Edição Bragança Júnior (MG4731JP) -
http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 16 de Setembro de 2016 – N
º 312
SEMINÁRIO
DO SINDEMU MOBILIZA OS EDUCADORES
O encontro será realizado
nos dias 23 e 24 de setembro, próximo final de semana e as inscrições irão
acontecer até a quarta, 21 no Sindemu. Serão cinco mesas de debates tratando de
políticas educacionais focadas nos seguintes temas: conjuntura internacional,
conjuntura nacional, diversidade, escola sem partido e direito previdenciário
dos professores. Os temas serão debatidos por especialistas convidados do
cenário nacional e regional. Confira a programação abaixo. O evento emitirá
certificado aos participantes. O Seminário de formação irá acontecer no
auditório do SESC, na Pça Estevam Pucci (ao lado da Escola Municipal Uberaba).
Mérito
Educacional na Câmara: Sorteadas as educadoras – O Sindicato dos Educadores procedeu
ao sorteio das educadoras que vão ser homenageadas na Câmara Municipal com o
Mérito educacional pelo dia do professor. Os nomes foram escolhidos por meio de
sorteio entre as indicações feitas por grande parte das escolas e dos Cemeis,
que foram enviadas até o Sindemu. As escolhidas são: Cineide de Oliveira – E.M. Frederico Peiró; Silvana de Oliveira – Cemei Nossa Senhora de Lourdes; Teresa Maria Alves – Cemei Cláudia
Vilela Mesquita. O evento solene ainda será marcado pela Câmara Municipal.
CONJUNTURA
g Fim da CLT: bandeira ideológica do golpe – A ofensiva golpista contra a
CLT se explica pela história das relações de trabalho no Brasil. Além de ser
uma legislação trabalhista moderna, nunca aceita pelo capital, ela têm um forte
componente histórico. Leia
g Manter
direitos trabalhistas é sustentar a democracia – Ato no próximo dia 22 reunirá
centrais sindicais em todo o país para impedir retirada de conquistas dos mais
pobres. Leia
Estado: SindUte
convoca paralisação contra reformas federais – Depois de
paralisar para cobrar do governo Pimentel (PT) os acordos não
cumpridos com a
categoria, os trabalhadores da educação estão convocados pelo SindUte para nova
paralisação das atividades nos dias 21 e 22 de setembro. Desta vez o protesto
será contra políticas do governo federal de Temer (PMDB), que impactam
diretamente a educação. Os projetos anunciados deixam em risco o plano de
carreira de todos os funcionários público, congela o piso do magistério, retira
fontes de financiamento da educação, altera a aposentadoria e mira o fim da aposentadoria
dos professores, além do projeto que impede análises e conclusões sobre
conteúdos nas escolas. DEMANDAS ESTADUAIS – Na negociação do dia 6, o governo informou que vai
pagar o retroativo salarial em 10 vezes, mas não houve acordo com o SindUte; O
sindicato cobrou a volta do pagamento no 5º dia útil e o governo disse que não será
possível o retorno por causa da crise. A categoria também protesta contra a
intenção do governo de terceirizar a função de serviços gerais nas escolas
estaduais. Com informações do SindUte MG.
UFTM faz ato contra corte de verbas e de direitos trabalhistas – Alunos, professores, servidores e usuários
de serviços da Universidade Federal do Triângulo Mineiro fizeram ato de protesto
na porta do Hospital da UFTM na quinta (10) denunciando o corte de R$ 13
milhões no projeto orçamentário do governo federal para 2017. Segundo os
manifestantes, a redução irá comprometer as ações desenvolvidas pela
universidade em Uberaba e região. O ato também protestou contra a possibilidade
do congelamento de concursos, plano de carreira e salários dos servidores
públicos e a retirada de direitos trabalhistas, além de defesa da previdência
social. Com informação da rádio Sete
Colinas.
EDITORIAL
O Ideb é fraco como medição e péssimo para
comparações - Tenho escutado, assistido e lido professores,
candidatos e jornalistas usarem o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica) como um medidor natural da educação e sua qualidade. Embora o índice
revele informações importantes, ele é fraco para definir qualidade e péssimo
para fazer qualquer comparação entre escolas e redes. Explico: o índice é
medido apenas pela aprovação (50%) e pelo desempenho em testes padronizados de
português e matemática dos estudantes (50%). Assim quem ‘burla’ o sistema – com
aprovação automática ou treinamento dos alunos para fazer prova, por exemplo –
pode levar uma vantagem indevida. Foi o que aconteceu Aécio Neves (PSDB) no
governo de Minas ao criar várias recuperações impedimentos para que houvesse
reprovação nas escolas. Situações que lhe garantiram ótimas notas neste índice.
Além disso, o Ideb é indicador fraco porque despreza outras disciplinas, a
situação socioeconômica dos estudantes, as políticas de valorização do
magistério, as condições de infraestrutura das escolas, o trabalho
desenvolvido, etc. Assim, a nota mais baixa pode encobrir o esforço ou melhoria
por quem tem mais dificuldades para aprender e ensinar. O Ideb é um instrumento
de gestores e pesquisadores. Mas nota-se seu uso indevido (com ranking de redes
e escolas) para justificar uma reforma baseada em princípios empresariais, que
controla a produção (em educação?) por meio de metas. Basta ler o que está
sendo preparado pelo governo federal, principalmente no que tange ao ensino
médio. Anízio Bragança Júnior, artigo do
Jornal Expresso.
MP da reforma do ensino médio deve sair semana que vem – Por causa da agenda congestionada do Congresso
Nacional, a reformulação do currículo do ensino médio nas escolas brasileiras
deve sair por meio de Medida Provisória (MP) a ser editada pelo presidente
Michel Temer. O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou ao jornal O
Estado de S. Paulo que isso "possivelmente" já ocorrerá na semana que
vem. "Os números desastrosos do IDEB não permitem que adiemos a
reforma", disse Mendonça. A MP, quando editada por Temer, entra
compulsoriamente na pauta do Congresso. "Precisamos começar a adotar a
flexibilização do currículo em 2017." A proposta estabelece turno integral
e disciplinas focadas na área de interesse do estudante no ensino superior. Por
exemplo: se o aluno quer ser engenheiro, o programa de ensino contemplará mais
as Ciências Exatas. "A reforma vai enxugar os conteúdos ensinados nas
salas de aula e permitir maior integração com a vida do estudante, que chega ao
ensino médio já sonhando com seu futuro profissional", sustentou Mendonça
na ocasião da apresentação dos resultados do Ideb. Fonte: O Estado de São Paulo
Professor no Brasil ganha 50% menos que outros países - Professores que lecionam para os anos iniciais do
ensino fundamental no Brasil ganham menos da metade do salário médio pago aos
docentes dos 35 países-membros da Organização para Cooperação do
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Enquanto a remuneração dos brasileiros é de
R$ 40,7 mil por ano, nas nações da OCDE um professor do mesmo nível recebe R$
105,5 mil. A
discrepância é apontada na versão mais recente de um estudo comparativo sobre
índices educacionais entre 41 países - 35 da OCDE e seis parceiros. Fonte: O Estado de São Paulo
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