no início da próxima semana. O Sindemu também irá se reunir com vereadores
de comissões de trabalho para informar as decisões.
Assembleia revela insatisfação das pedagogas – O grupo fez
depoimentos no encontro realizado no Cemea Boa Vista mostrando que está sendo
desrespeitado o percentual de 1/3 extraclasse, que há extrapolamento das
funções e jornada de trabalho, além do achatamento salarial. O grupo protestou
por não ser citado na proposta da Prefeitura e montou um requerimento de
valorização da categoria, aprovado na assembleia. As pedagogas solicitam o uma
nova tabela salarial com pagamento das coordenadoras pedagógicas e inspetoras
escolares pela formação acadêmica, observado a remuneração das Professoras da
Educação Básica (PEB) com formação superior. Também foi aprovado o pedido para
que a PMU siga fielmente as atribuições das coordenadoras pedagógicas previstas
no plano de carreira e a definição da carga horária com respeito ao 1/3 do
extraclasse, conforme a lei do piso do magistério.
Editorial
Povo na rua: A greve de 2017 mostra nova vitória! – Desde 2016,
o governo tinha pretensões de fazer a maior reforma já verificada na
aposentadoria dos trabalhadores. Com argumentos falsos e mentirosos, buscava-se
uma mudança que beneficia grupos privilegiados e deixava a conta para ser paga
para a maioria da população. A primeira proposta da reforma era a coisa mais esdrúxula
já apresentada no país. Ninguém duvidava de que o governo com todo o poder
sobre deputados e submisso aos interesses da elite empresarial/comunicação/financeira
e das grandes indústrias internacionais faria o que havia anunciado. Tinha até
data: março de 2017. A greve nacional dos professores, os movimentos sociais e
sindicais iniciaram um movimento que levou milhares de pessoas para as ruas contra
as medidas (e sem ajuda das TVs). Nem mesmo Uberaba se viu tanta mobilização
para um tema social. Esse movimento garantiu até agora (e seguirá até a
eleição) a mudança que impedirá que grande parte da população tenha direito a
uma aposentadoria. O novo adiamento da reforma por falta de votos pró-governo é
uma vitória sem precedentes para os trabalhadores. Mostra que a greve de 2017 e
todos os movimentos foram vitoriosos. Mas como em 2017, o governo foi obrigado
a alterar sua pauta. Antes para a reforma trabalhista e agora para a
eleitoreira (e perigosa) intervenção militar nas áreas pobres do Rio. A luta
permanece! Anízio Bragança Júnior
Vitória: Congresso recua e
suspende reforma da Previdência - O presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou
na segunda (19) a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à
Constituição (PEC) enquanto vigorar o decreto de intervenção federal na
segurança pública do Rio de Janeiro prevista até dezembro. A suspensão atinge
mais de 190 propostas em andamento na Casa, entre elas a reforma da
Previdência, que só pode ser feita por meio de uma PEC. “O mandamento
constitucional no Artigo 60, item 1º, determina que, em estado de sítio, em
estado de defesa ou em intervenção, nenhuma PEC poderá tramitar, portanto não
haverá mudança na Constituição”, ressaltou Eunício. Para o presidente da CUT,
Vagner Freitas, a decisão do presidente do Congresso é resultado da luta, da
garra de trabalhadores e trabalhadoras, que fizeram o enfrentamento, disputaram
a narrativa deixando claro que a proposta de Temer não é reforma é desmonte da
Previdência pública. Em Uberaba, o Fórum dos Trabalhadores promoveu
manifestação da Praça Rui Barbosa, no último dia 19 (foto). Fonte: CUT
Adilson Araújo: A mobilização e
resistência devem continuar - Nesta segunda (19), fruto de ampla mobilização, resistência, unidade e
luta, a classe trabalhadora alcançou importante vitória ao inviabilizar a
votação da proposta enviada pelo presidente ilegítimo Michel Temer de “reforma”
