Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 26 de Maio 2018 – N
º 414
SINDEMU
PROVA INFRAÇÃO EM INQUÉRITO DA PROMOTORIA
EDUCADORAS:
700 PAGAMENTOS IRREGULARES
O Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba entregou provas do pagamento irregular de 699 educadoras infantis à Promotoria de Justiça de Minas Gerais. O inquérito aberto pelo Ministério Público com o número 701.17.001432-1 analisa infrações do Município no pagamento dos educadores contrariando a lei federal do piso salarial do magistério. Na audiência entre as partes há duas semanas, o Município alegou que paga o piso proporcional para os educadores quando se considera o Descanso Semana Remunerado (DSR). Nesta semana, o Sindemu protocolou resposta ao Ministério Público demonstrando que o fato de quase 700 educadoras infantis receberem “complementação do piso” em valores diferentes derruba argumentos do Município, já que as educadoras não têm direito ao Descanso Semanal. Segundo levantamento do Sindicato, os recursos para somar ilegalmente com ‘abono’ a proporcionalidade do piso chegam a R$ 154 mil mensais. Uma educadora infantil deveria receber no mínimo R$ 2.393 por 39 horas de trabalho semanais, mas os cinco níveis e classes da carreira recebem ilegalmente a complementação. As informações do Sindicato foram protocoladas mediante provas da prática ilegal. Para o Sindicato, além da infração contrária à lei, a manobra fere a inteligência do Plano de Cargos e Salários do Magistério.
Crise dos combustíveis
ameaça aulas na próxima semana – A greve dos
caminhoneiros nas rodovias do país deve levar à suspensão das aulas na próxima
semana. Por enquanto a rede estadual, a UFTM e algumas faculdades particulares
já anunciaram a suspensão das aulas até neste final de semana. No entanto, a
falta de combustíveis tende a levar a suspensão para as demais redes de ensino
(particular e municipal) em toda a região. Embora possa estar garantido parcialmente
o transporte escolar (Prefeitura), parte dos alunos depende do transporte
coletivo que já funciona com racionamento e de veículos particulares que não tem
onde abastecer nos próximos dias. Segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobrás,
a alta nos preços dos combustíveis – o motivo principal da greve dos
caminhoneiros - é proveniente da nova política de preços dos combustíveis
adotada pelo Petrobrás desde outubro de 2016. De acordo com a associação, foram
praticados preços mais altos para viabilizar a importação por concorrentes: “O
refino do petróleo diminuiu no Brasil, a exportação de petróleo cru disparou,
enquanto a importação de derivados bateu recorde. O diesel importado dos EUA
que em 2015 respondia por 41% do total, em 2017 superou 80% do total importado
pelo Brasil” diz a nota.
Editorial
Não se deve desviar o foco na política de preços
da Petrobrás!
– O governo Temer anunciou nesta semana um acordo com uma associação de
caminhoneiros para baixar apenas o preço do óleo diesel e o custo de R$ 5 bi seria
paga pela população. Ainda bem que a maioria dos caminhoneiros não seguiu e
manteve a greve. A maior parte da população aprova a greve porque quer a
diminuição do preço da gasolina e do álcool. Ou seja, a solução do governo é
ruim para a sociedade. A diminuição de impostos sem alterar a política
tributária, também, porque esses impostos alteram pouco nos preços e vão
significar corte de serviços da população feito por Estados e Municípios que já
sofrem com a crise. Na verdade, a grande mídia e a elite busca desviar o foco
do problema: o tucano Pedro Parente alterou a política de preços da Petrobrás
para atender os acionistas de valores da empresa e as concorrentes da
Petrobrás. O aumento pelo mercado internacional em dólar favorece os produtores
norte-americanos, os investidores do mercado financeiro de todo o mundo, os
importadores e distribuidores de capital privado no Brasil. Perderam os
consumidores brasileiros, a Petrobrás, a União e os estados, denuncia a
Associação de Engenheiros da Petrobrás (AEPET). Ou seja, a solução é mudar a
política de preços e reconstruir a Petrobrás para favorecer o Brasil e sua
população. Anízio Bragança Júnior.
