sábado, 8 de julho de 2017

Educa.com - 08.07.2017 - Sindemu notifica Conselho do Fundeb e Promotoria Pública

Edição: Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 08 de julho de 2017Nº 372
                                                                                                      
PREFEITURA DESCUMPRE A LEI DO PISO DO MAGISTÉRIO:
SINDEMU NOTIFICA CONSELHO DO FUNDEB E PROMOTORIA PÚBLICA

O Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu) enviou ofício pedindo providências ao Conselho Municipal de Acompanhamento do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) e à Promotoria Pública. A Prefeitura de Uberaba tem usado abonos salariais para somar o valor mínimo proporcional do piso salarial, prática vetada pela lei. De acordo com o parágrafo segundo do artigo 3º da lei do piso, as vantagens pecuniárias poderiam ser somadas para compor o piso apenas até 31 de dezembro de 2009.  Segundo o Sindemu, os complementos salariais oferecidos para beneficiar uma parte da carreira quebra a lógica de cargos e salários e dá tratamento diferenciado para servidores em mesma situação funcional. O ofício pede providências para exigir da Prefeitura o cumprimento da lei. Além disso, pede ao Conselho do Fundeb que encaminhe as irregularidades aos órgãos competentes e rejeite a prestação de contas até que as irregularidades sejam sanadas. Cópias do ofício foram enviadas aos gestores do Município e vereadores da comissão de educação da Câmara Municipal. No próximo dia 18, os educadores tem nova negociação da campanha salarial com a Prefeitura de Uberaba. O Sindicato também cobrou do Município o horário e local da nova reunião.


Para a Prefeitura, piso integral equivale a 48 horas semanais – Na última reunião de negociação com a diretoria do Sindemu, a diretora de RH da Prefeitura explicou que a Prefeitura usa a hora relógio para fazer o cálculo do pagamento do piso salarial do magistério. Assim, o piso anunciado pelo MEC só seria alcançado por aqueles que trabalham 48 horas aulas semanais. A medida contraria o parecer do Conselho Nacional da Educação (CNE/CEB Nº: 18/2012), onde há expressa indicação de que a hora-aula deve ser considerada de 60 minutos, independentemente da duração do período (50, 45 ou 40 minutos). O Sindemu se posicionou no encontro de que não compartilha com a forma de interpretação da lei que é feita pela Prefeitura.

CONJUNTURA
g Privatização dos ensinos básico e superior avança - Antes a privatização ocorria no setor de infraestrutura e, hoje, desde o ano 2.000, é o setor de serviços que tem sido fortemente atingido, com o foco na área educacional. Leia.
g 1ª vez: CNS reprova relatório anual do Ministério da Saúde - o Relatório Anual de Gestão (RAG) 2016 do Ministério da Saúde foi reprovado pelo Conselho Nacional da Saúde por não cumprir a aplicação mínima constitucional de 15% das receitas correntes líquidas em ações e serviços públicos da saúde. Leia.
g 0800: UFU terá especialização em Educação Física Escolar - As inscrições vão até o dia 26 de julho e podem ser feitas pela internet. As aulas serão presenciais, com início em setembro de 2017 e término em outubro de 2018. São oferecidas 45 vagas direcionadas a professores que atuam na educação básica. Leia.

Desmonte trabalhista avança e pode ir à votação na terça – O desmonte de direitos causado pela reforma trabalhista deve ter sua votação final, no plenário do Senado, na terça-feira 11. O pedido de urgência para a apreciação da matéria, prevista no PLC 38 proposto pelo governo Temer, banqueiros e empresários, foi aprovado na terça (4) por 46 votos a 19. Caso seja aprovado pelos senadores, o desmonte dependerá apenas da sanção de Temer para virar lei, uma vez que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. As centrais sindicais estão se organizando para fazer manifestação em Brasilia durante a votação.

Empresário hoje quer reforma, amanhã não terá consumidor – Para Marcio Pochmann, economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a proposta de reforma trabalhista do governo Temer, que modifica mais de 300 artigos da CLT, não vai melhorar a vida do trabalhador nem contribuirá para criar empregos. A mudança irá apenas dar ainda mais poder aos empresários, com risco de estrangular o mercado consumidor interno. Em entrevista à Rádio Brasil Atual no dia 5, Pochmann analisa que "alguns anos atrás, os empresários reclamavam que não tinham condições de competir com o produto chinês porque lá os salários eram de fome. O que dizer quando o custo do trabalho na China é 16% maior do que na indústria do Brasil?". Para ele, "a empresa que percebe num primeiro momento a reforma como uma possibilidade de redução de custos depois não terá para quem vender seus produtos. O custo de contratação também é renda em circulação", alerta. "Com a renda menor, o empresário terá dificuldade de vender o seu produto, de prestar o seu serviço, pois não haverá consumo, nem consumidor e demanda para sustentar o aumento da produção." Ouça a entrevista na íntegra.

Maiores bancos do país devem mais de R$ 124 bilhões – Os grandes bancos comerciais do Brasil são destaque entre os maiores devedores com a União. Juntas, as instituições financeiras somam mais de R$ 124 bilhões, de acordo com levantamento realizado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). De acordo com o relatório, do montante, R$ 7 bilhões correspondem à dívida com a Previdência, R$ 107,5 milhões são referentes ao FGTS e R$ 117 bilhões representam o restante. Os dados inspiram críticas à proposta de reforma da Previdência, capitaneada pelo presidente Michel Temer (PMDB). “Existe dinheiro, muito dinheiro. Existe um órgão responsável pela cobrança que está cada vez mais sucateado, porque não existe interesse do governo em que esse dinheiro seja cobrado. Fazer uma reforma na Previdência dizendo que a conta, mais uma vez, tem que ser paga pelo trabalhador é muito delicado”, disse o presidente do Sinprofaz, Achilles Frias.

Adveb: Trabalhadores recuperam parte das perdas com Aécio – O projeto de lei do Adicional de Desenvolvimento da Educação Básica (Adveb) foi aprovado por unanimidade no último dia 3, em segundo turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Conquistado no Acordo de 2015, assinado com o Governador do Estado, o Adveb visa garantir uma contrapartida do Estado dos direitos que a educação perdeu com a Reforma Administrativa feita pelo governo Aécio Neves, em 2003. A promulgação está prevista para o dia 11 de julho. Terá direito ao benefício, os educadores efetivos que completaram cinco anos de efetivo exercício, contados a partir de janeiro de 2012. O SindUte já manifestou que irá cobrar do governo o imediato pagamento do benefício com retroativo desde janeiro.

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