Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 10 de Março 2018 – N
º 403
PMU
RECUA E DIZ AGORA QUE ‘É TUDO OU NADA’:
EDUCADORAS
INFANTIS LEVAM UMA ‘RASTEIRA’
A Secretaria Municipal da Educação
anunciou em reunião com o Sindemu esta semana que não vai mais fazer a alteração
na carreira das educadoras infantis, transformando a função em “professoras da
educação infantil” e promovendo pequena redução na carga horárias diária das
educadoras. A
proposta foi apresentada à categoria e aprovada por duas vezes em assembleia (a
primeira delas no dia 5 de outubro). No entanto, a Prefeitura alega agora que a
não aprovação de outros itens propostos às professoras impede a aplicação do
benefício à categoria. Ficou mantido apenas o reajuste de 7,13% para todos e de
20% a 40% aos diretores de escolas e Cemeis. O presidente do Sindemu, Bruno
Ferreira, explicou que a PMU enviou a proposta por itens, sem condicionamento
da aprovação total, e assim foi votada pela categoria. “Nós abominamos essa
prática da Secretaria que significa uma rasteira nas educadoras. Percebemos
então, que foi um jogo para aprovação do pacote de maldades”, ressalta o
presidente do Sindicato. Para as educadoras, parte das medidas prejudicam as
professoras e não valoriza as pedagogas, grupo que manifestou indignação com a
proposta na última assembleia.
Visitas do Sindemu já encontram
irregularidades nas escolas – As primeiras visitas feitas pela diretoria do
Sindemu nas escolas e centros de educação infantis da cidade já verificou alguns
problemas nas condições de trabalho. Entre elas as salas de aula sem espaço
adequado e déficit de professores baseado na quantidade de alunos. As visitas
estão verificando as medidas da sala de aula, o quantitativo dos alunos e as
condições gerais do espaço físico. Para a diretoria do sindicato, a falta de
condições de trabalho dificulta a cobrança feita aos professionais e às unidades
de ensino, além de explicar em parte o adoecimento da categoria. Na próxima
semana, o Sindemu vai iniciar a elaboração de laudos técnicos que conta com
análise do engenheiro responsável (e professor) Mário Abadio da Silva.
CONJUNTURA
g PROFESSORES APROVAM GREVE CONTRA
PREVIDÊNCIA – A greve na rede municipal de São
Paulo foi aprovada de 8 a 15 de março contra projeto de lei que altera a
aposentadoria dos funcionários municipais. Leia
g PESQUISADOR É DEMITIDO POR QUESTIONAR
AGROTÓXICO – Pesquisador da Empresa denunciava o
compromisso da instituição pública com setores ligados ao agronegócio. Uma das
denúncias foi a reunião semanal das empresas de veneno agrícola com o
presidente da instituição. Leia
g PLATARFORMAS ‘PRONTAS’ SERÃO VENDIDAS
COMO SUCATA – O Brasil sendo delapidado: A
Petrobrás cancelou de forma unilateral o contrato de construção de duas
plataformas de petróleo que estavam sendo construídas – quase prontas em polo
naval do RS. Ao mesmo tempo, a Petrobrás encomendou materiais da China para
construção das mesmas estruturas.
Leia
Educadores de Minas mantém greve por tempo indeterminado – No dia 8 de março, a
categoria se reuniu em Assembleia Estadual para avaliar os rumos do movimento e
propostas que o governo do estado apresentaria à categoria. Após ouvir e
avaliar o relato das reuniões que aconteceram com o governo do estado, a
decisão votada em assembleia foi de continuidade da greve. Após seis reuniões
com o Governo, ele não apresentou nenhuma proposta para o cumprimento do Acordo
do Piso salarial e para as demais questões que foram causadas pelo próprio
governo (parcelamento de salários e 13º salário, ausência de repasses para o
IPSEMG, passivos da carreira, férias-prêmio para quem aposentou entre outros
problemas). As únicas propostas gerais que o governo apresentou na última
reunião foram: 1) Pagamento do retroativo do reajuste de 2016, que ficou
pendente em oito parcelas a partir de maio. Este retroativo corresponde a
11,36% de três meses. 2) retomada das nomeações até o limite de 60 mil. Além
disso, o Sindicato foi informado de uma carta à categoria que seria assinada
pelo governador. A minuta da carta foi entregue à direção do Sindicato na reunião
realizada no dia 08/03 e integralmente lida durante a assembleia estadual. A
carta não apresenta nenhuma proposta concreta seja sobre o cumprimento do Piso
ou de outras demandas. Nova assembleia foi marcada para o dia 15 de março. Fonte: SindUte MG.
