sábado, 19 de maio de 2018

Educa.com- 19.05.2018 - Ipserv: Sindemu é contra desconto de 14%


Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 19 de Maio 2018N º 413
‘PMU REAJUSTOU SALÁRIOS EM 7,1% E AGORA QUER TIRAR 3%’
IPSERV: SINDEMU É CONTRA DESCONTO DE 14%

A direção do Instituto de Previdência Social dos Servidores do Município de Uberaba (Ipserv) esteve na sede do Sindemu esta semana para anunciar estudo do Instituto e da Prefeitura de Uberaba prevendo aumento de 11% para 14% nos salários dos educadores para a previdência social. O desconto maior seria aplicado para inibir problemas de Caixa do Instituto em longo prazo. A diretoria do Sindemu já antecipou a Wellington Gaia (presidente do Ipserv) que a categoria não concorda com a mudança. O Sindicato rechaça a majoração no desconto salarial porque acredita que a categoria já está penalizada com os baixos salários. “Depois de dois anos reajuste zero ou próximo desse índice, a Prefeitura reajustou os salários em 7,13% em 2018. Agora pretende – na prática - tirar 3% desse índice”, analisa o presidente do Sindemu, Bruno Ferreira. O Sindicalista lembra que a Prefeitura chegou a pagar 17% de contribuição e que este índice foi rebaixado para 11%. Além disso, há um período nos anos 90 que a PMU não fez nenhuma contribuição previdenciária. g AÇÃO CONJUNTA – As direções do Sindemu, SSPMU e Sindae se encontraram esta semana e decidiram enviar ofício à PMU manifestando contrariedade ao projeto, além de solicitar o texto que a PMU pretende enviar à Câmara Municipal e informações das mudanças. Também será solicitada reunião com comissões do Legislativo.   

PMU: ‘Supervisora vai para sala de aula só de vez em quando’O Sindemu pediu por ofício á Secretaria da Educação uma solução urgente para o desvio de funções que estavam sendo submetidas às supervisoras da rede municipal. A principal reclamação das coordenadoras pedagógicas era do desvio para a regência das salas de aula, situação que estava impedindo a realização das suas atribuições definidas pelo plano de carreira. Nesta semana, o Sindemu recebeu resposta da PMU, explicando que não é recorrente o envio de supervisoras nas salas de aula. Ou seja, isso estaria sendo feito somente de vez em quando nas escolas. No mesmo ofício, a Secretaria da Educação informa que enviou professoras adjuntas às escolas para evitar o problema. Para a diretoria do Sindemu, a substituição de professoras por coordenadoras pedagógicas não deve ocorrer em nenhum momento, pois não é uma atribuição de sua função.  

CONJUNTURA
g  28 MILHÕES QUEREM EMPREGO; 4 MILHÕES DESISTIRAM – Brasil tem número recorde de pessoas fora do mercado ou com jornada inferior à que gostariam. E o desalento aumentou. Os dados foram divulgados pelo IBGE no último dia 17. Leia
g RESISTÊNCIA: DIA DE LUTA CONTRA A LGBTFOBIA – No país mais transfóbico do mundo, população LGBT luta pelo reconhecimento da própria existência. Leia
g  POUCO A POUCO, TEMER MATA O FARMÁCIA POPULAR – O governo federal descredenciou 1.729 drogarias em todo o país do Programa Farmácia Popular. O número equivale a mais de 5% do total de 31 mil unidades. Leia

Sinpro fará ato pré-greve na porta da Uniube na segunda – Assembleia dos professores da rede privada realizada nesta sexta (18) aprovou a realização de atos que antecedem a possível greve da categoria nas escolas particulares. Os atos acontecem dia 21, segunda feira às 7h e 18h, em frente à Portaria principal da Uniube. Também foi encaminhada convocação de assembleia na terça feira, 22 às 18h com votação pela GREVE caso o patronal não aceite fazer um acordo sem a retirada de direitos da categoria. Nesta semana, a diretoria regional do Sinpro Minas denunciou na porta das escolas em Uberaba, o ataque aos direitos históricos dos professores na negociação salarial deste ano. Em carta aberta dirigida aos pais e alunos a diretoria do Sinpro aponta ação empresarial contra direitos da categoria: o aumento do trabalho extraclasse, alteração no quinquênio, retirada do recesso de final de ano, redução do período de férias, retirada de parte das bolsas de estudo, entre outros itens. A carta também alerta que as mensalidades foram reajustadas entre 6% e 12%, e a proposta de reajuste nos salários é de apenas 1,8%.

