terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Educa.com - 10.12.2019: Corte nos salários de 3%: Sindemu pede Audiência Pública na Câmara


Edição: Bragança Júnior (MG4731JP)
Uberaba, 10 de dezembro de 2019 – Nº 486
                                                                         


ENCONTRO SERÁ PARA DEBATER A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
CORTE NOS SALÁRIOS DE 3%: SINDEMU PEDE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA
O Sindicato dos Educadores Municipais de Uberaba (Sindemu) solicitou ao vereador Alan Carlos (Patriota) uma Audiência Pública no início do próximo ano para discutir as mudanças que vão ocorrer com implantação da reforma da Previdência no Município de Uberaba. As alterações vão trazer perdas de benefícios e prejuízos para os educadores. Entre elas o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, o que significa corte de 3% nos salários. Ou como alternativa, a possibilidade de implantação do sistema de contribuição progressiva, que é mais justo e faz com que os que ganham mais contribuam com índices maiores. Um índice diferente destes só seria possível se não houver déficit autuarial no Ipserv. Além dessa mudança, a Câmara também terá que avalizar as restrições para obter a aposentadoria e rendimentos menores para os futuros aposentados do serviço público municipal. Hoje, o grosso da reforma vale só para o setor privado e o público federal.  


Privado: Vai aposentar agora? É melhor esperar a PEC Paralela! O Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Paralela da reforma da Previdência no mês passado. Mas o texto ainda precisa passar pela Câmara dos deputados. Além de levar a reforma da previdência para estados e municípios, a matéria também muda a regra de cálculo do valor da aposentadoria. Desde 12 de novembro, o cálculo no setor privado e público federal passou a ser feito sobre 100% da média geral de todos os salários desde 1994, o que reduz o valor do benefício. A PEC Paralela propõe a volta da regra anterior que levava em conta a média dos 80% maiores salários, descartando os 20% piores - o que melhora o valor da aposentadoria. Mas a medida vai beneficiar apenas os trabalhadores que estão prestes a se aposentar por idade ou tempo de contribuição. Os  80% da média dos melhores salários vai valer até o fim de 2021. Depois o cálculo usará 90% dos maiores salários até 2024. E em 2025 volta a regra de 100% nos salários. Obs: No caso dos SERVIDORES DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS, a orientação é buscar uma avaliação maior sobre o conjunto das regras atuais para decidir, uma vez que as mudanças por enquanto ainda não valem para estados e municípios. Fonte CUT    
      
  Regra de transição 2 para os professores do INSS: baseada na idade progressiva A aposentadoria dependerá dos seguintes requisitos: I – 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se homem; e II - idade de 51 anos, se mulher, e 56 anos, se homem. A idade será acrescentada, a partir de 1º de janeiro de 2020, em seis meses a cada ano até atingir 57 anos, se mulher (em 2031), e 60 anos, se homem (em 2027). (...) A aposentadoria será de 60% da média salarial mais 2% por ano de contribuição que exceder a 15 anos de contribuição, se mulher, e 20 anos de contribuição, se homem, sendo o benefício de 100% da média salarial aos 35 anos de contribuição, se mulher, e 40 anos de contribuição, se homem. (...) Esta regra pune os professores, porque, se aposentarem mais cedo do que os demais trabalhadores, perderão 2% para cada ano antecipado. (...) O professor(a) segurado(a) do INSS que está próximo da idade 51/56 anos tem chance de se aposentar por esta regra porque ela aumenta a idade em 6 meses a cada ano e o segurado(a) aumenta a idade em 1 ano a cada ano. Quem está mais longe da idade 51/56 anos não conseguirá se aposentar por esta regra porque a transição termina em 8 anos para os homens e 12 anos para as mulheres. Fonte: Dep. Marília Campos

