domingo, 16 de setembro de 2018

Educa.com - 16.09.2018 - Voto e vez só para compromissados


Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 16 de Setembro 2018N º 428

HORA DE OLHAR PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA E NOSSOS DIREITOS
VOTO E VOZ SÓ PARA OS COMPROMISSADOS
Em 2014, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee lançou a campanha “Voto, voz e vez para a educação”. Naquela ocasião, buscava-se a reinserção das propostas educacionais das entidades representativas dos professores, técnicos administrativos e estudantes, bem como do movimento social, na agenda da disputa. Estava próximo de concretizar o Plano Nacional da educação e em seguida o Sistema Nacional de Educação. Mas a maioria que foi para o Congresso era de empresários ou fazendeiros, ou representantes destes segmentos. Daí houve um golpe na presidente. E em vez da ampliação de recursos para a educação pública, até atingir 10% do PIB em 2024, o que se teve foi a Emenda Constitucional 95 e o congelamento dos investimentos públicos no Brasil por 20 anos. Em vez da destinação de 75% dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para o setor, o que se vê é o desmonte da Petrobras e a entrega das reservas aos interesses estrangeiros. Em vez de políticas de inclusão, o que está em pauta é regulamentação, via BNCC (BNCC), de uma reforma do ensino médio excludente e privatista. Em vez da valorização da docência o que se enfrenta é a reforma trabalhista, a desprofissionalização do magistério e sua perseguição e criminalização praticada por movimentos reacionários como o “Escola Sem Partido”. Nas eleições de 2018, mais uma vez somos convocados a buscar candidaturas que assumam compromissos com a educação pública, defendam nossas conquistas e revertam os retrocessos.


Salário atrasado: Sindemu acionou a justiça contra a PMU – O Sindicato dos Educadores do Município denunciou a Prefeitura de Uberaba pelo atraso no pagamento dos salários do funcionalismo. A ação foi protocolada em conjunto com Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU) no último dia 10. No mesmo dia circulou notícia de  pagamento dos salários no dia 13, o que realmente ocorreu. Os sindicatos, no entanto, não haviam recebido comunicado oficial sobre o tema. O presidente do Sindemu, Bruno Ferreira explica que a ação foi feita porque o sindicato sempre busca o bem estar dos trabalhadores em educação do município, independentemente da situação econômica do Estado e as diversas informações sobre repasses para a Prefeitura.

Editorial
Voto: A saída não é o mercado, mas o próprio Estado – Nos debates eleitorais de 2018, a bandeira do momento para a educação brasileira é a aposta nas técnicas e experiências do setor privado. Os sinais estão espalhados nas propostas de quase todos os candidatos: foco em eficiência na gestão, proposta de fornecer uma espécie de Prouni para creches e, no limite, a importação de modelos como vouchers e charter schools. A divergência básica entre uma e outra candidatura é apenas de intensidade. Alguns querem inserir mais. Outros, menos saídas privadas para o ensino público. O rumo, contudo, é similar: assumem como certo que o mercado é a solução para nossos problemas educacionais. O caminho que o país deveria trilhar para qualificar a educação e desenvolver o país, no entanto, vai no sentido contrário: o ensino básico deveria ser responsabilidade exclusiva do estado. O país deveria aumentar, e não reduzir, a participação do setor público no ensino fundamental e médio. O setor privado não pode ser mais que um artigo de luxo excepcional (como uma educação religiosa, por exemplo). Não pode ser a opção natural para os que desejam uma educação de qualidade no país. Esta visão publicista sempre foi argumento comum dos grandes pensadores do Brasil desde a Independência. O curioso é o seu apagamento da agenda política brasileira em 2018. Daniel Vargas e Tassia Cruz, no El País Brasil (Leia o artigo inteiro)