da Previdência Social. Mas, a luta deve seguir vigilante e resistente na
batalha contra a gestão neoliberal de Temer que vigora no Brasil de hoje. Nossa
mobilização não pode parar. A qualquer momento eles podem dar mais um golpe e
tentar aprovar o fim da Previdência Social Pública. Nesta luta, além da defesa
dos direitos, também é tarefa da classe trabalhadora a defesa e concepção de um
projeto de Brasil soberano e inclusivo. As ações já realizadas em 2018 revelam
a dimensão do embate que enfrentaremos este ano. E a nossa estratégia não deve
ter outro caminho senão o da reconstrução do país a partir da luta pela
retomada do crescimento, com valorização do trabalho e distribuição de renda. Adilson Araújo é presidente Nacional da CTB. Fonte: Contee
CONJUNTURA
g UNICAMP SEGUE UNB E CRIA DISCIPLINA
SOBRE GOLPE – Cada docente dará uma palestra no
curso em solidariedade ao professor Luís Felipe Miguel (UNB), que vem sendo
perseguido pelo ministro da Educação do governo Michel Temer, Mendonça Filho. Leia
g OFENSA À CIÊNCIA: ESPECIALISTA É
INTIMADO A DEPOR – O médico especialista em drogas
Elisaldo Carlini foi surpreendido por uma correspondência: ele era alvo de um
inquérito que investigava se havia feito apologia ao crime - sem especificar
qual - e que estava sendo intimado a depor para prestar esclarecimentos. Leia
Rede Estadual: Educadores paralisam e votam greve em
assembleia no dia 28
-
Trabalhadores da rede estadual realizam paralisação e assembleia na próxima
quarta (28) e podem aprovar greve por tempo indeterminado na categoria. De
acordo com a coordenadora do Sind-UTE em Uberaba, Maria Helena Gabriel, o
governador Fernando Pimentel (PT) havia combinado com a categoria o pagamento
do piso salarial, o que não aconteceu, não foi pago o valor relativo a 2017 e
provavelmente, não deverá pagar o de 2018. A categoria quer o cumprimento do
acordo, mas também reivindica atendimento de qualidade pelo Ipsemg, quitação do
13° salário e fim do parcelamento dos salários. A assembleia da categoria em
Belo Horizonte é aberta a toda a categoria e o transporte de Uberaba pra BH é
franqueado pela subsede do sindicato. Com
informações do Jornal da Manhã
NOTA
PÚBLICA DA CNTE: RESULTADOS PRELIMINARES DO CENSO ESCOLAR 2017
Ensino fundamental: Brasil diminui 11
mil escolas em 5 anos – Os dados sobre o ensino fundamental indicam que
houve uma queda substancial de escolas que oferecem alguma de suas etapas (anos
iniciais e anos finais) nos últimos 5 anos no Brasil: exatas 11.504 escolas
deixaram de ofertar essa etapa de ensino no país desde 2013. De 2016 para 2017,
o Brasil contou com menos 2.917 escolas a ofertar o ensino fundamental. Esse
dado é preocupante, pois associado a inúmeras denúncias de fechamento de escolas
em diversas regiões do país, que possuem demanda estudantil efetiva, demonstra
uma possível prática ilegal e inconstitucional do Estado brasileiro de promoção
da evasão escolar. Ou seja: o decréscimo das matrículas no ensino fundamental
pode não estar associado apenas à melhoria no fluxo escolar e na diminuição da
taxa de natalidade. É muito provável que as ações economicistas de fechamento
de escolas, levadas a cabo por estados e municípios, estejam promovendo uma
nova forma perversa de exclusão. A falta de infraestrutura nessa etapa de
ensino é mais estarrecedora do que na educação infantil: apenas 11,5% das
escolas de ensino fundamental no país dispõem de laboratório de ciências; menos
de um terço das que oferecem os anos iniciais do ensino fundamental dispõe de
parque infantil em suas dependências e quase 60% das escolas que oferecem essa
etapa de ensino não possuem rede de esgoto, sendo que a maioria dispõe apenas
de fossa. Fonte: CNTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário