sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Educa.com - 09.09.2016 - 'Escola sem partido" criminaliza professores



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 09 de Setembro de 2016N º 311
 
‘ESCOLA SEM PARTIDO’ CRIMINALIZA PROFESSORES
“Escola sem liberdade é o fim”, alerta Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute/MG). “O ‘Escola Sem Partido’ tem o forte propósito de nos criminalizar”, denuncia Beatriz. “Entre outras estratégias, visa colocar os pais contra os professores e atacar a escola pública, desqualificando-a.” Daí a campanha que o Sindute/MG acaba de lançar, cujo mote é Escola sem liberdade é o fim. O alvo é a sociedade em geral, que está sendo deliberadamente enganada pelos apoiadores desse projeto fascista. Os defensores do “Escola Sem Partido” dizem, por exemplo, que o aluno seria “a parte mais fraca na relação de aprendizagem”. Colocam, assim, o professor na condição de opressor. Discursam também que os pais têm o direito de participar da escola, como se os professores não defendessem a atuação da comunidade na vida escolar, na elaboração projeto político-pedagógico. Passam, assim, a falsa ideia de que, até agora, os pais são impedidos de participar. “Na verdade, o projeto ‘Escola Sem Partido’ é a proposta mais partidária que já vimos”, previne Beatriz Cerqueira. Fonte: Viomundo


Mesmo com crise, governo cumpre acordo e paga novo abono – O governo Fernando Pimentel (PT) cumpriu o acordo salarial feito com os trabalhadores da educação e pagou em setembro (relativo a agosto) o novo abono salarial à categoria, como forma de recomposição em parcelas do piso nacional do magistério. Pelo acordo, o piso nacional para jornada de 24 horas será integralizado até 2018. Nesta sexta (9), a categoria estadual faz paralisação convocada pelo Sindute MG para cobrar acordos e demandas não cumpridas pelo governo: salário atrasados dos trabalhadores adoecidos, carreira, quadro de escola, pagamento retroativo do reajuste, negociação dos dias de paralisação e da pauta 2016, perícia médica entre outros itens. Nas redes sociais, as maiores contrariedades da categoria são os atrasos nos salários (justificados pelo governo na crise de arrecadação) e o não pagamento do retroativo. Uma assembleia marcada para a tarde desta sexta faria uma avalição do momento e irá propor novos encaminhamentos para os trabalhadores da rede. Com informações do SindUte MG

CONJUNTURA    
g Empresários que apoiaram golpe de 64 ficaram milionários – Pesquisa de professor mostra como a economia nacional foi colocada em função das grandes corporações e o Estado desviando de forma legalizada — com leis feitas para isso — o dinheiro público para a atividade empresarial privada. Leia
g  Senado aprova lei para que Temer possa pedalar – Dois dias depois do golpe parlamentar que afastou a presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União a lei que flexibiliza as regras para abertura de créditos suplementares sem necessidade de autorização do Congresso. Leia
g  Temer quer entregar gasoduto estratégico a estrangeiros – A Nova Transportadora do Sudeste (NTS), subsidiária responsável pelo escoamento de 70% do gás natural do país, está na iminência de ser entregue a um grupo de investidores estrangeiros, liderados pela canadense Brookfield Asset Management. Corremos, portanto, o risco do transporte desse produto estratégico ser monopolizado por uma multinacional. Leia
g  Estudo mostra que escrever à mão ajuda a desenvolver o cérebro. Leia

Educadores terão Seminário de Formação dia 23 e 24/set – A diretoria do Sindemu está anunciando para os dias 23 e 24 de setembro a realização de seu seminário de formação. Importantes pesquisadores e líderes atuantes de vários setores que envolvem o trabalho dos educadores farão parte das mesas de debate (veja programação completa no próximo Educa.com). O Seminário será realizado no auditório do SESC (ao lado da Escola Municipal Uberaba). As inscrições serão feitas até o dia 21 no Sindemu, com vagas limitadas. g CASA PRÓPRIA – Os Educadores interessados em concorrer à casa própria a partir da Cohagra estão convidados para reunião na próxima quinta (15) às 19 horas no Cine Teatro Vera Cruz. 

  Sindemu apresenta candidatos filiados à entidade 

EDITORIAL
A revolta sobre o “não aprender nada na sala de aula” - Li um texto essa semana onde o educador José Pacheco (idealizador da famosa escola da Ponte, em Portugal) faz uma dura afirmação escolar: “Não se aprende nada na sala de aula”. Essa frase é destaque nas palestras e entrevistas que o educador faz nos últimos meses pelo Brasil. Ele mesmo relata que os professores ficam revoltados ao ouvir tal afirmativa. Mas tem muito sentido o que ele diz. Na verdade, seu discurso é uma forma mais impactante para dizer que o modelo de escola atual dividindo as séries, aulas de 50 minutos, conteúdos, além da didática do professor repassando conteúdos e avaliações não funcionam mais. Explico melhor: ele faz um paralelo com a escola da Ponte, que não tem salas de aulas tradicionais. Lá tudo funciona por projeto, onde os alunos são desafiados a construir ou resolver problemas em grupo. A solução destas atividades passa, necessariamente, por conteúdos científicos. Assim, há o estudo com o conteúdo levando a ação. Recentemente tive contanto também com o projeto “sala de aula invertida” que parte da ideia de que primeiro os alunos fazem atividades (são desafiados) para que depois eles se interessem em conteúdos para que possam resolver os problemas em que estão envolvidos. As duas ideias, no fundo, revelam análises de que a estrutura escolar atual é ainda uma organização para funcionar no século 19. Ou seja, é desatualizada para o século 21 e leva ao fracasso, independente do desempenho individual dos professores. Mas, poucos na verdade, conseguem perceber essa realidade. Por isso a revolta com Pacheco. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.

Governo Temer quer aprovar terceirização ainda neste
ano –No Senado, o projeto que prevê a terceirização para qualquer tipo de atividade, está à espera de votação e tem o apoio do governo de Michel Temer, que quer que ele seja aprovado ainda neste ano. A proposta de terceirização irrestrita é apoiada por associações patronais, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), mas é duramente criticada por centrais sindicais. A reforma trabalhista, classificada como “modernização” das relações de emprego pelo Planalto, pode permitir que convenções coletivas prevaleçam sobre normas legais. Desta maneira, 13º salário, férias, adicional noturno e de insalubridade, salário mínimo, licenças e FGTS também poderão ser negociados. Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho, chegou a criar um grupo de trabalho com as centrais sindicais para discutir a questão da terceirização, mas o grupo nunca se reuniu. Fonte: Jornal GGN
Ministro: ‘Orçamento do MEC terá acréscimo de 7% em 2017’ - O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), disse nesta terça (6) que já conseguiu elevar orçamento da pasta em cerca de 7 % para 2017. A Constituição estipula que a União invista um mínimo de 18% do que arrecada com impostos em educação e, Estados e municípios, 25% de suas receitas. Já o Plano Nacional da Educação (PNE) estabelece que, até 2024, o Brasil invista pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Atualmente, o investimento é de 6,2%. O Orçamento de 2016, aprovado pelo Congresso em janeiro, previa R$ 99,8 bilhões em recursos para a educação. Fonte: Agência Brasil

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