sábado, 2 de novembro de 2019

Educa.com - 02.11.2019 - Plano de atendmento 2020: Estado prepara megaenxugamento na rede


 Edição: Bragança Júnior (MG4731JP)
Uberaba, 02 de novembro de 2019 – Nº 481
 
A PREVISÃO É DE FECHAMENTO DE TURMAS E DEMISSÕES
PLANO DE ATENDIMENTO 2020: ESTADO PREPARA MEGAENXUGAMENTO NA REDE
O governo de Minas começou a divulgar nos últimos dias como cada escola estadual vai funcionar em 2020: o “Plano de atendimento”. Não há dados sistematizados, mas as primeiras informações apontam para um megaenxugamento na rede estadual de ensino. O SindUTE está denunciando o sistema. Em Uberaba, cinco escolas não vão abrir matrículas para os alunos do 1º ano do ensino fundamental, o que na avaliação do sindicato é uma forma de transferir alunos para o Município. No Estado, já há informação do fechamento de duas escolas (uma em Patos de Minas e outra em Ouro Fino). O plano de atendimento e o luta pelo Piso do Magistério são os dois principais temas da paralisação marcada para a próxima quarta (6). Alterado esse ano, com tudo vindo pronto de Belo Horizonte, o mecanismo quase não permite modificações. Antes, o plano de atendimento partia de um diálogo da escola com a Superintendência Regional. Neste ano, as escolas da região estão tomando susto ao ver sua programação em 2020, principalmente com a redução de salas de aula de um ano para outro, o que irá gerar demissões de funcionários. Está se criando um temor nos gestores de escolas de que nesse ritmo algumas unidades deixem de existir nos próximos anos. Em Uberaba, pelo menos uma escola deve passar pelo processo de fusão já em 2020. Outro temor na rede é que um atraso nas matrículas do Estado possa levar as famílias a transferir os filhos para o Município, agravando a situação de fechamento de salas e demissões nas escolas estaduais.


Análise: Estado usa dados para controle de escolas e economia  Após dois anos de testes, o diário eletrônico das rede estadual tornou-se o principal instrumento de leitura e controle absoluto de dados de cada escola pelo governo estadual. Quinzenalmente, a Secretaria Estadual determina às escolas a cobrança dos professores para a inserção de dados de presença e notas, além de envio do nome de alunos faltosos para o Conselho Tutelar (já começa a aparecer reclamações do órgão da quantidade de casos de alunos encaminhados) e sua retirada provisória das listas. Esse controle foi o principal mecanismo para a determinação de fechamento de 225 salas de aula no Estado em 2019. O governo também mediu e numerou todas as salas de aula, identificando a quantidade de alunos possíveis em cada uma até o máximo de 40  para o ensino médio e 35 para o fundamental. Escolas com salas maiores tem a obrigação de aceitar e ser organizada com maior quantidade de alunos nas suas turmas. Os dados centralizados são usados para suas prioridades políticas na educação, que entre elas está a diminuição de custos e um Estado mais enxuto, conforme anuncia o governador.

PANCADA INSS: REGRAS DO NOVO SEGURADO A reforma da Previdência define os critérios para a aposentadoria dos novos segurados do INSS (quem não contribui ainda para o INSS). São os seguintes os critérios: a) sessenta e dois anos de idade, se mulher, e sessenta e cinco anos de idade, se homem; b) vinte anos de contribuição, se homem, e 15 anos de contribuição, se mulher. Portanto, para os novos segurados do INSS o tempo mínimo de contribuição será de 20 anos; Esse tempo mínimo de contribuição saiu da Constituição e poderá ser mudado novamente por lei simples. O cálculo da aposentadoria nesta regra será piorado por duas razões: a) a média salarial deixará de considerar os 80% dos melhores salários e passará a considerar todos os salários, os melhores e os piores; b) a aposentadoria será de 60% da média salarial mais 2% por ano de contribuição que exceder a 15 anos de contribuição, se mulher, e 20 anos de contribuição, se homem, sendo o benefício de 100% da média salarial aos 35 anos de contribuição, se mulher, e 40 anos, se homem. (...) O aumento da idade vai prejudicar a todos e todas, porque é muito difícil arrumar empregos aos 55, 60, 62 anos; vai crescer a geração “nem-nem” adulta, ou seja, nem trabalha nem aposenta. Já o aumento do tempo de contribuição de 15 anos para 20 anos, no caso dos homens, vai dificultar muito a aposentadoria dos mais pobres que têm enormes dificuldades de contribuírem regularmente para o INSS, em função do desemprego, informalidade e baixa renda, tudo isso agravado fortemente com a reforma trabalhista. Fonte: Dep. Marília Campos