Professores fazem greve histórica na rede particular de SP – 32 escolas da rede particular foram atingidas pela greve dos professores da rede particular de São Paulo no último dia 23. E nova paralisação foi aprovada em assembleia para terça (29) contra as ameaças à convenção coletiva da categoria. Cerca de mil educadores se reuniram na sede do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), e realizaram manifestação na Avenida Paulista. Também houve atos na porta de colégios como Bandeirantes, Móbile e Alberto Einstein. Na negociação da Campanha salarial este ano, os donos de escolas e faculdades abandonaram a mesa de negociação e recusaram propostas de conciliação feitas pelo Tribunal Regional do Trabalho. O Sindicato patronal propõe a retirada de uma série de direitos conquistados ao longo dos últimos 20 anos. Os professores defendem a manutenção de bolsa de estudos integral para até dois filhos, recesso de 30 dias, garantia semestral de salário, e são contra o parcelamento de férias. Fonte: Rede Brasil Atual
Iª CONAPE tem abertura pública com marcha e ato em BH
– Com marcha pelas ruas da região
Central e ato com mais de 5 mil pessoas, a Iª Conferência Nacional Popular de
Educação começou nesta quinta (25), em Belo Horizonte. O encontro reúne
educadoras, educadores e militantes de entidades comprometidos com a defesa e a
promoção do direito à educação pública, gratuita, laica e de qualidade para
todo cidadão e para toda cidadã. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), lideranças,
militantes sindicais e dos movimentos sociais e parlamentares participaram do
evento. Dilma repudiou o congelamento por 20 anos dos investimentos na
educação, com a aprovação da Emenda Constitucional 95, e denunciou as manobras
golpistas para privatizar o ensino universitário. O avanço da financeirização
da educação e a privatização do sistema público de educação também foram temas
principais do evento, que também lançou a campanha “Apagar o professor é apagar
o futuro”. Fonte: Contee
CONJUNTURA
g AJUSTE FISCAL: 20 MIL CRIANÇAS MORRERÃO ATÉ
2020 – O número foi calculado em um estudo
comandado pela Fundação Oswaldo Cruz sobre os efeitos do arrocho fiscal na vida
de dezenas de milhares de pequenos brasileiros. Leia
g FÓRUM
DENUNCIA: MEC AMEAÇA POLÍTICA DE INCLUSÃO – O Ministério da Educação
(MEC) anunciou que alterará Política Nacional de Educação Especial, retirando
justamente a perspectiva inclusiva. Leia
g UFTM
ABRE 190 VAGAS PARA PORTADORES DE DIPLOMAS – Edital aberto pela
Universidade Federal do Triângulo Mineiro permite que pessoas que já tenham
curso superior faça novo curso de graduação na instituição. Treze cursos
possuem vagas. Leia
Política de bônus do PSDB fracassa em São Paulo, diz
relatório- Uma reportagem
de Paulo Saldaña do Jornal Folha de São Paulo
demonstrou o fracasso da política
de bônus do PSDB para o Estado de São Paulo, implantada em 2008 e que consumiu
R$ 4,2 bilhões. O jornal usou a lei de acesso à informação e obteve os
relatórios técnicos internos da Secretaria de Educação do Estado examinando ao
longo deste tempo a implantação da meritocracia baseada em bônus por desempenho
para o professor. Os relatórios técnicos internos apontaram ao longo do tempo a
ineficiência da medida implantada. “Avaliações do próprio governo de São Paulo
indicam que o sistema de bônus por resultados na rede escolar, política central
de sucessivas gestões do PSDB, não promoveu melhorias no desempenho dos alunos
do estado”, aponta a reportagem. Embora o fracasso fosse relatado, os governos
sucessivos do mesmo partido não fizeram a suspensão do programa. A política de
bônus veio junto com a tentativa de se impor um padrão único de currículo para
a rede, juntamente com material didático – tal como se observa agora em nível
nacional, em sua estada no Ministério de Educação como Secretária Executiva e
formuladora da política oficial. Com
informações do blog do Freitas.
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