sábado, 8 de setembro de 2018

Educa.com - 08.09.2018 - Atraso nos salários chega ao Município


Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 08 de Setembro 2018N º 427
 
SINDEMU PEDE QUE PMU USE RECURSO PRÓPRIO PARA PAGAMENTO
ATRASO NOS SALÁRIOS CHEGA AO MUNICÍPIO
A Prefeitura de Uberaba está anunciando publicamente que não terá condições de fazer o pagamento dos salários dos servidores até o quinto dia útil. A possibilidade já havia sido relatada à direção do Sindemu e demais sindicatos dos servidores pelo Secretário Municipal de Finanças, Wellington Fontes, em reunião realizada esta semana. A justificativa seria os atrasos de repasses do governo estadual. Por conta dos atrasos, a dívida junto ao Município seria da ordem de RS 81 milhões, dos quais 25% seriam relativos ao Fundeb. No encontro o Sindemu solicitou que a Prefeitura use recursos próprios para o pagamento dos salários. Mas a PMU alega que a verba do Fundeb atrasada – por ser “carimbada” - não possa ser utilizada para repor outra despesa que iria cobrir os salários dos educadores. A diretoria do Sindemu insiste na cobertura com recursos próprios, pois acredita que o Tribunal de Contas – já questionado, vai permitir a transferência por conta da crise. E principalmente, por evitar prejuízos à categoria. Centenas de Municípios de vários estados tem noticiado atrasos nos salários e redução de despesas pela queda na arrecadação de tributos.
CNTE repudia manipulação da figura professor em novela – A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa dos profissionais do setor público da educação básica brasileira, REPUDIA de forma veemente a tentativa de manipulação da opinião pública brasileira contra a imagem dos/as professores/as. Em capítulo exibido no último dia 01 de setembro, a novela global “O Tempo Não Para”, que ocupa a grade de programação da emissora no horário das 19h, personagens da trama travam um diálogo que sugere, explicitamente, que a culpa e responsabilidade da atual situação da educação pública brasileira é do direito de greve do/a trabalhador/a e de sua forma de contratação por meio de concursos públicos. O diálogo entre as personagens da novela flerta com as possibilidades de contratação de servidores públicos sem mais a necessidade de concurso público, muito em decorrência da aprovação recente da terceirização ilimitada e da reforma trabalhista. Esse aparente inocente diálogo em uma obra de ficção esconde a intenção de uma emissora de televisão a manipular a opinião pública a favor de um projeto político defendido pela empresa, que trata a educação como mercadoria. Está chegando o momento de regular essa distorção em nossa democracia. Fonte: CNTE  

CONJUNTURA
g 7 DE SETEMBRO: GRITO DOS EXCLUÍDOS DÁ VOZ AO POVO – Nas ruas desde 1995, o Grito dos Excluídos tem como objetivo promover a data para um debate sobre a construção de uma nação mais democrática e menos desigual. Leia
g PACOTE DO VENENO BENEFICIA MINISTRO DA AGRICULTURA – Empresário do agronegócio, Ministro de Temer controla todos os elos da cadeia agrícola industrial, dos insumos à exportação – daí o interesse no pacote, que afeta positivamente seus lucros. Leia
g UFTM PROMOVE CURSO EDUCAÇÃO POPULAR PAULO FREIRE– Serão 16h presenciais (sábados pela manhã) e 14h à distância, voltados aos educadores (principalmente do EJA). Inscrições gratuitas até 19 de setembro. Mais informações aqui.

Terceirização irrestrita deve atingir serviço público – Após a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF), na última semana, da terceirização irrestrita de trabalhadores para atividades-fim nas empresas, como propôs o governo Temer, especialistas afirmam que a medida deverá levar a contratações sem concurso público, especialmente de profissionais de educação, saúde e cultura. É o que alerta, por exemplo, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Sérgio Antiqueira. "Os professores estão na ponta da lista da ameaça, porque já tem o interesse de empresas entrar nos municípios, trazendo apostilas, então há o interesse em substituir os professores", diz o sindicalista. Segundo o Dieese, os terceirizados ganham em média 25% menos, se acidentam 60% mais e trabalham 12 horas a mais por mês. A rotatividade da mão de obra também é o dobro da registrada em relação ao contratado direto. Por todos esses fatores, a terceirização não significa melhora para os trabalhadores e nem para o serviço público."Num cenário de redução dos gastos públicos, por conta dos limites orçamentários da Emenda Constitucional (EC) 95, a gente avalia que os estados vão usar esse instrumento de poder ampliar a terceirização do serviço público para reduzir os seus custos, explica Adriana Marcolino, socióloga e técnica do Dieese. Fonte: Rede Brasil Atual
Fim dos concursos irá prejudicar aposentadorias – Especialistas alertam que a terceirização pode acabar com os concursos públicos e a substituição pelos terceirizados vai inviabilizar a aposentadoria dos atuais servidores. "A Previdência do servidor o governo trata como um problema do servidor, não de gestão da prefeitura (e demais instâncias do poder público). Você reduz a contribuição, já que não tem mais o trabalhador direto, que contribui para a Previdência", diz Sérgio Antiqueira, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep). A terceirização também pode trazer problemas para a previdência dos trabalhadores do setor privado. Os salários menores vão fazer a arrecadação cair. Além disso, os trabalhadores que precisarem abrir empresas – tornando-se pessoas jurídicas (PJs) para terem seus serviços contratados – podem nem contribuir com a Previdência. Como não há mais recursos judiciais para impedir a terceirização total, os trabalhadores afirmam que a única forma de reverter esse retrocesso é a revogação da lei, na próxima Legislatura a ser eleita em outubro. "Nós temos que discutir quem são os candidatos que propõem a reversão da reforma trabalhista e a lei de terceirização", diz o representante dos servidores. Fonte: Rede Brasil Atual

Editorial
Voto: Congelamento de gastos e petróleo impactam educação – Em dezembro de 2016, a Emenda Constitucional (95) foi aprovada no Congresso Nacional, instituindo um novo regime fiscal no país que congelou, na prática, os recursos para a educação por 20 anos. A emenda determina que o valor máximo de gastos públicos em educação, saúde e assistência social será condicionado ao valor investido no ano anterior, corrigido apenas pela inflação, tomando por base o ano de 2016. O novo regime fiscal dificulta o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, dentre as quais: expansão de matrículas e ampliação progressiva da obrigatoriedade da educação básica; redução do analfabetismo; melhoria da qualidade educacional; formação de professoras/es e a implementação do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi), mecanismo criado pela Campanha Nacional que estabelece parâmetros para um gasto público adequado, de maneira que todas as escolas do país ofereçam uma educação pública de qualidade. Além disso, no final de 2016, o governo de Michel Temer abriu ao capital estrangeiro a exploração do pré-sal, que antes era exclusiva da Petrobras. Essa decisão também impacta negativamente a educação do país, pois significa a redução da arrecadação de royalties pela exploração do petróleo nacional, que deveriam ser destinados aos setores educação e saúde, segundo a Lei dos Royalties do Petróleo (Lei 12.585 / 2013). Neste cenário, Organizações da América Latina e do Caribe - entre elas a Campanha Nacional pelo Direito à Educação – estão solicitando aos Estados do G20, que pela primeira vez discutem a agenda de educação, que garantam orçamentos sustentáveis e suficientes para o fortalecimento de sistemas de educação públicos, gratuitos e inclusivos. Fonte: Campanha Nacional pelo Direito à Educação

85 entidades contra o congelamento de gastos por 20 anos - O Ministério da Educação (MEC) sofreu um contingenciamento de R$ 4,3 bilhões. A Emenda Constitucional 95 inviabiliza completamente a implementação do Plano Nacional de Educação (Lei. 13.005/2014), que estabelece metas e estratégias para o Brasil avançar nos próximos anos na oferta de uma educação pública de qualidade, da educação infantil ao ensino superior. Esse é um dos motivos que levaram a organizações de sociedade civil, conselhos nacionais de direitos, instituições acadêmicas, entidades sindicais e movimentos sociais lançaram nesta semana um documento político cobrando posicionamento das candidatas e dos candidatos aos Poderes Executivo e Legislativo sobre a revogação da Emenda Constitucional 95 (EC 95 – Congelamento de gastos por 20 anos). A Iniciativa intersetorial é promovida pela Coalizão Anti-austeridade e pela Revogação da Emenda Constitucional 95 - articulação impulsionada pela Plataforma DHESCA (Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais) - e é responsável pela Campanha Direitos Valem Mais, Não aos Cortes Sociais. Comprometida com a democratização do debate sobre política econômica, a Campanha visa somar forças políticas pela revogação da Emenda Constitucional 95; pela retomada dos investimentos públicos em políticas sociais, culturais e ambientais; e por uma ampla reforma tributária progressiva no país. Fonte: www.direitosvalemmais.org.br

 

 

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