 

Reforma faz ataque brutal a viúvas e viúvos - As novas regras da Previdência, aprovadas pelo Senado na semana passada, prejudicam milhões de trabalhadores e trabalhadoras e até as viúvas, viúvos e órfãos, que receberão pensões muito menores, o que vai  comprometer  os orçamentos familiares. Quando o Congresso Nacional promulgar a reforma em novembro, as pensões por morte não serão mais de 100% do valor do benefício recebido pelo trabalhador falecido. As  viúvas, viúvos e órfãos terão direito a somente 60% do valor do benefício. Nos casos das viúvas e viúvos com filhos menores de 21 anos, não emancipados, a reforma prevê um adicional de 10% por dependente. O valor é limitado a 100% do benefício ou quatro filhos menores. O filho ou a filha que atingir a maioridade deixa de receber os 10%. A viúva ou viúvo receberão apenas os 60% a que têm direito. Para os dependentes dos trabalhadores e trabalhadoras do INSS, o valor mínimo da pensão por morte não pode ser inferior a um salário mínimo (R$ 998,00). Isso porque a bancada de oposição, liderada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) conseguiu alterar item no texto, garantindo que os benefícios não podem ser menores do que um salário mínimo. Fonte: CUT.

 

Governo poderá tomar 90% da pensão de viúvas aposentadas Uma viúva ou viúvo que já é aposentada (o) e vai receber uma pensão pela morte do cônjugue terá uma notícia desagradável com a reforma da previdência. A nova regra determina que o governo pague apenas uma parte do 2º benefício. O pensionista terá de optar pelo de maior valor e receberá um percentual do outro benefício, de acordo com a faixa salarial. Se o segundo benefício for de um salário mínimo, beneficiário receberá 80% do valor. Se o valor for entre um e dois salários mínimos, o percentual será de 60%. Se for entre dois e três salários mínimos, o percentual será de 40%. Se o valor do segundo benefício for entre três e quatro salários mínimos, o percentual será de 20%. E se for acima de quatro salários mínimos, pensionista terá direito a apenas 10%. Ou seja, o governo irá tomar os outros 90% que teria direito no sistema atual. Fonte: CUT.

CONJUNTURA
g DESIGNAÇÃO NA REDE ESTADUAL AINDA NÃO COMEÇOU – A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE) esclarece que o processo de designação de professores para a rede pública estadual em 2020 ainda não teve início. A informação foi reforçada em razão de boatos e de “fake News” sobre a inscrição. Leia
g CENTRAIS REPUDIAM DECLARAÇÕES SOBRE AI-5 – As centrais sindicais criticaram, em nota divulgada nesta quinta-feira (31), as novas declarações do filho do presidente, o 03, que acenou com “um novo A1-5” contra as esquerdas e o povo. Leia
g REFORMA TRABALHISTA SEGUE ELEVANDO INFORMALIDADE – A oferta de postos de trabalho informais disparou e bateu o recorde da série histórica, desde 2012, chegando a 41,4% da força de trabalho brasileira, ou 38 milhões de pessoas. Os dados foram revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Continua (Pnad) /IBGE. Leia

CNTE envia contribuições da PEC Fundeb permanente - No dia 30 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) encaminhou para a relatora da PEC 15/2015, deputada professora Dorinha Seabra Rezende (DEM/TO), contribuições para essa proposta de Fudeb permanente que tramita no Congresso Nacional. A CNTE entende que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) representou um grande avanço para as políticas públicas de educação em nosso país desde que entrou em vigor, em 2007. O Fundo tem vigência assegurada até 31 de dezembro de 2020. Após essa data, o regime de cooperação ficará extinto, podendo comprometer gravemente o financiamento da educação em todo país - por isso a CNTE luta para torná-lo permanente e com mais recursos. A CNTE marcou para 27 de novembro o Dia Nacional de Mobilização pelo Novo Fundeb. Fonte: CNTE


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