sábado, 8 de dezembro de 2018

Educa.com - 08.12.2018 - Avança mudança das Educadoras Infantis


Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 08 de Dezembro 2018N º 439

PMU ENTREGA AO SINDEMU ANTEPROJETO PARA ANÁLISE
AVANÇA MUDANÇA DAS EDUCADORAS INFANTIS
A mudança no cargo de “Educadora Infantil” para “Professora da Educação Infantil” finalmente avançou na rede municipal. Neste semana em reunião com a diretoria do Sindicato dos Educadores do Município, a Secretaria fez a entrega da proposta (anteprojeto) que altera o plano de carreira das educadoras infantis. Ao mudar a nomenclatura para “professora da Educação Infantil” o cargo terá jornada de trabalho reduzido de 39h para 37,5 horas semanais (ou 30 minutos por dia). A medida foi sugerida pela Prefeitura e aprovada pela categoria há um ano em assembleia. E desde então, o Sindemu cobrava sistematicamente o encaminhamento da alteração. O Sindicato vai fazer a análise jurídica e aplicada da proposta e remeter de volta à Secretaria antes dela ser enviada para a Câmara Municipal. A mudança na carreira – como foi feita na demais - permitirá contestação individual das educadoras concursadas que não quiserem a transformação. ENXUGAMENTO – A Secretaria da Educação explicou ao Sindemu que as educadoras muncipais temporárias que estão sendo dispensadas de são todas as de final de 4 anos de contrato e que teriam que ficar sem renovar contrato por seis meses (“quarentena” exigida pela lei).
Sindemu denuncia assédio moral na Educação Infantil A diretoria do Sindemu esteve nesta semana no Departamento de Educação Infantil da Secretaria da Educação. Na pauta, o assédio moral nos Centros de Educação Infantil (Cemeis), unidades onde há as maiores reclamações que chegam até o Sindicato. Além de expor as reclamações, a diretoria do Sindicato insistiu para que o Departamento orientasse as gestões das unidades que “não usem a avaliação de desempenho como armas para pressionar as educadoras”.

Pauta: Educadores querem critérios para atribuição de aulas A assembleia dos Educadores Municipais realizada no último dia 6 aprovou a pauta de reivindicações da categoria para a campanha salarial 2019. O texto a ser levado à administração irá solicitar o piso integral do magistério para 27 horas aula ou ao menos seu pagamento proporcional (sem complementos). A categoria também aprovou a equiparação do tíquete alimentação ao setor administrativo e sua correção inflacionária dos últimos anos. A categoria também quer que sejam usados critérios objetivos para atribuições de aulas excedentes e o fim de critérios subjetivos (pessoais) pelos diretores escolares para colocar professores à disposição (fora da escola). A pauta aprovada também consta o cumprimento das regras de metragem e alunos por sala e redução de jornada para educadores que tenham filhos deficientes.

Nota da CTB: ‘Servidores não podem pagar o pato’ – A Comissão de Servidores Públicos da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) em Minas se reuniu no último dia 6 e avaliou como complexa a atual situação de trabalho e pagamento de salários e 13º dos servidores municipais e estadual de todo o Estado. A equipe, que tem entre seus integrantes o diretor social do Sindemu, o professor Adislau Leite, emitiu uma nota em nome da CTB de apoio e solidariedade aos servdiores públicos de Minas Gerais. O texto ressalta a importância do Servidor Público para a qualidade dos serviços prestados à população, manifesta apoio à luta dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público de Minas e exige seriedade dos governantes para priorizar o pagamento em dia e o 13º salário no prazo legal. A nota também pede respeito à estabilidade dos servidores, plano de carreira, concursos e manifesta contrariedade à terceirização das atividades públicas. A nota está disponível no blog da CTB MG

 

Debate no Sinpro: 70 anos da Declaração de Direitos Humanos A comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos será tema de uma roda de conversa nesta segunda (10) às 19h, promovida pela regional do Sinpro em Uberaba. Os professores Renato Muniz Barreto e Orlando Pereira Coelho Filho serão os debatedores do tema. O evento também é uma homenagem aos cem anos do nascimento do saudoso Monsenhor Juvenal Arduini, cuja trajetória foi de defesa universal dos direitos da pessoa humana. A sede do Sinpro Minas é na rua Álfem Paixão, 105 – Uberaba.