Sindicatos assinam convenções que desafiam a reforma – Na contramão da reforma trabalhista, o sindicato dos metroviários de São Paulo assegurou a preservação dos direitos dos trabalhadores na assinatura, em abril, da Convenção Coletiva da categoria. O Sindicato dos Professores do Estado de Minas (Sinpro Minas) também contrariou a reforma trabalhista e assinou no dia 14 a Convenção Coletiva de Trabalho sem perda de direitos. Desde a entrada em vigor da reforma trabalhista, os sindicatos tem enfrentado a resistência dos empregadores que na hora da negociação querem flexibilizar ou alterar a forma de contrato rebaixando direitos mínimos do trabalhador com base na nova lei. Sancionada por Michel Temer, a lei alterou mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho em prejuízo ao trabalhador. Em Minas, o Sinpro liderou 10 dias de greve para evitar a perda de, entre outros direitos históricos, do adicional extraclasse, adicional por tempo de serviço e também da extinção dos 15 minutos de descanso que o professor tem direito no recreio. O Sinpro assinou o acordo após 20 horas de Audiência de Mediação e Conciliação Pré-processual no Tribunal Regional do Trabalho. “É a coroação da vitória da resistência dos professores e professoras na garantia dos seus direitos. Conseguimos fechar a Convenção com Nenhum Direito a Menos”, comemorou Valéria Morato, presidenta do Sinpro. Fonte: Portal Vermelho

 

Editorial
Educação integral é a mais plena forma de resistência – A educação tecnicista e empresarial do passado está presente nos dias atuais com novas roupagens. Difícil para muitos perceberem que as intenções de formar para responder ENEM, preparar habilidades dos jovens para o “novo” mercado de trabalho ou produzir resultados estatísticos são missões ‘novas’ que o sistema tenta impor aos educadores. Que percebe essa tacada sabe que a maior de todas as resistências é promover uma educação integral. Os conteúdos têm de atender aos alunos e a comunidade escolar (e não ao sistema), sua vida presente (e não só o futuro) e ainda dar conta de sua realidade social. É preciso criar formas de atender a todos os alunos e não apenas aos melhores da cada sala. Em cada decisão pequena de uma aula ou avaliação, o educador se defronta com esse desafio. É preciso sair do casulo da disciplina e se envolver interdisciplinarmente, estabelecendo diálogo com os colegas da sala de aula, fazer trabalhos conjuntos e atividades que extrapolem as paredes da sala de aula e os muros da escola. É preciso entrelaçar conteúdos, cultura, temas sociais e acima de tudo – sentimentos. Não é simples, mas é desafiador para qualquer educador. Anízio Bragança Júnior, inspirado no modelo de curso realizado em Uberaba no último dia 18 pela Cemig com o tema “Eficiência energética”.

CONAPE: BH vai se transformar na capital da educação - Daqui a uma semana, Belo Horizonte se transformará na capital nacional da educação. É que no dia 24 de maio, próxima quinta-feira, terá início, na capital mineira, a Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), que, segundo o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), é “uma convocação à retomada da democracia no país e das vozes da sociedade civil organizada por meio dos movimentos sociais e das entidades educacionais; uma reafirmação do compromisso com uma educação verdadeiramente transformadora”. Começando com a marcha “Educação se constrói com democracia” e terminando, no dia 26, com a grande plenária que deliberará sobre o documento final, eventuais moções e, ainda, sobre o Manifesto da I Conape, serão três dias de debates, contribuições, reflexão e propostas para a educação brasileira. Diante de tantos ataques do governo golpista, incluindo a dissolução do Fórum Nacional de Educação (FNE) da sociedade e a inviabilização de uma Conferência Nacional de Educação (Conae) realmente democrática, o objetivo da Conape é reafirmar o compromisso com uma educação verdadeiramente transformadora, bem como organizar e manter a mobilização em torno da defesa do Plano Nacional de Educação (PNE). Fonte Agência Senado.

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