Temer quer Reforma da Previdência ainda em 2018 “Sem ela [a reforma da Previdência], não tem conversa”, afirmou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em entrevista ao Valor Econômico, no último dia 10, ao dizer que o projeto de reforma da Previdência Pública, que está no Congresso e acaba com a aposentadoria, precisa ser votado e aprovado em 2018. Segundo ele, as negociações com os deputados, senadores e com a presidência das Casas estão bem avançadas e sinalizam para a aprovação da matéria ainda este ano. Ao condenar as declarações do ministro, o presidente da CTB, Adilson Araújo afirmou: “O que Guardia chama de ‘gesto de grandeza de Temer’ eu chamo de golpe contra o direito a aposentadoria do nosso povo. Após tantos retrocessos, a sanha dos golpistas miram um direito elementar para a sobrevivência dos trabalharam ao longo de toda uma vida”. E emendou: “Se aprovada, essa proposta impactará mais de 4 mil municípios que entrarão em colapso financeiro se essa reforma passar. Reformar a Previdência é sentenciar à morte milhões e enterrar ainda mais o Brasil na crise política e econômica”. Fonte: Portal CTB
UFTM: Para Justiça federal não houve ilegalidades na eleição – A Justiça Federal de Uberaba mandou arquivar processo aberto para analisar denúncias de irregularidades na eleição movidas pela chapa 1, derrotada no processo eleitoral da instituição. A decisão da Justiça local de 10 de setembro, aponta que os fatos apontados não possuem todos os elementos legais para se constituir em um delito. A decisão aponta que foi acolhida a manifestação do Ministério Público Federal que sugeriu o arquivamento das denúncias por não se vislumbrar em irregularidades como apontou a chapa derrotada. Na última semana, o Conselho Superior da UFTM enviou pedidos de esclarecimentos ao Ministério da Educação sobre dúvidas levantadas pelo órgão quanto aos encaminhamentos da eleição.

CONJUNTURA
g STF NÃO APROVA DIREITO AO ENSINO DOMICILIAR – Por maioria, o Supremo Tribunal Federal (STF) não autorizou a possibilidade de que alunos possam ser educados em casa, sem a necessidade de frequentar a escola. Leia
g MISÉRIA SUBIU 33% EM QUATRO ANOS – Há hoje 23,3 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, com rendimentos abaixo de R$ 232 por mês; cerca de 11,2% da população. Leia
g INGLATERRA VOLTA A NACIONALIZAR ESTATAL PRIVATIZADA – Pioneira nas privatizações do serviço público, o Reino Unido promoveu, nos últimos dias, o controle estatal de uma prisão e uma ferrovia. A oposição trabalhista está pedindo a nacionalização das principais empresas de água, eletricidade, gás e ferrovias. As pesquisas indicam que mais de três quartos dos ingleses são a favor. Leia
g A TERCEIRIZAÇÃO É APENAS PARA REDUZIR SALÁRIO – “A terceirização não é para melhorar o serviço e é ruim para o consumidor do produto final, que perde em qualidade. Não consigo imaginar uma sociedade que vai dar certo com mão de obra desqualificada e precarizada”. Leia

Professores apontam dificuldades na implementação da BNCC - Professores e escolas não estão preparados para colocar em prática todos os pontos previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. É o que mostra o documento entregue pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), entidade que reúne os secretários estaduais de educação, ao Conselho Nacional de Educação (CNE). O documento é resultado de ação promovida no dia 2 de agosto, quando gestores e professores de 21,5% das escolas públicas e privadas que ofertam ensino médio no país debruçaram-se sobre a BNCC. Eles apontaram fragilidades na proposta e sugeriram mudanças. Os professores identificaram conteúdos que consideram muito complexos, que, para eles, deveriam ser aprendidos apenas no ensino superior, e mostraram também que as escolas precisarão de adequações e profissionais, de formação, para colocar em prática determinados pontos, sobretudo os que demandam o uso de tecnologias. A BNCC estabelece, por exemplo, que os estudantes aprendam a apresentar-se por meio de perfis variados, como gifs biográficos, biodata, currículo web e videocurrículo e de ferramentas digitais, como gif, wiki e site. Segundo os professores e gestores, o problema não é a habilidade, mas “a falta de recursos tecnológicos nas escolas públicas para desenvolvê-la”. Fonte: Agência Brasil

 


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