CONJUNTURA
g ENEM: 1 QUESTÃO NÃO FAZ NINGUÉM VIRAR HOMOSSEXUAL– “É não compreender a natureza da prova e não entender que pedir para o jovem que ele identifique as características de um dialeto como uma identidade linguística de um pequeno grupo e, sem querer, foi o grupo LGBTI, não vai fazer ninguém virar homossexual", diz uma das formuladoras da prova. Leia
g  55% DAS ESCOLAS BRASILEIRA NÃO TÊM BIBLIOTECA – Das 180 mil escolas brasileiras, 98 mil ou 55% não têm biblioteca escolar ou sala de leitura. Os dados são do Inep e foram apresentados pelo coordenador-geral dos Programas do Livro do FNDE, Lauri Cericato, em audiência pública na Câmara dos Deputados. Leia
g  23% DOS JOVENS NÃO TRABALHAM NEM ESTUDAM – Pesquisa do IPEA na América Latina destaca, no entanto, que não se trata de acomodação, mas sim falta de oportunidades. Leia

IBGE: Cresce a pobreza  extrema e informalidade no BrasilO país viu aumentar a pobreza em 2017, já no governo Temer, atingindo 26,5% da população, ou 54,8 milhões de pessoas, 2 milhões a mais do que no ano anterior, segundo o IBGE. E o total de pessoas na extrema pobreza chegou a 15,2 milhões (6,6%), ante 13,5 milhões em 2016 – esse dado considera a linha estabelecida pelo Banco Mundial, incluindo quem tem renda inferior a US$ 1,90 por dia, ou R$ 140 por mês. Esse contingente só não cresceu na região Norte. Já a linha de pobreza do Banco Mundial considera rendimentos de até US$ 5,5 por dia, ou R$ 406 por mês. Ainda segundo o IBGE, a proporção de crianças e adolescentes (até 14 anos) abaixo da linha de pobreza subiu de 42,9% para 43,4%. g MULHERES, NEGROS E PARDOS - Entre negros ou pardos, 13,6% estavam entre os 10% da população com os menores rendimentos. No outro extremo, porém, apenas 4,7% deles estavam entre os 10% com maiores rendimentos. Já entre os brancos, 5,5% integravam os 10% com menores rendimentos e 16,4% os 10% com maiores rendimentos. Fonte: Rede Brasil Atual

 

CONTEXTO
Professor pedreiro, vendedor, ‘uber’. O problema é ideologia? Mônica Manir publicou na “Folha”, reportagem que faria corar o futuro Ministro da Educação, que sustenta que o “globalismo marxista” é o maior problema da educação brasileira. Isto é, se aquele cidadão pudesse corar ainda, depois do que diz. Ele mostra personagens de um magistério abandonado, entregue a remunerações deprimentes, tendo que se desdobrar em “bicos”, “biscates” e trabalho exaustivo para sustentarem suas famílias. Conta a história de Cícero Ferreira de Lima, que dá aulas de educação física, mas assenta pisos e azulejos, faz chapisco de paredes, rebocos e outros serviços da arte de ser pedreiro, que aprendeu com o pai. Também a da mulher, Daiane, que sustenta com venda de bananas fritas o curso de doutorado em Linguística Teórico-Descritiva na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Quase todo colega meu da escola pública faz alguma coisa por fora, vende cosméticos, lingerie, dá aula particular de violão ou de pintura”, diz. Também está no relato o “jeitinho” do professor de Matemática e Física Alexandre Gonçalo Santana, que se divide entre aulas e o volante de um “Uber”. É a realidade de 30% dos professores, segundo estudos apresentados no texto. Sem contar, é claro, aqueles que se desdobram em dois ou mais empregos de professor, realidade de grande parte do magistério, o que sei de casa, ainda menino. A meta de igualar o salário do magistério ao de outras profissões, entretanto, avança da pior forma: não porque os vencimentos dos professores aumentem, mas porque o dos outros profissionais está diminuindo. É uma vergonha, diante disso, que o homem que vai comandar a Educação só abra a boca para dizer que irá para o cargo com “a faca nos dentes”, para lutar contra o “marxismo” que dominaria as escolas brasileiras. Não é só coisa de gente burra, é coisa de gente má. Fernando Brito, no site Tijolaço

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