sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Educa.com - 23.09.2016 - Sindemu formaliza propostas aos 'prefeitos"



Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 23 de Setembro de 2016N º 313
 
SINDEMU FORMALIZA PROPOSTAS AOS ‘PREFEITOS’
O Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu) está formalizando uma proposta de reivindicações para os candidatos a prefeito de Uberaba. Os itens relatados pela diretoria do sindicato integram propostas aprovadas pela categoria em assembleias. Parte da proposta já foi apresentada aos postulantes quando visitaram a entidade na fase de pré-candidatura. Confira os itens abaixo.

PROPOSTA DOS EDUCADORES AOS CANDIDATOS A PREFEITOS
Pagamento integral do piso salarial nacional em cumprimento a lei do piso do magistério e valorização da categoria
Pagamento do índice de reajuste para 2017 + diferenças de reajustes salariais dos últimos anosSó em 2016 ficou de fora do reajuste 8,43%. Mas também 1,46% em 2013 e 4,9% em 2014.
Adequação da carga horária da formação continuada em serviço – Abertura de diálogo sobre formas de sobrecarregar menos os educadores e melhorar a qualidade do trabalho
Aumento no valor do tíquete alimentação recompondo o valor mensal para R$ 500
Reestruturação e negociação em torno do período integral, jornada ampliada e do “Mais educação” promovendo adequação na parte física das escola, diálogo e negociação sobre organização do plano curricular
Transformação dos Cemeis em escolas
Revisão dos vencimentos dos diretores, vice e coordenadores pedagógicos
Realização e prioridade para contratação por concurso público
Manutenção e compra de novos equipamentos de informática; melhoria da velocidade da internet
Viabilizar a atuação de assistentes sociais e psicólogos nas escolas e Cemeis do Município
Adequação burocrática que viabilize a aposentadoria de educadores infantis e coordenadores pedagógicos

Candidatos filiados apresentam ideias e propostas – O
Sindicato dos Educadores apresenta nesta edição algumas ideias de seus candidatos a vereadores filiados. As perguntas foram enviadas por e-mail e as respostas solicitadas por telefone. A candidata Professora Alzineusa não retornou a solicitação. Segue respostas do professor Adislau. Confira:

Educa.com - O que um educador pode fazer na condição de vereador? Professor Adislau - Primeiramente chamar a categoria (através de seu sindicato) para dialogar sobre as principais reivindicações que precisam ser atendidos. No decorrer do mandato manter elo com o sindicato, secretaria, conselho da educação e demais categorias ligadas à área da educação.

Educa.com - Como um vereador pode auxiliar na melhoria salarial dos trabalhadores da educação? Professor Adislau – Investigar o Fundeb quanto aos recursos. Promover encontros da PMU, Secretaria e sindicato para analisar os gastos e demandas da área, viabilizar enxugamento onde é possível para disponibilizar recursos para a melhoria salarial.

Educa.com - Em sua opinião, qual são as melhores estratégias para melhorar a qualidade do ensino? Professor Adislau - Em primeiro lugar é o professor ficar mais feliz com a remuneração e com menos sobrecarga de trabalho. Em segundo melhorar as condições de trabalho. Esses dois itens já garantem melhor assistência aos alunos. A qualidade exige outros itens, mas não acredito que seja possível sem esses dois primeiros.

Educa.com - Por que você acha que as pessoas deveriam eleger um professor para a Câmara Municipal? Professor Adislau - Todas as categorias de trabalhadores precisam ser bem representadas. Mas entendo que a educação é o carro chefe de uma nação. O educador na Câmara tem melhor condição de debater sobre o setor, auxilia a mostrar a importância ao negociar com os demais vereadores. Faz a defesa, aponta caminhos e abre portas para avançar em cada item necessário da educação.

