Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 08 de Dezembro 2018 – N
º 439
PMU
ENTREGA AO SINDEMU ANTEPROJETO PARA ANÁLISE
AVANÇA MUDANÇA DAS
EDUCADORAS INFANTIS
A mudança no cargo de “Educadora
Infantil” para “Professora da Educação Infantil” finalmente avançou na rede
municipal. Neste semana em reunião com a diretoria do Sindicato dos Educadores
do Município, a Secretaria fez a entrega da proposta (anteprojeto) que altera o
plano de carreira das educadoras infantis. Ao mudar a nomenclatura para “professora
da Educação Infantil” o cargo terá jornada de trabalho reduzido de 39h para
37,5 horas semanais (ou 30 minutos por dia). A medida foi sugerida pela
Prefeitura e aprovada pela categoria há um ano em assembleia. E desde então, o
Sindemu cobrava sistematicamente o encaminhamento da alteração. O Sindicato vai
fazer a análise jurídica e aplicada da proposta e remeter de volta à Secretaria
antes dela ser enviada para a Câmara Municipal. A mudança na carreira – como foi
feita na demais - permitirá contestação individual das educadoras concursadas
que não quiserem a transformação. ENXUGAMENTO – A Secretaria
da Educação explicou ao Sindemu que as educadoras muncipais temporárias que
estão sendo dispensadas de são todas as de final de 4 anos de contrato e que
teriam que ficar sem renovar contrato por seis meses (“quarentena” exigida pela
lei).
Sindemu denuncia assédio
moral na Educação Infantil – A diretoria do Sindemu esteve
nesta semana no Departamento de Educação Infantil da Secretaria da Educação. Na
pauta, o assédio moral nos Centros de Educação Infantil (Cemeis), unidades onde
há as maiores reclamações que chegam até o Sindicato. Além de expor as
reclamações, a diretoria do Sindicato insistiu para que o Departamento orientasse
as gestões das unidades que “não usem a avaliação de desempenho como armas para
pressionar as educadoras”.
Pauta: Educadores querem critérios para atribuição de aulas – A assembleia dos Educadores Municipais realizada no último dia 6
aprovou a pauta de reivindicações da categoria para a campanha salarial 2019. O
texto a ser levado à administração irá solicitar o piso integral do magistério
para 27 horas aula ou ao menos seu pagamento proporcional (sem complementos). A
categoria também aprovou a equiparação do tíquete alimentação ao setor
administrativo e sua correção inflacionária dos últimos anos. A categoria
também quer que sejam usados critérios objetivos para atribuições de aulas
excedentes e o fim de critérios subjetivos (pessoais) pelos diretores escolares
para colocar professores à disposição (fora da escola). A pauta aprovada também
consta o cumprimento das regras de metragem e alunos por sala e redução de
jornada para educadores que tenham filhos deficientes.
Nota da CTB: ‘Servidores não podem pagar o pato’ – A Comissão de Servidores Públicos da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) em Minas se reuniu no último dia 6 e avaliou como complexa a atual situação de trabalho e pagamento de salários e 13º dos servidores municipais e estadual de todo o Estado. A equipe, que tem entre seus integrantes o diretor social do Sindemu, o professor Adislau Leite, emitiu uma nota em nome da CTB de apoio e solidariedade aos servdiores públicos de Minas Gerais. O texto ressalta a importância do Servidor Público para a qualidade dos serviços prestados à população, manifesta apoio à luta dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público de Minas e exige seriedade dos governantes para priorizar o pagamento em dia e o 13º salário no prazo legal. A nota também pede respeito à estabilidade dos servidores, plano de carreira, concursos e manifesta contrariedade à terceirização das atividades públicas. A nota está disponível no blog da CTB MG
Debate no
Sinpro: 70 anos da Declaração de Direitos Humanos – A
comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos será tema
de uma roda de conversa nesta segunda (10) às 19h, promovida pela regional do
Sinpro em Uberaba. Os professores Renato Muniz Barreto e Orlando Pereira Coelho
Filho serão os debatedores do tema. O evento também é uma homenagem aos cem
anos do nascimento do saudoso Monsenhor Juvenal Arduini, cuja trajetória foi de
defesa universal dos direitos da pessoa humana. A sede do Sinpro Minas é na rua
Álfem Paixão, 105 – Uberaba.
CONJUNTURA
g ENEM:
1 QUESTÃO NÃO FAZ NINGUÉM VIRAR HOMOSSEXUAL– “É não compreender a natureza
da prova e não entender que pedir para o jovem que ele identifique as
características de um dialeto como uma identidade linguística de um pequeno
grupo e, sem querer, foi o grupo LGBTI, não vai fazer ninguém virar homossexual",
diz uma das formuladoras da prova. Leia
g 55% DAS ESCOLAS BRASILEIRA NÃO TÊM
BIBLIOTECA –
Das 180 mil escolas brasileiras, 98 mil ou 55% não têm biblioteca escolar ou
sala de leitura. Os dados são do Inep e foram apresentados pelo
coordenador-geral dos Programas do Livro do FNDE, Lauri Cericato, em audiência
pública na Câmara dos Deputados. Leia
g 23% DOS JOVENS NÃO TRABALHAM NEM
ESTUDAM –
Pesquisa do IPEA na América Latina destaca, no entanto, que não se trata de
acomodação, mas sim falta de oportunidades. Leia
IBGE: Cresce a pobreza extrema e informalidade no Brasil – O país viu aumentar a pobreza em 2017, já no governo Temer, atingindo 26,5% da população, ou 54,8 milhões de pessoas, 2 milhões a mais do que no ano anterior, segundo o IBGE. E o total de pessoas na extrema pobreza chegou a 15,2 milhões (6,6%), ante 13,5 milhões em 2016 – esse dado considera a linha estabelecida pelo Banco Mundial, incluindo quem tem renda inferior a US$ 1,90 por dia, ou R$ 140 por mês. Esse contingente só não cresceu na região Norte. Já a linha de pobreza do Banco Mundial considera rendimentos de até US$ 5,5 por dia, ou R$ 406 por mês. Ainda segundo o IBGE, a proporção de crianças e adolescentes (até 14 anos) abaixo da linha de pobreza subiu de 42,9% para 43,4%. g MULHERES, NEGROS E PARDOS - Entre negros ou pardos, 13,6% estavam entre os 10% da população com os menores rendimentos. No outro extremo, porém, apenas 4,7% deles estavam entre os 10% com maiores rendimentos. Já entre os brancos, 5,5% integravam os 10% com menores rendimentos e 16,4% os 10% com maiores rendimentos. Fonte: Rede Brasil Atual
CONTEXTO
Professor pedreiro,
vendedor, ‘uber’. O problema é ideologia? – Mônica Manir publicou na “Folha”, reportagem
que faria corar o futuro Ministro da Educação, que sustenta que o “globalismo
marxista” é o maior problema da educação brasileira. Isto é, se aquele cidadão
pudesse corar ainda, depois do que diz. Ele mostra personagens de um magistério
abandonado, entregue a remunerações deprimentes, tendo que se desdobrar em
“bicos”, “biscates” e trabalho exaustivo para sustentarem suas famílias. Conta
a história de Cícero Ferreira de Lima, que dá aulas de educação física, mas
assenta pisos e azulejos, faz chapisco de paredes, rebocos e outros serviços da
arte de ser pedreiro, que aprendeu com o pai. Também a da mulher, Daiane, que
sustenta com venda de bananas fritas o curso de doutorado em Linguística
Teórico-Descritiva na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Quase todo
colega meu da escola pública faz alguma coisa por fora, vende cosméticos,
lingerie, dá aula particular de violão ou de pintura”, diz. Também está no
relato o “jeitinho” do professor de Matemática e Física Alexandre Gonçalo
Santana, que se divide entre aulas e o volante de um “Uber”. É a realidade de
30% dos professores, segundo estudos apresentados no texto. Sem contar, é
claro, aqueles que se desdobram em dois ou mais empregos de professor,
realidade de grande parte do magistério, o que sei de casa, ainda menino. A
meta de igualar o salário do magistério ao de outras profissões, entretanto,
avança da pior forma: não porque os vencimentos dos professores aumentem, mas
porque o dos outros profissionais está diminuindo. É uma vergonha, diante disso,
que o homem que vai comandar a Educação só abra a boca para dizer que irá para
o cargo com “a faca nos dentes”, para lutar contra o “marxismo” que dominaria
as escolas brasileiras. Não é só coisa de gente burra, é coisa de gente má.
Fernando Brito, no site Tijolaço
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