Dia da mulher é dia de rever a
desigualdade - As mulheres têm mais escolaridade que os homens,
mas recebem, em média, cerca de três quartos do rendimento deles. Ocupam apenas
38% dos cargos gerenciais (públicos ou privados) e dedicavam, em 2016, 73% mais
horas nos cuidados de pessoas e afazeres domésticos. Os dados são do IBGE. A
desigualdade se revela entre as próprias mulheres, no recorte por cor ou raça,
conforme a classificação do instituto. 23,5% das mulheres brancas têm ensino
superior completo, um percentual 2,3 vezes maior que o de mulheres pretas ou
pardas (10,4%) que concluíram esse nível de ensino. Ainda no recorte por
escolaridade, 21,5% das mulheres completaram o ensino superior, entre as
pessoas na faixa de 25 a 44 anos. Entre os homens, 15,6%. O IBGE lembra também
que, apesar da exigência de uma cota mínima de 30% de candidaturas de cada sexo,
as mulheres representam apenas 10,5% dos deputados federais em exercício. Esta
proporção é a mais baixa da América do Sul, enquanto a média mundial de
deputadas é 23,6%. Em 2016, as mulheres dedicavam 18,1 horas semanais a
cuidados de pessoas ou tarefas domésticas. Os homens, 10,5 horas. Essa
diferença, em média de 73%, crescia para 80% a mais no Nordeste (19 horas
semanais). A jornada aumenta no caso de pretas ou pardas (18,6 horas). Fonte: Brasil de Fato
NOTA
PÚBLICA DA CNTE: RESULTADOS PRELIMINARES DO CENSO ESCOLAR 2017
Número de professores diminui no
Brasil; 80% são mulheres – Seguindo a tendência de queda no número de
matrículas, o número de docentes no sistema de ensino brasileiro também caiu
tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio: temos quase 2% a menos de
professores no ensino médio, de 2016 para 2017. Nos anos finais do ensino
fundamental, o número de professores caiu 1,8% e nos anos iniciais, a queda foi
de 0,28%, ambos para o mesmo período. Só a educação infantil verificou um
aumento no seu número de professores: de 2016 para 2017, houve um incremento de
3,14%. O Censo indica também que 80% dos docentes da educação básica brasileira
são mulheres (esse índice chega a quase 97% na educação infantil e a 60% no
ensino médio), e que 65% de todos os professores têm até 49 anos de idade. Fonte: CNTE
‘Bônus a professor pode perpetuar a desigualdade’ – Em uma
surpreendente e corajosa entrevista a Paulo Saldaña, o Secretário de Educação do Estado de São Paulo, José Renato Nalini, revela sua opinião sobre o pagamento de bônus para professores e sobre a crença nas avaliações como forma de medir a qualidade da educação. “Acho que de início o estado embarcou nessa tendência de meritocracia. (…) Eu tenho um receio de que as escolas mais frágeis, vulneráveis, não consigam [se beneficiar]. Porque a performance delas é sempre mais dificultada, a região é vulnerável, as famílias são menos preparadas. Eu tenho muito receio de que a política de bonificação vá perpetuando a desigualdade.” O Secretário afirma que é preciso ir “devagar com essa volúpia de avaliações.” Para ele, as avaliações ensinam a concorrer, a competir, enquanto a escola precisa ser espaço de aprendizado com “alegria e prazer”. Afinal, depois de décadas de política ancorada na responsabilização baseada em testes, a experiência paulista começa a revelar o que irá acontecer com a proposta que agora foi transferida de São Paulo para o MEC. Todas as ações em curso foram realizadas, às vezes pelos mesmos protagonistas, em São Paulo. Certamente, sua opinião desagradará muitos atores da política educacional e como sempre, não será discutida e sim desqualificada: esta política tem outras razões, que não educacionais, para estar implantada. Fonte: Blog do Freitas.
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