Militares: Reforma com salário integral e sem idade mínima – Aquela história de que não tem dinheiro para as aposentadoria e que todos tem de aceitar os prejuízos na prática não vale para os militares. O Senado aprovou na quarta (4) a reforma da Previdência militar, que contempla todos os integrantes das Forças Armada, policiais e bombeiros dos estados. A proposta traz diversas vantagens em relação à dos trabalhadores da iniciativa privada e de servidores públicos. Os militares receberão salário integral ao se aposentar, não terão idade mínima obrigatória, 5% a 42% de gratificação por dedicação exclusiva e reajuste igual aos miliares da ativa. O tempo mínimo de contribuição aumentou: tanto para homens quanto para mulheres, será necessário contribuir 35 anos, e não mais 30, com pelo menos 25 anos de atividade militar. A porcentagem de contribuição também sofreu ajustes, subindo de 7,5% da remuneração bruta para 9,5% em 2020 e 10,5% em 2021, mas será muito menor que os servidores públicos civis. Mas para compensar as mudanças, a reforma dos militares também inclui uma reestruturação da carreira com aumento nos salários anuais até 2023 e nas gratificações. Obs: Apesar de ser importante valorizar os militares, não pode haver dois pesos e duas medidas entre parcelas da população porque isso corrói a democracia. Com informações do Senado.


Filme “Escola Sem Sentido” reflete censura na sala de aula O curta acompanha o dia a dia do professor de história, apaixonado pela profissão e que tem uma de suas aulas filmada por uma estudante. A aluna mostra o vídeo aos pais e daí começa a paranóia de ‘doutrinação ideológica’. O curta foi premiado como a melhor metragem do Festival de Brasília. Fonte: Sinpro SP

 

CONJUNTURA
g O ‘PISA’ É FALHO: NÃO CAPTA OS ÂNGULOS EDUCACIONAIS – Por isso, a discussão central precisa ser o investimento por aluno ao ano. “O Brasil investe por aluno ao ano, em média, de três a quatro vezes menos do que os países mais desenvolvidos”, avalia o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Leia
g FACULDADE REPRIME MÃE ESTUDANTE POR AMAMENTAR – A mãe é estudante de nutrição de um Centro Universitário de Belo Horizonte. Shopping de BH que proíbe a amamentação em sua dependência tem recebido atos de “mamaço”. Leia
g MÉDICO BRASILEIRO NÃO QUER TRABALHAR COM POBRES – Aposta do ‘Mais Médicos’ para atrair profissionais para as unidades de saúde, programas de residência em medicina da família e comunidade têm atualmente quase 70% das vagas ociosas. Leia
                                                                                                                   
Ministro tenta asfixiar o movimento estudantil do Brasil – O ministro Abraham Weintraub é o símbolo do estilo Bolsonaro de governar: muita bravata, pouca ação. Sua patente dificuldade em gerenciar a educação contrasta com a capacidade de xingar os desafetos e perseguir quem é considerado persona non grata em Brasília. A grande medida de Weintraub até o momento foi o lançamento das carteiras digitais de estudantes, uma tentativa de asfixiar financeiramente a UNE e a Ubes, responsáveis por organizar os mais relevantes protestos do País nos últimos cinco anos e até então únicas administradoras da emissão dos documentos. A iniciativa, alega o ministério, visa acabar com o monopólio na área, ainda que a atividade seja regulamentada por uma lei federal de 2013. O custo de emissão das carteiras estudantis é de 35 reais. No valor, conforme explica o presidente da UNE, Iago Montalvão, estão embutidos, em média, 12 reais de produção, etapa destinada à checagem de fotos e documentos dos estudantes para evitar fraudes. O restante, cerca de 20 reais, descontados possíveis repasses a centros e diretórios acadêmicos, fica com a entidade, que emitia cerca de 150 mil documentos por ano. “O valor que entra para a UNE é bem diferente do alegado pelo ministro da Educação”, rebate Montalvão. Fonte: Carta Educação.      


RJ: governo quer rede estadual como cívico-militar – Em mais um ataque à escola pública, o Governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), enviou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa, pedindo que os Colégios Estaduais do Rio sejam dirigidos por militares. As instâncias administrativas e pedagógicas estarão a cargo de profissionais da educação e a disciplinar e estratégica a cargo dos militares. Entre estes e as instâncias administrativas e pedagógicas não há hierarquia, o que significa que podem atuar autonomamente. É a maior linha direta escola-prisão que se tem conhecimento. Fonte: Blog do Freitas

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