CONJUNTURA    
g  Colégio Pedro II, no Rio, libera saia para meninos – Portaria publicada em 14 de setembro lista o uniforme, sem distinguir que peças são para uso masculino ou feminino. Anteriormente, as meninas deveriam. Leia
g Paraolimpíadas: 98% dos medalhistas receberam bolsa do governo – Para chegar a essa meta, de 2012 a 2016 o país investiu mais de R$ 99 milhões em 5.191 bolsas para atletas com deficiência. Leia
g  Reforma do ensino médio traz concepção elitista de educação – Sem discutir com a comunidade, Temer envia ao Congresso projeto que fragmenta e empobrece a formação e abre caminho para a privatização. Leia

Escolas municipais podem perder R$ 58 bi na próxima década  – A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) estima em R$ 58 bilhões as perdas de recursos para a manutenção do ensino nas redes públicas das cidades ao longo de dez anos, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 seja aprovada. Para os 20 anos de congelamento dos investimentos previstos no texto em tramitação no Congresso, os prejuízos deverão ser triplicados. "Nós, gestores municipais, vemos com muita aflição e preocupação a discussão dessa PEC no Congresso. Somos totalmente contrários à desvinculação dos recursos porque é a única garantia que temos de a União, ente que mais arrecada, repassar recursos aos municípios e aos estados", diz o presidente da entidade, Alessio Costa Lima. Ele ressalta que a desvinculação dos recursos é ainda mais nefasta para o ensino público do que o que o próprio congelamento previsto pela proposta. "Pior do que o teto, que congela, é a desvinculação. Mesmo que houvesse o congelamento, a existência de um referencial para a destinação mínima dos recursos asseguraria pelo menos a destinação de um mínimo, de forma definitiva, para não ficarmos ao bel prazer do gestor federal. Sem a vinculação constitucional, ele poderia tirar da educação e jogar os recursos para outra área. Ou seja, sem a vinculação, a União ficaria desobrigada de repassar". Fonte: Rede Brasil Atual.

EDITORIAL
Congelamento de gastos pode comprometer o piso do magistério - O piso salarial nacional do magistério foi o grande mecanismo de valorização dos profissionais da educação dos últimos anos. Criado em 2008 - e embora imperfeito e caloteado parcialmente por governantes -, o valor mínimo nacional criou forte parâmetro para a melhoria dos salários e carreira dos educadores dos vários níveis da educação básica. Seu principal expoente foi a correção baseada no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Com o piso salarial busca-se – de forma gradativa – atender a meta do plano nacional da educação de reconstituição salarial dos professores aos mesmos níveis de outros profissionais com a mesma escolaridade. A diferença hoje beira 50%. No entanto, com o projeto de lei do governo Temer (PMDB) que limita os gastos no setor público pelos próximos 20 anos, o projeto de valorização dos professores pela via do piso salarial estará comprometido. A proposta limita o aumento das despesas públicas na inflação do ano anterior e tem como ponto de partida o gasto rebaixado do governo em 2016. Assim, teremos como premissa para o futuro, a realidade de hoje – fraca e defasada – sendo atualizada só com a inflação do período. Para continuar com a proposta do piso salarial e melhorar as condições de carreira dos trabalhadores da educação, o governo precisaria retirar de um setor ou serviço para aplicar em outro. Temos muito poucos exemplos de governantes que reduzem recursos de outras áreas e priorizam a educação. Pelo contrário, temos muitos retirando da educação para investir em outros setores. O piso do magistério pode se tornar “letra morta” no cenário educacional. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.


Congelamento por 20 anos no Brasil causa espanto na ONU – Representantes da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE) entregaram no dia 18 ao presidente da Comissão de Educação das Nações Unidas (ONU), Gordon Brown, em Nova York, dossiê com informações e críticas à Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, que propõe limitar pelos próximos 20 anos o aumento dos gastos públicos de um ano à inflação do ano anterior. O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), Daniel Cara, disse que os representantes das Nações Unidas ficaram “incrédulos” com a possibilidade de o Brasil limitar os gastos com educação por 20 anos. ”Aqui em Nova York, todos ficam incrédulos quando se deparam com um teto de reajuste inflacionário por 20 anos, que irá asfixiar as políticas de educação, saúde e assistência social. As pessoas não acreditam, mostramos as fontes dos dados que utilizamos. Ficam atônitos”, disse Daniel Cara. No documento, a CNDE afirma que as medidas econômicas anunciadas pelo governo do presidente Michel Temer e recentes mudanças no Ministério da Educação, como a extinção de programas, “colocam em risco a garantia do direito a educação no Brasil”. Fonte: Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário